Observatório Alviverde

16/03/2016

A DIFÍCIL TAREFA DE CUCA!


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O discurso de posse de Cuca ao assumir o comando da maior "República Esportiva Verde e Branca" do planeta, deixou bem claro que ele é um técnico diferenciado em relação a todos que ocupam - hoje- um lugar de destaque no mercado futebolístico brasileiro.

Diferenciado, conquanto insinue a sua superioridade em relação à maior parte dos treinadores em atividade no país, não significa ou sugere, necessariamente, que Cuca seja um revolucionário.

Competentíssimo, rodado, vivido, um técnico, sem tirar e nem por,  na medida exata das atuais necessidades do Palmeiras,  ele está longe de um ser um visionário...

Da mesma forma não se trata de um "conceptor" de táticas inovadoras, de esquemas grandiloquentes ou de ambiciosos planos de jogo... 

Isto, ao menos até agora! Quem sabe o Palmeiras o inspire!

Personificando o parágrafo, que ninguém o compare -nunca- com técnicos consagrados, dos quais ele dista léguas de distância, tipo Rinus Michels, Guardiola, Tim, Claudio Coutinho, o controvertido combatido mas sempre talentoso Vanderley Luxemburgo e tantos outros que revolucionaram o futebol pelo mundo, mediante novos conceitos, idéias, lições, inovações e ações...


Quando afirmamos que Cuca é diferenciado, sabemos perfeitamente o que estamos dizendo, à vista muito mais dos times arrumados e taticamente redondos que ele sempre apresentou. 

Fôssemos analisá-lo ou medi-lo com a fita (mili)métrica de seus parcos quatro títulos nos chamados times de ponta, ele não serviria sequer para dirigir as categorias de base do Verdão!

Cuca, excelente técnico, quase ao nível de Tite, perde-se, às vezes, por suas excessivas humildade e emotividade. 

Se diminuísse um pouco as doses dessas manifestações comportamentais, isto o ajudaria intensamente em sua carreira.  

Ninguém almeja que Cuca seja portador da arrogância destemperada e agressiva de um Leão, mas, às vezes, far-se-á  necessário o estrelismo discreto, porém marcantemente autocrático, de um Brandão.

Ninguém deseja que ele se porte no banco de maneira simemesca, serelepe e circense quanto um Filpo Nuñez, mas que seu comportamento não seja tão grave, fleumático e inerte quanto aquele do taciturno Marcelo Oliveira.

Esperamos, sinceramente, até como diz o meu quase centenário Tio Valdomiro (95 anos de sabedoria e lucidez) e palmeirense antes mesmo que eu nascesse, "no meio é que está a virtude"!

Cuca, mais do que qualquer treinador, conhece o Palmeiras há priscas eras. 

Apesar dos anos ele ainda deve ter guardado em suas lembranças a forma traumática como deixou o clube, a ponto, segundo testemunhos oculares de alguns colegas da mídia, de atirar ao chão a camisa do clube utilizada no jogo e pisoteá-la. 

Quem ama, às vezes, maltrata! Alguns batem no ser amado!

Cuca bateu no Palmeiras, mas o Palmeiras, impávido colosso, não se incomodou. Tanto é verdade que o recontratou, anos depois!

Fosse nos bambis, e tenho certeza de que teriam recorrido à "Lei Maria da Penha". HAHAHAHAHAHAHAHAHA

Brincadeiras à parte, Cuca, naquele tempo, foi ao paroxismo da ira. 

Ele foi vítima (mais uma) do fator "subterrâneos do Palmeiras", o inferno em vida dos desditosos profissionais que têm a infelicidade de cair em desgraça com diretores ambiciosos sempre a serviço de seus futuros políticos no clube,  de sócios influentes sempre descontentes porque querem interferir no time ou com alguns setores retardados ou interesseiros da torcida.

Esperamos que tudo o que aconteceu tenha se restringido a "Cuca-jogador" e que não venha a ocorrer agora, em outro contexto, com "Cuca-treinador". 

Vamos dar liberdade e deixar o mestre Cuca começar por arrumar nossa cozinha, porque em relação aos demais compartimentos tudo se torna bem mais fácil!

Para encerrar, a gente diz tudo isto (falar é sempre fácil), mas há um aspecto importante a ser considerado. 

Não fosse assim o comportamento de Cuca e ele não seria o Cuca que conhecemos e que, por o conhecermos, contratamos.

Sim, Cuca, aplicado, trabalhador e bom-caráter que promete num primeiro momento, senão revolucionar, ao menos:

a) agregar e unir um elenco heterogêneo... 
b) esclarecer um grupo confuso e disperso, eivado de ciúmes e rivalidades...
c) ajustar os departamentos complementares dos quais depende...
d) definir o status de cada atleta em face do coletivo...
e) escolher os melhores e formar um time principal sem influências externas...
f) motivar os "bancários" e mantê-lo em estado constante de emulação...
g) mudar a atitude dos acomodados do elenco, muitos deles, aproveitáveis... 
h) encaminhar para outros clubes todos aqueles que não serão aproveitados...

Cuca só pelas duas respostas abaixo proferidas na entrevista inicial, mostra de forma bem clara porque é um técnico diferenciado!

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(Fonte, PTD)

Estilo de jogo de seus times

Gosto de um futebol bem jogado, então tem que ter um sistema definido, variáveis, conhecimento amplo, por isso que não vou me preocupar em ter um time ideal pro próximo jogo.

Elenco inchado?

Estava fazendo umas contas. O Palmeiras, se for à final de todos campeonatos, faz 81 partidas no ano. Tem 35 ou 36 jogador e for jogar 81, não é um grande número. Hoje o Palmeiras tem 4 ou 5 jogadores que estão fora. Como sempre falo, jogadores vão ter oportunidade, isso é normal na troca de treinador, e é normal algum jogador que sinta que precisa buscar espaço em outro clube. Vou avaliar tudo isso.


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Sábias palavras! Que sejam acompanhadas de atitudes! É a nossa expectativa!

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