Observatório Alviverde

30/12/2016

PRATTO OU BORJA?



Embora conte com quatro centroavantes renomados sob contrato, o Palmeiras pretende colocar à disposição do novo técnico Eduardo Batista uma quinta opção.

Barrios, Leandro Pereira, Rafael Marques e Alecsandro que renovou contrato há poucos dias, são as opções que estão dentro de casa.

O argentino Pratto, ainda no Atlético Mineiro e o colombiano Borja do Atlético Nacional são os dois nomes que, apesar dos sequentes e reiterados desmentidos de Alexandre Mattos continuam na alça de mira do Verdão, que parece disposto a investir um bom dinheiro na compra de qualquer deles.

Só que o preço decorrente das multas está muito além do que o Palmeiras se dispõe a pagar e, em razão disto, o Verdão continua negociando paulatinamente sem qualquer afobação ou pressa.

Se contratar Pratto, consegue um jogador tecnicamente acima da média, maduro, sério, disciplinado, um artilheiro nato, muito comprometido com o clube e com a torcida.

É batuta esse argentino! Pelo que apresentou até agora no Galo. provou, também, que  já está perfeitamente adaptado ao futebol brasileiro.

Só que em razão da idade mais provecta, Pratto dificilmente terá mercado futuro e isto engessa o investimento  que é muito alto, da ordem de 52 milhões de reais, tornando-o proibitivo em razão dos valores solicitados para a liberação do jogador. 

Eu, particularmente, não faria um negócio como esse nem a bico de carabina pelos riscos decorrentes de um investimento muito acima da possibilidade de qualquer clube brasileiro, do Palmeiras, inclusive.

Em relação a Borja a multa rescisória é ainda maior, estratosférica, da ordem de 70 milhões de reais, preço que o Atlético Nacional imagina possa negociar o atleta com o futebol europeu.

Embora Borja seja jovem, já é muito experiente. Trata-se de um jogador dotado de excelente técnica, sendo que a velocidade e a mobilidade são as suas melhores características.

Além de ser possível uma venda futura de Borja para o mercado exterior, entendo que é um jogador cujo estilo se aproxima mais de Gabriel Jesus do que Pratto.

Se eu contrataria Borja por esse preço? Nem a cano de metralhadora! É dinheiro demais em cima de um jogador que ninguém pode garantir que chegue ao Brasil e, de imediato, se adapte e arrebente em campo.

Respeitando os pensamentos de todos vocês que escrevem neste OAV, certamente contrários aos meus,  eu só arriscaria nessas contratações caso os dois Atléticos, o mineiro e o colombiano reduzissem drasticamente os preços.

Nem Borja e nem Prato valem os preços exorbitantes solicitados pelos detentores de seus vínculos contratuais e se eu tivesse que optar por qualquer deles, optaria pela liderança do argentino.

Para encerrar, (agora muitos não vão concordar comigo), eu entendo que contando com quatro centroavantes sob contrato fora outros que, certamente, possam ser promovidos a partir da base ou de apostas que possam vir de clubes de menor expressão,  quem sabe um deles venha a preencher as necessidades do time, a partir da chegada de um emérito lançador?

Eu testaria primeiramente os quatro que estão em casa dentro do novo esquema, da nova cara que o time certamente terá sob Eduardo Batista e só depois -se necessário- partiria, efetivamente, para a aquisição de um quinto atacante. 

Lembrem-se, sempre, que jogadores que não certo com um treinador podem dar muito certo a partir do momento em que começam a trabalhar com outro. O futebol está repleto de exemplos desse teor.

Como o Paulistão, atualmente, só serve mesmo para experiências, por que não dar novas chances a jogadores que não conseguiram se destacar no esquema de Cuca?

COMENTE COMENTE COMENTE