Observatório Alviverde

01/11/2014

PAULO NOBRE, UM PRESIDENTE RICO, MAS DE MENTALIDADE MUITO POBRE!





O slogan acima não reflete o pensamento deste blogueiro.

Deu na UOL:

"Nobre defende austeridade e 

critica esforço para ganhar 

Brasileiro de 2009".

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Também defendo e vou defender, sempre -instransigentemente-, austeridade administrativa no Palmeiras. 

O clube, de fato, precisa de austeridade, mas na medida certa de suas demandas. Não significa, porém, que tenha de parar de investir! 

O Palmeiras terá de ter, sempre, um fluxo de caixa que lhe permita uma sobrevivência digna através de uma rolagem funcional e contábil que atenda às exigências de mercado, sem prejuízos para o futebol profissional.

Por isso, até ontem, eu não ficaria nem um pouco aborrecido se Nobre continuasse presidente, mesmo convencido de que, de bola, ele sabe muito pouco, quase nada!

Confesso, no entanto, mudei, em parte, a minha opinião sobre o nosso jovem presidente, após ter lido a entrevista que ele concedeu ao portal UOL e ao Grupo Folha, que todos podem ter acesso e acompanhar neste endereço: 

https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7510826915838490470#editor/target=post;postID=5324253178650669534

Causou-me espécie e desconforto ver Nobre, em um órgão de  mídia hostil ao clube, criticar, cruelmente, cinco anos decorridos, o legítimo e louvável esforço de Belluzo por ganhar o título Brasileiro de 2009! Foi, simplesmente, revoltante!

Que ele falasse de seus projetos, realizações e apresentasse as explicações para vários erros ocorridos no futebol, em sua admnistração, tudo bem! 

Mas, criticar a gestão Belluzo, uma das poucas que, mesmo errando, (errou muito) tentou acertar e respeitou a torcida, não dá para tolerar.

Foi uma completa falta de compostura, de ética e de visão, que me permitem concluir que o título desta postagem (eu tinha dúvidas) é justo e, rigorosamente, certo: 

"PAULO NOBRE, UM PRESIDENTE RICO, MAS DE MENTALIDADE MUITO POBRE"!

Considerando-se que Belluzo, nome de peso e respeito dentro e fora do Palmeiras, é candidato a vice-presidente em outra chapa, as declarações de Nobre constituiram-se, ao meu sentir, em uma ação de politicalha rasteira, tipo a que rolou e grassou, à beça, no último pleito presidencial. 

Detalhe: A Arena só está em pé porque Belluzo encarou os conservadores e enfrentou de forma desassombrada e corajosa, o turco, seus imbecis seguidores e a vasta horda de retrógrados que pululam em nossa Sociedade Esportiva! 

Felizmente, Belluzo, com personalidade, luta, perseverança, e, principalmente, com autoridade, a todos derrotou. Mas, quem venceu foi o Palmeiras! 

A Allianz Arena, agora, já não é mais um sonho. É, mais do que um presente, uma dádiva, uma indesmentível realidade! 

Obrigado, Belluzo e todos os verdadeiros palmeirenses que por ela propugnaram, lutaram e, gloriosamente, a conquistaram.

A nossa Arena, a mais bela, funcional e mais moderna praça esportiva das Américas, construída sem a demagógica esmola governamental, exclusivamente à nossa custa, é, por extensão, uma das melhores do planeta.

Sem qualquer receio de errar ou de cometer injustiças, ouso afirmar que ela, per si, releva, retifica e justifica todos os possíveis erros de Belluzzo, enquanto presidente!  Pena que não seja ele, Belluzo, o candidato ao cargo máximo!

Francamente, eu não esperava que Nobre se perdesse no tempo, no espaço e nas ações, revelando, no episódio uma completa imaturidade política!

Por quê, pergunto, tanta média de Nobre com aqueles setores que, há anos, engessaram o Palmeiras e o impedem de crescer?

A alma competitiva do piloto-presidente, parece estar falando mais alto do que os seus senso e razão, em face, creio,  de seu desespero por obter uma sequência aos dois primeiros anos de sua administração.

Nobre -nem é preciso estar dentro do clube para saber-, é o favorito natural nas próximas eleições presidenciais, mas, fique claro, está longe de ser imbatível.

Ele pode enroscar-se em um obstáculo intransponível a que se chama de descenso e, simplesmente, ser triturado no pleito que se avizinha e no qual ele desponta como o grande favorito.

A hipótese é improvável, mas, perfeitamente, possível e factível, a partir de um tropeço palmeirense amanhã à noite na Fonte Nova, contra o Bahia. Livre-nos, meu Deus, disso!

Não sei se é mera impressão minha, mas, parece-me, Nobre anda arredio e esquivo e em seus pronunciamentos, mais agressivo do que normalmente o vemos e conhecemos, muito longe, completamente, de seu modo ponderado de ser, de conviver e de agir.

Os votos que vai buscar nessa ala retrógrada que tanto corteja, vêm de indivíduos (com poucas exceções) mais do que radicais, superlativamente radicalíssimos, que têm em comum o fato de detestar futebol, cultivando esquecer que o Palmeiras nasceu, prioritariamente, um clube de futebol, não um clube de lazer!

São eles, justamente, aqueles que sempre colocam a anacrônica e démodé Sociedade Esportiva, que contem o time, acima do carro-chefe da instituição, o futebol, invertendo as prioridades.

Essa gente não sabe, ou, se sabe, finge não saber, que é o futebol que faz do Palmeiras um patrimônio de amor e de paixão legítimo e inestimável de ponderável parcela do povo brasileiro e, concomitantemente, um expoente esportivo de jaez e âmbito mundiais. 

Que Nobre sensibilizasse ou sensibilize esses eleitores, tudo bem, pois o proselitismo eleitoral, além de fazer parte do jogo democrático, no frigir dos ovos,  consagra que voto é voto, independentemente das posições ou ideologias de quem votou.  

Mas demonizar Belluzzo a fim de fazer média -desse tanto- com essa gente que não faz por merecer integrar um clube da estirpe do Palmeiras, aí já é demais...

Entendemos, perfeitamente, a obsessão de Nobre por ganhar a eleição, premido pela necessidade de continuar presidente, até porque ele (erroneamente) investiu dinheiro do próprio bolso a fim de viabilizar contabilmente a Sociedade Esportiva.

Em função disso, ele, agora,  tem fundados receios, medos e, por que não dizer, pavores, de que possa vir a sofrer prejuízos futuros em face de inadimplências de novas diretorias as suas concessões de empréstimos ou, de outras ocorrências que possam ameaçá-lo ou levá-lo a milionárias perdas em dinheiro! 

Nobre está presidente do Palmeiras há dois anos, prazo pequeno para que qualquer administrador implante uma filosofia ou, complemente um trabalho adredemente iniciado. 

Considero justo, então, que ele reivindique permanecer por outro biênio, desde que submeta-se, fique claro, à vontade dos sócios.

É imperioso, porém, que Nobre não se esqueça de proceder às necessárias correções das datas de eleição e da ampliação de mandato presidencial, noves fora o seu, pois seria um casuísmo!

Voltando à desconsideração a Belluzo, entendo que as críticas a ele e a sua administração teriam de ter sido feitas, de forma tempestiva, à época dos fatos, não agora, decorridos cinco largos e longos anos.

Este OAV em tempo hábil, criticou Belluzo e, principalmente, Cipullo, outro dirigente que, pelo que mostrou à frente do futebol palmeirense, também sabe pouco da matéria. 

A maior prova do que afirmamos foi a estúpida contratação de Lincoln, milionária, sofrida e demorada. Não, não estou aqui criticando a contratação agora que a banda passou. Critiquei, antes que fosse concretizada!

Criticamos, também, a estúpida dispensa de Luxemburgo, rejeitada por Cipullo, imposta por Belluzo, se é que Luxa saiu, mesmo, por problemas com o moleque Keyrrison. Creio que não.

Também censuramos a administração Belluzo, pela falta de humildade em manter o técnico interino, Jorginho (parte da torcida também é culpada)que se conduzia irrepreensivelmente a partir de quando assumiu o time, após a dispensa de Luxa.

Infelizmente, Belluzo errou, optando pela desnecessária contratação de Muricy, técnico de grife, sem a menor identificação com o Palmeiras e que, a exemplo do atual, Dorival Júnior, não é técnico de impacto tipo Luxa, Picerni e outros, pois precisa de muito tempo para acertar os times que dirige.

O erro palmar de Cipullo ocorreu após uma briga entre Obina (grande centro-avante, fazedor de gols, brilhando ainda hoje no América Mineiro, sub-aproveitado no Palmeiras) com o jovem zagueiro Maurício.

Sem admitir qualquer ponderação, por mais razoável que fosse, (os dois jogadores, expulsos, fizeram as pazes no vestiário)  Cipullo, assumindo a personalidade típica de italianos coléricos, enfezados, arrogantes e sem a mais mínima razoabilidade, os demitiu via rádio e TV,  simplesmente, para aparecer na mídia.

Mas o que são esses erros e esses prejuízos de varejo da administração Belluzo, se, no atacado, o Palmeiras ganhou uma Arena que o famigerado otomano fez de tudo para que não fosse edificada ou saísse do papel?

Nobre disse à Uol que o Palmeiras não pode cometer irresponsabilidades financeiras em nome de uma possível conquista.

Mas a ele eu digo, em contrapartida, que o Palmeiras, nas mesmas proporções, não pode economizar tanto, a ponto de submeter-se às vexaminosas situações de brigar, todo o ano, para não ser rebaixado. 

Isso, sim, é uma irresponsabilidade em graú e importância potencializados!

Nobre, eleiçoreiramente, falou sobre "o reflexo que a busca pelo título do Brasileiro de 2009 tem, até hoje, nas finanças alviverdes", ao que, respondo, "pode, perfeitamente, ter", mas aposto que ele não mencionaria a impropriedade, se Belluzo não fizesse parte da chapa adversária.

Outra declaração de Nobre:

"Não adianta nada brigar pelo título e passar cinco, sete anos pagando a briga pelo título".

Não gosto dessa declaração, pois deixa transparecer que Nobre não fará investimentos visando a títulos. Esse tipo de pensamento é incompatível com a grandeza e com os objetivos do Palmeiras.

 Ele disse, mais:

"A máquina precisa girar, mas se você faz atitude populista trazendo jogadores a qualquer custo... Você pode ganhar ou não, só que fatalmente essa conta vai ter de ser paga um dia. Tem de pensar na instituição, não só no seu governo"  

Ninguém quer que o Palmeiras exagere e contrate todos os jogadores que se destaquem. 

Nem os gambás com as polpudas verbas que lhes repassa, direta e indiretamente o execrável molusco é capaz disso.

Da mesma forma, ninguém deseja que o Palmeiras, como fizeram Cipullo e Belluzo, contrate jogadores superados tipo Lincoln, e outros, iguais, exclusivamente porque têm nome e marketing.

O Palmeiras, ficou provado este ano, tem, mesmo, é de investir forte na base e acreditar nos garotos promovidos, (Nobre, por necessidade, foi muito bem nesse quesito)

Da mesma forma, O Verdão tem de mudar a política e parar de contratar veteranos (Lúcio é o maior exemplo). Precisamos, sempre, oxigenar e renovar o time com jogadores jovens e sangue novo.

Além disso o Palmeiras tem de passar a investir massivamente, prioritariamente, e, muito mais, em atacantes, assim como fazem os nossos três adversários e rivais no futebol paulista, mormente Santos e Cu-rintias. 

Chega desse negócio de "escola de goleiros", de "olé", de academia e de defesa que ninguém passa! 

Precisamos, sim, de times rápidos, ofensivos, agressivos que façam gols e que priorizem as goleadas, não o "olé"!

Quero deixar bem claro que não estou fazendo política contrária a Nobre, da mesma forma que não estou apoiando Belluzzo, Pescarmona ou quem quer que seja nas próximas eleições.

Estou, simplesmente, colocando uma situação de justiça pois um palmeirense da cepa, da consistência e da estatura de Belluzo, que nos deu a Arena e abriu-nos as portas para um futuro melhor e mais ameno, não pode ser atacado da forma injusta que foi, ainda que indiretamente, pela chamada "porta de travessa"!

O que pregamos no Palmeiras é uma união, ainda que muitos afirmem ser ela quimérica e impossível em face das tamanhas discrepâncias de pensamentos e filosofias.

Embora se diga que a água e o azeite não se misturam, ouso propor (do baixo de minha insignificância) uma chapa de coalizão, tarde demais para tornar-se de direito, mas que pode, perfeitamente, ser implementada, de fato!

Com Nobre presidente (ele administra com austeridade) e Belluzo como diretor de futebol (ele tem conhecimento, ousadia e acredita no potencial econômico do clube) creio que teríamos a dupla ideal para fazer um Palmeiras maior e muito mais poderoso!

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