Observatório Alviverde

23/04/2020

TIREM A CAMISA DE FORÇA QUE NÃO DEIXA BOLSONARO GOVERNAR!

 
Como posso acreditar em um país em que parcela considerável da população -quase 40% dela- idolatra um político recém saído do cárcere por rapina aos cofres públicos?

Como crer que possa se modernizar um país em que parte considerável da população idolatra farsantes como FHC, pseudo social-democrata que fundou e comanda o Foro de São Paulo, antro do comunismo internacional, sendo o autor de vasta literatura de esquerda? 

Esqueceram que foi ele quem introduziu o estatuto da reeleição em próprio benefício ?

Esqueceram que foi esse FDP que chamou os aposentados de vagabundos e criou a política de "aposentar defuntos", isto é, de aumentar a exigência de anos para além da perspectiva geral de vida dos brasileiros?

De sua época para a frente, o INSS passou a engavetar os pedidos de aposentadoria por tempo indeterminado  e quando pagava a defasagem (por força de lei) o dinheiro havia se desvalorizado e não comprava mais nada.

Ah, e antes que eu esqueça, Lula "o governante sensível" que dizia saber interpretar as necessidades do povo, teve tudo nas mãos para mudar a m... de FHC e, entretanto, não o fez .

Fingiu que não sabia de nada e tratou de mudar de assunto.  Na verdade, um gambá cheira o outro e sente o olor de um Opiom, de um Chanel ou de um Ma Griffe!

Pra mim e para os brasileiros que se prezam e que têm vergonha na cara, esses ondivíduos que tanto infelicitaram o Brasil e o povo não passam de dois pulhas!

Dilma, a analfa,  foi, apenas, uma consequência! Já imaginaram se ela cumprisse um segundo mandato?

Com crer em um país no qual, sob a pretensa alegação de risco virótico, a mais alta corte  coloca em liberdade os mais perigosos bandidos do país?

Isso já passa do que chamamos de vergonha ou de acinte contra os homens e as mulheres de bem, a força de trabalho que, de fato, constrói e mantém viva esta nação!

Como dar credibilidade a uma democracia cuja carta magna foi urdida em conchavos, parágrafo a parágrafo, com o objetivo exclusivo de em nome de uma pretensa "democracia" ser capaz de provocar a ingovernabilidade, tornando o poder executivo (que maneja o dinheiro) uma figura decorativa e refém do legislativo e do judiciário?

Não sou e não fui -nunca- um partidário do predomínio militar  sobre o civil  e sei, perfeitamente, que o poder civil, cedo ou tarde, prevalecerá, até porque todo o militar é um civil que usa farda e todo o civil, se a  pátria necessitar, veste a farda e se torna um militar.

Cito como exemplo da eterna prevalência do poder civil, a Guerra do Peloponeso ocorrida na Grêcia nos anos 400s antes de Cristo em que Atenas e Sparta lutaram pela hegemonia no país. Nem é necessário dizer que Sparta venceu apesar da resistência exemplar de Atenas!

E venceu pela força do militarismo, das espadas, das armaduras, dos arcos, das flechas, das bigas de combate e do melhor preparo de seus soldados, numa cidade em que o valor vigente era a força da espada!

E, no entanto, nem assim Sparta se sobrepôs administrativamente à Atenas da política, dos estiletes de escrita, das escolas, das letras, da cultura, dos filósofos, da filosofia e das ideias.  Qual delas, não por mero acaso,  é a capital da Grécia?

Sei que, um dia, pela troca das gerações, eliminados os vagabundos e os corruptos que pululam na política de nosso tempo (quase uma unanimidade)  o bom senso ainda virá a prevalecer  e o Brasil tomará o rumo de uma grande nação e cumprirá um importante papel na história da humanidade.

Que tal, até que cheguemos a esse estágio, trabalharmos, todos nós pelo arremedo de democracia que nos sustenta, deixando um presidente eleito pela maioria do povo brasileiro, exercer livremente a sua administração?

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PARA ENCERRAR, FIZ UMA TRADUÇÃO DO TANGO "CAMBALACHE", PROFÉTICO, QUE NA DÉCADA DE 30 DO SÉCULO PASSADO ANTECIPAVA COMO SERIA A VIDA NOS DIAS DE HOJE..

Tradução em versão livre para o português!

Leiam e percebam que é como uma profecia de tudo o que estamos vivendo.
,
Da autoria do grande compositor argentino ENRIQUE SANTOS DISCÉPOLO,  considerado
"O Poeta do Tango e autor, também de Uno e El Choclo!

Discépolo antecipou como seria o mundo em nossos dias, as relações entre as pessoas e etc.
Até o ano de 200 ele precisou, em uma melodia que foi gravada na longínqua década de 30, século passado.

SIC

El mundo fue y sera una porquería, ya lo sé 
Que o mundo sempre foi e sempre será uma porcaria, eu já sei

En el quinientos seis y en el dos mil también
Foi assim em 1.506 e será assim em 2.000 também.

Que siempre ha habido chorros, maquiávelos y estafáos
Sempre existiram os ladrões os maquiavélicos e os aproveitadores

Contentos y amargaos, valores y dublé
Os alegres, os amargos (tristes), as pessoas de valor e as desclassificadas.

Pero que el siglo veinte es un despliegue de maldá insolente ya no hay quien lo niegue
Mas que o século XX é uma amostra de maldade e insolência, não há como negar.

Vivimos revolcaos en un merengue y en el mismo lodo todos manoseaos
Vivemos imersos em um pântano moral e somos obrigados a viver na mesma lama.

Hoy resulta que es lo mismo ser derecho que traidor Ignorante, sabio, chorro, generoso, estafador
Hoje dá no mesmo ser direito, desonesto, ignorante, sábio, ladrão, caridoso ou vigarista!  

Todo es igual, nada es mejor
Todo mundo é igual e não existe um melhor 

Lo mismo un burro que un gran profesor! No hay aplazaos ni escalafón.
É a mesma coisa um burro ou um grande professor. Não adiantam mais as nossas classificações.

Los inmorales nos han igualao.
 Os imorais nos igualaram!

Si uno vive en la impostura y otro roba en su ambición, da lo mismo que sea cura Colchonero, rey de bastos caradura o polizón.
Assim, um vive na enganando e outro e, ambicioso, rouba seja um padre, um vagabundo, um cafetão ou qualquer outro.

¡Qué falta de respeto, qué atropello a la razón! Cualquiera es un señor, cualquiera es un ladrón! 
Que falta de respeito que atropelo à razão! Qualquer homem de bem também pode até ser um ladrão! 

Mezclao con Stavisky van Don Bosco y La Mignon, Don Chicho y Napoleón, Carnera y San Martín, Igual que en la vidriera irrespetuosa. 
Mistura de Stavisky de Don Bosco y La Mignon, Don Chicho y Napoleón, Carnera y San Martín (personagens do bem e do mal) como se estivessem na vitrine sem respeito do mercado (brechó) de nossa vida.

De los cambalaches se ha mezclao la vida Y herida por un sable sin remache ve llorar la Biblia contra un calefón...
Nos mercados se mistura a vida que. ferida por um sabre sem ponta vê a bíblia sucumbir diante de uma guitarra.


Siglo veinte, cambalache, problemático y febril El que no llora no mama y el que no afana es un gil
Século vinte, mercantilista, problemático e fervilhante. Quem não chora não mama e quem não rouba é um bobão.

Dale nomás, dale que va Que allá en el horno nos vamo a encontrar!
Mas vamos em frente, vamos todos que lá no inferno ainda iremos nos encontrar!

No pienses más, sentate a un lao Que a nadie importa si naciste honrao!
Mas não pense nisso, sente-se ao meu lado e deixe tudo pra lá  porque ninguém tá nem aí e nem se importa se você nasceu honesto ou se é ou não é uma pessoa do bem.

Es lo mismo el que labura Noche y día como un buey que el que vive de los otros que el que mata o el que cura, que el que mata o el que cura
É a mesma coisa para o que trabalha noite e dia como um boi, como para aquele que vive à custa dos outros, o que mata e o que cura, como os que estão fora da lei! (fim)

Este tango foi composto em Buenos Aires por Enrique dos Santos Discépolo, "o poeta do tango" , na década de 30 e foi gravado por Gardel.

Dizer mais o que?

Dizer sim que foi uma verdadeira profecia do que estamos passando e vivenciando nesta nossa passagem pela terra.

Quem quiser comentar acesse: alcidesdrummond@yahoo. com.br