Observatório Alviverde

18/12/2018

O FORTE DE FELIPÃO NUNCA FOI INDICAR JOGADORES!



Tenho visto e ouvido palmeirenses exigindo a negociação de jogadores do atual elenco com os quais jamais tiveram afinidades e pelos quais não nutrem a menor simpatia.

Se dependesse de certos torcedores, aqueles de sempre ansiosos por mudanças e não ficaria jogador ao lado de jogador do atual elenco palmeirense.

De minha parte entendo como normal e humano que este velho escriba tenha, também, as suas escolhas e até reivindique dispensas e contratações visando à próxima temporada.

No entanto, conhecendo Scolari como conheço, prefiro apenas dizer e advertir o treinador que a tarefa do ajuste do elenco -uma imperiosa necessidade- tem de ser acelerada, visando à temporada 2019 que vai se aproximando velozmente. 

Antes de falar de algumas de minhas preferências, faço questão de destacar o seguinte:

Nunca considerei Felipão um expert na escolha de jogadores a contratar e na formação de times tecnicamente categorizados... 

Sempre que lhe foi dada a  missão de escolher os jogadores de que precisava para reforço ou formação dos times que iria dirigir, ele formou apenas de times de luta e de força física, na melhor concepção do chamado "futebol-força", conquanto muitos deles hajam sido campeões.

Embora campeão Brasileiro deste ano, há que se registrar que Scolari assumiu o Palmeiras em decorrência da fraqueza de ânimo, da falta de autoridade e da ausência de comando de Róger Machado e apenas e tão somente por isso.

No que se referiu à montagem do elenco em nada, absolutamente nada, interferiu ou interveio. 

Tudo o que em termos de elenco foi colocado nas mãos de Scolari passou longe, muito longe mesmo, da filosofia futebolística preferida por Felipão, cujo grande mérito foi o de sempre saber trabalhar com elencos que não foi ele quem formou ou, sequer, indicou.

Com tudo e apesar de tudo o excelente trabalho de Scolari neste -literalmente- ano da graça de 2018, reconheça-se, esteve à beira da excepcionalidade em termos de resultados, embora, em campo eu, particularmente, o eleve a esse patamar.

Não fosse o apito vermelho a funcionar no primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil contra o Cruzeiro e o exagero defensivista adotado no primeiro jogo contra o Boca, na Bombonera, pela Libertadores e o excelente trabalho do gaúcho teria sido, repito, sob todos os pontos de vista, e-x-c-e-p-c-i-o-n-a-l. 

Eu, que conheço também e tão bem o Felipão, (era a minha segunda alternativa para o lugar de Róger Machado) faço-lhe, porém, uma ressalva e a coloco em discussão com todos os amigos do OAV que se dispuserem a analisar o tema. 

Sabem o que penso?

Houvesse sido Scolari a indicar os nomes dos jogadores contratados em 2018 e o time do Palmeiras teria sido outro, muito outro, superior fisicamente e inferior tecnicamente.

Repito, para que fique bem clara e explícita a minha opinião, que "acredito que o Palmeiras não teria chegado ao patamar em que chegou houvesse sido Scolari quem indicasse as individualidades contratadas. 

O que foi dito, não significa, porém, que eu rejeite toda e qualquer indicação de nomes através dele e que ele não possa indicar um ou outro reforço, como Ricardo Goulart, por exemplo, um desejo de Felipão e uma unanimidade entre a torcida.

O que não pode é Scolari (como de costume) encher o time de jogadores de força para jogar a sua mais retrancada retranca, sem aquela capacidade técnica extra de definir tecnicamente os jogos quando se impuser esta alternativa.

Felipão, em relação aos elencos que dirige, mesmo nas derrotas é (sempre foi) um conservador tipo "amico di amici", como se diz em bom italiano, isto é, um "amigo dos amigos". 

A exigência forte e recente dele pelas reformas de contrato dos veteranos Prass e Dracena, tanto e quanto do maduríssimo Jailson, confirmam a minha tese.

A conclusão a que chego é a de que ele é muitíssimo corporativista e essa característica é algo a que se chama de faca de duplo corte porquanto pode funcionar para o bem como para o mal. 

O atual elenco palmeirense, "tá mais na cara do que verruga, cravo, barba ou bigode" carece de algumas poucas dispensas, de algumas promoções da base e de algumas contratações pontuais, a fim de que possa chegar ao seu tamanho mais real e à sua condição mais ideal.

Tivesse eu alguma influência no clube e já estaria, senão entregando o bilhete azul, mas procurando mercado para jogadores como Borja, Guerra, Jean, Diogo Barbosa, Hyoran e outros para efeito de depuração e de aprimoramento técnico do elenco.

No entanto, da mesma forma que vi e acompanhei o esforço de Felipão pela manutenção de Prass, Dracena e Jailson que nem titular mais têm sido, tenho convicção plena de que se Mattos e Gagliotte não tomarem a frente das negociações, o Palmeiras vai acabar se transformando numa autêntica instituição de caridade.

Eu, particularmente,  dispensaria uns seis ou sete jogadores no mínimo!

Para efeito de livrar o clube de alguns salários além da realidade que, numa computação de largo tempo atrapalha (sim) financeiramente a instituição, Guerra, Jean e Borja deveriam ter as suas saídas facilitadas.

PERGUNTA FINAL:

Quais os jogadores do atual elenco do Verdão com os quais você não ficaria para a temporada 2019?

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