Observatório Alviverde

20/08/2016

NÃO ME ENGANEI EM RELAÇÃO AO MEIA MEIA BOCA DA CHAPE!


Amigos do OAV, vamos deixar para falar sobre o time que enfrenta a Ponte após o treino deste sábado que define a escalação do Verdão para esse difícil compromisso.

Prefiro, antes, falar de Hyoran da Chapecoense, sonho de consumo de uma diretoria que a cada dia me convence que sabe muito pouco em matéria de futebol. 

Considerem que estou tendo coragem de afirmar isso com todas as letras, com todos os esses e com todos os erres, ainda que a atual diretoria tenha, enfim, (ufa, como foi caro e difícil) conseguido montar um bom grupo e que o time lidere o Brasileiro.

Ao que eu saiba, nenhum time das Américas contratou tanto e em tão pouco tempo como o Palmeiras o fez, aleatoriamente, inconsequentemente, na base do improviso e desperdiçando tanto dinheiro, de acordo com voracíssimo apetite de seu diretor de futebol que não sem razão é ironicamente chamado pela torcida de corretor de jogadores.

Ironicamente o flagrante dispêndio (simbolicamente) não de um caminhão, mas de muitos trens com dezenas de vagões repletos de dinheiro não garantiram ao Palmeiras sequer a condição de ter, destacadamente, o melhor elenco deste Brasileiro, mas, simplesmente, um dos melhores. 

Mattos confundiu quantidade com qualidade, encheu o elenco de jogadores "meias-bocas" até que Nobre, inteligente que é, sentiu na pele a absoluta inocuidade de tão vasto número de atletas e cortou o barato do entusiasmado diretor!  

O Palmeiras, então, não contratou mais ninguém, embora fosse aconselhável que contratasse ao menos um meia armador competente que chegasse para entrar no time logo de cara, dando-lhe um "up-grade" técnico, isto é um aprimoramento que viesse a facilitar-lhe a trajetória no Brasileirão.

Dito tudo isso eu quero lhes dizer que programei-me para assistir ao América e a Chapecoense ontem no Independência, a fim de ver de perto o "grande" jogador Hyoran da Chapecoense, ao menos no entendimento de Mattos, Nobre e, quem sabe, de Cuca. 

Porém, pelo que eu já houvera visto desse atleta a quem reputo, apenas, bonzinho e comum como centenas de outros jovens que vejo nos clubes, à última hora resolvi ficar em casa e assistir ao jogo pelo pay-per-view.

Não me arrependi! O tal Hyoran até que se esforçou no sentido de mostrar que o interesse do Palmeiras por seu concurso era procedente, mas nem isto conseguiu.

Teve uma atuação normal, burocrática e sem qualquer destaque. Muito melhor do que ele esteve (e é), sem a menor dúvida, o velhote Kléber Santana. Ele sim, no momento atual, caberia no time do Palmeiras, embora na condição não de titularidade absoluta, mas na de disputar uma posição.

Hyoran tem tudo o que os dirigentes do Palmeiras mais gostam: é baixo, claro, olhos verdes, pinta de galã e, enfim, um belo e vistoso (para quem gosta e por favor me incluam fora disto) representante da raça ariana.

Mas, dentro de campo, ao menos pelo que vi até agora, não passa de um jogador razoável, de um bom controle de bola, porém mediano tanto e quanto dezenas de jovens que vejo por aí, na nossa base, inclusive.

Aquele Juninho de nossa base, atualmente emprestado ao Criciúma, pelo que conheço dele e pelo que pude constatar de Hyoran em cinco ou seis partidas dele a que tive a chance de assistir, parece-me um jogador muito melhor!

Eu não contrataria Hyoran neste momento! Precisamos, sim, de um meia de ligação, mas que seja um jogador mais experiente, mais atuante, mais vivido, mais participativo, mais decisivo e que encarne uma liderança dentro de campo!

E você, contrataria o jovem meia da Chape? 

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