Observatório Alviverde

22/02/2017

AS CIRCUNSTÂNCIAS DO DERBY, COMPLETAMENTE FAVORÁVEIS AO PALMEIRAS, PRECIPITAM A MINHA DECISÃO PELA DISPENSA DE UM TÉCNICO QUE CONSEGUIU PERDER O CLÁSSICO MAIS GANHO DA HISTÓRIA!




Para que não digam que estou fugindo da raia e evitando de opinar por não ter o que escrever (o farei hoje à noite após a comemoração do aniversário de meu filho) quero dizer isto:

Perder um jogo jogado disputado palmo a palmo para o Curica seria normal mas perder na circunstância vexatória que perdemos para um time inexperiente e jovem como o deles, extrapolou os limites de minha tolerância.

Luxa, Cuca ou alguém desse nível hoje, agora, JÁ, sob pena (repito, a julgarmos pelo jogo de ontem em que depois de tantos anos um erro de arbitragem finalmente nos favoreceu) de o Palmeiras, apesar dos investimentos, não decolar em 2017.

Está aí para quem não gosta de jogadores raçudos e trabalhadores e acha que um time só deve ter craques em todas as posições, o exemplo clássico e claro de que a mescla é (sempre foi) a melhor solução.

Ontem estávamos cheios de pianistas mas não tivemos o maestro nem os carregadores de piano. Viram no que deu?

Times só de enfeitadores, de mocinhos, de artistas ou só de pianistas (principalmente quando se tem tantos baixotes e franzinos no time) eu sei, pela minha militância na mídia, trabalhando em dez estados do país em quase 50 anos de profissão, que sempre têm dificuldades em vencer times fisicamente mais fortes. Ontem, foi assim!

Vocês acham que o Thiago Santos, o Vitor Hugo ou qualquer desses jogadores fortes porém de menos técnica e tão criticados pela torcida, teriam perdido aquela bola fácil que o altamente técnico porém franzino Guerra perdeu?

O Palmeiras, U-R-G-E-N-T-E-M-E-N-T-E,  tem de contratar um comandante à altura do elenco que formou, sob pena de soçobrar justamente neste ano tão importante de sua história, em que pode colimar além do Paulista, o Brasileiro e até um título mundial.

Depois do vexame de ontem, já não tenho mais nenhum peso na consciência ao recomendar um novo treinador para o Palmeiras.

O jogo de ontem evidenciou que faltaram pulso e comando ao jovem, estudioso e esforçado Eduardo Batista sem cabedal suficiente para dirigir um time formado exclusivamente por feras.

AS CIRCUNSTÂNCIAS DO DERBY, COMPLETAMENTE FAVORÁVEIS AO PALMEIRAS, PRECIPITAM A MINHA DECISÃO PELA DISPENSA DE UM TÉCNICO QUE CONSEGUIU PERDER O CLÁSSICO MAIS GANHO DA HISTÓRIA!


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UM CLÁSSICO NEM SEMPRE É RESOLVIDO APENAS DENTRO DE CAMPO!



Clássico é sempre clássico! Tudo pode acontecer em um clássico, até porque um clássico nem sempre é decidido exclusivamente dentro de campo.

Ainda mais quando esse clássico é um jogo de tal jaez, importância e rivalidade que tem o epíteto de "derby", colocando frente à frente os dois clubes que representam o ápice, o apogeu da rivalidade do futebol brasileiro, Palmeiras e Corinthians, muito maior que qualquer outra.

Repare, quem me lê, um pequenino detalhe acerca deste jogo!

Muito poucos se referem ao "derby" como Corinthians x Palmeiras, mas sempre como Palmeiras x Corinthians, ainda que o jogo seja no (literalmente)  terreiro deles?

Essa maneira de referir-se ao clássico não deixa de ser uma forma subconsciente de respeito ao clube de maior representatividade e grandeza,  inquestionavelmente o Palmeiras.  

Desde a década de 50 que acompanho este jogo que tantas vezes fez-me derramar minhas lágrimas infantis pela dor da derrota.

Testemunha (graças a Deus) viva e lúcida de meu sentimento é a minha jovem mãe do alto de seus 92 anos de saúde, lucidez, sabedoria e inteligência que sempre me consolava nesses momentos amargos e difíceis.

Fui menino na década de 50 e testemunha de inúmeras migrações de garotos palmeirenses de menor personalidade para outras camisas, em face da década quase perdida em que o Palmeiras ficou 13 partidas seguidas sem vencer e quase 10 anos sem conseguir derrotar o maior rival.

Perseverei como palmeirense pois sempre tive têmpera forte, persistência e personalidade, legados invisíveis que alcancei de forma inconsciente seguindo o exemplo de meu velho pai, palmeirense muito mais de alma e coração do que de presença, que só viu o Verdão jogar nas poucas vezes em que a família viajava à casa do cunhado corintiano em Campinas onde já havia TV em preto e branco.

Fui testemunha da segunda "Grande Arrancada palmeirense", iniciada em 1958 que começou com uma espetacular goleada de 4 x 0 sobre o Corinthians na chamada "quebra do tabu". Lavou-me a alma!

Na ocasião, entre 58 e 59, mais ou menos nos termos da reformulação atual promovida por Alexandre Mattos, o Palmeiras contratou em série muitos dos grandes jogadores daquele tempo, recrutando-os, principalmente, nas Seleções Estaduais.

Na Seleção Cacareco, como era conhecida a Seleção de Pernambuco, o Palmeiras contratou Aldemar, Zequinha , Gildo, Géo e Rinaldo .

Na Seleção Gaúcha foi buscar Valdir Joaquim de Moraes,  Enio Andrade e Chinesinho, o melhor meia de armação que vi jogar, mais até do que Ademir da Guia de quem foi mestre e professor.

Entre tantos outros contratados o Palmeiras foi buscar Paulinho no Flamengo, Geraldo Scotto e Formiga no Santos e Nardo, no próprio Corinthians.

Isso sem falar na maior de todas as contratações. Julinho Botelho muito, mas muito mesmo, melhor jogador do que Garrincha e um dos melhores do futebol brasileiro de todos os tempos. Vi N vezes os dois em campo e sei, perfeitamente, o que estou afirmando!

Daí em diante foi só alegria, e, muito pouco, tristezas.

Na verdade o Palmeiras só começou a perder no para o Corinthians no atacado quando Mustafá e alguns presidentes armaram times incompatíveis com a tradição e a grandeza palmeirense e o político Lula, subliminarmente, foi o presidente invisível, mas, de fato,  daquele clube.

Lembram-se do que eu disse no início desta postagem de que um clássico não é decidido apenas dentro de campo?




Desde que esse político calhorda (só não tenho mais nojo dele do que tenho de o outro curicano FHC, ainda pior) perdeu o espaço e o poder e obrigou-se a afastar e esquecer o Curica que o Palmeiras não perde mais para eles.

Há exatos dois anos que eles não vencem o Verdão!

Que continue assim daqui a pouco!

FICHA TÉCNICA MAIS PROVÁVEL:

CORINTHIANS X PALMEIRAS
Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP)
Data: 22 de fevereiro de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Thiago Duarte Peixoto (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (SP)
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Romero, Rodriguinho e Marlone; Kazim
Técnico: Fábio Carille
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Mina, Vitor Hugo e Zé Roberto; Felipe Melo; Michel Bastos, Raphael Veiga, Guerra (Keno ou Thiago Santos) e Dudu; Willian
Técnico: Eduardo Baptista

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CURICA X PALMEIRAS,UM "DERBY" FERVILHANTE QUE PODE COROAR OU DECAPITAR EDUARDO BAPTISTA!



Se o Palmeiras perder daqui a pouco para o Curica, -possível mas improvável- não esperem nenhum libelo neste espaço cobrando a dispensa de Eduardo Baptista.

Ainda que na hipótese de uma derrota, farei apenas críticas pontuais sem quaisquer exageros, ao time e ao treinador, sobretudo se o time jogar bem !

Parto do princípio que "se Ventura Cambóm, Aimoré Moreira, Dom Filpo, Minelli, Brandão, Dino Sani, Telê, Carlos Alberto Silva, Leão, Jair Picerni, Luxa, Felipão e tantos outros técnicos de nomeada", perderam tantas vezes para o Curica tendo em mãos times muito melhores do que o adversário, por que razão colocar sob a condição exclusiva de uma vitória a continuidade de Eduardo Batista como técnico do Palmeiras?

Pensem que clássico é clássico e que as camisas equilibram o jogo, por pior que um time esteja em relação ao outro.

Um clássico como o de hoje em que certos aspectos exteriores alheios ao espetáculo (ambiente, arbitragem, mídia e etc) pesam tanto no que respeita ao resultado, é forçoso reconhecer-se que nem o "derby" pode servir (ainda) de parâmetro para um julgamento final do trabalho do novo treinador do Verdão.

Se o time for bem escalado, se atuar bem como atuou domingo passado em Araraquara, se apresentar um bom desenho tático e uma bela desenvoltura em campo, pode até vir a perder o jogo que ainda não o colocarei na condição de João Batista, mas, ainda, de Eduardo Baptista.

É óbvio que vou criticar, que vou censurar muito aqueles jogadores que (se) não renderam satisfatoriamente, tanto e quanto cobrarei forte do treinador e exigirei postura mais firme e outra atitude dele e da equipe nos próximos jogos.

Depois, a cabo de mais dois ou três jogos, se, de fato, ficar constatado que a nova direção técnica não está sendo proveitosa e benéfica ao Verdão, aí, sim, e-x-i-g-i-r-e-i  a mudança do treinador. 

A experiência, o bom-senso e a convicção de que todos neste mundo têm de ter a sua oportunidade de mostrar que sabe e que pode, ao menos para mim falam mais forte. Não sei, para vocês!

Eduardo Batista sensibilizou-me ao comparecer a todos os jogos do Palmeiras na Copa São Paulo, tanto e quanto por falar de sua pretensão em revelar jogadores da base! 

Isso pode ser definido como vontade de trabalhar, de acertar e de agarrar a grande oportunidade que a vida está lhe oferecendo, como um grande respeito ao clube e à torcida. Isto, creiam, é muitíssimo importante!

Você está mais flexível após a boa apresentação do Palmeiras contra o Linense, ou considera que hoje tem de ser o "Dia D" para Eduardo Batista?

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 PS - Após o meio dia abro nova postagem para que todos possam falar sobre o jogo, mas quem quiser está livre para abordar, também, o clássico! (AD)