Observatório Alviverde

19/07/2019

UMA CONCLAMAÇÃO AOS PALMEIRENSES DE CORPO E ALMA!



É problemático o assunto futebol, haja vista que envolve uma das mais sublimes paixões do ser humano. 

Ilustrando o tema, quero dizer que há muitos anos li, não me lembro mais onde, um texto da autoria não sei de quem, do qual esqueci as palavras mas acabei guardando-lhe o conceito.

O texto garantia que o maior amor que pode existir neste mundo é o de um ser humano por seu time de futebol! 

E justifica:

As pessoas brigam, se desentendem, se agridem, se ofendem, se afastam e de repente deixam de gostar dos amigos, dos parentes, da mulher, do marido, dos filhos, do pai e até da própria mãe.

Verdade verdadeira!

E diz mais que as pessoas mudam de casa, de bairro, de cidade, de estado, de país, de emprego, de vida e mudam, até, de religião, mas jamais  mudam de time e nem traem suas cores..

Em suma, não deixam de gostar, nunca, jamais e em tempo algum, de seu clube de futebol pelos quais cultivam completa idolatria, desvelado e incondicional amor, até o dia em que partem deste mundo.

Se alguém tivesse esse texto, eu apreciaria muito que me enviasse, pois trata-se da mais pura lição de  filosofia mentalista e serviria para balizar a vida de muita gente! Seria um convite à reflexão no momento difícil pelo qual passa a coletividade alviverde ...

Eu, particularmente,  jamais colocaria símbolo terreno algum, nem Palmeiras acima de meus entes queridos, esposa, filhos, irmãos, e, principalmente de minha sapientíssima mãe, do alto de suas noventa e cinco primaveras de puro senso, inteligência, saúde e lucidez.

Mas aqueles que vivenciaram a infelicidade do fracionamento familiar, da perda de contato e de amor com seus entes queridos, decorrentes de brigas, desentendimentos ou por qualquer outro motivo, sou convicto de que essas pessoas fazem de seus clubes seu amor maior e os colocam bem acima da importância, até, de seus laços parentais.

Dito tudo o que disse quero dizer que compreendo a dor e o sentimento de vazio e frustração que domina os meus irmãos palmeirenses após a perda da Copa do Brasil, nas circunstâncias vergonhosas com que o time se portou em campo contra o Inter.

Essa vergonha não está na justa medida do placar do jogo, 0 X 1, o mínimo de uma derrota,  mas nas circunstâncias pelas quais o time de Scolari foi eliminado.

Infelizmente o Palmeiras que se viu em Porto Alegre, foi um Palmeiras sem o menor elã (grafia correta de um galicismo), sem esforço, sem impulsos, sem entusiasmo, sem imaginação, sem inspiração, sem a insubstituível doação espiritual, sem vontade de vencer e sem a empolgação que o prélio exigia.

Não, não me chamem de superado pelo uso da palavra "prélio" pois está em nosso hino:

"Quando surge o alviverde imponente/ No gramado em que a luta o aguarda/ Sabe bem o que vem pela frente/ Que a dureza do prélio não tarda" (Gennaro Rodrigues e Antonio Sergi, "Hino da Sociedade Esportiva Palmeiras". 

Bons tempos aqueles dos prélios, das partidas, das contendas, das refregas e do ludopédio, consoante o linguajar corrente da época de Heitor Marcelino, ainda o maior artilheiro de nossa história com 317 gols marcados, 

Tempos em que a garra, o estoicismo, a dedicação, o amor à camisa e a entrega em campo, faziam do Palmeiras aquela força imanente da camisa mais bonita e imponente, a mais invejada e perseguida da história do futebol paulista.

Em nome dessa tradição, dos nossos ídolos e do nosso imorredouro passado, vamos, todos estancar as nossas lágrimas, pensar nossas feridas, cicatrizar as nossas mágoas, conter as nossas frustrações e sublimar nossos egos,  convictos de que a implacável derrota para o Inter, tanto aquela do ano passado para o Cruzeiro,  tem tudo para ser o ponto de partida para os títulos do Brasileirão, da Libertadores e, quem sabe, do próprio Mundial de Clubes da Fifa! 

Que venha, agora, o Ceará... 

Mas que venha quente porque o Verdão vai ferver em cima do Vovô!

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No futebol duas especulações:

1) Moisés estaria indo para a China. 
(Que vá com Deus e obrigado pelo tudo que fez para o Verdão! 

2) Vitor Hugo, o zagueirão, estaria de retorno.
(O Palmeiras precisa de  zagueiro canhoto e de qualidade, bom no jogo aéreo e artilheiro) 

Mas se querem saber mesmo, em minha opinião o Palmeiras precisa de um ou dois atacantes capazes de entrar no time imediatamente.

Causa-me espanto o Palmeiras procurar por tantos volantes e jogadores de contenção quando está mais na cara do que bigode (a citação não é mera coincidência) que o Palmeiras está precisando mesmo de um meia de construção e de um centroavante artilheiro de qualidade!
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