Observatório Alviverde

28/08/2015

POR QUE SÓ O PALMEIRAS É ÉTICO E RESPEITA OS ADVERSÁRIOS? ESTA POSTAGEM É DIRIGIDA A NOBRE, A MATTOS, A MARCELO E AOS JOGADORES!



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Esse negócio de um time abdicar de marcar gols por respeito ao adversário é conversa mole  pra diretor, treinador, jogador, torcedor e o senhor que me lê, dormir e sonhar!

Trata-se de um absurdo, mas não há como deixar de reconhecer que, de vez em quando rola, mormente quando os jogadores líderes dos dois times que estão se enfrentando se conhecem e mantém amizade.

Interessante, porém, que ninguém nunca mostra esse "respeito" pelo Palmeiras e quando pode o arrebenta em campo, enchendo-o de gols.

Certa feita o Vitória, em pleno Palestra, sapecou inapelavelmente 7 x 2 no Palmeiras, na pior atuação de Marcos em toda a sua saga palmeirense. 

Detalhe: dentro e fora de campo!

Dentro de campo, você se lembra?

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 Raivoso, Marcos furou e o Vitória fez mais um gol!

Além de falhar, grostescamente, nesse lance, fora de campo ele conseguiu fazer pior.
 

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 Imaginaram quantos torcedores perdemos por essas declarações infantis?

Então, (se mal pergunto me desculpem), por que o Palmeiras ainda cultiva essa essa ética de otários, essa frescura de zelar pela dignidade alheia, se os adversários, sempre que possível, detonam o Palmeiras em campo? 

Por que tanto respeito pela tradição deste, desse ou daquele clube, nas raras vezes em que o Verdão consegue marcar vários gols e abrir caminho para uma goleada?

Querem outro exemplo mais recente?  

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Viram que páscoa passaram os palmeirenses em 2013?

Aos dirigentes e jogadores que perdoam os adversários nada disso interessa, mas, exclusivamente, as suas conveniências. É preciso acabar com isso! 

Muito do que o Palmeiras sofre -interpretação minha-, é decorrente (sem crítica, mas apenas para efeito de reflexão) das organizadas, que preferem gritar olé a gritar gol. 

Nas raras ocasiões em que o time sai na frente e que se desenha um resultado mais elástico, elas induzem o time ao toque de bola estéril e improfíquo.

Em vez de pedir "mais um" como antigamente, preferem, impropriamente, imbecilmente, pedir olé. 

Os jogadores não se fazem de rogados e, simplesmente, "obedecem"! Para eles, fica muito mais cômodo e fácil tocar a bola do que se arriscar a fazer mais gols.

Lamentavelmente essa atitude, para tantos virtuosa e símbolo de humilhação para o adversário, para mim é negativa, um verdadeiro tiro no pé, pois conduz o time à acomodação pelo desprezo ao objetivo do jogo que é o gol. 

Olé, em meu entendimento, só depois dos 40 do segundo tempo e, ainda assim, quando o resultado é sólido e garantido. Para que correr os riscos de indesejáveis surpresas?

RECENTEMENTE O PALMEIRAS FOI GOLEADO PELO CORITIBA POR 6 X 0.
O TÉCNICO DO COXA ERA MARCELO OLIVEIRA, VOCÊ SABIA?

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Cadê, na época, o respeito de Marcelo Oliveira, então técnico do Coxa, pelas nossas cores?

Por que, agora, haveria ele, então, de respeitar o Cruzeiro, como respeitamos esta semana, evitando construir uma histórica goleada?  

Se o Cruzeiro pudesse meteria 4, 5, 6 ou mais no Palmeiras. A torcida cruzeirense odeia o Palmeiras.

Há uns doze anos o Palmeiras meteu 7 x 3 no Cruzeiro e foi a vitória do Verdão que eu mais "curti" e gostei, porque por aqui em BH os atleticanos e cruzeirenses diziam abertamente que o Palmeiras tinha de ser considerado um time pequeno. 

Depois da goleada, calaram a boca e não repetiram mais a frase.

Não engoli a postura do Palmeiras no segundo tempo do jogo contra os "refrigerados mineiros" nem as entrevistas de Marcelo Oliveira, tanto e quanto as suas preleções de após jogo.

Tudo, para mim, não passou de um calculado jogo, não de cena, mas, de "sena". 

Com "S" mesmo, porque, quem não sabe que ele pensa em seu futuro pessoal e não quer fechar as portas em um clube no qual, mesmo na qualidade de adversário, foi aclamado ao entrar em campo na quarta-feira passada?    

Vejam, abaixo, a postura dos jogadores do Coritiba então treinado por Marcelo Oliveira após o coxa impor a impiedosa e vergonhosa goleada ao Verdão, em maio de 2011, pela Copa do Brasil!

Por isto torci, ontem, pela desclassificação desse timeco paranaense para o Grêmio, ainda que considere o time gaúcho um adversário anos-luz mais problemático e perigoso, caso tenhamos de enfrentá-lo.

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DETALHE: Essa goleada em Curitiba esteve sob suspeita de armação de uma facção do elenco comandada por um certo gladiador e de um centroavante que vinha do Cruzeiro. Visava à queda de Felipão. 

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Só a diretoria da época -babaquíssima ou conveniente-, não percebeu, ou, se percebeu não agiu. 

Onde estava(m) o(s) jogador(es) olheiro(s) da diretoria que não inform(ou) (aram) nada acerca do desastre iminente? Ou seria, Felipão, um caso raro de unanimidade de rejeição?

Até quando os nossos dirigentes serão tão bonzinhos, respeitadores, complacentes e convenientes?

Até quando os jogadores palmeirense vão tirar o pé ante a iminênca de aplicar uma goleada, fazendo do Palmeiras, entre os grandes, o único time que ganha muito pouco por larga margem de gols?

Lembrem-se todos da responsabilidade histórica de uma boa imagem, e, mais do que ela, do fato segundo o qual só um time que ganha muito, que faz muitos gols e aplica muitas goleadas nos adversários consegue criar novas gerações de torcedores.

Se vale a sugestão, que a diretoria coloque como peso e referência no bicho o número de gols marcados e os sofridos para efeito de cálculo. É uma aritmética interessante! 

Ou alguém acredita que em razão dos vultosos e proibitivos salários os jogadores abrem mão do bicho e das premiações?

QUEREM MAIS?

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 O vergonhoso placar sofrido para um time obscuro dispensa comentários!

VOU FICAR POR AQUI NOS EXEMPLOS PRETÉRITOS, SEMPRE UMA ADVERTÊNCIA PARA O PRESENTE E PARA O FUTURO!

Quando o Palmeiras, recentemente, abriu uma vantagem de três gols em cima dos Bambis, de uma forma irritante e incompreensível, o time tirou o pé, passou a, simplesmente, tocar a bola e perdeu a chance de cravar uma goleada histórica em nosso maior inimigo. Fosse ao contrario imaginem o que teria acontecido?

O pouco apetite, a limitada gana pelo gol e o desprezo pelas goleadas têm sido um grande obstáculo ao crescimento da torcida do Palmeiras, pois o time, quando vence, o faz, na maioria das vezes, para o gasto, ou como se diz no interior, na conta do chá. 

Lembro-me de um Palmeiras e Cu-ríntia não tão distante em que o Verdão estabeleceu 4 x 0 em pouco tempo e Felipão, revoltantemente, mandou o time recuar. 

Mesmo ganhando por 4 x 0, o Palmeiras ficou, o tempo todo do restante do jogo,  de cinquenta a sessenta minutos, acuado,  sob ameaça e intenso bombardeio dos rivais. Pode?

É preciso mudar essa filosofia, essa mentalidade tacanha da obsessão pelo toque de bola refinado, que, per si, não ganha os jogos (só os gols são capazes disso) e, principalmente,  pelo respeito demasiado aos adversários, verdadeiras cobras criadas.

Foi pelo excessivo elitismo, pela distorção filosófica de se julgar um time exclusivamente paulistano quando sempre o foi de dimensões nacionais, mas, sobretudo por considerar o gol apenas uma consequência, um aspecto banal do jogo de bola, o Palmeiras perdeu a chance de ser o clube de maior torcida do Brasil.

Goleada, para o Palmeiras, há muitos anos, é manga de colete, isto é não existe.

Quando me perguntam qual foi o MAIOR dos times do Palmeiras, isto é aquele que por mais tempo se manteve no topo, eu vou logo respondendo que foi a defensivista "Segunda Academia" na transição das décadas de 60 e 70 com Leão, Chevrolet, Dudu, Ademir, César, Fedato, Leivinha, para citar, apenas, os jogadores principais de um elenco numeroso, espetacular...Fazia poucos gols mas se dizia que os fazia quando queria! Era só forçar! Mas o time não forçava, simplesmente, tocava.

Quando me perguntam qual foi o MELHOR time do Palmeiras (dos anos 50s a estes dias), eu respondo que foi aquele da primeira academia na transição dos anos de 50 a 60, verdadeiro "butantan"de Valdir, Djalma Santos, Carabina, Julinho, Vavá, Chinesinho Aldemar (o maior marcador de Pelé), uma síntese dos maiores jogadores daquela época, time no qual Germano (o irmão de Fio Maravilha, aquele que casou com a princesa) e até meu amigo Jair Bala (o talentoso ébrio, o bebum curado tardiamente por Dona Sonia), muito melhor do que Rivelino, esquentavam o banco de reservas. Era uma máquina de fazer gols e detentor, por muitos anos, do gol mais rápido do futebol brasileiro através de Gildo aos 9 segundos, contra o Vasco, no Maracanã!

Mas quando me perguntam qual o time do Palmeiras QUE MAIS ME EMOCIONOU, eu respondo, sem medo de errar, que não foi outro senão aquele montado por Otacílio Gonçalves e mas aprimorado e consagrado por Luxa, que,  em 93 e 94, ganhou tudo o que disputou que superou a marca dos cem gols no Paulistão e era vocacionado ao gol.

Como dizia o estupendo narrador da Rádio Bandeirantes, o grande e inesquecível palmeirense Enio Rodrigues Caracci, um dos melhores de todos os tempos no rádio brasileiro, "o que vale é bola na rede".

Esse é o objetivo do jogo. O resto é perfumaria!

ATÉ QUANDO O PALMEIRAS VAI RESPEITAR EM CAMPO AQUELES QUE NÃO O RESPEITAM,  CULTIVANDO E EXERCENDO ESSA ÉTICA DE OTÁRIOS?

QUANDO É QUE ALGUÉM VAI FAZER UMA PRELEÇÃO AOS JOGADORES SOBRE A IMPORTÂNCIA DESTE ASSUNTO?

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