Observatório Alviverde

05/07/2011

MUSTAFÁ NÃO É BURRO MAS PERDEU O BONDE DA HISTÓRIA! MARTINÚCCIO ESTÁ CHEGANDO! OS PRÓXIMOS, HENRIQUE E UM ALA ESQUERDO! ALELUIA!

 

Eu não sou daqueles que só vê defeitos em Mustafá Contursi!

Ao afirmar isso, sou convicto de que provoco a ira de milhares de palmeirenses. Vou explicar! Xingue-me, quem quiser.

Creio que Mustafá é um homem coerente com a sua história, com a sua filosofia de vida e é, quer queiram ou não tantos dos nosos,  um individuo competente. Seria um grande administrador de, por exemplo, uma fábrica de sapatos ou coisa assim.

Acho louvável quando ele fala em austeridade, em administrar o Palmeiras sempre no azul, em obter lucros...

Tivesse eu uma indústria manufatureira, certamente, o convidaria para administra-la, mas, jamais a SE Palmeiras.

Sua visão acerca do clube é reduzida, é míope, é tacanha, é demodê.

Quando profere o sofisma de que o Palmeiras, antes de tudo e, principalmente, é um clube social, incorre em um erro crasso de avaliação e de percepção.

Quando proclama que o Palmeiras tem de ter sempre muito dinheiro em caixa, ele parece não ter lido nos estatutos que o clube não tem finalidades econômicas ou lucrativas.

Isso é imperdoável para um homem que, queiramos ou não, convenhamos, é inteligente, carismático e exerce ponderável liderança dentro do clube, ao ponto de ter o poder de decidir eleições e ditar caminhos e ações.

Com 15 milhões de aficionados segundo os pessimistas, com 20 milhões, segundo os otimistas, com 17 milhões para os realistas, o Palmeiras é a terceira força popular do futebol brasileiro e Mustafá sabe disso..

Mas, se sabe porque desvaloriza essa vertente e trata o principal segmento do clube como se fosse o CA Juventus?

O que não me entra na cabeça é o desprezo que esse ex-presidente nutre pelo futebol, modalidade esportiva que transformou um mero clube de encontro e integração de famílias de imigrantes italianos nessa potência de dimensões e de integração nacional que é o nosso clube.

O seu desinteresse absoluto em ter no Palmeiras um time de futebol de ponta, à altura da grandeza do clube, trai o ideário dos fundadores do velho Palestra e estiola os sonhos de milhões de brasileiros cujos corações pulsam por essas forças anímica e espiritual que transcendem a nossa compreensão.

O lado turco (ou seria árabe mesmo?) do Sr. Contursi, repito, homem inteligente e segundo um amigo meu de Pederneiras que trabalhou no Palmeiras, honestíssimo, o impede de enxergar o clube com afeto, com sentimento, carinho e emoção, um legado de seus ancestrais maternos.

Como se sabe a colonia árabe, com algumas exceções, sempre teve queda pelo Corinthians.

Muitos dizem que Mustafá seria corintiano e o que me faz desconfiar disso foi a entrega gratúita da vaga que era, por direito, nossa, dada de mãos beijadas aos gambás, quando do primeiro campeonato mundial patrocinado pela FIFA e realizado no Brasil.

Eu gostaria, imensamente, que  Mustafá fizesse um exame de consciência e uma revisão de seus conceitos, abraçando a nossa causa, mas sou convicto de que a sua vaidade pessoal jamais irá permitir uma reviravolta dessa magnitude.

Enquanto isso ele segue sendo a personagem mais odiada dentro e fora do Palmeiras.

Agora, Mustafá declara na mídia que rompeu com a atual diretoria,  que preferiu não rezar pelo catecismo dele. Acusa que não está havendo austeridade na atual administração e que o Palmeiras marcha para o caos.

Aliás, graças a Deus, também não está havendo  o engessamento que ele propõe ao nosso orçamento e ao nosso time, que seria muito pior. O caos só virá, mesmo, se o clube deixar de investir no carro-chefe que é o futebol e a Arena não sair.

Tirone e Frizzo, aos quais fiz muitas críticas, ganham a minha admiração e o meu apoio pela personalidade evidenciada nesse episódio da queda de braço com Mustafá e pela recusa de serem bonecos de marionete nas mãos de quem quer que seja. 

O discurso afinado com Felipão, a chegada de Maicon Leite, a boa fase do time, a contratação internacional de Martinúcio, a provável volta de Henrique e o lateral esquerdo, cada vez mais próximo, renovam as esperanças da torcida nessa diretoria e dão a todos, muito mais do que a certeza, a convicção, de que o Palmeiras, desta vez, vai.

Depois de tudo isso vai faltar, apenas, o acerto final com Valdívia!

Quanto ao mais será bola pra frente e seja o que Deus quiser porque a lição de casa terá sido completada.

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