Observatório Alviverde

20/11/2014

"SE DEMITA-SE", PAULO NOBRE! O PERCENTUAL DE QUEDA PARA A SEGUNDONA SUBIU PARA 11,2%!



As chances do Palmeiras cair já são mais de 11%!

Nenhuma voz da mídia palestrina insurgiu-se, como deveria ter feito, contra a irresponsabilidade administrativa decorrente da abertura dos portões da Allianz Arena em um jogo rotineiro de campeonato brasileiro.

Todos se deixaram levar, de uma forma ou de outra, pela grandiloquência do ato e pela emoção do evento. Não censuro ninguém por isto, apenas faço o registro!

E não censuro porque compreendo que tudo decorreu da carência afetiva dos palmeirenses, sublimada pelas perspectivas de que, com o novo estádio, o Verdão se reequilibre e resgate seu passado de títulos, conquistas, heroísmos, epopeias e glórias.

Curtido pelos meus quase cinquenta anos de crônica esportiva, conhecedor, modéstia à parte, dos aspectos psicológicos tendentes no futebol (digo tendentes porque o futebol não é lógico e nem uma ciência exata), visualizei, antecipadamente, os percalços pelos quais passaria o Palmeiras no jogo contra o Sport.

Para começo de conversa, fique claro que tudo decorreu  do desconhecimento, da imaturidade, da inconsequência, e, principalmente, da vaidade do jovem presidente do Palmeiras.

Precipitado e afoito, Nobre realizou o que chamo, apenas, de abertura dos portões do novo estádio, muito longe do que poderia se constituir numa inauguração digna da Allianz Arena, o mais belo estádio do planeta! 

A "abertura dos portões", não passou, ao meu sentir, de um conveniente arranjo, certamente, com fins clubísticos-eleitorais!

Quando uso a banalíssima expressão "abertura dos portões" o faço conscientemente,  porque não passou disso a inexplicável e melancólica atitude de Nobre.

Sou convicto de que a tomou, pelo temor de que uma derrota nas próximas eleições o impedisse de entrar para a história do Palmeiras como o presidente que inaugurou o novo estádio.

Só que a precipitação pode lhe custar caro, muito caro! 

A exemplo de Tirone que ganhou a Copa do Brasil e contratou o cabação Kleina (eu antecipei, vocês se lembram?) para "salvar" o time da queda para a segundona, e caiu, Nobre corre o risco de ficar estigmatizado como o presidente que inaugurou a Arena, contratou o inepto Dorival e remeteu o Palmeiras para o descenso!
 
Ninguém, certamente, o advertiu sobre a inutilidade da inauguração da Arena a esta altura, ou, se o advertiram, ele fez ouvidos de mercador. 

Por tudo que vi, li e ouvi, apenas este modesto e despretensioso OAV, de pouco mais de 2.000 acessos diários, muitos deles repetidos, ousou antecipar mediante argumentos sólidos e consistentes, que a inauguração da Arena, (foi dito várias vezes, taxativamente) era um tiro no pé.

Lembram-se do que publicamos ontem? 

Para que ninguém perca tempo, republico:

"  Com Dorival no banco, sem Valdívia, e, com esse time que não sabe fazer gols, corremos, até certo ponto, o risco de estagnar na tabela e permanecer nos 39 pontos. Que Deus nos livre de semelhante desgraça!
É um risco longínquo, claro, daquele a que se chama de sofrimento por antecipação, mas, pelo que vem rendendo o time em campo, existe, sim, esta preocupação e não se pode, definitivamente, descarta-la. 
Principalmente na eventualidade de uma derrota, esta noite, para o Sport, perfeitamente factível, haja vista que o Palmeiras está em festa e quem faz festa, costuma perder o jogo ".

Ou não fui claro em relação à minha expectativa em relação ao jogo festivo? Mas eu disse muito mais:

"Aliás, esse jogo do Sport, inaugurando a Allian'z Arena é o que, tecnicamente se chama de anti-marketing, ação conhecida, popularmente, como tiro no pé, para que não se cometa a indelicadeza de chamar de burrice ao quadrado! 
O Palmeiras vai inaugurar, melancolicamente, o estádio mais moderno do planeta, fazendo um jogo rotineiro de Campeonato Brasileiro contra um time do segundo escalão do futebol Brasileiro, que, até a semana passada esteve ameaçado pelo descenso!  
É um jogo cujo tamanho e grandeza são incompatíveis com a grandeza do Palmeiras, mas, perfeitamente compatíveis com a dimensão dos sonhos e do ideário de Paulo Nobre! 
Tirante o fato de o Palmeiras passar recibo e assumir a condição de time pequeno e insignificante, há um aspecto técnico importantíssimo que não está sendo levado em consideração.
Como, e, por quê, dar de graça, a esta altura do Brasileiro, a vantagem do campo neutro a um adversário oportunista que tanto nos detesta, em jogo que, embora banal e rotineiro, é de vital importância para a nossa permanência na elite?
O atual time do Palmeiras ainda não conhece e nem está acostumado a jogar na nova arena, o que transporta o jogo de hoje para um estádio neutro!
Nobre, definitivamente não sabe, mesmo, nada de bola! Mistura festa com coisa séria, sem se preocupar com as consequências que podem advir (tomara que não) de tamanha falta de visão, ao limite da  irresponsabilidade! 

E não é que as consequências, que eu nunca desejei, mas, previ, vieram, mesmo? 

Ontem, eu estudava a hipótese de o Palmeiras não ser rebaixado mesmo que não pontuasse em nenhum dos quatro jogos que tinha a cumprir contra o Sport, Inter, Coritiba e Atlético Pr.. 

Publiquei essa matéria porque já desconfiava de que algo nesse sentido estivesse prestes a ocorrer!

Viciado em contratar laterais, beques, volantes de contenção, armadores sem vocação ofensiva, e, ultimamente, até, goleiros, o Palmeiras não dispõe de atacantes eficientes e contundentes e é aí que reside o perigo. Como poderá vencer um time não consegue fazer gols?

A debilidade ofensiva crônica do Verdão chega a tal ponto, que o time não consegue, sequer, chutar a gol. Ontem, foi assim! Magrão, goleiro do Sport, não fez uma única defesa arrojada ou mais difícil!

Se Valdívia não voltar, o time, continuará assim, pois o "consagrado" Dorival, que Brunoro e Nobre ousaram tirar de seu retiro, (por falta um time que o quisesse), em Araraquara, não conseguiu enxergar que o Palmeiras precisava de um armador para suprir as constantes ausências de Valdívia, jogador franzino, caçado e perseguido, de um centro-avante de características diferentes das de Henrique e de atacantes com capacidade de drible, improviso e arremate !

Para quem lê este OAV pela primeira vez, fique claro que não estou sendo oportunista ou, como a maioria o será, bancando o profeta do acontecido, pois tudo isso foi divulgado de forma direta, clara , aberta e franca neste OAV, antes mesmo do anúncio da contratação do fraquíssimo treinador, cujo contrato, estupidamente, foi firmado até meados de 2015. 

Uma diretoria, verdadeiramente, profissional, não cometeria um absurdo, uma irresponsabilidade desse jaez, considerando que se o time fosse rebaixado (agora, mais do que nunca existe uma possibilidade real) ou se não fizesse uma boa campanha teria de demitir o treinador.

Aliás, houvesse profissionalismo (mesmo!), e o Palmeiras, sequer teria cogitado da contratação de Dorival, cujos perfis, pessoal, profissional e psicológico, eram incompatíveis com as necessidades do Palmeiras naquela época .
 
Mas, esperar o que de Brunoro, grande treinador da geração de prata (do volei, do volei, do volei) do volei brasileiro, ou de Nobre, mero dono de ouro que tratou o futebol palmeirense com tanto desdouro?

Como escrevi demais, vou deixar para vocês a análise esmiuçada e detalhada do desastre de ontem e da performance de cada um dos jogadores.

Quero, entretanto, afirmar que "times que não têm bons atacantes, que têm dificuldade em fazer gols, que não seguram a bola no campo adversário e não têm profundidade ofensiva, sobrecarregam os defensores, perdem os jogos e a conta toda é passada para os jogadores de defesa.

O Palmeiras é o time que mais levou gols neste brasileiro, 53, da mesma forma que seu ataque é um dos mais improdutivos da competição, tendo marcado 32 gols, superando, o rebaixado Criciúma, 24, Bahia, 27, Botafogo, 31, Chapecoense, 30. Esses números comprovam a minha tese.

E aí vem Dorival e pede à diretoria para contratar um goleiro (que dificilmente vai estrear) e um volante para ficar no banco! Seria cômico se não fosse trágico!

Já que Nobre, com certeza, em nome de uma pretensa economia de palitos, guardanapos e papel higiênico, não terá culhões para corrigir o seu erro palmar da contratação equivocada de Dorival, demitindo-o sumariamente, imediatamente, que ele próprio, com a licença poética para o uso de duas partículas reflexivas que reforçam o sentimento da torcida palmeirense,  

"se demita-se".

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NA TV
O Palmeiras ganhou alguma compensação financeira extra da Globo para a exibição do jogo da inauguração da Allianz Arena no Pay-per-view?

Ou, como jogo rotineiro do Brasileiro a Globo não investiu um só centavo e ficou com os bonus da histórica transmissão? 

Quanto que o Palmeiras faturaria inaugurando a Allianz Arena, se realizasse um jogo de âmbito internacional no início de 2015, apresentando as suas novas contratações? 

Quanto mais entraria para os cofres do clube se os direitos dessa transmissão fossem vendidos para outro canal aberto, e o clube desse uma solene banana aos nojentíssimos globais que há tanto tempo o hostilizam, reduzindo-o a um timeco qualquer de segunda divisão? 

Pois Nobre preferiu abrir a arena com um jogo ordinário contra um time de segundo ou terceiro escalão do futebol brasileiro, e tão ordinário que, desta vez,  não dá nem para criticar ou reclamar, da decisão da corja diretiva global em transmitir o jogo dos bambis. 

O presidente palmeirense, mais uma vez, arria as calças para a Globo e entrega aos nossos maiores detratores e inimigos da mídia, sem qualquer ônus extra para eles, um evento que, em quaisquer circunstâncias, deveria ser negociado à parte.

Independentemente de proporcionar uma grande receita, repercutiria e reverberaria a relevante importância do empreendimento que o clube, ainda que atrapalhado pelos petistas da prefeitura paulistana, realizou à sua custa!

Até quando o Palmeiras vai arriar as calças para a "lulalizada" Rede Globo? 

O molusco, cu-rintianíssimo, ao ponto de ir à Inglaterra em nome do governo e bancar de forma irresponsável e inconsequente uma desnecessária Copa do Mundo no Brasil, simplesmente para justificar a doação de um estádio aos nossos adversários, creiam, é o maior responsável por tantos problemas que, hoje, afetam o Palmeiras!

Coincidentemente, foi após ele ter ascendido ao poder que surgiu essa história de que o Palmeiras não dá suficiente audiência para ter seus jogos exibidos em tv aberta.

No PFC,  Odiney Ribeiro comentou um pouco mais do que devia, mas narrou bem e conseguiu colocar o telespectador no clima do jogo.  

Odiney (e a maioria dos narradores e apresentadores) têm de parar de "pagar pau" a ex-jogadores, que, milionários, fazem jornalismo oportunista em TV sem qualquer responsabilidade.

Tinha acontecido à tarde no Arena com Belletti que segundo o apresentador, tinha passagem livre no estádio do Barcelona em um jogo em que os jornalistas não tinham acesso ao gramado. É incrível como os próprios jornalistas não se dão valor!

À noite Odiney teve o desplante de perguntar ao comentarista (?) William Machado, quanto tempo demorava para um jogador baixar a adrenalina quando se exibia em uma arena como a do Palmeiras. 

Ele e muitos acreditaram na resposta categórica do invasor Willian Machado, (5 minutos) coincidentemente, ex-curintiano. 

Agora, se mal pergunto, por que a Globo só contrata para comentarista (?) ex-jogador que tenha jogado no Curintia, no Flamengo ou, no máximo, nos bambis?  

Esse é o decantado "padrão globo de qualidade", ex-jogadores travestidos de jornalistas (William é mais fraco do que caldo de chuchu)?

Ivan Andrade, boa voz, ótima dicção, que consegue ser mais diplomático do que Vagner Vilaron, a exemplo de seu parceiro, tem um grande defeito: não define uma única marcação do árbitro como favorável ao Palmeiras. Se acham que exagero, verifiquem o VT.

Ivan e Vilaron nem se dão mais conta disso, talvez interpretando os desejos dos patrões. Uma vergonha! 

Para encerrar.  É risível...

Aos trinta e tantos minutos do segundo tempo, Odiney Ribeiro, dando uma de "gato mestre" proferiu esta frase: "SE NÃO ESTOU ENGANADO, Mouche participou do último jogo no velho estádio do Palestra, com a camisa do Boca Júniors."

Detalhe: ele, certamente, se esqueceu que, no início da transmissão, havia ressaltado textualmente que Mouche tinha participado do evento. Daí, a pergunta:

Na primeira vez que divulgou a notícia, Odinei estava, ou não, enganado? (AD)