APESAR DA GOLEADA, O PALMEIRAS SE CLASSIFICA NA BACIA DAS ALMAS PARA A SEQUÊNCIA DA COPA DO BRASIL!
Mattos e Oswaldo quiseram assim!
Apesar da goleada o Palmeiras ganhou
"Na bacia das almas"!
Quando afirmo que o Depto Técnico do Palmeiras é imaturo, muitos imaginam que estou fazendo oposição gratuita a Cícero e Mattos, responsáveis pelo setor.
Longe de mim, implicar com eles ou com quem quer que seja, embora esteja convencido, cada dia mais, de que esteja coberto de razão.
Ontem, ao criticar a lamentável ausência de Valdívia, justificada pela informação de que estaria sendo poupado, discorri sobre a inversão total de valores e de prioridades por parte do clube, em relação aos dois jogos desta semana.
Após afirmar e provar que o jogo contra o Sampaio, era mais importante do que o do próximo domingo em Joinvile, falei da necessidade premente do aproveitamento do chileno contra o Sampaio.
Mas, a imaturidade das guerrinhas de ego ou a falta de visão técnica de Mattos e Cícero, nos levaram, outra vez, ao equívoco e, tanto e quanto, o chefiado Oswaldo de Oliveira.
Infelizmente, o Palmeiras foi a campo, ontem, para decidir uma vaga em torneio eliminatório importantíssimo, com um time que não representava, exatamente, a sua força máxima.
Em razão disso, as necessidades obrigaram OO a ajustar o avião verde em pleno voo, a partir do aproveitamento de Egídio (não anunciado antes do jogo) e da entrada de Robinho como titular, depois, com o jogo em andamento.
Assim, as dificuldades enfrentadas pelo Palmeiras, ontem, no Palestra, foram imensas e intensas e a ameaça de o time não se classificar, que chegou a estar perto de se concretizar, tiveram essa raiz!
Não dá para entender como, em um jogo decisivo, daqueles que decidem a vida e valem a permanência da equipe em um torneio que conduz à Libertadores, o Palmeiras se dispusesse a disputá-lo, usando um time que não representava a sua força máxima.
Houvesse, o Palestra, vencido o jogo de ida, em São Luís, com placar elástico e autoridade, ainda assim a escalação de um time que não representasse a força máxima, seria um caso a ser estudado, amadurecido, pensado e só adotado diante de uma diferença numérica muito segura.
Não era, efetivamente, o caso de ontem, haja vista o 1 x 1 apertadíssimo do primeiro embate, que proporcionava ao Sampaio a condição de, marcando um gol, passar a ameaçar, seriamente, a classificação do Palmeiras. Acabou acontecendo!
Ontem, eu publicava:
"Sem a alta qualificação e a condição de um craque desequilibrante como Valdívia, o "time óbvio" ou o "óbvio time"de Oswaldo para esta noite, deverá ser este:
Fernando Prass; Lucas, Vitor Hugo, Wellington e Zé Roberto;
Gabriel, Robinho, Alan Patrick e Rafael Marques;
Dudu e Cristaldo".
O Palmeiras, até a entrada de Robinho e a passagem de Zé Roberto à condição de armador, foi e esteve exatamente como previ que estaria sem Valdívia, isto é, "um time óbvio" ou "um óbvio time".
Na verdade, Oswaldo começou o jogo com um time quase titular, ligeiramente diferente daquele que anunciara e com a defesa reforçada.
Na hora H ele deve ter refletido e concluído que corria grandes riscos viesse a escalar um mistão.
Assim, Prass, Lucas, Wellington, Vitor Hugo, tiveram o reforço de Egídio, lateral de ofício, na ala esquerda, o que serviu para fechar uma ampla e larga avenida, de há muito existente denominada Av. Zé Roberto. Foi muito bom, para o Palmeiras!
Gabriel, desta vez, não ficou isolado na marcação, pois teve a companhia de Amaral, que voltou ao time sem ritmo de jogo, razoável no desarme e na cobertura, mas péssimo na entrega de bola.
Com o Palmeiras sofrendo o gol de abertura e rendendo muito pouco, ofensivamente, Oswaldo, antes mesmo de terminar o primeiro tempo, mandou Robinho para o aquecimento e, no intervalo, o colocou no lugar de Amaral. Felicíssima decisão!
Robinho, então, entrou em campo e mudou, completamente, o ritmo do Palmeiras e do próprio jogo, constituindo-se no jogador mais importante da partida.
Zé Roberto que atuara enfiado, no primeiro tempo, sem render satisfatoriamente, no segundo tempo passou a jogar vindo um pouco mais de trás e, do ponto de vista individual, foi o melhor em campo, assinando dois gols.
Ficou provado, outra vez, mais uma vez, como dissemos tantas vezes, que Zé Roberto, pela sua condição de craque, tem de ser aproveitado como meio-campista, já que ele não tem o menor cacoete de lateral, posição na qual ele não passa de um quebra-galho, de um a mais ou de mais um.
Prass, como sempre, esteve firme e eficiente. Como os bons, são, sempre, acompanhados pela sorte, chocaram-se duas bolas contra as suas traves em lances nos quais estava, irremediavelmente, batido.
O melhor dos defensores do Palmeiras foi Lucas, a melhor média de produção do time. Notaram que ninguém mais ousa pedir o garoto João Pedro?
Wellington, esteve bem sem ser brilhante e sem aparecer para a torcida, melhor no segundo que no primeiro tempo.
Vitor Hugo, entortado por Pimentinha no lance do primeiro gol, redimiu-se durante o jogo e foi uma das boas peças do time do Palmeiras.
Aos puristas e aos críticos implacáveis de VH, eu pergunto: "acaso existiu, na história do futebol, algum zagueiro que não houvesse, um dia, tomado um drible, levado uma passada, uma entortada ou que não houvesse marcado um gol-contra?
Ontem foi a vez de Vitor Hugo levar uma finta desconsertante que redundou em gol, o que não significa, que, por isso, ele tenha de deixar a equipe.
Vitor Hugo é um jovem zagueiro, de muito futuro, que, com certeza, ainda vai dar muitas alegrias à torcida do Verdão! Quem viver, verá!
Egídio, como o conhecemos, é muito melhor atacando do que defendendo.
Ontem cumpriu bem as duas funções e contribuiu bastante para que o Palmeiras deixasse o campo com a vitória, sendo o autor da assistência para um dos gols de Zé Roberto.
Gabriel, a exemplo de Lucas e de Rafael Mendes, ostenta elevadíssima nota média, desde que passou a ocupar a cabeça de área palmeirense.
São três jogadores operários, de trabalho de equipe, que sempre rendem muito, menos para o público, e, muitíssimo, em termos de conjunto!
Cristaldo e Dudu compuseram o ataque palmeirense, que, ontem, alcançou a cifra dos cinco gols e esteve bem.
Cristaldo foi substituído por Kevin, mais articulador e mais driblador, embora o argentino, nas jogadas de área, seja mais experiente e decisivo.
Leandro, após larga ausência por contusão, retornou ao time e, espera-se, possa voltar à forma que ostentava assim que chegou do Grêmio para o Palmeiras.
Particularmente, gostei muito da atuação de Dudu, jogador ainda estigmatizado pela perspectiva de ser apenado com uma suspensão exemplar que não se deixou abater pelo problema e jogou com personalidade.
O Palmeiras, como se sabe, conseguiu adiar o julgamento de Dudu para a semana que vem e o atleta está apto a enfrentar o JEC domingo em Joinvile.
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