Observatório Alviverde

08/04/2010

O DILEMA DE JUCA.

Em sua obstinação por ditar normas, estabelecer condutas e apontar (des) caminhos para o futebol brasileiro, lá vem ele de novo...

Desta vez para propor a fundação de uma liga de futebol profissional no Brasil.

Como se já não bastassem as suas deletérias imposições ao futebol brasileiro, Lei Pelé, extinção do passe, dos estaduais e outras barbaridades, agora ele sugere outra excrescência, para a desintegração e fragmentação definitiva do pouco que restou em pé do futebol tupiniquim.

A diferença é que, desta vez, ele, apenas, sugere, pois está ciente de que, neste momento o seu engajamento político é desfavorável e o impede de impor ao futebol mais uma ação, via Brasília.

Ah, esses vazios "cronistas de vanguarda" que com seus olhares de verniz só enxergam e se preocupam com o invólucro "chic" do pacote da primeira divisão brasileira.

Será que eles sabem a extensão do mal que causaram ao futebol do interior do Brasil, em todas as nossas latitudes e longitudes, extirpando-lhe as raízes e condenando-o à extinção?

Na verdade, isso nem mais os incomoda ou comove, pois continuam preocupados apenas em perpetuar a casta clubística estabelecida pelo famigerado clube dos 13, uma entidade com força de liga no futebol do país, malgrado as suas controvérsias e divisões.

E em seu pretensioso desvario de comandar nas entrelinhas, entrecameras e entremicrofones o processo administrativo e a filosofia do futebol brasileiro, indica até os quadros diretivos para a tal liga que concebe e colima, fruto de suas delirantes elocubrações.

Fala em Patrícia Amorim em Luís Álvaro de Oliveira e em Maurício Assunção que, segundo a sua ótica e análise, são sangue novo e desprovidos de vícios.

Mas tudo isso é dito, porém, como preâmbulo de um outro propósito, o de criar uma atomosfera favorável para que ele analise a sucessão do clube dos 13 por um viés que lhe seja favorável e que não colida com os seus interesses profissionais e pessoais.

Na verdade o "vanguardista" está, hoje, sob o fogo cerrado do ricochete de suas próprias balas, disparadas no decorrer do tempo, a esmo, irresponsavelmente, inconsequentemente, sobre tudo o que se mexia ou tinha vida no futebol brasileiro, fosse do bem ou do mal.

Assim, como ele vai apoiar Kléber Leite depois de tudo o que falou fala e insinua a respeito desse cartola?

Mas como pode falar mal se Kléber é "pau-mandado" da Rede Globo, e defende-lhe, intransigentemente, os interesses?

O jornalista é funcionário da Globo que o projeta em nível nacional e deve pagar-lhe um salário bem razoável. Quem é que se arriscaria, por uma opinião, perder semelhantes prerrogativas?

É duro o dilema que ele vive neste instante. Manter a roupa branca, a aparência de vestal ou locupletar-se com a candidatura preferencial do patrão, apoiando-a, ainda que seja veladamente.

Ele critica Koff e insinua que o gaúcho é senil. Diz que seu estômogo "rejeita" essa candidatura, mas que gostaria (?) que ela fosse vitoriosa para atingir o presidente da CBF e o quarteto Teixeira$Leite$Havilla$Pinto$ que a partir de uma eleição de Kleber, tomaria conta, completamente do futebol brasileiro.

Em seguida toma partido e alega que o quarteto (SIC)"tem mais a oferecer do que a alegada dupla Koff/Bispo, uma parceria, se houver mesmo, circunstancial, não tradicional como é a do harmônico quarteto".

Na sequencia fala que o quarteto tem negócios que, ele, colunista, simboliza como (T$L$H) na exploração dos negócios da Seleção. O que é isso? Ninguém sabe, só ele.

Mas se é verdade comprovada, por que não a divulga sem cifras ou subterfúgios?

Depois, vem com a desculpa de que se trata de uma "jogada diabólica" e afirma categoricamente
(SIC)
" a ponto de este colunista se ver diante da necessidade de dizer que Leite é menos ruim que Koff, embora torça para o pior?

E termina assim:
(SIC)
"Mas se há algo que um jornalista não pode fazer é brigar com os fatos. E o fato é que Koff já era e Leite pode ser. Mesmo que venha a ser mais um engodo. O que é, aliás, o mais provável".

Engendrar maquiavelicamente desculpas inverossímeis e publicar constações fictícias, para salvaguardar posições profissionais conflitantes com a própria consciência, isto sim eu considero uma "jogada diabólica".

Conclusão: Neste mundo de meu Deus pessoas existem, mimetistas, mais convenientes do que a conveniência, mais espertos do que a esperteza e mais inteligentes do que a própria inteligência. Pelo menos assim se julgam.

Quando lhes convêm não dizem nem que dois mais dois somam quatro, para não magoar o um e o três. Assim é o vanguardista Juca de tantos e fervorosos adeptos!

Será que do alto de sua empáfia ele imagina que somos, todos nós, apedêutas, parvos, néscios, incultos, incompreensivos, idiotas e sua mais perfeita massa de manobra?


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