Observatório Alviverde

27/10/2018

FLA X PALMEIRAS



Não há como negar que o cansaço foi o maior responsável pelo empate cedido pelo Palmeiras ao Flamengo no jogo de ontem no Maracanã.

Considere-se depois dele os desfalques decorrentes das contusões e dos cartões. Sem um lateral direito especialista, o Verdão teve de improvisar com Luan que, coincidentemente e por azar, também se contundiu na metade do segundo tempo.

Fator relevante, também, foi a necessidade premente de o Palmeiras ter de mexer no time em razão das contusões de Felipe Melo, então o melhor em campo e de Luan que, mesmo improvisado na ala direita, dava conta do recado.  Quando ele saiu sobrevieram o cáos e o gol do Flamengo!

Há que se ressaltar, também (mais uma vez) a falta de visão de Scolari na escalação do time que iniciou o clássico, ressalvados todos os créditos do experiente treinador que acerta tanto, mas que, às vezes, também erra. Já havíamos falado sobre isso, lembram-se?

Felipão, ontem, errou de maneira grotesca ao escalar  Guerra, um jogador, hoje, abaixo do nível de exigência palmeirense, não tanto por questões técnicas, mas por questões físicas.

Em relação a Hyoran, falo por mim, eu não o escalaria, porquanto de há muito ele já não vinha bem, apresentando deficiências de toda a ordem sobretudo as físicas e, não obstante, a falta de confiança.

Felipão até que viu o que relatamos mas pelas circunstâncias decorrentes das saídas prematuras de Luan e de Felipe Melo, acabou deixando Hyoran em campo sem jamais imaginar que a falta de fôlego (ele andava em campo) e de condições físicas desse atleta, levaria o Palmeiras à cessão do empate aos cariocas.

O empate do Flamengo foi uma consequência direta da falta de condição física de  Hyoran, que não conseguiu marcar a saída de bola e, sequer, acompanhar o lateral, o ponta ou quem se deslocasse pela posição, fosse para cercá-lo, desarmá-lo ou para dar cobertura a Gomez.

Em suma, Hyoran não conseguiu ganhar uma única dividida, não acertou um único passe ou deu-se bem em um único lance. Em tempo algum ele conseguiu tocar a bola com autoridade ou representou uma alternativa de e para passes , fosse em deslocamentos, passagens ou "ponto futuro".

Guerra lutou, se esforçou, deu tudo de si mas, como de costume pouco rendeu. A insisência com esse jogador que entra nos jogos e nada realiza ou consegue realizar, acentua e realça  a falha de Felipão.

Scarpa, é elementar, deveria ter entrado de cara visando a recuperar seu ritmo de jogo, considerando-se que pior do que Guerra, por tudo o que já se sabia acerca do retrospecto recente das atuações do venezuelano, seria muito melhor para o Verdão.

A entrada de Willian no lugar de Guerra, aos dez do segundo tempo, de um ponto de vista teórico era excelente, perfeita, levando-se em conta de que o Palmeiras já vencia por 1 x 0  e que o esquema de contra-ataques poderia proporcionar ao Palmeiras mais agressividade no ataque, e, por consequência, outros gols.

Entretanto, a inoperância de Hyoran -o pior em campo- sem condições físicas comprometeu seriamente as atuações de William, de Dudu e até de Borja, que pode ser acusado de tudo, menos de não ter jogado com denodo, brio e esforço.

A ofensividade palmeirense foi comprometida pela péssima atuação de Hyoran, tanto e quanto pode-se afirmar que ele foi responsável direto pelo gol do Fla, por sua falta de combate do lado direito da defesa, em um lance no qual ele não acompanhou a defesa para ajudar no combate.

Àquela altura Luan (que houvera se saído tão bem na improvisação como ala) havia se contundido e deixado o campo por contusão, obrigando Felipão, por absoluta necessidade, a colocar em campo o paraguaio Gómez que, além de canhoto, não é um "sprinter", isto é, não tem velocidade para acompanhar jogdores de maior velocidade como o colombiano que fez o gol, Marlos Moreno.

Felipão não foi feliz na alteração porque só se deu conta do problema que surgira após o Flamengo ter empatado o jogo, quando ordenou que Thiago Santos trocasse de posição com o paraguaio que passou a jogar onde sabe, isto é, dentro da grande área.

Para encerrar eu quero voltar a salientar a necessidade premente do retorno da zaga Antonio Carlos e Dracena que, mais uma vez, demonstrou ser muito melhor, mais experiente e segura do que qualquer outra dupla .

Fique claro que a dupla perfeita não existe mas a menos imperfeita que se pode colocar em campo hoje em dia é essa, desde que com a presença de laterais e volantes competentes para assessorá-la.

Contra o Boca será imprescindível a presença de Antonio Carlos e Dracena, exímios cabeceadores ofensivos, até pela necessidade do placar elástico que o Palmeiras precisa construir em busca da  classificação.
 

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UMA VITÓRIA SOBRE O FLA COLOCA O PALMEIRAS NA RETA DE CHEGADA DO BRASILEIRÃO!



Entre os times que além do Fla brigam com o Palmeiras pelo título, o São Paulo derrotou o Vitória em Salvador e  o Inter empatou com o Vasco em São Januário.

A inesperada vitória coloca os bambis a seis pontos do Palmeiras (56 a 62) e para manter uma distância ainda mais prudente, da ordem de nove pontos, o Palmeiras precisa vencer o Fla esta noite.

Em relação ao Inter, para manter a distância anterior de quatro pontos (58 a 62), o Palmeiras necessitaria apenas de um empate, mas sabe que uma vitória ampliaria para seguros sete pontos a diferença que os separa na tabela.

No que respeita ao Fla o Palmeiras dista apenas quatro pontos dos cariocas (também 58 x 62) e, na hipótese de perder, verá a diferença atual, de quatro pontos, baixar para um mísero pontinho, algo que coloca em xeque o seu favoritismo em relação ao título.

Se empatar, o Verdão mantém a atual e razoável distância de quatro pontos que o separa do urubu.

O ideal, mesmo, será vencer pois ampliaria a diferença flagrante para sete pontos que, de um ponto de vista prático, seria muito difícil de ser tirada, considerando-se  que a partir do término do jogo, apenas sete rodadas nos separam do final do Brasileirão/18.

Sei, perfeitamente -mas quem não sabe?- , que uma vitória esta noite, em pleno Maracanã. será muito difícil.Digo isto considerando-se que o Palmeiras enfrentará um ambiente ainda mais hostil do que aquele encontrado na Argentina.

Além do cansaço físico, mental e psicológico decorrentes e consequentes, há que se considerar o costumeiro trabalho de sapa exercido pela mídia contra o Verdão, tanto e quanto os rigores de um clima hiperquente sta época no Rio e o risco de uma arbitragem facciosa, apesar da indicação de um sexteto oriundo de um estado muito sério, o Paraná.

Ouso afirmar que esta noite o Palmeiras enfrentará o Brasil, tanto e quanto na quarta-feira passada enfrentou o Brasil e a maior parte das três Américas.

O maior problema para hoje (desta vez, sim, eu entendo que o time está cansado) decorre das muitas ausências individuais que levam Felipão ao improviso.

A lista de ausentes é enorme, porquanto Mayke, Bruno Henrique, Lucas Lima e Deyverson não atuam porque estão suspensos e Marcos Rocha e Jean porque estão contundidos.

Examinando-se com atenção a lista dos que não jogam, verifica-se que são dois laterais Mayke e Marcos Rocha (coincidentemente os dois direitos), dois meio-campistas, Bruno Henrique e Lucas Lima e o melhor centroavante deste momento no elenco palmeirense, Deyverson.

Outros dois jogadores, Moisés e William, podem ser escalados ou não  mas a tendência é ficarem fora  ao menos no princípio do jogo. Ambos se desgastaram demais no jogo contra o Boca e, certamente,  devem ser poupados para o jogo de volta,  quarta-feira que vem contra o próprio Boca, agora,  porém no Allianz Parque,

De minha parte acredito que os dois permanecerão no banco e, em caso de necessidade serão chamados para entrar em campo também contra o Flamengo..   

Há várias hipóteses de escalação sendo anunciadas, algumas delas incluindo até alguns dos quatro garotos da base campeões brasileiros sub-20, que Felipão convocou para treinar um dia após a conquista do título: Pedrão,  zagueiro,  Luan Cândido, lateral-esquerdo, Gabriel Furtado  volantee o atacante Papagaio,

Uma delas:
Weverton,
Pedrão, Antonio Carlos, Dracena e Vitor Luiz.
Thiago Santos, Felipe Melo, Moisés, Hyoran e Dudu.
Borja.

Outra:
Weverton
Gustavo Gomez, Antonio Carlos, Dracena e Vitor Luiz.
Thiago Santos, Felipe Melo, Guerra, Dudu e Hyoran
Borja.

Qual você considera o time mais indicado para enfrentar o Fla, esta noite no Maracanã?

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PS -
Não considerei ruim a escolha de um  sexteto de árbitros paranaenses para o Fla x Verdão.
Ficaria preocupado se os seis escalados  fossem mineiros ou nordestinos. Os time cariocas exercem enorme influência sobre os apitadores desses estados.
1) Rafael Traci árbitro central,
2) Ivan Carlos Bohn e Rafael Trombeta, os bandeiras
3) quarto árbitro, Jeferson Piva da Silva
4) Os adicionais, Fabio Filipus e Adriano Milczvski
Eles, todos, são araucarianos.

Tenho certeza de que teremos uma arbitragem à altura da grandeza e da importância do jogo! (AD)