FLA X PALMEIRAS
Não há como negar que o cansaço foi o maior responsável pelo empate cedido pelo Palmeiras ao Flamengo no jogo de ontem no Maracanã.
Considere-se depois dele os desfalques decorrentes das contusões e dos cartões. Sem um lateral direito especialista, o Verdão teve de improvisar com Luan que, coincidentemente e por azar, também se contundiu na metade do segundo tempo.
Fator relevante, também, foi a necessidade premente de o Palmeiras ter de mexer no time em razão das contusões de Felipe Melo, então o melhor em campo e de Luan que, mesmo improvisado na ala direita, dava conta do recado. Quando ele saiu sobrevieram o cáos e o gol do Flamengo!
Há que se ressaltar, também (mais uma vez) a falta de visão de Scolari na escalação do time que iniciou o clássico, ressalvados todos os créditos do experiente treinador que acerta tanto, mas que, às vezes, também erra. Já havíamos falado sobre isso, lembram-se?
Felipão, ontem, errou de maneira grotesca ao escalar Guerra, um jogador, hoje, abaixo do nível de exigência palmeirense, não tanto por questões técnicas, mas por questões físicas.
Em relação a Hyoran, falo por mim, eu não o escalaria, porquanto de há muito ele já não vinha bem, apresentando deficiências de toda a ordem sobretudo as físicas e, não obstante, a falta de confiança.
Felipão até que viu o que relatamos mas pelas circunstâncias decorrentes das saídas prematuras de Luan e de Felipe Melo, acabou deixando Hyoran em campo sem jamais imaginar que a falta de fôlego (ele andava em campo) e de condições físicas desse atleta, levaria o Palmeiras à cessão do empate aos cariocas.
O empate do Flamengo foi uma consequência direta da falta de condição física de Hyoran, que não conseguiu marcar a saída de bola e, sequer, acompanhar o lateral, o ponta ou quem se deslocasse pela posição, fosse para cercá-lo, desarmá-lo ou para dar cobertura a Gomez.
Em suma, Hyoran não conseguiu ganhar uma única dividida, não acertou um único passe ou deu-se bem em um único lance. Em tempo algum ele conseguiu tocar a bola com autoridade ou representou uma alternativa de e para passes , fosse em deslocamentos, passagens ou "ponto futuro".
Guerra lutou, se esforçou, deu tudo de si mas, como de costume pouco rendeu. A insisência com esse jogador que entra nos jogos e nada realiza ou consegue realizar, acentua e realça a falha de Felipão.
Scarpa, é elementar, deveria ter entrado de cara visando a recuperar seu ritmo de jogo, considerando-se que pior do que Guerra, por tudo o que já se sabia acerca do retrospecto recente das atuações do venezuelano, seria muito melhor para o Verdão.
A entrada de Willian no lugar de Guerra, aos dez do segundo tempo, de um ponto de vista teórico era excelente, perfeita, levando-se em conta de que o Palmeiras já vencia por 1 x 0 e que o esquema de contra-ataques poderia proporcionar ao Palmeiras mais agressividade no ataque, e, por consequência, outros gols.
Entretanto, a inoperância de Hyoran -o pior em campo- sem condições físicas comprometeu seriamente as atuações de William, de Dudu e até de Borja, que pode ser acusado de tudo, menos de não ter jogado com denodo, brio e esforço.
A ofensividade palmeirense foi comprometida pela péssima atuação de Hyoran, tanto e quanto pode-se afirmar que ele foi responsável direto pelo gol do Fla, por sua falta de combate do lado direito da defesa, em um lance no qual ele não acompanhou a defesa para ajudar no combate.
Àquela altura Luan (que houvera se saído tão bem na improvisação como ala) havia se contundido e deixado o campo por contusão, obrigando Felipão, por absoluta necessidade, a colocar em campo o paraguaio Gómez que, além de canhoto, não é um "sprinter", isto é, não tem velocidade para acompanhar jogdores de maior velocidade como o colombiano que fez o gol, Marlos Moreno.
Felipão não foi feliz na alteração porque só se deu conta do problema que surgira após o Flamengo ter empatado o jogo, quando ordenou que Thiago Santos trocasse de posição com o paraguaio que passou a jogar onde sabe, isto é, dentro da grande área.
Para encerrar eu quero voltar a salientar a necessidade premente do retorno da zaga Antonio Carlos e Dracena que, mais uma vez, demonstrou ser muito melhor, mais experiente e segura do que qualquer outra dupla .
Fique claro que a dupla perfeita não existe mas a menos imperfeita que se pode colocar em campo hoje em dia é essa, desde que com a presença de laterais e volantes competentes para assessorá-la.
Contra o Boca será imprescindível a presença de Antonio Carlos e Dracena, exímios cabeceadores ofensivos, até pela necessidade do placar elástico que o Palmeiras precisa construir em busca da classificação.
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