Observatório Alviverde

10/11/2015

PAULO NOBRE, NO FUTEBOL DO PALMEIRAS, PARECE UM CEGO GUIADO POR OUTRO CEGO, MATTOS!




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O GIGANTESCO FUTEBOL DO PALMEIRAS CONTINUA NAS MÃOS DE CEGOS!

Paulo Nobre considera que Marcelo Oliveira ainda é portador de força moral suficiente para gerir o futebol do Palmeiras e dirigir o time com sucesso nas enigmáticas finais da Copa do Brasil. 

Em razão disso, já declarou publicamente que, apesar das críticas e das ondas contra o treinador, não cogita substituí-lo.

Falando, ontem à noite à Rádio Bandeirantes o presidente, após deixar claro que não discutia a competência do treinador em razão de seus bons trabalhos no Coritiba e pelos dois títulos nacionais obtidos no Cruzeiro, sepultou qualquer expectativa de mudança ao declarar:

"Eu confio muito nele e a diretoria de futebol como um todo também entende que ele é um técnico que está fazendo um trabalho que vai acabar dando frutos".

Se mal pergunto, presidente, quando?  Ano que vem? Afinal, somos sempre o time do ano que vem!

Ao justificar seu técnico, Nobre afirmou que a lesão de Gabriel foi determinante para que o Palmeiras caísse de produção, e garantiu que esse foi o fator mais relevante da degringolada palmeirense.

Porém, em momento algum admitiu seu próprio erro da precipitada e equivocada dispensa de Valdívia (exigência de Mattos e resolução dele) como a causa das causas de todos os sofrimentos, agruras e decepções que vêm castigando a coletividade palmeirense toda a vez que o time entra em campo.

Como se sabe, Nobre e Mattos (este um bom negociador e ótimo corretor de jogadores, mas cego em matéria de futebol) dispensaram o craque do time imaginando que o veterano Zé Roberto, limitadíssimo, pudesse substituí-lo à altura. Nem se ZR fosse dez anos mais novo!

O fato é que todos os problemas vivenciados pelo time Palmeiras desembocaram numa situação tal em que a torcida, mediante tanto sofrimento, já começa a forçar e exigir a demissão de Marcelo Oliveira.

Sei que é muito fácil falar, reclamar, reivindicar e, principalmente, pedir a demissão de um treinador e, em todos os clubes, as torcidas o fazem a toda hora... A torcida do Palmeiras não é a exceção!

Porém torna-se extremamente difícil a adoção dessa medida, em face dos problemas que, normalmente a envolvem, mas sobretudo em função do alto preço que os clubes têm de pagar envolvendo, muitas vezes, até a injusta CLT.

E o que dizer, então, quando se trata de um contrato leonino em relação ao clube, como esse concedido fraternalmente, isto é, de irmão para irmão com que Mattos brindou seu co-estaduano e amigo de fé, à custa do Palmeiras?

Em razão de tudo isso, entendo, perfeitamente, a posição do presidente!

Porém, com tudo e apesar de tudo, penso, atendo-me à situação atual do Palmeiras, que a demissão do treinador (o momento é pertinente) seria benéfica e profíqua.

Sobretudo porque reforçaria o Palmeiras tática, técnica, anímica , espiritual e psicologicamente, para as duas decisões contra o Santos, no momento, reconheça-se, muito mais time. 

A motivação da chegada de um novo treinador, tanto e quanto a perspectiva do estabelecimento de uma nova ordem no grupo em função da nova concorrência, seria um ótimo combustível para o time enfrentar o Santos de igual para igual, ou quem sabe, até em condições de superioridade.

Além disso anteciparia a temporada de 2016 para a qual se espera que o Palmeiras se dedique com mais dinâmica, raça, empenho, disposição e amor-próprio e com outro espírito, enfim, visando evitar tantos aborrecimentos e problemas como os verificados nesta temporada.

Por isso, quero deixar claro que eu, particularmente, demitiria Marcelo Oliveira antes do treino de amanhã, mas sem passar o cargo a Valentim, para que a boleirada entendesse que o comando, a partir de agora, está com a diretoria.

Aliás, esse negócio de auxiliar técnico fixo é um tiro no pé, haja vista que a ambição humana é desmedida e desmesurada. 

Não estou acusando Valentim de nada, mas, via de regra, os caras que ocupam esses cargos estão sempre de olho no lugar do treinador e promovem verdadeiros caos de relacionamento no intragrupo.

Por que eu demitiria Oliveira? 

Em primeiro lugar porque não existe mais uma empatia recíproca entre ele, os jogadores e a torcida.

Em segundo lugar pela falta de foco e visão dele ao privilegiar, num primeiro momento, a Copa do Brasil em detrimento do Brasileirão, mais fácil e possível. Quando caiu na real já era tarde! Como pôde inverter a esse ponto as prioridades?

Um técnico que diz para o seu auxiliar que "não sabe mais o que fazer para acertar o time" à frente de uma repórter de TV transmite o jogo ao vivo, está confessando publicamente a sua limitação, e, via de consequência, a sua incapacidade.

Um técnico que coloca o time para jogar sempre do mesmo jeito e não muda, sob qualquer hipótese, o seu modo de atuar, passa, explicitamente, um atestado de incompetência. 

Aliás, nem as alterações individuais ele processa de forma diferenciada, mas, irritantemente rotineiras em constantes mesmices.

Um técnico (os maus resultados atestam e comprovam) que não está dando certo e que ainda assim insiste e persiste em ser conservador, tem de ceder seu lugar a outro treinador mais arrojado, atrevido, corajoso, desprendido e, principalmente de maior saber. O Palmeiras carece de alguém assim!

Um técnico que reluta em lançar jogadores da base e quando, por necessidade, o faz e constata que está dando certo, mas que, assim que possível, politicamente, volta com os jogadores anteriores sem conceder uma sequência ao jovens, está brincando de dirigir uma equipe. 

Um técnico que mantém, subservientemente, um jogador de mais de quarenta anos no time, direto e reto, como titular e não tem coragem suficiente para substituí-lo ou colocá-lo no banco, passa ao grupo de jogadores, das duas, uma: a imagem de paternalismo ou de pusilanimidade. 

E, pior, aconselha a renovação milionária, por mais um ano de um jogador que além de estar em idade provecta para a prática do futebol é de baixo rendimento!  

Pois fiquem todos sabendo que a insistência absurda com Zé Roberto, depois da saída de Valdívia, o armador até hoje não substituído por outro jogador de igual categoria e da contusão de Gabriel, é a razão maior de quase tudo isso pelo que o Palmeiras passando, pela lentidão que tomou conta do time. 

Mattos, repito, ótimo negociador mas cego em futebol, conduz Nobre e Marcelo para o buraco e eles nem percebem.

A negociação equivocada do centro avante a um só tempo agressivo, goleador e marcador de saída de bola, Leandro Pereira para a aquisição de um centroavante que precisa compulsivamente atuar para dar satisfação ao investimento do patrocinador é outro fator relevante da desgraça palmeirense.

Quando Zé Roberto e Barrios atuam juntos, o time joga com dez, mas nem assim Oliveira prestigia os jovens do banco ou os argentinos, parcimoniosamente lançados e logo retirados e esquecidos. 

Barrios e Zé não são nulos como pode sugerir a minha matéria. Os dois podem jogar nas seguintes circunstâncias. 

Barrios mediante um esquema que o desobrigue da marcação em que ele é lançado para o cabeceio ou para o trabalho de pivô, com a aproximação dos meio-campistas. 

Zé Roberto, um dos poucos que tocam bem a bola, em que pese tocar quase sempre na horizontal ou para trás, pode jogar, vindo do banco, no máximo meio tempo.

A maior série de vitórias do Palmeiras no Brasileirão ocorreu sem Zé Roberto no time, mas MO parece que esqueceu disso e continua prestigiando esse jogador, mesmo sabendo que ele, por falta de reflexo, velocidade e condição física está acabando com o esquema e, consequentemente, com o time. 

É impressionante, também, que torcedores existem (eu os respeito mas não concordo com eles) que  afirmam que Zé Roberto tem de ser o dono da lateral esquerda e atacam cruelmente Egídio (jogadoraço) também vítima de um esquema que não cobre o lado esquerdo e por onde saem a maioria dos gols adversários. 

Pois fiquem todos sabendo que. não tivesse o Palmeiras um Vitor Hugo no setor, a avenida Zé Roberto já teria levado o time às raias da segunda divisão.

Oliveira, se continuar, (ainda que a contragosto o apoio) precisa colocar na cabeça que futebol se faz com jovens e lembrar-se da forma como ele foi lançado no futebol lançado por Telê, pinçado na base atleticana, recém chegado de Pedro Leopoldo, cidade vizinha de BH.

Entretanto, a sua consagração só veio através de  Barbatana que teve coragem de mantê-lo no time profissional do Galo, ao lado de  Reinaldo, então com apenas  15 anos, integrando aquele time fantástico do Galo Mineiro de 1977 que, operado pela arbitragem e pelo sistema, perdeu a decisão nos pênaltis para os bambis na maior injustiça de resultado de todos os brasileiros até hoje.  

O que não dá para entender é que um profissional formado nas circunstâncias de Marcelo, agora que é técnico, devote tanto amor por veteranos ou por jogadores rodados, desprezando uma das bases mais pródigas e prodigiosas do futebol brasileiro, a base do Palmeiras.

Em minha opinião o ciclo de Oliveira está encerrado, a não ser que ele se recicle, mas eu acho pouco provável que ouse contrariar as normas e os dogmas que adotou até agora.

Fique claro o seguinte: o Palmeiras pode até ganhar a classificação para a Libertadores via Copa do Brasil, mas não terá sido pela capacidade de seu time, e nem pela força de seu futebol, mas, exclusivamente pela  grandeza de sua tradição e de sua marca.

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Diante das circunstâncias de uma situação difícil, gostaria que os meus amigos palmeirenses respondessem acerca de dois assuntos:

l) Seria conveniente, ou, vá lá, útil, neste instante, a mudança de treinador?

2) Qual seria a melhor escalação possível para o time possível para o time decidir a Copa do Brasil em melhores condições do que a atual?

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