UM EMPATE QUASE MORTAL ÁS NOSSAS PRETENSÕES!

Não, não se trata de caça às bruxas nem de encontrar culpados, mas uma série interminável de fatores e coincidências levaram-nos a uma situação desesperadora entre as equipes que buscam vencer o Brasileirão-2009.
Infelizmente perdemos peças-chaves no ocaso do campeonato, justamente quando mais precisávamos do concurso delas. As saídas de Maurício Ramos, Pierre e Cleiton Xavier, que formavam a nossa espinha dorsal, determinaram uma queda vertical em nosso ânimo e em nosso rendimento.
Lamentavelmente obrigamo-nos a mudar o comando técnico da equipe em plena disputa do campeonato, o que causou-nos imensos transtornos em razão, principalmente, da alteração do modo de jogar do Palmeiras, até então vencedor.
Desafortunadamente, não dispomos de um elenco suficientemente forte para enfrentar as voltas e contravoltas de um campeonato longo, extremamente disputado, árduo e difícil.
Deploravelmente somos pobres-de- jó no que tange a prestígio junto às chamadas forças de bastidor decisivas como CBF, STJD, Rede Globo, Imprensa, Departamento de Árbitros e junto aos próprios árbitros.
Na verdade, tudo conspirou contra os interesses do Palmeiras a partir de um determinado momento da competição, levando-nos a esta situação incômoda de expectativas negativas e doídas frustrações.
Mais uma vez o gosto amargo dos maus resultados nas partidas decisivas traz ao palmeirense o dissabor da possível perda de um campeonato que esteve várias vezes em nossas mãos. Nunca foi tão fácil ganhar um brasileirão e, jamais, na história da competição, um time foi se entregando tão facilmente aos maus resultados e aos fracassos tanto e quanto a S.E. Palmeiras.
Por tudo isso, sou convicto e nossas últimas conquistas provam e ratificam o que vou dizer:
para que o Palmeiras ganhe títulos é necessário que o time seja dez vezes mais forte do que os adversários e se imponha com potência e personalidade dentro de campo. Com equipes medianas nada conseguimos em razão do "status quo" vigente e na falta de simpatia e boa-vontade com que a própria imprensa, sempre hostil, nos trata através dos tempos.
Interessante é que a maioria dos profissionais midiáticos vêm à público, afirmando que a imprensa não faz gols e nem entra em campo, ao que respondemos que a imprensa faz, sim, coisas bem piores.
O Palmeiras vem sendo submetido, anos a fio, a um menosprezo e apequenamento por parte da maioria dos profissionais da crônica esportiva. Nem é preciso dizer que o noticiário do verdão nos jornais e na TV são pequenos, encolhidos e a cronistada aborda sempre de forma atropelada e rapida qualquer assunto referente ao Verdão. Erros de árbitragem contra o Palmeiras têm sempre repercussões apenas tópicas e os árbitros já aprenderam que não podem errar contra bambis e gambás, mas errar contra o Palmeiras podem, sim, impunemente. Os poucos erros de arbitragem que favorecem o clube os cronistas não os esquecem. Usam-nos sempre como argumentos para salientar que o time está sendo beneficiado de alguma forma. Isso é recorrente!
Quem não se lembra do gol de mão de Adriano de mão (criminosamente validado por Paulo César Oliveira e sua bandeirinha) que foi tratado como "lance de toque sem intenção" pela esmagadora maioria da crônica esportiva brasileira. E o gol de Obina? Por que a maior parte dos cronistas tomou a defesa do finório Simon dizendo que ele não deveria ser afastado até o final do campeonato?
Na verdade estamos cansados de ser esbulhados pelas más arbitragens, do tratamento discriminador que recebemos da maioria da imprensa, pelas injustiças de um tribunal que deveria ser de justiça, pelas maquinações perversas da Rede Globo que antecipa tres jogos nossos em hora de decisão para que no desenvolvimento do campeonato o Flamengo, o São Paulo possam entrar em campo sabendo exatamente do que precisam e pelo facciosismo gritante de árbitros de COPA e cozinha da CBF como Simon.
Não quero tirar o mérito do bom empate do Sport, ainda que possa ter rolado, à socapa, a famosa " mala-branca" que vindo de onde deve ter vindo, não será, jamais averiguada. Também não quero esconder a performance de baixo rendimento de nossos jogadores. Quero apenas dizer que para que o Palmeiras ganhe um campeonato precisa ter uma equipe tão boa, mas tão boa, que passe de roldão por todos os obstáculos supra citados.

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