Observatório Alviverde

17/09/2015

PALMEIRAS 4 X 1 FLUMINENSE, UM RESULTADO (SÓ APARENTEMENTE) FÁCIL!





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Esta frase valoriza o 4 x 1 de virada, do Palmeiras sobre o Flu, ontem no Maracanã!

A apresentação do Palmeiras, ontem contra o Flu, (no 1º tempo, no 1º tempo, no 1º tempo) ontem, no Maraca,  foi "ridícula, grotesca e estapafúrdia".

A expressão, forte e elucidativa, cunhada por Haroldo Fernandes, o grande mestre da narração esportiva da Super Rádio Tupi equipe 1040, aposentado, fruindo da longevidade na aprazível estância de Caxambu, MG.(saudades do extraordinário profissional) nunca foi tão pertinente.

De fato, o Palmeiras começou mal, mas não vou salvar a banda de um jogo de péssima qualidade e, tampouco o Flu, apenas um pouco menos ruim do que o Verdão e que virou de fase com 1 x 0 no placar.

O primeiro tempo serviu (mais uma vez) para comprovar que este blog tem acertado em relação ao equívoco das escalações contínuas de Zé Roberto como titular.

A conclusão a que chego é a que esse jogador só pode estar exercendo alguma espécie de fascínio, encanto ou hipnose sobre Marcelo Oliveira, pois não sai do time nem quando joga mal e nem que a vaca tussa. Aliás, ela tosse a cada jogo, cada vez mais e ontem, não foi diferente.

Outro dia eu cravei com força e contundente franqueza: "o Palmeiras não pode, definitivamente, jogar em função de um jogador que não consegue responder positivamente na condição de meio-campista, isto é, de Zé Roberto". 

Definitivamente, ele é um lateral e revogam-se as disposições contrárias.

Com as mesmas força e fraqueza, também cravei (contrariaram-me) que o Palmeiras não pode entrar em campo sem aquele que é, hoje, o seu melhor jogador: Rafael Marques. Foi ele, que ninguém se iluda, nem os seus detratatores da semana passada, quem mudou a face do jogo. Detalhe: concordo que ele não foi bem contra o Figueirense.

E, no entanto, Zé Roberto mesmo sem render satisfatoriamente atuando na meia-cancha, continua, na qualidade de titular exercendo (teoricamente) uma função no meio de campo que ele (praticamente) já não tem mais condições de exercer por absoluta falta de explosão e juventude.

Marcelo Oliveira, em vez procurar simplificar e de descomplicar taticamente o time, mantém, teimosamente o veterano no decorrer dos 90 minutos, a pique de comprometer, inteiramente, todo um trabalho coletivo. Isso, para mim, é tentativa de suicídio.

Se ele faz tanta questão de ter ZR no time principal, (eu não teria!) porque, ainda que sabendo que esse jogador não tem mais força e capacidade aeróbica para a função de meio campista e se constitui, apenas, num quebra-galho, por que não o escala, d-e-f-i-n-i-t-i-v-a-m-e-n-t-e, como lateral?

Enganam-se aqueles que imaginam que o Palmeiras, ao iniciar a série invicta de sete jogos sob Marcelo Oliveira, no primeiro turno, teve Zé Roberto como protagonista.

Protagonistas daquela façanha, sim, foram Prass, Lucas, Vitor Hugo, Gabriel, ora contundido e Rafael Marques (quem não se lembra) que comandava o time, dava as ordens no terreiro e dava-se ao luxo de ser o artilheiro do time.(ainda é).

Lembram-se quanto todos diziam neste espaço que só os indicados por Oswaldo Oliveira haviam dado certo, não os diretamente trazidos por Mattos? 

Marcelo Oliveira precisa aprender que a menor distância entre dois pontos continua sendo uma reta. Parece que ele ainda não sabe.

Se já sabe, por que, diabos, então, ele muda, a cada jogo, o time ideal que sempre encontra naqueles do segundo tempo, formados após as alterações individuais e as de esquema tático, com a passagem de Zé Roberto para a lateral esquerda?

Por que ele teima, após cada jogo em voltar atrás em zerar o velocímetro e recorre, sempre, à formação dos times que jogam apenas  (invariavelmente muito mal)  o primeiro tempo, sempre inferiores aos times do segundo tempo?

Por que tanta insistência na manutenção da titularidade de Zé Roberto transformado em intocável?

Por que Marcelo alicerça e lastreia toda a tática do time aos estreitos limites do futebol de Zé Roberto, que nunca foi craque, mas, simplesmente, exclusivamente, apenas um bom jogador, e, ainda assim, restrito ao tempo em que tinha força física, arranque, reflexos em ordem e corria o tempo todo o campo inteiro?

Será que o técnico palmeirense não desconfia que aquele jogador espetacular não existe mais?

Já disse e repito. Zé Roberto, por sua dedicação, categoria, moral, experiência, espírito de grupo, liderança e, sobretudo, pelo seu indesmentível ecletismo, pode ser aproveitado, sim, mas de molde a não prejudicar o time como vem, sistematicamente, acontecendo.

Apesar dele ter, visivelmente, melhorado de produção no segundo tempo, exercendo a função de lateral e de o time palmeirense ter imposto uma inesperada e surpreendente goleada ao adversário, a melhor alternativa de substituição ontem à noite no Maracanã, teria sido a saída de Zé Roberto e a continuidade de Egídio (mais novo e, hoje,  muito mais jogador) na lateral esquerda.

Mas Zé Roberto segue "insubstituível" (para MO, para MO, para MO) e a goleada de ontem vai, seguramente, infelizmente, vai mantê-lo titular por muito tempo. Abra o olho, Marcelo e enxergue a realidade!

Nem as derrotas, as péssimas atuações ou o mal rendimento da equipe quando ZR atua pelo meio de campo, conseguem se sobrepor ao fascínio que sua personalidade exerce sobre Marcelo Oliveira.

Quando MO, ontem, fez entrar Barrios em lugar de Alecsandro, imaginei -sinceramente- que ele trocasse seis por meia dúzia ou doze por uma dúzia mas, réu confesso, enganei-me, completamente.

Ocorre que eu (como a maioria dos palmeirenses) ainda tinha em mente o "portenho-guarani" na conta daquele jogador limitado que houvera estreado burocraticamente e atuado da mesma forma tantas vezes na qualidade de titular ou reserva, sem render, absolutamente nada e sem nenhuma prodigalidade em gols.

Ontem, porém, ele arrebentou. Demorou mas arrebentou, para o que muito contribuiu o acaso, ao retirar um volante de marcação e contenção, Arouca, ensejando a entrada de Allione. 

Foi sentida e deu bem pra notar a diferença quando o Palmeiras passou a ter em campo esse verdadeiro motor de meio de campo.

Meus amigos, já chega de imobilismo, de engessamento, de excesso de volantes que não correm ou que correm para não chegar, e, sobretudo, que não fazem o time correr. 

O time só pegou no breu mesmo, se firmou e ganhou tessitura de time forte a partir da entrada de Allione, cujo aproveitamento em maior e melhor escala tem de ser estudado séria e atentamente por Oliveira que não pode e nem deve recuar de recorrer a essa importante alternativa de que dispõe no elenco. 

Allione é um exemplo óbvio de sub aproveitamento de elenco, de escolhas equivocadas porém naturais dentro de um grupo numeroso (fruto da falta de experiência de Mattos) em que os jogadores de personalidade mais forte e de maior influência acabam se impondo ao treinador. 

É o caso de Zé Roberto, cujo aproveitamento, repito, é possível, benéfico e necessário, porém com mais cálculo racionalidade e, sobretudo, parcimônia. Será melhor para o jogador e para o time!

Na qualidade de meia, ZR não conseguiu jogar nem com o respaldo de Arouca e de de Thiago Santos, este um jogadoraço, altamente eficaz e produtivo, mas de uma simplicidade e humildade franciscanas em campo. Foi uma excelente aquisição de Mattos que, em razão disso, merece todos os elogios. 

Pena que Mattos não tenha encontrado um armador, em que pesem ter sido animadoras as duas últimas performances do argentino Allione, a de ontem, principalmente.

Quero, para encerrar, deixando para vocês a análise do rendimento de cada jogador, registrar, a bem da justiça, um destaque especialíssimo para Prass, o maior e melhor jogador em campo, do ponto de vista da importância da vitória.

Trata-se (se é preciso repetir, repito) de um goleiro espetacular (tem alguns defeitos, sim) que, mais uma vez salvou o Palmeiras e de cuja defesa do pênalti, decorreu o estado psicológico favorável que levou o Palmeiras à história reação e à vitória.

A rigor, ele não defendeu o pênalti de Fred, mas defendeu o canto para o qual a bola foi direcionada. 

E o fez com tal consciência e lucidez que, ao saltar teve o descortino de perceber que a bola se encaminhava à linha de fundo, ato contínuo em que encolheu a mão para não ceder o escanteio e ser beneficiado por um tiro de meta. *E-s-p-e-t-a-c-u-l-a-r*!

Jefferson e Marcelo Grohe, goleiros ungidos e escolhidos de Dunga, seriam, por acaso, melhores do que Prass? É claro que não são! Por que, pergunto, estão, ambos, na Seleção e o goleiro do Palmeiras, não?

Presente ao Maracanã, Dunga, se é que tem sensibilidade para perceber, deve ter notado que seus dois goleiros, ainda que muito mais novos, estão num plano bem inferior ao palmeirense.

Prass só precisa corrigir (e muito) a saída de bola. Se o fizer não haverá, ao menos neste momento, em todo o país, goleiro algum como ele. Mas, para isto, repito, tem de aprimorar (repito novamente, muito) a saída de bola.

Ontem ficou muito claro na entrevista concedida por Alecsandro na saída para o intervalo que Marcelo Oliveira não exige (ao contrário do que eu pensava) que Prass tente estabelecer a chamada ligação direta.

Esse tipo de jogada é muito difícil de ser estabelecido, não apenas pelo fato de os zagueiros estarem de frente para a bola, lançada sempre por Prass em angulação elevada (ele é péssimo lançador) facilitando para quem corre "DE" encontro a ela e não para os atacantes que perdem tempo olhando para cima para efeito de orientação antes de tentar disputá-la.

Aliás, não bastasse o fato de o Palmeiras ter centroavantes pesados, exceção feita ao reserva Cristaldo, tem apenas dois atacantes de velocidade, Gabriel Jesus e Dudu(suspenso) o que inibe o jogo de bola comprida que Prass tanto insiste em realizar.

A goleada reativa a partir do 0 x 1 para 1 x 4, evidencia que o Palmeiras tem time suficiente para enfrentar de igual para igual qualquer time deste brasileiro.

O que não pode é MO ficar mudando o time a toda hora e apegado a este ou aquele jogador, tanto e quanto se apegou ao zagueiro Leandro Almeida, razão direta de alguns dos maus resultados obtidos pelo Verdão.

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NA TV

Impecável a transmissão de Jota Júnior. 

Na posição de magistrado deixou a definição do lance do suposto pênalti contra o Palmeiras para quem é pago para defini-lo, o comentarista. Nota mil, nesse aspecto!

Em relação ao comentatista Lédio Carmona, excelente pessoa, ele não teve coragem para se definir em relação ao pênalti.

Preferiu ignorar que o jogador do Flu dobrou a perna e caiu para induzir o árbitro à marcação do pênalti inventando uma situação que não ocorreu, segundo a qual Prass tocara o atacante do Flu.

Depois que o jogo terminou e (como dizia Camões) quando Inês era morta, reconheceu a penalidade, aspecto àquela altura, totalmente desimportante do jogo, em razão da lúcida e arrojada intervenção de Prass que restabeleceu a verdade e repôs a justiça no jogo.

Mas no estúdio havia Edinho (ex-jogador) fraquíssimo, péssimo analista, para que não se diga outras coisas mais pesadas em relação a sua atuação como comentarista (?) que ele nunca foi, não é e, jamais o será, pois se trata de mais um impostor, digo, invasor da profissão que toma o lugar dos verdadeiros jornalistas na mídia, mais especificamente em TV ....

O resto, todos já sabem! Nem é preciso que se diga! Sua alma, Sr. Edinho,  sua palma! 

Palmas, sim, mas apenas para os palmeirenses. Dentro e fora de campo!

Aproveitando a citação de abertura deste "post", da lavra criativa do extraordinário Haroldo Fernandes, narrador e torcedor do Curintias, de um tempo em que os cronistas exerciam a profissão com amor, dedicação, e, principalmente isenção, convém que se diga o seguinte:

Edinho e Carlos Alberto, o tal Capita são figuras "ridículas, grotescas e estapafúrdias" que a RGT insiste em manter em seus quadros, provavelmente para que sejam escaladas quando dos jogos do Palmeiras, com o propósito único e exclusivo de provocar e contrariar a torcida do Verdão.  (AD).