Observatório Alviverde

04/10/2014

FIFA DELIBERA SOBRE POLÊMICA DOS PÊNALTIS COM BOLA NA MÃO OU MÃO NA BOLA!

  

Agora é oficial! Pode existir no futebol um tipo pênalti em que não haja intenção do jogador em tocar a bola com a mão dentro de sua própria área. Ao menos, por enquanto!

Digo, por enquanto, em face de certas decisões polêmicas e inconclusivas de arbitragem, virarem assuntos cambiantes, de tempos em tempos, mediante novas idéias, bombardeadas por múltiplas argumentações, mas, sobretudo, subjugadas pelo interesse dos mais influentes ou dos mais fortes.

Agora, se um jogador, dentro de sua área de pênalti, partir em direção à bola e aumentar (deliberadamente) o espaço do corpo com os braços, na tentativa de um corte ou de evitar um arremate contra o seu gol, e, a bola, ao menos, resvalar-lhe às mãos, os árbitros terão de assinalar penalidade máxima.

O exemplo característico desse tipo de ocorrência foi o pênalti cometido por Renatinho em Vagner do Fluminense quando o Palmeiras, há pouco tempo, perdeu para o Flu por 0 x 3. 

Até então, nenhum pênalti dessa natureza havia sido apontado neste Brasileiro. 

O Palmeiras, faz tempo, é cobaia das mudanças de critérios de arbitragem, cujo teor, como um dogma maçônico, nunca é revelado ao público e (sem trocadilho) é um "eterno segredo"! 

Quem quiser rever o pênalti que, de acordo com os novos entendimentos e decisões da Fifa, de fato, existiu, entre no endereço abaixo e vai encontrá-lo entre os melhores lances do jogo:

http://esportes.terra.com.br/fluminense/videos/brasileirao-2014-veja-lances-de-fluminense-3-x-0-palmeiras,7613352.html

Viram que os árbitros, mesmo sem a certeza absoluta da adoção oficial do critério (a maior parte não aplicava a decisão da Fifa)  resolveram inaugurar a nova deliberação, usando o Palmeiras como cobaia?

Alguém tem dúvida de que o gol de Barcos feito com o auxílio da mão, ano retrasado (2.012), contra o Inter inaugurou a assessoria da tecnologia televisiva oficial da CBF contra os erros de arbitragem? 

E, no entanto, ela já existia, bem antes, via repórteres de Tv. 

Vocês se lembram-se de um gol de Edmundo contra o Mogi Mirim, há alguns anos, anulado por um repórter curintiano que após a reprise do lance em seu canal, dedurou o toque de mão de Edmundo? Ele só agiu assim em relação ao Palmeiras!

Lembro-me de que Leão, então técnico do Palmeiras, denunciou a manobra espúria, mas a "punição" da empresa televisiva ao tal repórter, foi sua promoção à editor-chefe! Uma vergonha!

No caso Barcos, um representante da CBF, pau mandado, desprovido de qualquer escrúpulo, invadiu o campo de jogo e comunicou o árbitro. 

Fosse o Fla, o Flu, o Bambi ou o Curintia, o time beneficiado, tomaria, o representante, tal atitude? Duvido!

Outra vez, pergunto, qual foi, de novo, o clube cobaia da inovação? Até rima, o Verdão!

Ninguém que tenha princípios de honra, honestidade, educação, respeito, família e cidadania quer a consagração do erro, da patifaria da ilicitude no futebol ainda que favorecendo o seu time de coração. 

Ao contrário, o que se deseja é que quem proceda de forma errada e tudo aquilo que estiver errado seja banido ou punido exemplarmente, haja ou que houver, doa em quem doer. 

Mas como calar e se conformar quando a ilicitude, a injustiça, a falta de isonomia e de respeito daqueles que nos comandam batem, reiteradamente, frequentemente, à nossa porta? E como têm batido! Como têm nos prejudicado!

As díspares interpretações das leis do "Bretão", dentro e fora do campo, ao bel prazer dos donos da modalidade no Brasil, leia-se TV e CBF, têm ocorrido de molde a atender, exclusivamente, os interesses dos clubes de maior torcida e aqueles de maior influência política, leia-se Fla e Curintia, e os dois bambis, o carioca e o paulista. 

Dá para aguentar? Não dá! Na impossibilidade de uma forte reação que o próprio clube não esboça, não se sabe porquê, na qualidade de torcedores, só nos resta gritar. Estamos gritando!

Pior, é que somos obrigados a engolir a seco as ilicitudes,  provocações, desrespeitos e tudo aquilo que nos é enfiado, goela abaixo, como se fôssemos, nós palmeirenses, uma grande lata de lixo com tampa aberta, nos gabinetes, escritórios, tribunais e, principalmente, nos estúdios e nas redações!

Por que o Flu, rebaixado no ano passado, está disputando a elite, em detrimento da Portuguesa que ganhou a vaga em campo? 

Por que, quando esse influente e desavergonhado clube carioca esteve rebaixado (em campo, em campo) na terceira divisão, foi readmitido à elite através de um decreto, digo, convite da CBF?

Por que o Curintia, por um delito, em teoria parecido com o da lusa, mas, na prática, extremamente mais grave, não foi, ainda, sequer, citado pela promotoria do STJD?

Não foi essa mesma promotoria que denunciou Valdívia e o puniu, severamente, porque ele, simplesmente, foi sincero e afirmou, publicamente, que iria "forçar" um cartão?

Para encerrar, voltando à decisão da Fifa sobre a polêmica dos pênaltis oriundos de bola na mão:

Tomem conhecimento de algumas decisões da entidade maior do futebol mundial expostas em conferência, há dois dias,  pelo ex-árbitro uruguaio Jorge Larrionda, enviado especial da entidade ao Brasil.

1) Ao assumir o risco de um toque NA mão, aumentando DELIBERADAMENTE, o espaço do corpo com o auxílio dos braços, o jogador que tocar na bola, mesmo involuntariamente, comete pênalti!

2) MAIS IMPORTANTE DO QUE AVALIAR A INTENÇÃO do defensor ou a distância dele para a jogada, é julgar se ele levou vantagem em função de uma ação que poderia ter sido evitada.

3) Afirma, mais, Larrionda que "o jogador pode até não saber que trajetória a bola vai tomar, mas, sabe que a regra não permite que ele amplie a área de seu corpo usando o braço ou a mão para interceptar ou interromper a passagem da bola.

Em suma, a tentativa de esclarecimento da Fifa, simplesmente, vai gerar, ainda mais, polêmicas e incertezas, ficando "tudo como dantes do quartel de abrantes, ou, melhor, "tudo, do mesmo jeito e assim, para a tchurma do Marin"!

É exatamente o combustível de que precisam os árbitros para tocar fogo e esturricar os clubes de menor influência junto à CBF, que, a partir de agora, terão de torcer para que lances dessa natureza não ocorram em suas respectivas áreas penais. 

Principalmente, o Palmeiras!

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