Observatório Alviverde

09/03/2014

KLEINA CEDE ÀS PRESSÕES E, PERIGOSAMENTE, POUPA JOGADORES EM HORA DECISIVA DO PAULISTÃO!

 

Kleina, vassalo e fraco, movido por questões de política de boa vizinhança e convivência com o elenco, resolveu poupar quatro jogadores para o jogo de hoje contra o Paulista: Wendel, Juninho, Wesley e Alan Kardec. A estes juntam-se Leandro, Lúcio e Valdívia, totalizando sete ausências.

Kleina, como a água, consegue -como sempre- assumir o formato do recipiente, isto é, do ambiente que o envolve!

Assim, vai tocando, administrando o elenco na maciota, de forma a nunca dizer não, e, jamais dizer que dois mais dois são quatro para não desagradar o um e o três. Conduta de um autêntico e completo vaselina!

Essa forma de administrar, agindo, -sempre-, politicamente,  num primeiro momento pode parecer a ideal, pois mantém a paz e a harmonia no grupo!

Convém dizer, porém, que com o passar do tempo provoca desgastes, desavenças e revoltas!

Por que?

Em face de desse tipo de relação treinador/elenco ter como arrimo e sustentação um certo artificialismo, uma certa fantasia e um certo fingimento, que geram a falta de confiança, a indefinição, e a falta da necessária estratificação grupal. 

Em resumo, se a vitória e os bons resultados não acontecerem, vira uma incontrolável "Casa-de-mãe Joana", ou, se quiserem, uma zona!

São as consequências naturais e letais dessa modalidade de administração, de muitos sorrisos, elogios e palavras bonitas e pouca ou nenhuma exigência ou cobrança. Já dizia Buffon, o estilo é a -própria- pessoa! Fazer o que? Assim é Kleina!

Sou objetivo: o Palmeiras -ao menos entendo assim- não deveria estar brincando neste Paulistão, mesmo em um jogo contra o lanterna, posto que é um time carente de títulos, que não vence o Campeonato Paulista há seis anos!

Quanto à atitude de Kleina eu já esperava, porque eu sei -quem não sabe?- que ele é um grande "fazedor de média"! Isso preocupa-me, bastante!

Outro dia eu e tantos cobrávamos dele um padrão de jogo, isto é, um modelo, uma forma de atuar que possa passar à torcida a tranquilidade de saber que o time que a representa em campo, não é u'a massa informe de jogadores aglomerada e encastelada na defesa, conforme temos visto -sempre- depois que o Palmeiras estabelece qualquer vantagem, contra qualquer clube, por menor e mais insignificante que ele seja, e, em vez de atacar, recua e se retranca para segurar resultados "magérrimos".

Aí eu pergunto: como estabelecer um padrão de jogo se o técnico tem medo de se definir e relação ao elenco e fica encontrando motivos -nem sempre plausíveis- para tirar jogadores que estão no banco -na maioria absoluta das vezes inferiores aos titulares- e colocá-los no time?

Sei que o Paulista de Jundiaí -tradicionalíssimo e competente time da hinterlândia paulista- está, hoje, representado pelo pior time de sua história, o que não significa, entretanto, que ele não possa endurecer o jogo contra o Palmeiras!

O Galo pode, perfeitamente,  causar um estrago de enormes proporções nos planos palmeirenses de virar a fase de classificação em primeiro lugar. Além de sua imensa tradição, quem desconhece que "o jogo é jogado ou não se chamaria jogo"!


Kleina, ao tirar do jogo, praticamente, um time inteiro, deixa, nas entrelinhas, um recado claro de que não acredita no tricolor da terra da uva e o Paulista -virtualmente rebaixado à segundona- certamente fará o jogo da forma como melhor lhe convir, na qualidade de livre atirador.

Não gosto do que vejo e conquanto tantos possam discordar de meu ponto de vista, creio que Kleina está se arriscando demais e de forma desnecessária, apenas e tão somente para "fazer média" com o elenco, partindo do velho e surrado princípio de dividir para poder reinar.

Sei que o jogo de hoje, mais em função da campanha ridícula do adversário, pode ser considerado teoricamente, teoricamente, -só teoricamente- fácil propício a bobagens como essa de poupar jogadores.

Fosse poupar Valdívia, aí se entendia, em função do histórico de contusões do chileno! Como justificar porém o poupar de Wendel, o melhor preparo físico do elenco tendo decorrido, a rigor, menos de dois meses de temporada? 

E por que poupar Kardec que tanto precisa fazer gols -seu repertório encolheu demais ultimamente- com a agravante de que ele é um centro-avante selecionável, que luta para impressionar Scolari e ir para a Copa, pois -por enquanto- tem, apenas, status de reserva do centro avante reserva?

É óbvio que a ausência de Lúcio não pode ser censurada. Tendo em vista as leis disciplinares vigentes, ele forçou e recebeu, -inteligentemente-, o terceiro amarelo e cumpre a suspensão automática em um jogo tido e havido como mais fácil, embora, no frigir dos ovos, possa não ser, exatamente, assim!.

Leandro, da mesma forma, está fora por contusão!


Mas em relação a Juninho e Wesley, qual o motivo plausível desses dois atletas estarem fora do jogo?

Se Kleina disser que é porque estão em vias de contrair problemas musculares, vamos, i.m.e.d.i.a.t.a.m.e.n.t.e demitir o preparador físico, porque algo está errado nessa área! 

É claro que falamos em tom de blague e ironia, haja vista que o Palmeiras anda muito bem fisicamente.

Concede-se, então, reconhecimento, aos fisicultores e preparadores alviverdes, não apenas por isso,-obrigação- mas, também, por trabalhos extras importantíssimos, um pouco fora da rotina como no largo, lento e longo processo de recuperação de Valdívia ainda em andamento. Amplos e inquestionáveis méritos da equipe física de Kleina.

Isso tudo, porém, só reforça o que estamos colocando, da imperiosa necessidade de não poupar ninguém além do obrigatório e do estritamente necessário.

O time não pode perder aquilo que será fundamental na fase decisiva do Paulistão, isto é, o padrão de jogo com dominância e o envolvimento ao adversário! Só assim um time chega ao título!

Mas isso, porém, apenas se pode conseguir, mantendo -sempre- um único time e mexendo nas peças apenas em última instância. Só assim se pode chegar a um bom nível de entrosamento! Time bom ou ideal é só aquele que a torcida sabe recitar de cor! Não existe outro caminho!

Acresça-se a tudo isso outros fatores importantíssimos, o ritmo de jogo e a autoconfiança. Um jogador não escalado, ou, sacado e tirado com frequência, perde o ritmo de jogo e, pior, a autoconfiança, sentindo-se um rejeitado. Aí, quando se precisa dele, é um desastre.

Não venham me ensinar que no futebol de hoje são 22 titulares que se alternam e se revezam, em razão da necessidade de todos darem o máximo, das exigências do futebol de hoje e de outros aspectos sempre citados mas que não são mais importantes do que a essência do futebol, isto é, um time forte, que, na medida do possível se repete sem tantas modificações, jogando sempre junto em busca do entrosamento.

Como se sabe, o futebol é "association", isto é, coletivo e exige que uma equipe saiba tocar a bola com mestria em busca da feitura de gols, sem invencionices e esquisitices. 

Por tudo isso, espero, siiinceeerameeeente, e torço, honestaaameeente, para que Kleina esteja muito consciente da atitude que está tomando e acertando em cheio em suas apostas! 

Que os convocados para o jogo -muito mais fracos, tecnicamente, do que os titulares- correspondam, amplamente, às expectativas e que o Palmeiras possa vencer com folga o Paulista de Jundiaí, mostrando um excelente futebol e conseguindo o melhor resultado possível para as suas intenções de se colocar como o primeiro do Paulistão nesta fase classificatória.

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