Observatório Alviverde

06/08/2017

PALMEIRAS 0X1 ATLÉTICO PR.! O DESFECHO DE UMA DERROTA ANUNCIADA!


(Comentário escrito durante e ao final do 1º tempo).
São 8 minutos,GOOOOL Atlético 1 x 0, Thiago Heleno de cabeça.

Após a batida de córner, bobeada total de Juninho na marcação. 

Ele nem saltou para tentar cabecear permitindo a Thiago Heleno fazer o gol sem ter necessidade, ao menos, de saltar.

Tudo começou com a péssima reposição de bola de Prass tentando acionar Michel Bastos que bateu na bola forte e errado para o alto, a fim evitar um lateral proporcionando o contra-ataque.

Será que esse time do Palmeiras, completamente desentrosado, terá condições de fazer dois gols no Furacão? 

Tomara que sim, embora eu tema que não! Com a entrada de Moisés, quem sabe?

33 minutos. Juninho saiu por contusão e entra Antonio Carlos. O Palmeiras não joga absolutamente nada. Time desentrosado e sem meio de campo.

42 minutos. O Palmeiras continua sem jogar nada e é uma caricatura de time de futebol dentro de campo.

Cuca já sinaliza que Moisés vai entrar no segundo tempo. O meia já está no aquecimento.

Não houve o pênalti reclamado pelo Borja que empurrou o adversário e só depois disso ele colocou a mão na bola.

Em resumo: O mistão do Palmeiras não jogou absolutamente nada. Tem falhas claras na defesa, o meio de campo não existe e como via de consequência não existe também o ataque. Tá ruim, muito ruim! Eu vejo a viola em cacos.

A entrada de Moisés deveria ocorrer no lugar de Ze Roberto, mas isso Cuca dificilmente irá fazer e o jogo continuará o mesmo, a não ser que Moisés entre em campo e jogue como jogava antes da contusão.

Mas que vai ser difícil fazer gol nessa retranca do Atlético, isso vai, fora o perigo dos contra-ataques do time paranaense. 

Não disse que Cuca não tiraria ZR? Preferiu tirar Raphael Veiga jovem e com todo o vigor para manter um veterano e sem pique. 

2º TEMPO 

O Palmeiras melhorou muito a partir da entrada de Moisés e das alterações de Cuca.

Em relação a Moisés até acima até de minhas expectativas pois o imaginava completamente sem ritmo de jogo. 

Cuca, comentei, acertou no homem que entrava, mas errou no homem que saía.  Ele não deveria ter tirado Raphael Veiga dono de chute forte e capacidade para lançar.

Conquanto Raphael Veiga não houvesse realizado um bom 1º tempo, ao menos corria, enquanto ZR (respeito-lhe o passado) é um jogador -hoje- engessado em campo, sem mobilidade, sem velocidade e que só toca para trás e sem o menor sentido de progressão.

Como se tudo isso não bastasse, não marca com eficiência e na maioria das vezes é batido na corrida, constituindo-se naquilo que se chama na gíria do futebol de "avenida iluminada".

E, no entanto, forçoso é reconhecer que ZR não comprometeu e nem pode ser culpabilizado ou responsabilizado por nada em relação à derrota tendo feito até  alguns bons cruzamentos e atuado com garra.

O que houve, na realidade, foi um erro de Cuca que não atribuiu o devido valor ao Campeonato Brasileiro, preferindo apostar todas as fichas na Libertadores.

Como eu disse outro dia, o técnico palmeirense poderia, perfeitamente, poupar Mina, Guerra e um ou outro jogador que não estivesse cem por cento, mas ao poupar os seus principais jogadores, Cuca suicidou-se.

Não há como discutir a justiça da vitória do Atlético Pr. que jogou menos do que o Palmeiras mas foi muito mais agudo e perigoso. Não fosse Prass e o placar teria sido mais amplo para os paranaenses.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0 x 1 ATLÉTICO-PR
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
 
Árbitro: Rodrigo Batista Raposo (DF-CBF) - Boa atuação
Assistentes: Roberto Braatz e Gilson Bento Coutinho (DF-CBF) - ambos, bem.
Público: 29.778 pagantes   Renda: R$ 1.706.659,17


Gol: Thiago Heleno, aos 17 minutos do 1º Tempo para o ATLÉTICO-PR:

Cartões amarelos: Michel Bastos (PAL); Guilherme, Paulo André e Fabrício (APR)

ATLÉTICO-PR: Weverton; Jonathan, Paulo André, Thiago Heleno e Fabrício; Pavez e Lucho (Eduardo Henrique); Pablo (Nikão), Guilherme e Sidcley; Ederson (Lucas Fernandes).
Técnico: Fabiano Soares


PALMEIRAS: 
Fernando Prass; Apesar do erro na reposição de bola que teve como consequência dar o gol ao Atlético, esteve muito bem e realizou três defesas muito difíceis. Nota 8

Fabiano: Uma peneira no 1º tempo mas apoiou bem na etapa complementar. Nota 5

Edu Dracena: O mais lúcido da defesa. Nota 6.

Juninho: O mais fraco do quinteto defensivo e responsável direto pelo gol sofrido pois sequer saltou para a bola. Não me parece jogador em nível do Palmeiras. Nota 3

(Antônio Carlos): Muito superior a Juninho. A pergunta é inevitável: por que Cuca não o escalou de cara ? Nota 6.

Michel Bastos: Lutador, aplicado, melhor como atacante do que como lateral. Nota 5. 

Zé Roberto: Nota 4 no primeiro tempo e 6 no segundo tempo. Média 5

Jean: Valeu pelo esforço e pela luta, mas, tecnicamente deixou a desejar. Ainda está fora de forma: Nota 5,5.

Tchê Tchê: Outro que lutou e se esforçou, sem, no entanto, render o que sabe e pode, perdido que esteve na mediocridade geral. Nota 6.

Erik: Desde os seus tempos de Goiás foi jogador para atuar em contra-ataque. Se o jogo exige toques ou briga direta com os zagueiros, ele não consegue jogar. Hoje, mais uma vez, não conseguiu. Nota 4.

(Deyverson): Entrou tarde no jogo e rendeu pouco. Só lutou, se esforçou e correu o tempo todo. Nota 5

Raphael Veiga: Inibido e escondido do jogo. Precisa se reciclar porque no Coritiba ele jogava muito bem. Nota 4.

(Moisés): Quem disse que ele voltaria completamente sem ritmo de jogo? Entrou e para quem ficou tanto tempo fora, esteve muitíssimo bem. Mudou o ritmo do time. Nota 7 

Miguel Borja; Se ele jogava tanto no Atlético Medellin por que não rende no Palmeiras? Problemas de adaptação? De esquema de jogo? Ou porque ele não tem com quem dialogar em campo, já que os meias não se aproximam?
 
Técnico: Cuca: Errou ao desprezar o Brasileiro (eu falei antes) e escalar um time tão fraco para um jogo importante do Brasileiro. Mostrou que conhece muito de bola ao alterar o modo de jogar da equipe no segundo tempo, mas demorou demais para colocar Deyverson em campo, tanto e quanto errou ao escalar Juninho deixando Antônio Carlos no banco. Da mesma forma, parece não ter coragem nunca para tirar Zé Roberto do time, nas vezes em que o escala. Nota 4.

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