Observatório Alviverde

28/03/2010

BELLUZZO DESMENTE A FOLHA E NÃO VAI SE DEMITIR: REPORTAGEM DA FOLHA ESMIUÇA O PALMEIRAS MAS INFORMA TUDO ERRADO, COMO SEMPRE!

Palmeiras reagiu e contesta tudo pelo site oficial (leia na aba direita)

(continua a mesma postagem. Precisamos da opinião do maior número de leitores deste blog a respeito da conduta da Folha em face do Palmeiras.

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A FOLHA, edição impressa, abriu, ontem, generoso espaço para a S.E. Palmeiras.

Concedeu-nos, de repente, um latifúndio no caderno de esportes, a julgarmos pelo espaço limitado e minguado concedido ao clube no dia a dia.

Edições existem, e não são poucas, em que A FOLHA circula sem sequer mencionar a palavra Palmeiras.

São sucessivos os números em que o clube é relegado a um plano de inexistência, e passa em branco no noticiário esportivo.

Isso serve para realçar o menosprezo e o achincalhe que esse jornaleco pretensioso impõe aos quase 20 milhões de palestrinos espalhados por todo o país, segundo o próprio "Data-Folha".

Que jornal sério no mundo desprezaria um universo de quase 20 milhões de leitores não fosse ele parcial e dirigido?

Quando se auto-proclama democrática e pluralista, a Folha anuncia exatamente o que o Brasil inteiro já descobriu há tempos e tem conhecimento pleno que ela não é.

De coloração nitidamente tricolor, esse jornal por tradição, cumpre um papel marcantemente anti-Palmeiras e, há anos, cultiva esta abominável política de perseguição ao clube em seu segmento esportivo.
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Quando a esmola é demais, o santo desconfia.

Lendo o que foi publicado, constata-se, claramente que o espaço concedido ao Palmeiras não tinha outro objetivo senão o de fomentar a crise, elevando-a a uma dimensão insustentável.

E, parece, atingiram os objetivos, pois a edição deste domingo publica que Belluzzo já está em vias de renunciar. (Leia na aba de notícias)

Apesar de tudo, não quero dissertar aqui sobre as más intenções e os maus propósitos da reportagem do mais famoso pasquim paulistano, visivelmente embutidos na matéria.

Prefiro considerar o trabalho, exclusivamente, sob um aspecto útil, nada mais.

Maldades à parte, a reportagem alerta a coletividade alviverde sobre desmandos e incompetências administrativas, e sublinha a política rasteira e sorrateira que têm afligido a vida do clube.

Entretanto, sempre é bom que se proceda a uma averiguação e a uma checagem quando a Folha faz denúncias no Palmeiras.

Por seu comportamento editorial, a Folha, certamente, é parte integrante da engrenagem que visa a transformar o SPFC em segunda potência popular do futebol paulista.
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Voltemos à reportagem cuja manchete rasga o véu da fantasia e mostra a face dura da verdade:

(SIC) Rachado, o Palmeiras não acha solução para o seu futebol.

As atualidade e pertinência da manchete principal, são respaldadas pelo lide (lead) da matéria que destaca dois tópicos:

1º) Correntes políticas do clube, de situação e oposição, têm várias opiniões sobre gestão do time, o que trava decisões.

2º) Divisão de base, parceria com a Traffic, indisciplina do elenco, contratações e excesso de gastos provocam divisão entre os palmeirenses.
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MAS,

Quem não sabe que o Palmeiras, do ponto de vista político, parece uma escola de samba, é cheio de alas?

Quem desconhece que, no Palmeiras, quem não está no poder ou ostentando cargos vira oposição?

Quem ignora que a dissenção constante, a divergência, principal fator do esfacelamento do clube, é atávica, uma característica do anarquismo dos italianos e de seus descendentes?

A propósito, vejam o que disse Clemente Pereira, 2º vice do clube,na própria reportagem da Folha.

"É uma herança da Itália, que sempre teve muitas Províncias e demorou a formar seu Estado".
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E eu pergunto: mas que, diabos, quando é que vamos parar com essa bobagem de ficar relacionando o Palmeiras à Itália?

Como escrevi outro dia, já chega de Itália. O Palmeiras é um clube de massa, brasileiríssimo, de brancos, de negros, de mulatos de índios e de orientais...
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Sobre as divisões de base a Folha realça que " Há quase um consenso entre conselheiros e diretores de que os jogadores revelados têm de ser utilizados."

Quem é que desconhece a importância das divisões de base?

Quem é que esqueceu a belíssima campanha do time que disputou a Copa São Paulo e só não ganhou porque TAMBÉM não tinha um centro-avante?

Mas, cadê peito para lançar os jovens. Se me permitem o termo, Belluzzo e Cipullo têm "culhões" para isso?

É claro que não. Eles sabem que além de não ser cultura do clube, os mesmos que os apoiam hoje, serão os primeiros a vaiar ao primeiro resultado negativo.
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Ademais, jogadores jovens exigem que se tenha com eles carinho e paciência, ainda que possam ir mal em seus primeiros jogos.

Mas como exigir paciência de quem não tem paciência? Essa virtude não é uma característica da raça italiana, ressalvadas poucas exceções.

Já imaginaram o que fariam as organizadas se o Palmeiras perdesse com um time de jovens desconhecidos?

Foi por isso que Cipullo e Belluzo registram a maior parte dos jogadores da Copa São Paulo na série A 3 e frustraram-nos de ver vários jogadores de potencial daquela equipe treinando entre os titulares.

Segundo o coordenador da categoria, Ademir Prevelato declarou à folha, "Não houve erro de planejamento. É que não se esperava que o time não iria bem no Paulista".
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Quanto à Traffic, não há restrições contra a parceira em si, mas quanto a forma como ela age.

De fato, a introdução de jogadores da Traffic e a imposiçao de colocá-los como titulares absolutos, impede o Palmeiras de valorizar os seus ativos.

A reportagem publica o parecer do conselheiro oposicionista, Piraci de Oliveira ligadíssimo a Mustafá Contursi e que está coberto de razão quando afirma que o Pameiras: "Não forma e não tem quem vender depois.

Só discordo da maneira como Pirai colocou. Entendo que o Palmeiras forma, mas não aproveita!

A única coisa que nunca esclareceram é para onde vai essa leva anual de jogadores formados dentro de casa e que, certamente, não são cedidos de graça e sobre os quais o Palmeiras tem um percentual a receber como clube formador.
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Na verdade a melhor opção é ficar com a parceira, mas delimitando-lhe o raio de ação e impondo critérios funcionais e relacionamento.
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Há outros problemas referentes ao time, elenco, tática, em debates muito mais efervescentes e apaixonados. Neste caso, todos viram técnico e se dizem donos da razão.

Seraphin Del Grande considera que "O time joga da mesma maneira com o Vanderlei [Luxemburgo], o Muricy [Ramalho] e o Antônio Carlos. É deficiência dos volantes. Sem dúvida é problema de jogador".

De minha parte, concordo com o Seraphin de que precisamos de um volante ou de um meia, criativo, preferentemente canhoto. Precisamos aprimorar a saída de bola. Esse problema é antigo e quando tentaram resolver, contrataram Ivo.

Pelo que percebi, Ivo, jogador de estatura mediana e absolutamente comum, não é "o cara", mas.. Quem sabe eu queime a língua...

A falta de disciplina do elenco com muita gente caindo na noite e nas baladas é a grande preocupação do conselheiro Clemente Pereira.

Ele reivindica um monitoramento e um contrôle maior sobre a boleirada. Concordo, inteiramente, com ele.

Seraphin Del Grande, segundo a reportagem, quer os jogadores livres das perseguições das torcidas uniformizadas.

Para Del Grande as torcidas organizadas negam que fazem política, mas querem influenciar no clube como se os seus adeptos e líderes fossem conselheiros ou diretores.

Gilberto Cipullo, que não foi encontrado pela Folha, está sendo acusado de excessivamente centralizador do futebol e muitos têm pedido a sua cabeça.

Na verdade, os próprios autores da reportagem, jornalistas Martin Fernandez e Rodrigo Matos, usam a lide da matéria para resumir as principais reivindicações das mais diversas facções palmeirenses, ainda muito longes de um consenso mas que têm vários pontos em comum:
(SIC)
"Aproveitar mais a base. Formar grupo mais velho e selecionar com critério os jovens da Traffic. Impor linha-dura ao elenco. Reduzir a pressão da torcida sobre atletas. Trocar volantes. Gastar menos mas contratar um atacante".

SE VOCÊ, PALMEIRENSE, TEVE PACIÊNCIA PARA LER TUDO, DEIXE A SUA OPINIÃO.

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