Observatório Alviverde

04/04/2022

PALMEIRAS É O NOVO CAMPEÃO PAULISTA DE 2022. MAS ALGUÉM FALOU EM PAULO NOBRE?

Num momento em que toda comunidade palmeirense, com justas alegria e justiça festeja orgulhosamente outra taça levantada...

Num contexto em que a torcida alviverde reconhece viver o auge e o paroxismo da glória de nosso Verdão, faço questão de invocar o inolvidável Roberto Avalone, parafraseá-lo e homenageá-lo gritando muito forte e pro mundo inteiro ouvir: "parem as máquinas!"!

No mesmo instante, emocionado depois dos 4 x 0 e do baile aplicados aos arrogantes bambis, relembro Joelmir Betting dizendo: "Explicar a emoção de ser palmeirense a um palmeirense é desnecessário. Explicá-la a quem não é palmeirense é, simplesmente impossível. A esses, tento explicar!
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Máquinas silentes perguntas pertinentes, eu pergunto a cada palmeirense que nos lê e acompanha: Teria o Palmeiras chegado ao lugar especialíssimo em que chegou sem o "choque de gestão de Paulo Nobre"? 

Teria o Palmeiras continuado na primeira divisão em 2014 se Nobre não o salvasse da degola motivando o desinteressado time do time do Santos a derrotar o Vitória em Salvador?

Teria o Palmeiras chegado onde chegou em termos presença de público nos jogos e de força popular nos bastidores sem o novo marketing implantado por Nobre quando criou o programa sócio-torcedor?

Seríamos tantas vezes campeões sem a proteção e patrocínio desse palmeirense da primeira hora e da melhor cepa, autêntico, o maior presidente da história do Palmeiras, que emprestou do próprio dinheiro ao clube a juros baixíssimos, como se fossem de pai para filho? 

Teria o Palmeiras encaminhado as suas dívidas, tidas então como impagáveis, não fosse o auxílio luxuoso de Nobre que estancou e reverteu a dívida do clube calculada então em quase 300 milhões de reais?

Estaría o Palmeiras, hoje, com tantos e tão bons jogadores formando o mais valorizado elenco do Brasil? 

Teria conquistado tantos títulos sem a contratação de gerentes de futebol capacitados e reconhecidos no "metier" como Brunoro, Mattos e, agora, Barros?

Voltando ao nobilíssimo tempo de Nobre vocês se lembram de quando ele teve de enfrentar a torcida por ter negociado o centroavante Barcos com o Grêmio? 

Lembram-se que o boliviano Marcelo Moreno estava no negócio e o pai dele disse que não permitiria que MM fosse para um clube fracassado? Nobre, então, o ignorou e Moreno nunca mais foi o mesmo jogador em importância e salários...

Vocês se lembram de quando o Palmeiras rompeu definitivamente as relações com os Bambis por terem aliciado e contratado Alan Kardec (candidato a ídolo) sem ética e sem dar satisfações ao Verdão? 

Kardec, nem no exerior, nunca mais se aprumou na profissão e as retaliações do Palmeiras contra os bambis, decorrentes da atitude do então presidente sãopaulino Carlos Miguel Aidar  motivaram a radicalíssima atitude de Paulo Nobre. 

Algum tempo após Aidar, quem não se lembra, saiu pela porta de trás do Morumbi envolto em uma série infindável de situações inconfessáveis.

Em 2015 Nobre foi campeão pela primeira vez, ao ganhar a Copa do Brasil. No ano seguinte venceu o Campeonato Brasileiro de 2016 e reinseriu o Palmeiras no patamar dos grandes clubes brasileiros, conseguindo, então, para o clube o maior patrocínio da época. 

Esse, meus amigos, é o homem a quem devemos (também) homenagear nesta hora de enlevo e alegria, reconhecendo-lhe o extraordinário trabalho de recuperação de um time "de peladas" e de um clube então mal administrado e semifalido. É mera questão de justiça!

O Palmeiras deve muito a Paulo Nobre e, num momento de tanto enlevo, júbilo, contentamento e alegria como o que vivemos nesta hora, é nosso dever e obrigação entregar ao menos u'a medalha moral ao nosso maior "jogador" desde 2013, no chamado jogo de bastidores ou jogo fora do campo.

Em última análise eu lhes pergunto mas prometo responder também: 

"decorrido este Paulistão fantástico, houve, por acaso, alguém que tenha jogado tanto ou mais e melhor do que os ases Dudu, Veiga, Danilo, Scarpa, Gomez, Murilo, Rocha, Weverton, Zé Rafael, Piquerez? Alguém, por acaso, superou o competentíssimo Abel Ferreira?" 

Só Paulo Nobre, meus amigos, a causa das causas da "Segunda Grande Arrancada Palmeirense", extraordinário dirigente do qual a nossa comunidade, saudosa, não pode -jamais- se esquecer, começando por dedicar-lhe o primeiro título deste ano, colocando-o como importantíssimo partícipe de mais essa imorredoura conquista palmeirense.

Parabéns, Paulo Nobre, a torcida alviverde, agradecida, o saúda e o coloca na condição de dirigente referência, daqueles que, mesmo fora do atual contexto da diretoria, têm de ser sempre lembrados e homenageados nas mesmas proporções e altura de sua real importância na história do clube! 

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