Observatório Alviverde

01/03/2017

O QUE PODE MELHORAR AINDA MAIS NO PALMEIRAS, COM A VOLTA DE TCHÊ-TCHÊ?



Tchê Tchê pode ser a novidade do Verdão 6ª-Feira contra o Red Bull em Campinas.

É um retorno muito bem vindo na medida em que robustece demais o time do Palmeiras individualmente e taticamente.

Tchê, titularíssimo, é peça vital do atual elenco, cuja simples presença na equipe tem o poder de alterar não apenas a tática de jogo, mas a própria forma de jogar do time do Palmeiras. 

Trata-se de um jogador tão importante para a atual temporada que eu até o preservaria e não o escalaria contra o Red Bull se não estivesse convencido de seu completo restabelecimento.

Um atleta como Tchê-Tchê teoricamente teria de ser preservado visando aos jogos mais importantes que o Palmeiras vai cumprir nesta temporada. 

De qualquer forma, como o novo departamento médico alviverde garante e tem a convicção plena de que ele está cem por cento apto, convém então que ele retorne imediatamente ao time a fim de recuperar o mais rapidamente possível o seu ritmo de jogo! 

Fabiano e Arouca, da mesma forma, também já estão anunciados como recuperados e à disposição de Eduardo Batista para a difícil sequência de jogos que o Palmeiras terá pela frente daqui ao início do Brasileiro-17. 

Agora falta, apenas Moisés!

Sem me estender no assunto Moisés, cuja recuperação demanda mais tempo, quero perguntar o seguinte: 

Com o retorno de Tchê, que e qual torcedor, em pleno gozo de saúde mental, juízo e bom-senso optaria então pela sequência da titularidade de Zé Roberto, ainda que considerando a sua técnica, a sua classe, a sua vivência e a sua categoria?

Que outro jogador do atual elenco teria condições de exercer essa função de volante de dupla ação, isto é, de contenção e armação a um só tempo?

Aliás, embora eu transite agora pelo terreno das hipóteses, você acredita que perderíamos o derby nas circunstâncias trágicas em que perdemos com Tchê em campo? 

É claro que não, é evidente que não, é cristalino que não, é óbvio que não! 

Explico:

Cabe a Tchê, o motorzinho do Palmeiras, além da tarefa de defender qualquer setor ou compartimento da defesa que esteja sendo atacado, exercer em campo outras variantes táticas muito importantes. 

Se for ele quem desarma e readquire a posse de bola, efetuar o primeiro passe a quem esteja mais próximo ou mais bem colocado para contra-atacar e ajustar outra subida ataque, tarefas, aliás, que Tche realiza e executa com perfeição.

Se o Palmeiras tem a posse de bola não com Tchê  cabe a ele deslocar-se e passar a se constituir numa espécie de opção de jogo para qualquer companheiro que esteja conduzindo a bola.

Com a velocidade que tem, com sua volúpia constante por atacar e o extraordinário poder que o caracteriza de fazer correr  os companheiros e o time pode-se dizer que Tchê proporciona grande rotatividade e muita dinâmica ao time, tanto e quanto verticaliza o jogo e proporciona N opções de chegada e de arremate aos companheiros de ataque, quando não é ele próprio que chega e o faz. 

Outra variante de Tchê-Tchê é aquela em que, recuperada a posse de bola por qualquer companheiro, ele se aproxima, encosta e é sempre uma opção para o desafogo, para a troca de bola, ou para dar sequência rápida ao lance, empurrando o time em direção à área adversária. 

O Curica, com dez em campo, teria resistido à pressão explosiva do Palmeiras com Tchê Tchê? Sou convicto de que NÃO!

Vocês se lembram da entrevista de Eduardo Baptista após o "derby" afirmando que os compartimentos do time (zaga, meio de campo e ataque) atuaram de forma estanque e distanciada contra o Curica e que em razão disso o time não teve capacidade para chegar?

É que faltou ao time a liga, o super-bonder tático palmeirense, o cola-tudo que antende pelo nome de Tchê-Tchê. Sem ele o time é outro, muito outro!

Mas o Palmeiras não melhorou contra a Ferroviária?

Sim! Melhorou muito, muitíssimo! Pode-se dizer que além das expectativas!

Mas só melhorou, explico, porque Zé Roberto eu não diria que copiou mas repetiu a forma de jogar de Tchê, mesmo sem conseguir dar ao time o mesmo poder ofensivo.

De minha parte, imaginando que Tchê fosse demorar muito a voltar e que o Palmeiras fosse precisar de ZR na meia cancha, abri postagem ontem sugerindo a Eduardo Batista que explorasse Zé Roberto na condição de lançador, estendendo a sugestão ao próprio atleta para que treinasse a função que, com um pouco de treino específico, ele teria (tem) capacidade de passar a exercer.

Entretanto, diante do retorno antecipado de Chê, creio que o time vai se acertar com ele na meia cancha e se movimentando da mesma forma como vinha atuando e que o levou o Palmeiras à conquista do Brasileiro em 2017.

O QUE PODE MELHORAR (AINDA MAIS) NO PALMEIRAS, COM A VOLTA DE TCHÊ-TCHE?

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