UM PRIMEIRO TEMPO HORRÍVEL DO PALMEIRAS CONTRA O GRÊMIO PRUDENTE.
Escrevo no intervalo do Palmeiras e Grêmio.
Mas dizer o que de tudo o que vi? Ou seria do que não vi?
Que o Palmeiras é um aglomerado de jogadores sem alma, sem vida?
Que é um time absolutamente óbvio sem a mínima criatividade?
Que do meio campo para a frente, simplesmente, o time não existe?
Que mesmo repleto de volantes não consegue impor o jogo na zona de raciocínio?
Que o toque de bola do time é previsível, sem nenhum refinamento?
Que, às vezes, dá a impressão de que o Grêmio Prudente é o Palmeiras e que o Palmeiras é o Grêmio Prudente?
Que não temos nenhum jogador capaz de driblar, exceção feita ao Kléber, ou de tentar uma jogada individual?
Olha, foi penalti, sim, aquele toque de mão do Maurício Ramos.Claríssimo.
Eder Lopes não marcou porque não quis.
O moço da TV desta vez foi condescendente conosco, talvez porque o jogo era com um time pequeno.
Ele disse que não foi, mas foi.
Entretanto, fomos esbulhados em três lances de impedimento, dois do Kléber e e um do Rivaldo em lances cruciais que poderiam ter redundado em gol..
O bandeirinha que acompanhou o ataque do Palmeiras neste primeiro tempo nos prejudicou demais.
Mas um time que quer alçar vôos mais altos, tem de passar por cima disso e superar as adversidades.
Vamos esperar pelo segundo tempo.
A saída de Rivaldo e a entrada de Gabriel Silva, talvez possa melhorar a nossa saída de bola e os nossos avanços pela esquerda.
De qualquer forma, precisamos melhorar muito para começar a jogar mal.
Já pensaram do que precisamos, então, para jogar bem?
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(postada um pouco antes do início do segundo tempo)
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(Continuando a postagem após o jogo).
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O SEGUNDO TEMPO
Surtiu efeito a entrada de Gabriel Silva.
Perdemos o peso pelo lado esquerdo e ficamos mais leves e velozes no setor.
Faltou acreditarem no garoto porque ele fazia a passagem e ninguém tocava pra ele. Preferiam, sempre, afunilar.
Mas a grande nuance tática palmeirense no segundo tempo foi a passagem de Edinho pelo lado direito e Marcio Araújo ter jogado mais pelo lado esquerdo.
Essa mexida de Felipão foi decisiva, aliada ao fato do time ter avançado a marcação e assumido uma postura tática mais ousada.
Revezando, sempre, com Vitor, Edinho conseguiu o que faltou ao Palmeiras no primeiro´ tempo, isto é, a passagem pelo lado direito com bons cruzamento para a área.
O esquema de Felipão depende muito do trabalho de passagem dos laterais. Sem isso vira um time mais do que defensivo, sempre previsível.
Se não existem lances individuais ou de criatividade a partir dos meias, através de dribles sobre defesas hermeticamente fechadas o "overlaping" é um bom caminho.
Porém esse estilo de jogo não é o ideal se Kléber for o centro-avante e o último passe for através de bolas alçadas procurando o jogo aéreo..
Kléber é muito mais afeito ao drible, à tabela, à criatividade, ao jogo no chão e ao improviso pois é um atacante de estatura baixa.
Ademais, como ninguém cria nada na frente ele se sente compelido a recuar e vai armar o jogo. Mas armar para quem?
Hoje ele até teve alguém para acionar, o estreante Diney, mas o desentrosamento da dupla era visível.
Nosso gol surgiu de uma projeção de Edinho pela direita e de um cruzamento raso que passou por Dinney que furou, sobrando para Márcio Araújo que acompanhava o lance pelo lado esquerdo e que cobriu com êxito a falha grotesca do estreante.
Como curiosidade é bom que se ressalte que o gol só saiu porque Diney falhou. Se ele houvesse tocado na bola ela, certamente, seria defendida pelo goleiro que estava em cima do lance, bem a sua frente.
O erro de Diney teve o efeito de um corta-luz para o arremate fraco, de pé esquerdo, por parte de Araújo, quase aparado por uma defesa reflexa do goleiro do Prudente que chegou a tocar na bola..
Depois do gol o Palmeiras adotou o jogo da espera, isto é, posicionou-se defensivamente, marcou com força e atenção.
Entretanto, puxou pouquíssimos contrataques posto que não tem jogadores com características de velocidade.
A entrada do pivozão Tadeu no lugar do esbaforido Diney mostra que Felipão sabia disso.
Daí a postura defensiva e atenta do Palmeiras visando a garantir a vitória que, afinal, acabou, penosamente, garantindo.
A vitória, conseguida através do esforço e da superação dos jogadores, é uma resposta aos setores da imprensa que vêm acusando os jogadores de boicote ao clube e ao treinador, em decorrência do atraso nos salários.
É exatamente ao contrário do que dizem. Na verdade, os jogadores têm dado tudo de si e se superam cada vez que entram em campo, atuando com muita dedicação e profissionalismo. O que tem faltado mesmo é bola.
De um péssimo primeiro tempo para um razoável segundo tempo concluímos que a conduta do time foi, apenas, discreta, mas suficiente para derrotar um adversário desesperado e que deu tudo de sí em busca da vitória..
Deola esteve muito bem, Vitor melhorou muito mas também falta muito para ser o mesmo ala do Goiás. Maurício Ramos esteve bem e Danilo, muito bem. Rivaldo, nervoso e mal.Gabriel Silva jogou bem, embora sem a confiança dos titulares que não lhe devolviam os passes, ainda que estivesse em posição privilegiada.
Pierre jogou para o time. Guardou posição, marcou e cobriu bem, sem abusar da virilidade, principalmente no segundo tempo, dando condições para que Edinho e Márcio Araújo se projetassem tranqüilos para o ataque.
Edinho e Marcio Araújo foram a alma da equipe, com ótima atuação. A dupla concebeu o gol da vitória. Assunção foi um lutador. Correu o tempo todo sem marcar posicionamento, ora atacando, ora defendendo.
Kléber não teve com quem dialogar e abusou muito do individualismo, completamente desentrosado com Diney. Tadeu entrou tarde e não teve tempo de aparecer.
Foi, em meu entendimento, uma vitória suada que só veio em decorrência da aplicação de um time tecnicamente fraco, e que ainda busca suprir no coletivo as suas deficiências individuais.
E agora, o que aqueles mesmos da imprensa vão dizer a propósito de atraso de salários e má vontade da equipe, em face de tamanha atitude e doação de uma equipe que se supera em busca da afirmação ainda dentro deste brasileiro?
Não vão mais tocar no assunto até a próxima derrota quando o assunto voltará à baila.
Apesar de tudo eu acredito, que esse time do Palmeiras vai nos proporcionar algumas alegrias neste final de temporada.
Digo isso porque os próprios jogadores, sob o comando de Felipão, estão trabalhando muito e acreditando.. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer até atingirmos a condição de um time forte, competitivo e que possa resgatar as nossas maiores e melhores tradições.
Com tudo e apesar de tudo, o importante é que a emoção sobreviva!
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Mas dizer o que de tudo o que vi? Ou seria do que não vi?
Que o Palmeiras é um aglomerado de jogadores sem alma, sem vida?
Que é um time absolutamente óbvio sem a mínima criatividade?
Que do meio campo para a frente, simplesmente, o time não existe?
Que mesmo repleto de volantes não consegue impor o jogo na zona de raciocínio?
Que o toque de bola do time é previsível, sem nenhum refinamento?
Que, às vezes, dá a impressão de que o Grêmio Prudente é o Palmeiras e que o Palmeiras é o Grêmio Prudente?
Que não temos nenhum jogador capaz de driblar, exceção feita ao Kléber, ou de tentar uma jogada individual?
Olha, foi penalti, sim, aquele toque de mão do Maurício Ramos.Claríssimo.
Eder Lopes não marcou porque não quis.
O moço da TV desta vez foi condescendente conosco, talvez porque o jogo era com um time pequeno.
Ele disse que não foi, mas foi.
Entretanto, fomos esbulhados em três lances de impedimento, dois do Kléber e e um do Rivaldo em lances cruciais que poderiam ter redundado em gol..
O bandeirinha que acompanhou o ataque do Palmeiras neste primeiro tempo nos prejudicou demais.
Mas um time que quer alçar vôos mais altos, tem de passar por cima disso e superar as adversidades.
Vamos esperar pelo segundo tempo.
A saída de Rivaldo e a entrada de Gabriel Silva, talvez possa melhorar a nossa saída de bola e os nossos avanços pela esquerda.
De qualquer forma, precisamos melhorar muito para começar a jogar mal.
Já pensaram do que precisamos, então, para jogar bem?
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(postada um pouco antes do início do segundo tempo)
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(Continuando a postagem após o jogo).
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O SEGUNDO TEMPO
Surtiu efeito a entrada de Gabriel Silva.
Perdemos o peso pelo lado esquerdo e ficamos mais leves e velozes no setor.
Faltou acreditarem no garoto porque ele fazia a passagem e ninguém tocava pra ele. Preferiam, sempre, afunilar.
Mas a grande nuance tática palmeirense no segundo tempo foi a passagem de Edinho pelo lado direito e Marcio Araújo ter jogado mais pelo lado esquerdo.
Essa mexida de Felipão foi decisiva, aliada ao fato do time ter avançado a marcação e assumido uma postura tática mais ousada.
Revezando, sempre, com Vitor, Edinho conseguiu o que faltou ao Palmeiras no primeiro´ tempo, isto é, a passagem pelo lado direito com bons cruzamento para a área.
O esquema de Felipão depende muito do trabalho de passagem dos laterais. Sem isso vira um time mais do que defensivo, sempre previsível.
Se não existem lances individuais ou de criatividade a partir dos meias, através de dribles sobre defesas hermeticamente fechadas o "overlaping" é um bom caminho.
Porém esse estilo de jogo não é o ideal se Kléber for o centro-avante e o último passe for através de bolas alçadas procurando o jogo aéreo..
Kléber é muito mais afeito ao drible, à tabela, à criatividade, ao jogo no chão e ao improviso pois é um atacante de estatura baixa.
Ademais, como ninguém cria nada na frente ele se sente compelido a recuar e vai armar o jogo. Mas armar para quem?
Hoje ele até teve alguém para acionar, o estreante Diney, mas o desentrosamento da dupla era visível.
Nosso gol surgiu de uma projeção de Edinho pela direita e de um cruzamento raso que passou por Dinney que furou, sobrando para Márcio Araújo que acompanhava o lance pelo lado esquerdo e que cobriu com êxito a falha grotesca do estreante.
Como curiosidade é bom que se ressalte que o gol só saiu porque Diney falhou. Se ele houvesse tocado na bola ela, certamente, seria defendida pelo goleiro que estava em cima do lance, bem a sua frente.
O erro de Diney teve o efeito de um corta-luz para o arremate fraco, de pé esquerdo, por parte de Araújo, quase aparado por uma defesa reflexa do goleiro do Prudente que chegou a tocar na bola..
Depois do gol o Palmeiras adotou o jogo da espera, isto é, posicionou-se defensivamente, marcou com força e atenção.
Entretanto, puxou pouquíssimos contrataques posto que não tem jogadores com características de velocidade.
A entrada do pivozão Tadeu no lugar do esbaforido Diney mostra que Felipão sabia disso.
Daí a postura defensiva e atenta do Palmeiras visando a garantir a vitória que, afinal, acabou, penosamente, garantindo.
A vitória, conseguida através do esforço e da superação dos jogadores, é uma resposta aos setores da imprensa que vêm acusando os jogadores de boicote ao clube e ao treinador, em decorrência do atraso nos salários.
É exatamente ao contrário do que dizem. Na verdade, os jogadores têm dado tudo de si e se superam cada vez que entram em campo, atuando com muita dedicação e profissionalismo. O que tem faltado mesmo é bola.
De um péssimo primeiro tempo para um razoável segundo tempo concluímos que a conduta do time foi, apenas, discreta, mas suficiente para derrotar um adversário desesperado e que deu tudo de sí em busca da vitória..
Deola esteve muito bem, Vitor melhorou muito mas também falta muito para ser o mesmo ala do Goiás. Maurício Ramos esteve bem e Danilo, muito bem. Rivaldo, nervoso e mal.Gabriel Silva jogou bem, embora sem a confiança dos titulares que não lhe devolviam os passes, ainda que estivesse em posição privilegiada.
Pierre jogou para o time. Guardou posição, marcou e cobriu bem, sem abusar da virilidade, principalmente no segundo tempo, dando condições para que Edinho e Márcio Araújo se projetassem tranqüilos para o ataque.
Edinho e Marcio Araújo foram a alma da equipe, com ótima atuação. A dupla concebeu o gol da vitória. Assunção foi um lutador. Correu o tempo todo sem marcar posicionamento, ora atacando, ora defendendo.
Kléber não teve com quem dialogar e abusou muito do individualismo, completamente desentrosado com Diney. Tadeu entrou tarde e não teve tempo de aparecer.
Foi, em meu entendimento, uma vitória suada que só veio em decorrência da aplicação de um time tecnicamente fraco, e que ainda busca suprir no coletivo as suas deficiências individuais.
E agora, o que aqueles mesmos da imprensa vão dizer a propósito de atraso de salários e má vontade da equipe, em face de tamanha atitude e doação de uma equipe que se supera em busca da afirmação ainda dentro deste brasileiro?
Não vão mais tocar no assunto até a próxima derrota quando o assunto voltará à baila.
Apesar de tudo eu acredito, que esse time do Palmeiras vai nos proporcionar algumas alegrias neste final de temporada.
Digo isso porque os próprios jogadores, sob o comando de Felipão, estão trabalhando muito e acreditando.. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer até atingirmos a condição de um time forte, competitivo e que possa resgatar as nossas maiores e melhores tradições.
Com tudo e apesar de tudo, o importante é que a emoção sobreviva!
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