Observatório Alviverde

01/11/2011

DÁ PARA ACREDITAR?

 

Quando, expectador presente na Arena do Jacaré, vi Valdívia reclamar, desnecessariamente, acintosamente, logo no início do jogo e levar o cartão-amarelo, pensei, cá com os meus botões: “ele está querendo, mesmo, é cavar uma expulsão”.

Quando, em casa, assistindo ao “tape” e constatando o pontapé  desnecessário em Pierre, lance que não visualisei dentro o estádio, tive certeza: “ Valdívia queria ser expulso mesmo!”

Seu aparente aborrecimento na chegada a São Paulo e sua recusa em falar com a imprensa são, em meu entendimento, apenas uma fachada, uma máscara justificante.

Na realidade o chileno errou, sabe que errou e que fez tudo de caso pensado, o que agrava a sua culpa.

Valdívia que vive grave crise matrimonial, está querendo, mesmo,  é fugir do ambiente podre que encontrou no Palmeiras e em São Paulo, nesta sua segunda passagem pelo Verdão.

O objetivo imediato do chileno é tão pragmático quanto condenável, mas, perfeitamente, previsível e explicável para quem se envolve nos lençóis em que ele se envolveu:

viajar, o mais rapidamente possível, ao Chile, defender a Seleção andina e ficar por lá o maior espaço de tempo possível, a fim de tentar reconstruir a própria família que ele mesmo implodiu em uma de suas costumeiras incursões pela noite paulistana.

Vítima de um fotógrafo mau-caráter, inconseqüente, bandido, profissional perigoso do mundo imundo dos “gangsteres” e da extorsão, o drama existencial de Valdívia deve estar pra lá de insuportável, terrível.

Tudo isso explica, mas não justifica a sua irresponsabilidade profissional, gravíssima.

Na verdade o chileno está se omitindo, fugindo do pau, lavando os pés, digo, as mãos, trazendo ainda mais prejuízos ao clube que se dispôs a fazer tanto sacrifício para contratá-lo.

O que agrava a irresponsabilidade do Mago é que ela é praticada em um momento grave da história do Palmeiras, no qual o clube, que lhe paga um régio salário, mais necessitava de seu concurso e de seu talento.

Se Valdívia vai sentir saudade do Palmeiras, da torcida e, principalmente, de Felipão?

É óbvio que n-ã-o!

Aliás, saudade é uma palavra que só existe na língua portuguesa.

No Chile Valdívia vai pensar em espanhol,  vai falar em espanhol, vai jogar em espanhol.

É é bom mesmo que jogue muito em espanhol,  porque, em português ou em portunhol, não jogou nada este ano.

Entretanto, será um excelente momento para que ele reflita no pouco que rendeu com a nossa camisa em 2011, e no prejuízo imenso que causou ao Palmeiras e a sua coletividade, fora o mal que fez a sua família, e, principalmente a si mesmo e a sua própria imagem!

Se continuar no Palmeiras em 2012, que seja com outra cabeça, com outra alma, com outro coração, com outras atitudes,  mais  ligado em seu trabalho, em sua família e em sua profissão, com madureza e responsabilidade.

Se não for assim que mude de clube, que volte para o Chile, ou, de preferência, que retorne para a Arábia.

Se retornar para qualquer desses lugares, na certa se lembrará de sua primeira e excepcional passagem pelo Palmeiras, repleta de bom futebol, de alegria e de felicidade.

Ainda que não conheça mestre Ataulfo, um dos maiores compositores brasileiros da velha guarda, repetirá os versos contidos em ”Tempos de Criança” uma das jóias maravilhosas da música popular brasileira:

‘ EU ERA FELIZ E NÃO SABIA"

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COMO VOCÊ ANALISA O PROCEDIMENTO DO MAGO?

VOCÊ TAMBÉM ACREDITA QUE ELE FORÇOU A EXPULSÃO?

EM SUA OPINIÃO ELE, KLÉBER MANGA PODRE E ASSEMELHADOS DEVEM CONTINUAR NO PALMEIRAS EM 2012 ?

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