NEM TODOS OS AUSENTES VÃO FAZER FALTA!
"-Ora -diz, impropriamente a mídia-, com 23 pontos, o Palmeiras ainda não está garantido para a fase final do Paulistão"!
Quem quiser acreditar nessa bobagem, pois, que acredite! Eu, não!
A colocação correta da situação, verdadeiramente, é está:
o Palmeiras ainda não está matematicamente garantido, mas, praticamente, incluído na fase final da competição.
Quantos pontos serão necessários para que o Palmeiras, matematicamente, chegue à classificação?
Hoje, com 23 pontos, se conseguir vencer o Botafogo em Ribeirão, o Verdão totalizará 26 pontos.
O Braga, seu mais direto perseguidor já jogou nesta rodada e se mantém com 16 pontos, isto é, sete a menos do que o Verdão.
Para consolidar, matematicamente, o que já está construido, isto é, a classificação, o Palmeiras terá de estabelecer uma diferença de pontos -igual ou superior- àquela que o Braga ou quem estiver em segundo lugar terá, ainda, a disputar.
Se vencer, hoje, em Ribeirão, o Palmeiras estabelecerá 10 pontos de vantagem sobre o Braga.
Porém, como o time interiorano tem mais 15 pontos a disputar, a classificação palmeirense continuará sendo, apenas, virtual.
Em caso de um empate, a diferença Palmeiras/Braga será de 8 pontos e na hipótese -remotíssima- de uma improvável derrota, mantem-se nos 7.
Portanto, para assegurar a classificação matemática mais rapidamente, o Palmeiras teria de ganhar do Botafogo e do próximo adversário, o São Bernardo, com quem medirá forças na semana que vem.
Nessa hipótese, o alviverde iria a 29 pontos!
A partir daí, teria de contar com um provável tropeço do Braga em seu próximo jogo contra o Santos na Vila, sendo que até um empate serviria já que os critérios de desempate favorecem o Palmeiras.
A diferença estabelecida passaria a ser, então, de 13 pontos e o Braga, a partir de então, teria apenas 12 a disputar, sacramentando a classificação do Verdão, também sob o ponto de vista aritmético.
Por tudo isso, prefiro desconsiderar e não dar bola aos números, ciente e consciente de que a classificação palmeirense é mera questão do desenrolar da tabela.
Além do Botinha e do São Bernardo, o Palmeiras enfrentará a Portuguesa no Pacaembu, o Paulista, no Jayme Cintra, a Ponte, no Pacaembu e o Santos, na Vila.
Só um improvável revertério, um desastre de proporções catastróficas, inédito e inaudito no futebol, teria o poder de retirar a vaga palmeirense das finais, mas nisto eu não acredito.
Hoje, em Ribeirão, o Palmeiras encontra um Bota -100% vencedor no Santa Cruz- disposto a vencer, em razão da aproximação perigosa do CU-rintia, que venceu, ontem, o bom time do Rio Claro e encosta ainda mais na classificação.
Dos titulares, o Verdão não terá cinco jogadores: Leandro, Kardec, Juninho, Wellington e Wesley! Em compensação, terá Valdívia!
Não considero, entre os que não podem jogar, Vitorino (nem sei se tem bala na agulha para a titularidade) e Josimar (não agradou na estréia) como titulares, e, portanto, desfalques.
A ausência desses atletas poderia mostrar como lado positivo, a perspectiva da estréia de Rodolfo, mas sou convicto de que Kleina -ele também é teimoso, sim- vai mandar a campo o mediano e pouco produtivo Vinicius -ao menos até hoje- formando dupla com Mazinho.
Kleina adora contrariar o pensamento da torcida que gostaria de assistir à estréia do jovem centroavante que veio do Rio Claro!
Não considero, porém, ruim o retorno de Mazinho, excelente jogador que a torcida, em vez de apoiar, agora quer batizar de "Mazinho Araújo", manifestando-se, sempre, intolerante em relação a um atleta que tem qualidades, sim, até para a titularidade.
É preciso que a torcida mude o foco e a atitude com relação a esse jogador, mas é preciso, em contrapartida, que Mazinho também se esforce por fazer a parte que lhe compete.
De qualquer forma, as ausências de hoje que, em parte, debilitam o Palmeiras, servem, também, para Kleina testar se o time tem elenco qualificado para ganhar o Paulistão e para ser moldado de maneira que possa vir a jogar bem o Brasileiro.
O Paulistão sempre foi e é o laboratório do Brasileirão!
O jogo de logo mais proporciona a oportunidade para que GK estude o elenco e descubra as melhores alternativas para a formação de um time -como esperamos-, muito forte, agressivo, ofensivo e, acima de tudo, competitivo, de acordo com as nossas maiores e melhores tradições.
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