Meus amigos.
Algumas coisas ficaram claras após o choque-rei deste domingo.
Primeira: temos um time muito melhor e mais equilibrado do que os bambis.
Segunda: está muito claro que Felipão tem o grupo, integralmente, sob o seu comando,
Terceira: sem o auxilio da arbitragem a história dos “choques-reis”, em todos os tempos, teria sido contada sob ótica diferente e o domínio dos bambis não existiria.
Quarta: o Palmeiras, definitivamente, não tem atacantes agudos e efetivos, ao menos para o modo Scolari de jogar. Quem não tem esse tipo de jogador e chuta pouco à meta adversária, tem dificuldades em fazer gols.
Quinta: a mão ser que haja uma mudança drástica no comportamento tático e no espírito de jogo, o Palmeiras não vai disputar o título. Do jeito que está, “tirem o cavalo da chuva”. No máximo, brigaremos pela vaga da Libertadores.
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LEIAM O QUE ESCREVI NO INTERVALO DO JOGO
Estou escrevendo no intervalo.
A velha história se repete. Dominamos o jogo, mandamos nos jogo e eles vencem.
Sabem por quê?
Pela mania da contratação de baixotes e subdesenvolvidos físicos.
Mais do que isso, por outra mania de só contratarmos volantes e zagueiros.
O problema de nosso time, que é muito melhor do que o deles é a falta crônica de atacantes.
Desculpem-me aqueles que pensam que Kléber é um grande atacante ou que falta alguém para trabalhar com ele.
A verdade, vou repetir, é que ele é um mediano com rótulo de craque.
Sem atacantes capacitados dificilmente se faz gols. O Palmeiras não tem atacantes de qualidade no elenco atual. Aliás, poucas vezes teve.
O jogo de hoje era à feição de Valdívia, nossa exceção, deitar e rolar porque a defesa deles é uma baba.
Tudo o que eu disse neste intervalo, não significa, porém, que eu esteja descontente com o rendimento do time.
Dentro de seus limites técnicos, o Palmeiras joga bem e gosto dessa outra função de Araújo, que atua mais avançado, exatamente como fazia quando jogava no Galo Mineiro.
Quando critico o Kléber, não quer dizer que o considero um péssimo jogador, mas, apenas, ressalto que ele não foi, não é e nunca será, jamais, aquilo que a torcida pensa que ele é.
De qualquer forma o time esteve muito bem e, individualmente, só não gostei de Leandro Amaro.
Cicinho foi o nosso melhor em campo do primeiro tempo e Rivaldo fez, em meu entendimento, também uma excelente primeira fase do jogo.
Creio que com um pouco de sorte e com a boa arbitragem que, finalmente, vejo no choque Rei por parte do Abade, o Palmeiras possa virar o jogo.
Tem que chegar um pouco mais e por alguém para marcar os lançamentos de Rivaldo e as chegadas de Dagoberto. Nesses dois jogadores se resume todo o esquema dos bambis, essencialmente de contrataque.
Apesar do peso que carregamos contra eles, eu acredito, ao menos em um empate.
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SEGUNDO TEMPO
Há bem pouca a acrescentar ao comentário do segundo tempo.
Ressalte-se a massacrante predominância do Palmeiras e sua falta de imaginação, criatividade e, principalmente, de chute ao gol nas jogadas ofensivas.
É óbvio que eu queria a vitória, mas, arrancar um empate na casa do adversário, dominando completamente o jogo e tomando todas as iniciativas evidencia que o time de Felipão tem amplos méritos e pode, perfeitamente, subir bastante na tabela.
Tudo vai depender, porém, da chegada de um ou dois atacantes de qualidade para reforçar a equipe, dando peças compatíveis a Scolari. a fim de que ele possa ajustar o time do meio de campo para a frente, justamente a nossa maior deficiência, o nosso calcanhar-de-aquiles.
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CICINHO, O MELHOR EM CAMPO
Marcos, Henrique, Rivaldo e Chico foram os nossos melhores jogadores, mas a expressão superlativa do clássico, sem dúvida alguma, foi Cicinho.
Leandro Amaro e Luan, melhoraram no segundo tempo, mas, em meu entendimento, não renderam satisfatoriamente.
Patrik, Assunção e Kléber tiveram altos e baixos.
Patrik, pouco notado em campo, jogou para o time e foi útil pelo empenho, pela ajuda na marcação e pela mobilidade.
Assunção foi decisivo na bola parada e sua crônica defasagem física no segundo tempo, não foi notada porque os bambis jogaram de forma covarde e se trancaram na defesa, facilitando-lhe o trabalho.
Kléber, como de hábito, teve alguns lances espetaculares e outros nem tanto. Teve, ao seu feitio, uma batalha de atrito contra a defesa sãopaulina, mas perdeu-se mo indiividualismo excessivo e na velha mania de prender demais a bola.
Marcio Araújo, em nova função, jogou razoavelmente. Mas como ser um volante de chegada em um time que não tem homem de referência, no qual o centro-avante está sempre perdido entre os zagueiros?
Teoricamente foi boa a substituição processada no intervalo pelo técnico do Palmeiras que retirou Araújo e colocou Maicon Leite.
Mas, na prática, a única vantagem da alteração residiu no fato de que a presença do veloz Maicon, que, na prática, pouco rendeu, prendeu a defesa bambi no campo defensivo, evitou o apoio inimigo ao ataque e desafogou a nossa defesa.
Aliás, é isso que parece não entrar na cabeça de Felipão. Se o time tem um ataque que preocupa o adversário este ataca menos e exerce uma pressão muito menor.
Para que esse exclusivismo defensivo que nos colocam longe dos gols e das vitórias.!
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PENALTI EM KLÉBER
Eu, sinceramente, não consegui ver o pênalti que Muller, na tv, disse que ocorreu, de Piris em Kléber.
Muller disse que Piris saltou não em direção à bola, mas diretamente no corpo de Kléber e que, por isso teria sido pênalti.
Afinal, foi pênalti ou não ?
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FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO 1 X 1 PALMEIRAS
Estádio: Morumbi, São Paulo (SP)
Data/hora: 21/8/2011 - 16h
Árbitro: Cleber Wellington Abade (SP)
Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marcio Luiz Augusto (SP)
Público: 16.813 pagantes
Renda: R$ 587.700,00
GOLS: 41'/1ºT, Dagoberto (SPO); 16'/2ºT, Henrique (PAL)
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Rodolfo, Xandão e João Filipe; Piris, Wellington, Carlinhos, Rivaldo (32'/2ºT, Cícero) e Juan; Dagoberto e Fernandinho (24'/2ºT, Marlos). Treinador: Adilson Batista.
PALMEIRAS: Marcos, Cicinho, Leandro Amaro, Henrique e Rivaldo; Chico, Marcio Araújo (Intervalo, Maicon Leite), Marcos Assunção e Patrik (33'/2ºT, João Vitor); Luan e Kleber. Treinador: Luiz Felipe Scolari.
Cartões Amarelos: Cicinho (PAL)
NOTA: Estavam pendurados pelos cartões Cicinho, Henrique, Patrik, Luan, João Vítor e Kleber.
Cicinho está fora do “derby” contra os gambás, mas os outros seis estarão à disposição de Felipão.
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PARA VOCÊ ANALISAR
Gostou do time?
Merecíamos vencer?
Felipão escalou bem, mexeu bem?
Houve penalti do Piris em Kléber?
A crise acabou?
Temos, ainda, chances de título?
Vamos nos classificar na Sul-Americana?
Sem Cicinho vai ser mais difícil ganhar dos gambás?
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