Observatório Alviverde

12/06/2013

ATÉ QUANDO A DESCULPA DOS TRÊS PONTOS VAI JUSTIFICAR AS NOSSAS MÁS ATUAÇÕES?

 

 

Muitos hão de dizer e eu farei coro com eles: o que vale são os três pontos.

Na soma dos pontos obtidos, o Palmeiras já chegou aos 12.

Mas bola, que também é importante, o Palmeiras mostrou pouco, quase nada!

Jogou contra um time de orçamento baixo, em crise, que ganhara, apenas, 3 pontos em 15 disputados na série B..

Ainda assim, em um jogo que seria, teoricamente, fácil, o Verdão encontrou imensas dificuldades para fazer gols, ampliar o marcador e vencer com a folga que se esperava.

O resultado contra o América RN esteve sempre aberto, pois, mesmo abrindo o marcador aos 28 do 1º tempo, o Palmeiras não conseguia encaminhar a definição do jogo por pura incompetência ofensiva, sentindo-se, sempre, ameaçado.

Não que o América tenha criado situações contínuas e iminentes de gol, mas o pouco que criou foi suficente para incomodar o time e a torcida palmeirense e deixá-los muito apreensivos.

Além de dois ou três lances em que Bruno apareceu bem, a bola transitou muitas vezes pela área palmeirense principalmente em jogadas alçadas.

É claro que a defesa do Palmeiras, a melhor da série B e o ponto alto do time, conseguiu se impor e contornar todas essas situações.

Entretanto, o medo de uma “bola vadia” que redundasse em um gol, que, como de hábito, costumamos levar no fim dos jogos, afligia a torcida.

O risco de sofrer o empate e de fechar esta etapa do ano em má situação, esteve presente, atormentando a torcida durante quase todo o jogo.

O Palmeiras só teve a certeza da vitória nos acréscimos, aos 46 minutos do 2º tempo quando, finalmente, encontrou novamente o caminho do gol.

O lance decorreu de uma jogada espetacular de Ananias, muito objetiva, aliás.

O estreante mostrou, concomitantemente, talento e visão de jogo, ao descolar um milimétrico espaço entre os adversários, ajeitar para o pé esquerdo e bater forte e cruzado para o gol.

O estreante e bom goleiro americano Andrey desviou levemente o arremate que tocou na trave esquerda, mas sobrou para Fernandinho, livre, que, tendo à frente o gol aberto, não titubeou e estufou a rede.

O fato é que, mesmo pontuando aos 28 do primeiro tempo, o Palmeiras não teve competência para ampliar o marcador logo em seguida e por isto, passou por sufoco e durante todo o transcorrer do jogo diante de um time pra lá de ruim.

O gol de Fernandinho representou um alívio aos jogadores palmeirenses, que festejaram o desfecho do lance como se estivessem ganhando um título.

Bruno chegou a se ajoelhar e, de mãos postas, agradeceu ao céu e a Deus pela vitória. Kleina deveria ter feito o mesmo!

Por falar em Kleina eu não sei a razão pela qual ele mostra tanto otimismo nas entrevistas quando, até hoje, ele não conseguiu armar um time competente e convincente.

É óbvio que ele tem de ter otimismo, mas em dose mais parcimoniosa do que tem revelado. Menos, Kleina, menos que o campeonato é longo e a batalha pelo acesso ainda nem começou!

A propósito de sua entrevista ao Sportv, no final do jogo, creio que o técnico palmeirense passou nas entrelinhas a informação que Valdívia está com um pé fora do Palmeiras.

Ao mencionar as chegadas de Mendieta, Ananias e outros que podem vir para reforçar a equipe, cujos nomes não citou, falou das voltas de Prass, de Vilson, de Léo Gago porém não citou o nome de Valdívia.

Conforme já comentei neste espaço, o fato de a diretoria ter proibido que o chileno jogasse em Recife e, hoje, em Natal, dava a entender que  Valdívia deve ser negociado neste período de recessão do futebol interclubes.

A omissão de um nome do calibre de Valdívia no contexto da entrevista, parece-me a antecipação tácita da negociação do chileno que, ao meu sentir, começa a ser divulgada homeopaticamente, a não ser que o técnico palmeirense tenha sido acometido de um formidável apagão de memória.

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Como eu já disse anteriormente, o Palmeiras, sob Kleina, iria sofrer demais para chegar entre os quatro que vão subir. O jogo de ontem confirmou a minha assertiva.

Se, para ganhar de um time de baixíssimo orçamento, tecnicamente fraquíssimo e um dos lanternas do campeonato, o Palmeiras teve tanta dificuldade, imagino como será quando enfrentarmos as equipes de melhor porte da série B.

Com o recesso, o Palmeiras, agora, tem um bom tempo para pensar, para se ajustar, para se reciclar e tentar ganhar um novo corpo, mas, principalmente, uma alma nova para a sequencia da luta pelo acesso.

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SOBRE O TIME

JOGARAM BEM:

Bruno, Ayrton e André Luiz.

JOGARAM RAZOAVELMENTE

Maurício Ramos, Henrique, Fernandinho e Wesley

JOGARAM BUROCRATICAMENTE

Serginho e Tiago Real

JOGARAM MENOS DO QUE DEVERIAM:

Juninho, Marcelo Oliveira e Caio

O MELHOR DO JOGO

Abriu o caminho para a vitória e movimentou-se bastante.

Precisa aprimorar o arremate se quiser vingar no futebol!

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FICHA TÉCNICA

AMÉRICA-RN 0 X 2 PALMEIRAS

Local: Estádio Barretão, em Ceará-Mirim (RN)
Data: 11 de junho, terça-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG)
Assistentes: Marcos da Silva Brigido (CE) e Otávio Correia de Araújo Neto (AL)
Cartões amarelos: Márcio Passos e Cascata (América). Tiago Real, Maurício Ramos, Ayrton (Palmeiras)
GOLS: PALMEIRAS: Vinícius, aos 28 minutos do primeiro tempo. Fernandinho, aos 46 minutos do segundo tempo

AMÉRICA-RN: Andrey; Norberto, Zé Antônio, Edvânio e Renatinho Potiguar; Daniel Resende (Alex), Márcio Passos, Fabinho (Jerson) e Cascata; Vinícius Pacheco (Ebinho) e Júnior Negrão
Técnico: Roberto Fernandes

PALMEIRAS: Bruno; Ayrton, André Luiz, Maurício Ramos e Juninho; Henrique, Wesley e Tiago Real (Fernandinho); Serginho (Ananias), Caio e Vinícius (Marcelo Oliveira)
Técnico: Gilson Kleina

VOCÊ TAMBÉM ACHA QUE O QUE VALE MESMO SÃO OS TRÊS PONTOS?

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NO SPORTV

Boa a transmissão do Sportv.

Odinei Ribeiro comentou menos e narrou mais.

Esteve muito bem, mas poderia ter ido ainda melhor.

Boa a repórter que cobriu o Palmeiras.

Entre todas as mulheres mostradas até hoje pelo Sportv, ela é a de melhor conteúdo.

Fraco o repórter que cobriu o América.

Noriega esteve muito bem, mas pisou na bola ao analisar um lance entre Marcelo Oliveira e  Ebinho.

Como de hábito - ele não muda -  começou dizendo que o zagueiro do Palmeiras houvera cometido a falta (não sei se foi dentro ou fora da área).

Como o repeteco da imagem mostrava que o jogador americano também agarrava o Palmeirense ele teve de reformular e corrigir o comentário.

Afirmou, então, que o jogador do América “primeiro, havia agarrado o palmeirense”.

Se ocorreu, a falta foi apenas do jogador do América e só isso e nada mais do que isso deveria ter sido marcado.

Disse, depois, que os dois se agarraram e coisa e tal, mas que a falta a ser marcada “deveria ter sido a falta do palmeirense.

Um contrasenso!

Ora, se o palmeirense foi agarrado primeiro, a falta deveria ser marcada a partir daí, a partir do primeiro agarrão, contra o América e não após a reação de Marcelo.

Se os dois se agarraram por que foi dito que a falta teria de ser marcada contra o Palmeiras?

Noriega realçou que a falta do palmeirense tinha sido mais forte, sem considerar que era uma disputa entre um peso pesado e um peso pena.

Essa afirmação de que a falta mais grave deve ser punida, conforme ensinavam os manuais de arbitragem nos tempos do professor Álvaro Paes Leme e Leopoldo Santana, parece que de há muito foi abolida.

Se não foi, então todos os agarrões na área terão de ser punidos com pênalti pois em qualquer falta dentro da área o ilícito maior é sempre cometido pelos zagueiros ou por quem defende. 

No caso de ontem, a força aplicada pelos dois atletas foi proporcional ao físico que ostentam.

Mas tudo é uma questão simples de interpretação e opinião e cada um tem a sua.

Respeito a opinião do comentarista, mas estou muito longe de concordar com ela!

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