Observatório Alviverde

11/07/2009

PALMEIRAS 4 X 1 NÁUTICO. UMA BELÍSSIMA RESPOSTA DENTRO DE CAMPO!

Qualquer comentarista que se arriscar a falar em tática ou técnica neste Palmeiras X Náutico, incorrerá em erros de avaliação. Palmeiras e Náutico foi um jogo em que a prevalência física do Palmeiras foi a marca registrada. As questões tático-técnicas não podem ser aferidas em razão do estado do gramado, que transformou o jogo em simples disputa pela posse de bola. O que se pode dizer é que o Palmeiras do primeiro tempo ocupou, predominantemente, a faixa direita do campo e, no segundo tempo, o lado esquerdo. A vitória verde foi categórica, insofismável premiando o time que tem melhores jogadores e que teve, durante o jogo, muito mais empenho, alma e coração. Não dá para que se avalie o potencial técnico do time, atualmente treinado pelo "tampão" Jorginho em função do jogo de hoje. Certamente que se pôde ter uma idéia do desenho tático, que em nada mudou em relação aos jogos anteriores. O que se pode concluir é que Jorginho, ao contrário de seu antecessor, vem escalando os melhores. Wendel é o dono da ala direita e Souza forma uma dupla de conteção fortíssima com Pierre, dando tranquilidade para que Wendel, Armero, Diego Souza e Cleiton Xavier possam lançar-se ao ataque sem tantas preocupações, encostando em Obina e Willians, mas, em meu entendimento, seria melhor se o companheiro de Obina fosse Ortigoza.
Enfim, chegamos à décima partida sem perder e, pelo menos até este domingo antes dos jogos, somos os vice-líderes do Brasileirão. Em vez de falar sobre isso, a imprensa prefere, como de hábito, a continuar abordando assuntos que provocam a inquietude e a turbulência dentro do clube, os quais nem é preciso que se nomine. Enquanto isso lá na bambinera, o time deles está péssimo, flertando com a zona de rebaixamento, envolto em contínuas confusões e a imprensa quieta, calada, silente... Nem os vergonhosos dois meses de atraso de salários dos jogadores tem sido mencionado, mostrando o quanto a maior parte dos profissionais da imprensa e a própria mídia em geral são, primeiro cúmplices e, depois, comparsas do time da moda. Uma vergonha!

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SOBRE A TRANMISSÃO DO PFC
Linhares Júnior narrou bem, mas continua, lamentavelmente, insistindo com estatísticas e fatos passados em detrimento do jogo. Ademais gosta muito de opinar nos lances, o que não deveria ser atribuição do narrador e, sim, do comentarista. Jota Júnior parece que já pegou o jeito, mas Linhares opina demais. Se ele quer opinar, porque, então, existe o comentarista? Em 99% das opiniões foi contra o Palmeiras e, inexplicavelmente, no lance do penalti sobre o Armero, omitiu-se completamente e deixou a definição para o Noriega que não teve dúvidas: afirmou que o penal fora claríssimo e acertou! Houve outro lance que evidenciou a falta de preparo de Linhares. Um hipotético impedimento de Obina, aos 29 do segundo tempo. Desta vez Noriega não foi enfático e tudo ficou no ar. Deveria ser dito que não é que era um lance difícil para o bandeirinha e sim que ele errou feio porque, na dúvida, o ataque é que deve ser favorecido. Linhares e Noriega optaram, como sempre acontece em lances de prejuízo ao Palmeiras, pela menção de um erro "perdoável" do bandeira, quando fora imperdoável.
No lance do gol de Willians, Linhares insistia em ver um impedimento. Foi desmentido pela reprise, mas ele persistia na dúvida até que Noriega falou o que ele, certamente, a julgarmos pela insistência em afirmar que foi impedimento, desconhece completamente: Noriega disse com propriedade que Willians acompanhava o lance e estava atrás da linha da bola.
Sem ser um Luciano do Vale, Linhares é um bom narrador. Mas seus exageros de estatísticas em detrimento da "bola rolando" e a sua mania (deve ter contraído isso no rádio) em opinar toda hora, fazem com que eu lhe atribua uma nota 5.
Noriega precisa aprender a colocar ênfase e mecanismos de repetição na elucidação de lances, sem se preocupar com a imagem junto à TV. Só assim terá voz ativa e vai marcar como comentarista. O excesso de ponderação tem as suas vantagens na convivência e no relacionamento, mas diante do público o profissional não consegue se firmar como referência.
Não é que se queira que ele mude de estilo, mas, apenas, que ele marque. Em vez de dizer "en passant" como disse que fora um lance claríssimo ele deveria dizer algo mais ou menos assim.
"-Penalti, Penalti, não há o que discutir. As imagens são claras. Penalti indiscutível. Errou o Sr. Vagner Tardeli". Sei que é questão de estilo, mas a partir da elucidação do lance pela imagem, não há o que temer. É evidente que, muito mais do que uma questão de estilo é uma opção profissional. Ele pode querer ser discreto o resto da vida mas, se assim o fizer jamais sairá da discrição para a consagração. Ambas as atitudes têm vantagens e desvantagens. Particularmente, prefiro me consagrar. Ele, eu não sei! Nota 7 para Noriega.
Alexandre Oliveira foi bem. Só falhou quando disse que "- Não dá mais pro Souza que tem que sair de Maca". Mas não dá mais por quê, Sr. Alexandre? O senhor não explicou. Ademais, demorou muito para voltar a informar de que o jogador "houvera seguido para um hospital a fim de examinar mais detidamente as conseqüencias de uma entorse no torzonelo." Em suma: Só aproximadamente aos 20 do segundo tempo o telespectador ficou sabendo a razão da saída de
Souza.
Em contrapartida deu, direitinho, as notícias referentes a desistência de Murici em assinar com o Palmeiras e falou das novas opções. Noriega, da cabine, informou que Possatti, o uruguaio fora uma indicação de Felipão complementando a informação. Fez as entrevistas certas ao final do primeiro tempo e ao final do jogo com as personagens do jogo. Leva 7.

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SOBRE O CANAL PFC

Tem melhorado bastante o padrão das transmissões, sobretudo quando são feitas pelos locutores da matriz. Continuam "pisando na bola" os contratados sob cachê, a maioria fraca, ruim e muito mal informada, salvo poucas exceções. As transmissões de BH, por exemplo, exceto quando transmite o Rogério Correia, são sofríveis nos tres níveis: narrador, comentarista e repórter.
Hoje o sinal da transmissão caiu pelo menos 8 vezes aqui na praça de Belo Horizonte e numa dessas quedas quase perdemos um gol.
O que precisa acabar nas transmissões são as opiniões dos narradores que se "queimam" e se antipatizam desnecessariamente. Comentarista exerce função sujeita, intrinsecamente, a esses fatores e devem ser eles, pagos para isso, a opinar.
As reprises dos gols dos outros jogos não atrapalharam a transmissão pois foram feitas no intervalo. Parabéns. Jogo segmentado em canal fechado tem de ser exatamente assim.
As transmissões andam meio monocórdicas, com os repórteres contidos e os comentaristas falando cada vez menos. Nem tanto ao sol, nem tanto à terra. Tem de haver um balanceamento entre todos e os repórteres deveriam sempre agregar notícias às transmissões. Fica muito melhor do que as abomináveis estatísticas. Hoje Linhares veio falar de uma decisão Palmeiras e Náutico, pela Copa Brasil, da década de 60. É falta de assunto ou brincadeira!
Finalmente, os melhores momentos tinham de ser mostrados pelo comentarista, que ia ilustrando o comentário com essas imagens. Hoje ouvimos o Linhares abrindo, chamando os comerciais e os gols no intervalo, ele mesmo se auto anunciar narrando os melhores momentos e so após isso entrou o Noriega para comentar 45 minutos de futebol em 15 ou 10 segundos. Então, para que o comentarista? Só para descansar o narrador? Comentarista no Sportv durante as transmissões só tem servido para isso.
Transmissão nota 5 do Canal PFC mais pelos erros do canal em sí do que pelos profissionais do microfone.

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