Observatório Alviverde

18/02/2017

LINENSE BATEU MUITO MAS ACABOU CAINDO DE QUATRO PARA UM VERDÃO MOTIVADO E DECIDIDO!



PALMEIRAS 4 X 0 LINENSE

Gostei -muitíssimo- do que vi, ontem, em Araraquara. 

O Palmeiras venceu e, sobretudo, convenceu, derrotando sem sustos ou atropelos o violento time do Linense por 4 x 0.

Registre-se, antes de tudo, que o placar dilatado foi apenas uma consequência do amplo domínio do Verdão durante todo o jogo.

Só não foi mais amplo porque o Palmeiras, como já é de praxe em sua história, é um clube que parece evitar ganhar de goleada.

O excelente rendimento do time, "quase" à altura de minhas expectativas, serviu para demonstrar de forma cabal e definitiva que agora, mais do que nunca, trata-se de questão de lógica, de bom senso e de justiça a manutenção e a continuidade da experiência atual com Eduardo Batista.

Fique claro que não estou afirmando simbolicamente que ele já descobriu a pólvora, pois trata-se, apenas, de um início de trabalho e, ainda, há um largo caminho a ser percorrido para o acerto definitivo do time.

Da mesma forma, entendo que (grife-se e registre-se, sou eu que entendo assim), independentemente do resultado do "derby", a depender do que o time demonstre técnica e taticamente contra o curica, isso não poderá representar um marco decisivo para que se decida a continuidade ou não do treinador.

Ficou provado, a partir de ontem, que Eduardo Batista tem créditos (ainda são poucos, mas os tem) para continuar técnico do Palmeiras, até provas contrárias, se vierem a ocorrer.

É preciso que todos os palmeirenses equilíbrados e bem intencionados abram os olhos para a indesmentível realidade de que "ainda não houve tempo hábil para que EB impusesse o seu modelo de trabalho e comprovasse as suas eficiência e competência".

Em razão disso, como se diz aqui em Minas, ficarei -ao menos por enquanto- de boca fechada para depois , com tranquilidade, poder comer a minha farinha! (AD)

SOBRE O JOGO

Em relação ao time, Prass apenas mostrou novamente o que ele sabe e pode e com Mina à frente melhorou até sua saída de bola!

Aliás, a volta de Mina robusteceu demais o setor defensivo palmeirense ensejando a Vitor Hugo reeditar as suas grandes atuações com a camisa verde e branca.

A volta de Egídio à lateral esquerda deu maior mobilidade ofensiva e poder de ataque ao Palmeiras.

A vantagem tática da presença de Egídio em vez de Zé Roberto é que o Palmeiras não precisa sacrificar-se taticamente e disponibilizar tanta cobertura no setor, expondo demais  o Vitor Hugo.

A vantagem de Zé é aquela de marcar com mais competência, tanto e quando exercer voz de comando e forte liderança dentro de campo, aspectos, psicologicamente, que às vezes se tornam decisivos para o sucesso de um time.

Por falar em lateral apoiador, Jean esteve (finalmente) muito bem nesse quesito e criou grandes lances ofensivos pelo seu setor.

No meio de campo temos de  lamentar a -aparentemente- grave contusão de Moisés com suspeita de ter estourado os ligamentos, o que ficaremos sabendo apenas após o exame a ser feito na manhã desta segunda-feira com a nossa torcida e projeção mental para que não passe de um susto. 

Felipe Melo mais uma vez "esmerilhou" o jogo e mostrou que não existe no Brasil nenhum jogador em sua posição que seja melhor ou mais técnico do que ele. Foi um monstro em campo!

A entrada de Keno em lugar de Moisés, por incrível que pareça, foi o fator desencadeante da grande ofensividade palmeirense e da criação de inúmeras jogadas que levaram perigo ao gol do Linense, embora o estilo de jogo do time, com Keno, tenha sido diferente.

Em post anterior eu havia manifestado a minha descrença em Keno que em todos os jogos em que o vi atuando pelo Santa Cruz enfeitava demais o pavão e jogava de maneira muito egoísta.

Ontem ele contrariou as minhas expectativas ao jogar -muito mais- pelo time, com maturidade , consciência, visão de jogo e altruísmo, justamente tudo o que lhe faltou nas apresentações anteriores. 

Tudo isso, creiam, tem a ver com o trabalho do treinador.

 Michel Bastos entrou em campo para lateralizar o jogo, mas com a saída de Moisés passou a atuar centralizado tendo sido muito útil ao time mesmo numa função à qual não está acostumado.

Thiago Santos, com a mesma propriedade e eficiência de sempre o substituiu no último quarto de jogo e mostrou o quanto ele é importante na qualidade de um reserva qualificado e que, em qualquer emergência pode virar titular.

Raphael Veiga, canhoto, por sua versatilidade, categoria, chute forte e oportunismo dificilmente vai sair do time. 

Willian lutou, correu e deu tudo de si. Foi presenteado por Dudu com um lançamento precioso no gol de abertura que o deixou na cara do gol e ele não desperdiçou.

Para o jogo tocado ou para o jogo de bola comprida (o Palmeiras também jogou assim em muitos momentos) Willian encaixa-se com mais efetividade que Barrios, muito melhor para o jogo aéreo ou para a função de pivô. 

Assim como Willian melhorou bastante, Barrios também entrou muito bem numa equipe que teve como expoente Dudu destacadamente e com todo o louvor o melhor em campo e o grande artífice da estupenda vitória desse novo Palmeiras que começa a surgir imponente no horizonte esportivo de São Paulo, do Brasil e do Mundo.

AMADORISMO DA DIRETORIA
Como o Palmeiras pôde aceitar a indicação de Luiz Flávio de Oliveira para apitar seu jogo contra o Linense, sem se manifestar contra, sem protestar,  e sem ao menos reclamar ou mostrar a sua indignação contra a indicação desse árbitro que tantas vezes o prejudicou?

Forçoso é dizer que tecnicamente ele apitou bem o jogo de ontem e não há críticas que se possa fazer em relação ao seu trabalho, repito, do ponto de vista tecnico.

Mas, se mal pergunto me perdoem, não é uma coincidência muito grande ele ser indicado para um jogo do Palmeiras às vésperas do derby? 

Não lhe parece, no mínimo, estranho que ele tenha sido tão conivente, condescendente e tolerante com o jogo violento aplicado impunemente pelo time do Linense durante todo o jogo, justamente às vésperas de um Curica x Palmeiras? 

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FICHA TÉCNICA

LINENSE 0 X 4 PALMEIRAS
Local: Arena Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Data: 19 de fevereiro de 2017, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo e Gustavo Rodrigues de Oliveira (ambos de SP)
Cartões amarelos: Caíque, Zé Antônio (LIN); Mina e Lucas Barrios (PAL)
Gols:
PALMEIRAS: Willian, aos 23 minutos do 1º Tempo, Raphael Veiga, aos 26 minutos do 1º Tempo, Michel Bastos, aos 8 minutos do 2º Tempo, e Lucas Barrios, aos 36 minutos do 2º Tempo
LINENSE: Victor Golas; Bruno Moura, Rodrigo Lobão, Lucas Silva (Magno Alves) e Bruno Costa (Thiago Santos); Caíque, Zé Antônio, Thiago Humberto e Diego Felipe; Giovanni (Felipe Pereira) e Gabrielzinho
Técnico: Guilherme Alves
PALMEIRAS: Fernando Prass; Jean, Yerry Mina, Vitor Hugo e Egídio; Felipe Melo (Thiago Santos); Michel Bastos, Moisés (Keno), Raphael Veiga e Dudu; Willian (Lucas Barrios)
Técnico: Eduardo Baptista

MICHEL BASTOS MERECE SER TITULAR?


Michel Bastos se confessa muito feliz por ter deixado os bambis transferido-se para o Palmeiras.

Após ter sido acolhido magnificamente bem pela torcida do Verdão o jogador deixa transparecer que o ambiente que ele encontrou no Palmeiras é muitíssimo melhor que aquele que deixou nos bambis.

Será sobre Michel Bastos a postagem - curta e objetiva- de hoje, resumida na seguinte pergunta: 

Tem, Michel Bastos, personalidade, técnica e cacife futebolístico suficientes para assumir a titularidade no Verdão?

Se você considera que SIM, No lugar de quem ele entraria?

Que alterações táticas implicariam caso ele venha a ser aproveitado no time principal? 

Ou, em seu entendimento, ele não passará de um reserva qualificado, uma espécie de Thiago Santos do meio de campo para a frente?

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