Observatório Alviverde

23/02/2011

ANDRÉS E CORINTHIANS FAZEM O JOGO QUE INTERESSA Á CBF.

 

Se os fatos dos bastidorees políticos do futebol brasileiro tiverem alguma coerência, Andrés Sanchez faz, escancaradamente, o jogo da Globo e da CBF, ao ameaçar deixar o Clube dos 13.

Quem, senão Ricardo Teixeira, em busca da plenitude do poder perdida, tem interesse em destruir o cartel que domina, desde o final da década de 80, o segmento principal  do futebol brasieiro.

E, a fim de atingir seu objetivo mais imediato, o máximo mandatário da CBF faz uso de um boneco de ventríloquo vulgarmente denomnado de fantoche..

Só bobos ou inocentes desconhecem que,  por trás da empáfia e das reiivindicações do corintiano, algumas delas justas, há um aval tácito de gente mais bem dotada, intelectualmente, do que o ladino prócer alvinegro, usado, simplesmente, servilmente, como massa de manobra.

O Corinthians e Andrés, simplesmente, cumprem, nesse episódio,  um papel ridículo, indecoroso, indigno de um clube da tradição e da estatura do Corinthians.

Na verdade, não passam de um joguete nas mãos daqueles que fazem até o que Deus duvida para perpetuar-se no poder, perpetuidade esta que interessa e perdurará, ao menos, até que esteja disponível  a bocarra de presidente da Fifa.

Ninguém desconhece a grandeza do Corinthians, na proporção exata da grandeza do Palmeiras. Não é à toa que fazemos aquele que a própria entidade mater do futebol mundial classifica como o maior clássico do Brasil e o décimo clássico de maior importância no planeta.

Agora, é risível quando se vê o ex-gavião Andrés, os Chico Langs da crônica, as Tvs Bands da vida e a maior parte da mídia, proclamarem ao mundo uma pretensa liderança corintiana, time exclusivamente doméstico e caseiro, cuja influência, praticamente, se restringe aos limites do estado de São Paulo.

O que se nota nessa história, ligando-se os fatos ao episódio da Taça das Bolinhas e do reconhecimento do título do Flamengo, foi o maquiavelismo explícito e impressionante de Teixeira e seus áulicos de entidade.

Foi uma jogada de mestre aproveitar a insatisfação corintiana na divisão das quotas de tv, culminando com a ameaça do clube em retirar-se  do Clube dos 13.

Da mesma forma, o reconhecimento do Flamengo, campeão de 87, estremece a relação dos cariocas com o Clube dos 13.

Devidamente  picada pela mosca azul do poder maior,  Patrícia Amorim, me à carioca,  declarou, dissimuladamente, infantilmente, que o Clube dos 13 nada fez para que o título do Flamengo em 87 fosse reconhecido, se esquecendo de tudo o que disse na última reunião com os outros presidentes..

Brigado, rompido com a CBF, o Clube dos 13  poderia, realmente,  ter feito algo para ajudar o Flamengo? Ademais, por que Patrícia só declarou isso hoje, agora, no auge da confusão?

Ou teria ela sido, também, cooptada pelo máximo mandatário da CBF,  trocando o reconhecimento do título de 87 por um apoio político integral, nesta hora em que os intresses econômicos estão falando mais alto?

De qualquer forma, esses fatos escancaram  junto ao público a verdadeira índole, personalidade e caráter dos dirigentes do futebol brasileiro que parecem cultivar atiudes dúbias, tíbias, reticentes, escamoteadoras da verdade que só flúi, quando flúi, no momento pertinente da satisfação de suas ambições.

O episódio da Taça das bolinhas escancarou a verdadeira índole da diretoria do São Paulo. O verniz do bom-mocismo e do fair-play foram arranhados e a diretoria tricolor mostrou, mais uma vez, que não é especial e nem diferenciada, mas exatamente como as demais.

Da mesma forma, fica claro que o objetivo precípuo de Teixeira é, mesmo, o de, primeiro, implodir e, depois, explodir, para pulverizar o Clube dos 13.

Para um homem acostumado às vitórias em qualquer plano, não importam os meios que possam conquistá-las. Ele que sempre fez uso de todas as armas para atingir seus objetivos, haja vista a derrota fragorosa da caricatura, digo candidatura Kléber Leite, por ele patrocinada, que não foi bem deglutida e digerida.

A retaliação de Teixeira veio muito mais rápidamente do que se esperava ou do que julgava a vã filosofia de Fábio Koff, Juvenal e outros cartolas que ainda se divertiam em reuniões com a humilhação imposta ao cartola rival e à CBF.

Por trás disso, como pano de fundo dessa mixórdia, segue aberto o importante e infame debate do jogo de interesses que vai definir qual a rede de televisão aberta que assumirá o controle das transmissões e como serão fatiados os demais segmentos agregados.

Eu não vi nem ouvi, mas me disseram que, esta semana, Andrés esteve na TV Record. Acreditem, ele pode até ter ido lá, mas nem se a Record oferecesse o dobro do que paga a Globo ele cederia as transmissões à turma da igreja, haja vista que esse não é o interesse do chefe Teixeira.

A visita de Andrés ao canal do bispo, se aconteceu como anunciaram, teve um único e exclusivo objetivo, o de pressionar os demais clubes e expor, de forma bem visível, pretensas hiperimportância e independência corintianas.

Mas quem não sabe que Andrés, com o aval do poderoso chefão, digo, padrinho, deseja que a Globo continue no circuiito, desde que as suas quotas de patrocínio sejam reajustadas. Alguém tem dúvida de que isso vai acontecer?

De minha parte, mesmo com todos os problemas, com todos os defeitos e apesar dos Klébers, dos Casagrandes, dos Arnaldos, dos Maurícios Prados e daquela imensa horda de profissionais do Sportv que incensam o Flamengo e o Corinthians em detrimento dos demais clubes e do próprio Palmeiras, eu considero o futebol nas mãos da Globo um mal menor..

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