Observatório Alviverde

14/06/2012

PALMEIRAS ENCAMINHA A CLASSIFICAÇÃO PARA AS FINAIS DA COPA DO BRASIL!

 

Quando Luxemburgo escalou Kleber para começar jogando eu vibrei.

Tive, mais do que simples sensação, a certeza de que as coisas se tornariam menos difíceis para o Palmeiras.

Kléber, o mediano com status de craque, impôs ao Grêmio o castigo de jogar com dez.

Exatamente como fazia em seu tempo de Palmeiras, embora a torcida o considerasse imprescindível e insubstituível.

Hoje, do manchista ao tupista, do torcedor letrado ao de poucas letras, todos sabem de que traste nos livramos!

Dentro e fora do campo,

Vade retro!

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Ontem, pela primeira vez, Felipão vi Felipão alterar a sua vetusta e manjada tática de jogo.

Ao escalar Henrique no lugar de Araújo, passou a jogar com três zagueiros, muito mais fechado do que o faz habitualmente.

Em verdade, Felipão alterou o esquema, sem abrir mão de sua filosofia. Jogar ofensivamente, encerremos o assunto, está fora das cogitações do homão, ainda que o jogo seja contra o “Riachinho da Vila São José”.

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Seu objetivo, no jogo de ontem contra o Grêmio, era o de trancar a equipe na defesa, evitar de sofrer gols e tentar chegar à rede nos erros do adversário.

Por isto,  prendeu o time como nunca houvera feito anteriormente, jogando, outra vez, com apenas com um atacante, o argentino Barcos.

Mas tudo ocorreu dentro do que se previa, e de acordo com o que este OAV publicara na última postagem:

(sic)

“Felipão vai querer, como de hábito, fechar o time na defesa e tentar achar um gol em contrataque, bola parada e cruzada, ou, até em um lance fortuito para encaminhar a classificação.”

Por acaso o jogo teve um desfecho diferente?

Ou foi quase tudo dentro daquele “script” que prevíamos e que publicamos ontem?

Vamos recapitular:

(sic)

“Não creio, definitivamente, que Felipão surpreenderá escalando um time eminentemente ofensivo”.

NÃO ESCALOU, MESMO!

NÃO ESCALARIA, NUNCA!

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(sic)

“O jogo desta noite, porém, não é daqueles que possa suscitar críticas ao treinador pelo defensivismo, já que o adversário, tecnicamente, é superior e joga em sua própria casa”.

JOGAMOS, BASICAMENTE, MARCANDO MEIA PRESSÃO, ENCASTELADOS NA DEFESA Á PROCURA DOS CONTRATAQUES !

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(sic)

“Nem tanto ao mar, nem tanto à terra, Felipão também não pode reduzir seu time, exclusivamente, à marcação e à defesa, porque os gols assinalados fora de casa, têm peso decisivo na classificação”.

FELIPÃO SOLTOU UM POUCO MAIS O TIME APENAS NO SEGUNDO TEMPO.

COMO SEMPRE, FALTOU-LHE  OUSADIA!

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(SIC)

Eu, particularmente, não creio que ele comece o jogo com Maicon Leite, Certamente optará por seu protegido, Luan”.

OPTOU SIM E LUAN, TATICAMENTE, RECONHEÇAMOS, JOGOU MUITO!

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(SIC)

“Como o garoto Felipe, que começou jogando contra o Galo, não viajou com a delegação, está fora do time, deverá ser substituído por João Vitor”.

FOI O QUE ACONTECEU!

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(SIC)

“Não creio que Felipão tenha coragem suficiente para entrar com Mazinho ou Maicon Leite na posição de João Vitor”. 

NÂO TEVE E, JAMAIS, TERIA!  ELE NÃO SABE ARMAR SEUS TIMES COM CARACTERÍSTICAS OFENSIVAS.

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(SIC)

“Acho difícil que Cicinho comece jogando em razão de sua péssima atuação contra o Atlético e acredito que, também pelo fato de ser um jogador de físico mais avantajado, Arthur comece jogando”.

ARTHUR SÓ SAIU PORQUE TEVE UMA CONTUSÃO MUSCULAR.

FOI A FELICIDADE DO PALMEIRAS PORQUE CICINHO, MUITO MAIS EFETIVO NO APOIO, CRIOU A JOGADA DO PRIMEIRO GOL.

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(SIC)

“Da mesma forma, não creio que Maicon Leite seja escalado logo de início. Ficará como opção para se houver necessidade de uma postura mais ofensiva”.

O não aproveitamento de Maicon Leite revela claramente que Felipão não se importava em atacar tanto, porque projetou e buscava a igualdade do placar sem sofrer gols.

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(SIC)

Que nem se fale da entrada  Mazinho que virou, imaginem, reserva de Luan”…

Este é o equívoco mais recente de Scolari.

I-m-p-e-r-d-o-á-v-e-l “!

A ENTRADA DE MAZINHO, AINDA QUE TARDIA, NO LUGAR DO ÚNICO PALMEIRENSE QUE NÃO ATUOU BEM, DANIEL CARVALHO, FOI UM DOS FATORES DECISIVOS DA VITÓRIA DE ONTEM SOBRE O GRÊMIO EM PORTO ALEGRE.

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Apesar de tudo Felipão teve méritos inquestionáveis na conquista do grande resultado de ontem.

Começo pelo maior deles, a escalação de Henrique no lugar de Márcio Araújo, pela qual ninguém, nem mesmo Luxa, poderia prever.

Além de reforçar a marcação e a cobertura, houve uma melhora acentuada na saída de bola.

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Diferentemente do último embate contra o Grêmio pelo Brasileirão, o Palmeiras, ontem, conseguiu tocar bem a bola na zona de raciocínio e chegou criar boas jogadas a partir do setor, principalmente no segundo tempo.

O tricolor gaúcho não conseguiu impor a sua pesada marcação e dominar na força e na marra o jogo do meio de campo com folga e sobra, conforme fizera no jogo anterior.

Pelo contrário, o Palmeiras, sim, chegou a impor, muitas vezes a dominância no setor.

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Infelizmente o Verdão esbarrou na falta de mobilidade de Daniel Carvalho, e apresentou o mesmo defeito de sempre, a falta de um meia pensador, talentoso. que parta driblando sobrea defesa adversária e que se apresente para o arremate.

Daniel Carvalho, ainda com físico de lutador de sumô, está longe de ser esse jogador.

Será que chega lá?

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Outro grande mérito de Felipão foi o de manter a equipe organizada do ponto de vista tático, jogando do início ao fim com solidariedade e obedecendo, rigidamente, o plano tático adredemente estabelecido..

Registre-se, de passagem, que, ontem, o Palmeiras X Grêmio era um jogo à feição de Valdívia, em razão da existência de muitos espaços na defesa gremista, muito propícios para penetrações ou lançamentos. 

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A defesa palmeirense foi o ponto alto do time e nem poderia ser diferente.

O Palmeiras jogou com o objetivo primordial de se defender e foi muito aplicado na marcação.

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Individualmente, Bruno foi pouco exigido, mas jogou com segurança e seriedade.

A bola que poderia ter entrado, aos 43 do primeiro tempo, após boa cobrança de falta através de Fernando, tocou na trave, depois de um leve desvio do goleiro palmeirense, provando que está bem e com sorte..

Esse foi, um dos raríssimos lances em que o Grêmio chegou, com real perigo, à meta palmeirense.

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Artur defendeu bem, não conseguiu atacar bem.

Cicinho, mais eficiente no apoio, entrou no lugar de Artur e fez a jogada que abriu o caminho para a vitória.

Maurício Ramos entrou muito bem e não decepcionou.

Começou jogando pelo lado direito, como o último homem

No segundo tempo trocou com Thiago Heleno  e passou,  para o setor esquerdo, a fim de marcar mais à frente.

Poucos perceberam, mas foi uma jogada de mestre de nosso treinador, porque o zagueiro que sai da área para marcar lá na frente está muito mais sujeito a cometer faltas do quem joga cobrindo dentro da área, como último homem.

Assim foi possível que Thiago Heleno, amarelado no primeiro tempo, pudesse evitar a expulsão e sobreviver no jogo até o final, sem desfalcar a equipe.

Thiago Heleno, mesmo na qualidade de um zagueiro rebatedor, sem muita habilidade e classe, jogou com muita atenção e disposição, cumprindo excelente performance o ponto de vista coletivo.

Juninho subiu bastante de produção em relação aos seus últimos jogos e começa, novamente, a entrar em seu melhor ritmo.

O gol de Barcos nasceu de uma ótima jogada de Juninho que foi ao fundo e cruzou na medida para a complementação do argentino.

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A entrada de Henrique como uma espécie de líbero à frente da zaga ou, vá lá,  um volante de contenção, revolucionou o jogo do Palmeiras.

Além dos desarmes constantes, da marcação dura sobre os atacantes adversários (Miralles que o diga) e da cobertura constante aos dois flancos, Henrique deu eficiência e excelência à saída de bola do Palmeiras e desenvoltura nos contrataques.

Outra vez, com louvor, foi o melhor em campo, mesmo em outra função.

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Marcos Assunção apagou, ontem, a imagem ruim que houvera deixado em nossas últimas apresentações.

Marcou bastante, correu bastante sem as limitações físicas apresentadas nos jogos anteriores cumprindo com perfeição o seu papel de comandante da equipe dentro de campo.

Está certo que o Grêmio X Palmeiras de ontem no Olímpico começou e foi jogado em grande parte em câmera lenta, com os times se movimentando pouco, fator que, diga-se de passagem, favoreceu bastante o sistema de jogo do Palmeiras e ajudou a quebrar o galho de Assunção.

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João Vitor correu muito, marcou muito, apoiou muito e errou poucos passes, cravando uma excelente apresentação.

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Daniel Carvalho sabe jogar, quer jogar, mas não consegue. O físico não deixa, pois é incompatível com a profissão de jogador de futebol. Carvalho foi, apenas, esforçado!

Felipão demorou demaaaais para promover a entrada de Mazinho que prova a cada jogo o quanto o Palmeiras acertou em sua contratação.

Rápido, habilidoso, driblador, astucioso, inteligente, artilheiro, de invejável condição física, versátil, poderia, perfeitamente ter entrado no lugar de Daniel Carvalho.

Nessa hipótese, acredito que poderíamos ter alcançado a vitória com menos dificuldades, haja vista que foi pífia a atuação de DC.

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Já falei sobre Luan e da sua grande importância na vitória de ontem.

Apesar de muitos erros de passe, da falta de jeito e de habilidade em alguns lances sua atuação em termos coletivos foi espetacular.

Como eu disse outro dia, se o jogo exigir que o Palmeiras jogue ofensivamente, a opção para compor o ataque pela esquerda é Mazinho, mas se for para defender, como ontem, a melhor opção é o incansável Luan.

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Barcos parece conformado com a sua condição de jogador solitário no time do Palmeiras.

Em razão disso tem abusado um pouco do individualismo, mas não pode ser censurado já que poucas vezes, alguém encosta para tabelar.

Tentou, sem sucesso várias jogadas e alguns arremates contra o gol do Grêmio.

Fez um gol no final do jogo usando a cabeça, após a boa jogada de linha de fundo de Juninho que cruzou sob medida, selando o placar e agravando a situação do time de Luxa nesta Copa do Brasil.

Interessante que ao comemorar o gol Barcos o fez de uma forma interessante, não só beijando, mas apontando alegre e efusivamente para o distintivo o clube.

Foi um gesto muito bonito que me pareceu espontâneo, da parte de um atleta que ainda está se adaptando ao novo país e ao clube que o acolheu.

Parece que o argentino se rende, definitivamente, às cores do Verdão e, como tantos, de simples atleta profissional passa a ser mais um torcedor palmeirense. Isto é muito bom!

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Sobre a arbitragem, não disse que esse Héber é fraco?

Mas eu também disse que ele não é mal intencionado.

Errou várias vezes, muito mais contra o Palmeiras. mas não teve a mais mínima influência no resultado,

Moral da história: quando os árbitros conseguem ser neutros e imparciais em nossos jogos, a gente sempre vence.

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INDAGAÇÕES FINAIS

1) VOCÊ APROVOU O FUTEBOL DO PALMEIRAS ONTEM CONTRA O GRÊMIO?

2) HENRIQUE DEVE CONTINUAR JOGANDO COMO UM TERCEIRO ZAGUEIRO?

3) QUAIS OS MÉRITOS DE FELIPÃO NA VITÓRIA DE ONTEM?

4) PODEMOS NOS CONSIDERAR O PRIMEIRO FINALISTA DA COPA DO BRASIL?

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