Observatório Alviverde

13/07/2015

VAMOS DAR MORAL AO TIME! É PRECISO IR MAIS DEVAGAR COM A LOUÇA!


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Para o time brigar pelo título, os palmeirenses são -coisa rara- unânimes e concordes num aspecto. É preciso ganhar todas em casa. A partir daí, na medida do possível, buscar outros pontos, fora.

O Palmeiras engatou, no Brasileirão, uma sequência de quatro vitórias, como há muitos anos não fazia. Viajou, depois, para enfrentar o Sport, um dos melhores times do Brasileirão e voltou, de Recife, com um ponto obtido contra um time que está invicto entre a Ilha e a Arena, desde o ano passado. Apesar disso, não é -pasmem- que há palmeirenses bravos, enfezados e achando ruim o empate?

Ruim, sou convicto, não está. Tampouco, porém, reconheço, esteja excelente como todos gostariam. Mas que está muito bom (tenhamos sabedoria e humildade de reconhecer, neste processo de evolução pelo qual o time passa), está.

O empate de ontem, importantíssimo, preencheu, apenas em parte, as minhas expectativas de torcedor. No entanto, o vejo e entendo como um resultado animador. 

É óbvio que como qualquer palmeirense eu, também, desejava uma insubstituível vitória. Só não entendo porquê, em face do bom empate, tantos palmeirenses estão criticando acidamente o time e tantos jogadores, quando a moçada, pelo que fez ontem, merece mais -muito mais- elogios do que reparos!

Estariam criticando, esses torcedores, o recuo e o sufoco que levou o Verdão ao tentar garantir uma vitória, alinhavada? Ou referem-se à forma como transcorreu o jogo, em razão do empate sofrido em cima da hora? 

Ou, finalmente, estariam lamentando o gol incrívelmente perdido por João Pedro, que até o meu avô, sentado na cadeira de balanço, o faria e que poderia ter confirmado a vitória do Verdão, tivesse o jovem e promissor atleta um pouco mais de amadurecimento profissional?

Eufemisticamente, prefiro dizer em relação a todas essas críticas que, embora as respeite, representam perfeccionismo demais para o meu modesto entender e para a minha reduzida compreensão. Em análise real e verdadeira, é fanatismo incontível, manifesto em seu mais alto gráu,  potência e virulência. Exatamente no ponto de interseção e transição entre o fanatismo e a loucura.

Alguns jogadores, após o jogo de ontem, foram colocados abaixo dos cachorros por alguns setores da torcida palmeirense, como se fossem inúteis e já não servissem mais. Em relação a Jackson, Leandro Almeida, João Paulo, Zé Roberto e João Pedro (que jogou improvisado), embora discorde, não estranho, posto que todos eram reservas. Estranho, sim, porém, e muito, a crítica superlativa e potencializada contra o melhor homem em campo e personagem do jogo, Fernando Prass.

Não quero, absolutamente, influenciar em nada no que se refere à opinião de quem quer que seja. Opinião, sei muito bem disso, cada qual tem a sua e, repito, todas hão de ser respeitadas. Mas, teriam lembrado, aqueles que censuraram individualmente os jogadores palmeirenses, de considerar o time como um todo?

Por que não deram o devido desconto de que jogávamos com três zagueiros reservas, isto é 60% da defesa eram improvisados? Por que não lembraram que João Paulo fez seu primeiro jogo pós cirurgia e, ainda assim, esteve bem? Por que não consideraram que t-o-d-o-s, além de desentrosados, estavam fora de um melhor ritmo de jogo?

Por que não reconheceram que a defesa, nitidamente por falta de melhor postura tática do time, da intermediária para a frente, foi massacrada no segundo tempo?

Por que não reconheceram que enquanto o time conseguiu marcar na frente, a defesa improvisada esteve bem e estável, e, da mesma forma, por que não levam em consideração que o Palmeiras levou o gol de abertura quando era muito melhor em campo e tinha o jogo sob comando?

Por que não consideram que o Palmeiras virou um placar adverso, em plena casa do adversário, tarefa extremamente difícil neste Brasileirão, em face do equilíbrio entre os times?

Por que não perceberam que o time deixou a desejar, sim, mas só no segundo tempo?

Ainda assim, a partir da queda de rendimento de seu meio de campo e que Arouca e Gabriel, cansados de correr por cinco (por eles próprios, por Dudu, por ZR e por Leandro Pereira) recuaram muito e passaram a ajudar a guarnecer a área para o segurar o 2 x 1 e o time não levar gols?

Por que não falam que Rafael Marques, pelo esforço excessivo no primeiro tempo (Zé Roberto e Dudu estiveram mal fisicamente) caiu muito de produção na etapa final?

Por que não comentam que Leandro Pereira só ajudou a defender nos escanteios e só marcou, mesmo, os gols, nunca os adversários?  

Que Kelvin não marcou, pouco atacou e nem puxou os contra-ataques como se esperava,  constituindo-se em uma peça perdida na engrenagem defensiva palmeirense?   

Por que não falam, não obstante tudo, sobre massacre palmeirense no primeiro tempo? Ou só o Sport jogou bem e prevaleceu o jogo todo? Por que não discorrem sobre a ótima atuação do time na primeira fase, malgrado o erro crasso de escalação de Marcelo Oliveira ao iniciar o jogo com Zé Roberto?

Lembram-se do que eu disse, ontem, no intervalo do jogo? Não se lembram? Republico:

"O time tem uma deficiência de marcação no setor esquerdo.
Não na lateral, mas à frente do lateral. Há um buraco por aí, até a bola chegar ao setor de João Paulo".


Quem deveria, repito, ser criticado por isto seria Marcelo Oliveira! Não só por isto, mas pela equivocada escalação de Zé Roberto, teoricamente, o responsável pela tarefa. Mas a torcida ainda vive (com justa razão) uma espécie de lua de mel com o treinador e nem percebe que ele, apesar dos tantos acertos, comete, também, seus erros.

Confirmando o que digo, quando os times voltaram do intervalo, Marcelo tentou consertar o erro tático, o qual teve a competência de discernir. 

Zé Roberto, que havia atuado em todo o primeiro tempo pelo meio e pelo lado direito, passou a jogar mais pelo lado esquerdo, destacado para acompanhar o lateral. 

Sem capacidade física àquela altura do jogo para acompanhar tanto o lateral do Sport quanto o ritmo da partida da mudança tática Zé teve de ser substituído. Teria sido melhor se ele estivesse entrando, àquela altura! 

Independentemente do resultado, mesmo que o Palmeiras vencesse, a crítica (construtiva) teria e tem de ser feita. Como poderia imaginar o recém técnico palmeirense que o veterano jogador pudesse tomar conta de tão vasto setor, verdadeiro latifúndio? Nem o jovem Dudu, do alto de sua exuberante forma física, em dia de pouca força e de nenhuma inspiração deu conta do recado e pediu para sair.

Haverá, finalmente, alguém com moral suficiente para criticar Leandro Pereira, que marcou os dois gols? Se não houver, o farei, sempre de maneira construtiva e ressalvando-lhe os méritos de artilheiro! 

Leandro, em momento algum, preocupou-se em marcar prioritariamente a saída de bola, mas pelos gols que assinalou, ninguém se lembrou ou vai se lembrar disso, passando tudo, para a conta dos outros.

Não vou perder mais tempo atribuindo notas aos jogadores palmeirenses haja vista que o responsável pelo site "Palmeiras Todo Dia", mostrando muito conhecimento de futebol, deu aos jogadores todas as notas que eu daria, exceção feita a Leandro Pereira, a quem foi atribuída uma nota 9.

Discordo por tudo o que expus acima, (falta de empenho e interesse de Leandro em ao menos cercar a saída de bola), da nota quase máxima atribuída ao centroavante, a quem eu daria, apenas, uma boa nota 7 pelo oportunismo demonstrado nos dois gols.

Estou tranquilo no que faço, haja vista que este blog foi um dos poucos a afirmar, -sempre- categoricamente e sem meias palavras, que Leandro Pereira tem bola e futebol suficientes para figurar no time do Palmeiras.

VAMOS DAR MORAL AO TIME!
É PRECISO IR MAIS DEVAGAR COM A LOUÇA!

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NA TV

O que vou falar, agora, é perigoso, pois pode ser usado contra a torcida do Palmeiras.

Se o Sportv escalasse, sempre, Linhares Jr., Jota Júnior e outros narradores isentos para o relato dos jogos do Palmeiras, a torcida alviverde agradeceria.

Linhares, ontem, fez um relato espetacular do Palmeiras X Sport, um show de transmissão, certamente muito superior à tantos que, com soberba e disfarçado clubismo exercem a titularidade. (AD)