Observatório Alviverde

13/10/2015

É MUITO IMPORTANTE: FAÇAM CHEGAR ESTA POSTAGEM DE APELO AO PRESIDENTE PAULO NOBRE!


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Do alto de minha senectude, jamais poderia imaginar que teria, ontem, um feliz dia da criança. 

Eu o tive, com direito a presente e tudo mais.

A impagável prenda, tanto e quanto imorredoura,  me foi entregue, ironicamente, pela Rede Globo de Televisão a que tanto critico, através da repórter Graziela Azevedo, a quem não conheço, não sei por que time torce ou por qual terá alguma simpatia.

Na edição de ontem à noite do Jornal da Globo, entrevistando uma família recém chegada ao Brasil, refugiada da guerra da Síria,  a repórter falava das dificuldades de adaptação dessas pessoas, tanto e quanto da luta que empreendem visando a uma integração com o povo do país que as acolheu.

Ao final da entrevista, em breve descontração, perguntou ao menino sírio, que aparentava uns dez anos de idade (presumivelmente o primogênito da família),  se ele, nessa fase de adaptação ao Brasil, já havia escolhido um time para torcer.

Sem demorar, sem hesitar, sem vacilar ou, ao menos, pestanejar, o garoto sírio, num repente, despertou da tristeza, afastou a melancolia, abriu um sorriso e respondeu com a alegria e a convicção daqueles que sabem que escolheram bem:

 "- BALMERAS!".

Ao menos a mim, foi tocante e comovente o episódio. Numa palavra, enternecedor, em face da inocência e da espontaneidade da resposta

Levou-me, senão às lágrimas fluidas e correntes de meu corpo material, mas às lágrimas etéreas de minha sensível alma palestrina...

Aí eu me perguntei: o que teria levado um garoto tão sofrido, refugiado de guerra, inadaptado ainda ao país que o acolheu, cuja família enfrenta todas as dificuldades decorrentes de barreiras políticas, financeiras, sociais e linguísticas, a nutrir semelhante paixão pelo Palmeiras?

Como pôde o menino sírio escolher o Verdão como o time de sua preferência e paixão, considerando-se, em primeiro lugar a ausência de títulos recentes? 

Por que o Palmeiras, entre tantos outros times brasileiros muito mais badalados e muito mais promovidos que aparecem a toda a hora na TV aberta? 

Por que semelhante paixão do "arabezinho" ao time que veste verde, em face de seus resultados apenas medianos em campo?

Como pode, ele, nutrir tanto amor por um clube cujo futebol sempre é confuso, mal administrado e sofre campanhas sórdidas e mesquinhas constantes de esvaziamento e desconstrução há tantos anos?  

Por essa escolha pura e desinteressada, pela manifestação espontânea de um garoto sofrido e curtido pelos rigores da guerra, quero fazer, mais do que uma sugestão, um apelo ao presidente Paulo Nobre.

Sugiro que ele determine que o Depto de Marketing do Palmeiras providencie a imagem da reportagem e faça uso da mesma de uma forma útil, quer seja na promoção do clube ou do time.

Da mesma forma que a exibisse para o elenco na preleção do jogo de amanhã contra a Ponte ou antes do jogo pela "CdB" contra o Flu, a fim de motivar os jogadores. 

Infelizmente há muitos atletas recém chegados do atual elenco que parecem desconhecer o tamanho, a grandeza, a imponência, e a importância do Palmeiras!

O meu apelo a Nobre é no sentido de que o Palmeiras convide o garoto sírio e sua família para que assistam a um jogo na Allianz Arena e que ele pudesse entrar em campo vestindo a camisa alviverde e acompanhando os jogadores.

Seria uma maneira elegante de reconhecer um ato de amor desinteressado, um gesto bonito e espontâneo de uma criança.

Ao mesmo tempo, seria, também, um atitude caritativa de solidariedade e apreço da parte do presidente do Palmeiras, a um ser humano que pode ter perdido tudo nesta vida, exceto a esperança que ele ainda identifica no nome, na cor camisa e no símbolo do clube mais amado deste país.

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NA TV

Estou feliz porque ainda há ilhas de profissionalismo e decência, num oceano de facciosismo e indignidade que toma conta da televisão brasileira.

Parabéns à repórter da Rede Globo, Graziela Azevedo pela isenção mostrada na matéria.

Graziela começa com G de Globo e, tomara, seja um marco inicial de novos tempos na relação da rede com o Palmeiras.

Sua neutralidade, isenção e  maturidade permitiram que a manifestação espontânea do garoto sírio fosse levada ao ar.

Da mesma forma, parabéns ao editor da matéria.

Independentemente do time pelo qual torce, manifestou uma índole marcantemente profissional, tanto e quanto ausência de clubismo e o realce de um fato jornalístico exótico, mas importante.

Nota 10 à equipe do Jornal da Globo.

Que o esporte global, péssimo exemplo jornalístico, tenha aprendido a lição (AD)