Observatório Alviverde

14/06/2018

O RÓGER A SER DISPENSADO TERIA DE SER OUTRO!



Antigamente o futebol brasileiro destacava-se pelo elevado número de atacantes e artilheiros.

O tempo passou, tudo mudou, e, hoje em dia, encontrar um atacante categorizado assemelha-se a procurar agulha em palheiro.

Há bem pouco tempo, e não sem justa razão, alguém disse que o futebol brasileiro já não tem mais atacantes como antigamente.

Eu, convergindo com a tese, completo e em alto e bom tom digo que, de fato, não tem mesmo! Os poucos que se revelam são, imediatamente. negociados com o exterior, em tempo recorde.

A estúpida elitização do futebol brasileiro, que, de um ponto de vista prático, eliminou os estaduais, defendida e promovida pelos ditos "cronistas de vanguarda" (Juca, Alberto Helena e outros) coincidindo com os objetivos de espertalhões, cujos únicos objetivos são aqueles de aparecer e ganhar dinheiro, copiou o futebol europeu em tudo, mesmo naquilo que é impróprio para o futebol brasileiro, até no que respeita a organização dos campeonatos.

Em decorrência disso, vive-se, hoje, um racionamento inimaginável de atacantes, em face da diminuição -drástica- do número de clubes e, consequentemente, de praticantes e já não se tem, como antigamente, quantidade suficiente para apurar a qualidade.

A estrutura atual do ludopédio brasileiro que, repito, imbecilmente, extinguiu os estaduais, reduziu o futebol  -hoje-  a duas divisões organizadas (Séries A e B) e a uma mixórdia denominada Série C, cujo critério de disputa é a falta de critério, sem o menor interesse de cobertura das principais redes televisivas do Brasil.

Isso tudo fechou ou reduziu o grande número de clubes que havia no Brasil, alguns muito tradicionais e, em decorrência, diminuiu bastante a renovação de jogadores categorizados, mormente os atacantes em nível de Seleção que, antigamente, eram fáceis de ser encontrados.

Hoje não se tem mais tantos atacantes como antigamente, sobretudo aqueles do drible fácil, do individualismo, da ginga, da malandragem (no melhor sentido da palavra), da criatividade, do melhor poder de improviso do futebolista brasileiro, a partir do momento em que subservientemente, passou a copiar descaradamente o futebol europeu.

Nessas marcas enquadravam-se os atacantes brasileiros, demolidores de ferrolhos e destruidores de sistemas de marcação fechados, por mais rígidos que fossem e que fizeram sucessivas vezes tantas Seleções Brasileiras campeãs do mundo e colocavam o futebol brasileiro como o melhor do mundo.

No entanto, a partir de quando o futebol brasileiro passou a adotar os sistemas vigentes na Europa, perdeu a liderança e hoje não passa de um mero fornecedor de "pé de obra" (Royalties para Juca Kfoury) ao velho mundo.

Dito tudo isso, faz-se a seguinte pergunta à diretoria do Palmeiras, das duas uma, estúpida ou irresponsável ao negociar Róger Guedes com o Galo Mineiro, ainda que sabendo que se tratava do melhor atacante do país.

Essa conversa de que ele não se comportava, de que não tinha vida vida profissional compatível, que vivia na noite paulistana é puro bla-bla-bla daqueles  que acreditavam que a dispensa de um jogador diferenciado não teria qualquer ônus e, como diziam as bulas dos remédios antigos,  "sairia com a urina".

Na verdade, em vez de fazer um acompanhamento psicológico do Guedes, de trabalhar a cabeça do jogador e de oferecer-lhe auxílio para a retomada de sua condição de titular, optaram pela sumária dispensa de um dos melhores atacantes do futebol brasileiro e artilheiro máximo do Brasileiro, ao menos até agora.

E ainda tem gente que elogia Mattos e Gagliotte, que no caso em epígrafe precisam ser criticados.

o primeiro, porque, em meu entendimento é interessado demais em negociações e o presidente, com pouca vivência na matéria, não sabe mensurar as consequências de certas transferências.

Por mais alto que seja o preço obtido em uma venda e  liberação próxima de Róger Guedes, não há preço que pague um título que teria sido (está provado) muito menos difícil se o Palmeiras tivesse em seu time o atual artilheiro do Brasileiro. Já imaginaram um ataque com Roger Guedes, William e Keno?

O Róger a ser dispensado tinha de ser outro!

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 Meus amigos:

Agradeço a todos pelas preocupações comigo.
Na verdade, como o faço há 20 anos, estive na FISPAL em São Paulo.
De já viajei a Pederneiras e só retornarei a BH em um mês.
Peço-lhes desculpas por espaços maiores nas publicações que, eventualmente venham a ocorrer.
Abs a todos do
(AD)