Observatório Alviverde

18/03/2016

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Tudo o que você ler a respeito do 1º tempo de Nacional x Palmeiras, foi escrito no intervalo do jogo. Vou dar uns retoques, embora sem fugir daquilo que escrevi. (texto original na postagem anterior)

Na matéria do 2º tempo este blog vai discorrer sobre uns assuntos que ninguém na mídia tem coragem de abordar: no melhor itálico, com aspas, em maiúsculo e sublinhado

 "ZÉ ROBERTO, URGENTE E PREMENTEMENTE TEM DE IR DIRETO PARA O BANCO".

Sem implicância ou perseguição ao atleta, paradigma de várias gerações, com toda a honestidade, franqueza e sinceridade, sem ódio e sem medo, ousamos abordar o tema, defender a nossa tese ainda que sabendo que se trata de um tema "tabu" para muitos cronistas! 

Alguns ignoram, não falam e vivem elogiando o jogador, porque querem, simplesmente, que o Palmeiras se arrebente...

Outros (notei e registrei aqui outras vezes) porque têm amizade com o jogador, figura humana correta, sensata, humana, agradabilíssima e, completamente. do bem, a quem não querem magoar. 

Só que não é isso o que está em jogo ou em discussão, mas o futuro do Palmeiras!

NACIONAL 1 X 0 PALMEIRAS

PRIMEIRO TEMPO:

O Palmeiras tomou um vareio de bola e tudo decorreu dentro do que eu previ.

Os problemas do time?

Lucas, lutador, esforçado, porém limitado e falho, sem passar do meio de campo. Não deveria ter sido escalado! Já que entrou, teria de ter sido substituído. E, no entanto, não foi!

Gabriel, lutador, porém receoso nas jogadas mais ríspidas (o 1º tempo do jogo foi um verdadeiro Vale Tudo) e evitando dividir duro em decorrência da fratura recente que o afastou do time por sete meses. 

Cuca errou ao escalar açodadamente o jogador que nem sequer foi testado. Por que fez isso se o jogo é decisivo? Foi o primeiro erro do novo treinador que, via TV, assumiu  escalação! Era jogo para Thiago Santos que nem no banco está!

Zé Roberto, lento (como sempre) e tocando para trás. Até quando "Zé Roberto Marcha a Zé", isto é, aquele que não marca bem, não apoia bem, não lança bem e só sabe tocar para os lados ou para trás continuará como titular e líder da equipe?

Vejam a que ponto chegamos: nenhum chute a gol em 46 minutos de jogo.  

Para não dizer que não falei de flores, uma solitária jogada área proveniente de um cruzamento perfeito de Egídio passando de passagem (Jorge Cury) como se fosse por dentro de seu marcador  (viram do que ele é capaz) e cruzando com perfeição para um solitário Alecsandro que tentou aproveitar sem conseguir.

E na TV ouço o sapientíssimo PVC, com ares professorais, ousando dizer no ar que o Palmeiras detinha 60% de posse de bola.

O insigne jornalista errou o nome do time? Ou sou eu que estou vendo outro jogo?

Está terminando o primeiro tempo e o Palmeirs perde por 0 x 1.

Quais foram mesmo os jogadores envolvidos no lance em que o Palmeiras sofreu o gol sumariamente batidos pela velocidade dos atacantes do Naça?

Ou não foram, outra vez, mais uma vez, Zé Roberto "marcha a ré" e Lucas?

Robinho vai entrar. Ótimo, desde que saia ZR, mas isso não vai acontecer. Cuca não terá peito para tal. Vai sair Egídio. Torço para estar errado!

Viram (deu pra sentir) o que é jogar em ritmo de Zé Roberto? Até quando será assim?

Pena que Cuca vai sacrificar Egídio, que, outra vez jogou com a cobertura deficiente (ainda) de Gabriel,  (como sempre) de Zé Roberto e (hoje) Arouca que não deram conta, além de Dudu, que, taticamente, volta pouco e (pelo papel de atacante) só faz cercar. 

Que falta faz à defesa, como dizem tantos, o "grosso" Thiago Santos! Mas quem não sabia que era jogo pra ele? Só Cuca que ainda não conhece o elenco!

Se Jean entrar no lugar de Lucas, vai melhorar o time do outro lado.

Substituições confirmadas:

Cuca coloca (equivocadamente) Robinho no lugar de Egídio (tinha que sair ZR) e Gabriel Jesus no lugar de Allione (tinha de sair Lucas e entrar Jean). 

Detalhe: os que saíram só saíram porque Cuca fez substituição por status, não por rendimento ou por merecimento. Allione não deveria ter saído.

Agora, só nos resta torcer, porque se o Palmeiras jogar a bolinha miúda que jogou no primeiro tempo vai levar uma biaba.  

SEGUNDO TEMPO

O time melhorou, de rendimento. Não foi tanto em função das alterações, mas da motivação, do emprego de cada um e da necessidade de vencer...

Da vontade de muitos jogadores em mostrar serviço ao novo técnico e do já esperado recuo do Nacional que, a exemplo do primeiro jogo em Sampa e visando a garantir o resultado, abriu mão de apertar na marcação na frente e no meio de campo e passou a jogar em contra-ataques.

O Palmeiras, aparentemente, (só aparentemente) predominou territorialmente na etapa complementar, muito mais, repito, em face de o Nacional ter abdicado de jogar e de atacar do que, propriamente, pelo time de Cuca ter encontrado uma nova e eficiente maneira de jogar.

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Lembram-se, os mais antigos, de uma música de Luís Américo, remanescente da Copa de 74, quando ainda se compunha música no Brasil, com letras inteligentes?

Um dos versos da música que homenageava a seleção dizia, simplesmente, o seguinte: "levaram uma flecha (referindo-se ao jogador que tinha esse nome) e esqueceram o arco". 

Assim está o time do Palmeiras montado por Mattos a peso de ouro, que não tem um armador e nem um jogador eficiente na chamada bola parada. ZR e Robinho são, apenas, quebra-galhos e estão muito aquém das necessidades do time. Mas eu não disse, antes dele começar, que Mattos era cabaço?

Todos nós ficamos criticando incessantemente e sem a menor clemência os atacantes, nos esquecendo, porém, de que a bola não chega até eles e, em razão disto, não conseguimos fazer gols. 

Falta ao time do Palmeiras, numa palavra, a-b-a-s-t-e-c-i-m-e-n-t-o, que só ocorre nos raros dias em que a inspiração bate à porta de Robinho! Ontem não passou nem perto!

Mattos encheu o time de flechas, (a maioria, reconheço muito boas) Alecsandro, Barrios, Dudu, Rafael Marques, Eric, Gabriel Jesus,  Allione, Robinho, Cristaldo e outros.

Mas cadê o arco, isto é o armador categorizado e eficiente que as lance e as coloque na cara do gol adversário? O único que cidadão competente nesse quesito que havia nesse elenco inchado de quase quarenta jogadores, Mattos, ex Mittos, fez questão absoluta de dispensar?

Tudo bem (opção dele, embora burra) que dispensasse! Imperdoável, no entanto, que não  repusesse. Não repôs! O castigo chegou faz tempo mas nem ele e nem Nobre querem dar a mão à palmatória e se render à indesmentível realidade!


O Palmeiras (vai completar um ano) está carente de um armador competente, de uma liderança técnica que comande o time dentro de campo. O custo, não importa! Conca vem aí? Quem sabe!  

Cleiton Xavier pode quebrar o galho, mas até quando continuaremos assim?

Estamos, presentemente, jogando à altura da atual liderança da equipe, opção errônea de (e desde) MO, mantida no primeiro jogo por Cuca,  lenta e modorrentamente, no melhor estilo marcha à ré, isto é marcha a zé!

Notem que, taticamente, o futebol do Palmeiras não flui e nem evolui. Há quanto tempo se mexe aqui, ali, lá, acola, algures, alhures, enfim, em todos os compartimentos do time, exceto nas laterais, mormente a lateral esquerda? Qual seria o motivo determinante dessa zorra?

E quando se mexe, por receio, medo, cismas, respeito ou não sei dizer porquê, não aparece alguém que ouse transformar Zé Roberto em um jogador de banco, a ser usado com parcimônia, com economia, à altura de sua idade e de seu condicionamento físico? 

Se Danilo dono, indiscutivelmente, de um currículo recente superior a ZR sujeita-se a isso no Curica a bem de todo o grupo, por que ZR não faz o mesmo no Palmeiras?

Se um time não dispõe de um grande armador e joga com o centroavante enfiado, tem de ter, forçosamente, laterais insinuantes que façam jogadas de ultrapassagem, que possam ir ao fundo e procurem o cruzamento.  

Em sã consciência, eu lhes pergunto, o Palmeiras já teve ou tem tido isto? Até quando não terá? Mas quem vê o jogo só critica a inércia de Alecsandro, Barrios, Cristaldo ou quem ocupe a posição!

Está mais na cara do que uma barba longa e comprida que a maior deficiência do Palmeiras, até mais do que a ausência de um grande armador, reside nas duas laterais com Lucas e Marcha a Zé.

Sem um armador de ofício, inteligente, criativo, preferentemente um craque, e com os laterais lentos e inofensivos que tem, o Palmeiras vai continuar, indefinidamente, atuando em ritmo de Zé Roberto.

Em decorrência, com quaisquer jogadores escalados nos demais postos o time não vai -nunca- dar liga e nem vai ganhar de ninguém, ou, vá lá, de muito poucos times, também pela agravante de não ter um armador à altura de suas necessidades para pensar, ritmar ou cadenciar o jogo. Será que ninguém enxerga?

Ontem o Palmeiras que arrematou quatro ou cinco vezes ao gol e acertou apenas duas, realizou, no máximo, três jogadas de ultrapassagem pelas laterais, sendo duas com Lucas, uma com Egídio e nenhuma com  Marcha a Zé. É aí que reside a causa das causas das deficiências do Palmeiras. 

Quando o time, logo na chegada de MO ficou seis jogos sem perder e deu a impressão de que iria pegar no breu, quem era o lateral esquerdo do Palmeiras, senão Egídio que continua jogando sem confiança e nunca tem suficiente cobertura para exercer o papel que mais conhece, o de atacar?

Como acreditar em um time que não obstante não dispor de um armador qualificado, também não tem a opção de atuar pelos cantos do campo com a passagem dos laterais, enfrentando sistemas ofensivos cada vez mais vigiados e fechados?

Sei que se pode fixar os laterais e atacar com os meio-campistas (já vi muitos times assim), mas é muito mais complicado e exige muito tempo de dedicação e treinamento. Lembrem-se que Cuca está pegando o trem andando.

Eu fecharia o time com Jean ou João Pedro na lateral direita e com Victor Luiz ou Egídio na outra lateral. Faria de Zé Roberto um curinga experiente, uma espécie de Danilo do Curica, para entrar em momentos especiais ou cruciais em determinados jogos mais complicados e atuar por muito menos tempo. 

Essa seria a grande utilidade desse atleta (reconheço) responsável, esforçado, tecnicamente acima da média,  que, ao mesmo tempo em que se queima e atenta contra o seu passado de jogador de nomeada do futebol brasileiro, afunda, mesmo que inconscientemente, o próprio grupo do Palmeiras.

O Palmeiras de 2016 carece de ritmo, de velocidade, de passagem dos laterais, da chegada dos volantes, da diversificação (quando necessário) do modo de atuar, de saber posicionar-se para o bote em contra-ataque, de valorizar o toque de bola quando necessário e de, enfim, jogar sempre e sempre com a regularidade e a intensidade que o qualquer jogo requeira.

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