Observatório Alviverde

07/02/2011

A FALTA DE ATENÇÃO DA DEFESA, FOI O DETALHE QUE DECIDIU O CLÁSSICO!


Quem não sabia que o jogo seria duro, pegado, penoso, difícil …

Quem não sabia que o adversário em inferioridade, acuado e em clima de horror, adotaria a tática de guerra de guerrilha e adotaria um posicionamento tático de time pequeno jogando em contrataques?

Se na órdem natural dos jogos Tite age dessa forma, e se presta a esse papel, imaginem com o seu time ameaçado e jogando sob violetíssima pressão?

Verdade seja dita e justiça seja feita, o Corinthians jogou de forma muito consciente, com humildade e grandeza.

Jogou menos, muito menos, do que o Palmeiras mas conseguiu buscar em campo um resultado amplamente redentor.

A velha máxima de que um clássico é definido por detalhes nunca se confirmou em toda a sua plenitude como hoje.
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Antes de discorrer sobre o clássico, faço uma digressão.

Começo por dizer que tão logo terminou o jogo, desliguei a tv e vim direto ao computador a fim de redigir esta postagem.

A razão disso é que desejo elaborar um comentário isento, pessoalíssimo, sem a contaminação inevitável da opinião de outros analistas que porventura ouvisse.

Acompanhei o jogo pela Band com Luciano e Neto, ambos portadores de um afetadíssimo e irritante corintianismo.

Corintianos ou não, eles não têm o poder de interferir em minha análise, posto que são fraquíssimos no quesito opinião, mormente Neto.

Então, por que vi a Band, quando tinha a opção de acompanhar Jota Júnior e a turma do PFC no Pay-Per-View,  muito mais amenos e imparciais?

Ocorre que acostumei-me às narrações de Luciano pela beleza de seu timbre vocal e pela vida que impõe ao jogo.

Apesar do velado clubismo, do crônico e discreto antipalmeirismo, e da veteranice que gera as constantes trocas de nomes de jogadores, continua sendo o narrador camisa dez da TV brasileira.

Neto, o incoerente, eu não levo a sério e finjo que não ouço.

Como posso acreditar em um analista (?) que dá a Júlio César a condição de melhor em campo e diz que o Corinthians jogou melhor do que o Palmeiras?

A inútil participação do fraquíssimo, horrível e faccioso Dr. Osmar de Oliveira na jornada da Band, ontem, na função de aspone, simplesmente  consagra a intenção do canal em abraçar de vez a camisa corintiana.

FALEMOS, AGORA, SOBRE O CLÁSSICO
Partindo da premissa de que o “derby” foi decidido em um detalhe, ocorrido aos 37 do segundo tempo, forneço uma lista de aspectos que, ao meu sentir, ajudaram a decidir o jogo da forma como ocorreu.

1) A atuação pífia do árbitro Antonio Rogério Batista do Prado, e de seus auxiliares.                                                                                     
Vejam que Kléber jogou mais sentado ou deitado do que em pé, sofrendo outro dos rotineiros rodízios de falta que armam contra ele, mas ninguém foi punido, ao menos, com o cartão amarelo.                                    

Leandro Castan que agrediu Diney com um soco na nuca deveria ter sido expulso mas continuou no jogo.                                                      

Houve um penalti visível visível contra o Palmeiras cometido por Kléber, não marcado.                                                                                          

Mas, logo no começo do jogo houve um toque semelhante de Castan, caracterizando um pênalti, também não assinalado.                         
DETALHE: A Band mostou rapidamente o lance. Luciano e Neto,  de forma conveniente, como de costume, não voltaram ao tema.

Houve um lance de Kléber em que o bandeirinha Rafael Ferreira da Silva inexplicavelmente, assinalou impedimento inexistente, como se estivesse marcando um “perigo de gol”.

2) A insistência de “Kléber Cadarço” em amarrar o jogo, em prender a bola, tirando a velocidade dos ataques e contrataques palmeirenses.

Interessante é que quando ele perde a bola ou quando erra os lances, a turma da TV culpa, sempre, os outros jogadores.                           

Quando ele dribla ou prende a bola até perder, vêm com a falácia de que ninguém encosta nele para tabelar ou receber. .                                    

Se ele faz o gol é glorificado e é o centro-avante ideal!                             

Se não faz dizem que ele está jogando fora de posição.                         

Na verdade, Kléber é isso mesmo que todos estão vendo, nada mais do que isso.                                                                                                

Trata-se de um jogador de boa técnica, útil, hábil, lutador, que adora o Palmeiras, mas que não é um fora-de-série.                                           

No máximo, é um atacante nota sete, que um dia ou outro merece sete e meio ou oito.                                                                                        

Quem não quiser se decepcionar, que caia na real e não o superavalie.

3) A superstição e conservadorismo, absurdos, de Felipão em iniciar os jogos sempre com Diney, quando ele tem muito melhores opções.      

Diney não é e nem será, nunca, um bom companheiro para Kléber.     

Aliás, sem Kléber no time, Diney até melhora de produção, como ocorreu contra o Mirassol, mas está muito longe de ser o atacante ideal, ao menos pelo que mostrou até agora..

4) Marcos Assunção tem de ser quase sempre substituido no segundo tempo, pela falta absoluta de  preparo atletico.                       

Entretanto, Felipão finge ignorar o problema e o mantém em campo sempre até o final dos jogos, em prejuízo da equipe, sob alegação de precisar do jogador para a chamada “bola parada”.                                                

Com o mesmo protecionismo que analisam Kléber, avaliam as  opacas atuações de Assunção.                                                                 

Ninguém fala sobre  a sua lentidão, sobre seus excessivos toques laterais, sobre a sua falta de condição física para acompanhar o ritmo forte dos jogos e pela sua dificuldade em marcar jogadores mais jovens.       

Ninguém fala, também, que lhe falta profundidade ofensiva e que ele, poucas vezes, encosta nos companheiros de ataque para as jogadas agudas.

Os  poucos gols de falta que assinalou, serviram para imunizá-lo, definitivamente, das críticas.                                                      I

Igualzinho a Kléber, Assunção fica sempre com os bonus decorrentes dos bons resultados, nunca com os ônus das derrotas.                              

Quando ele joga mal, as críticas e condenações são, invariavelmente,  direcionadas para aquele que é, verdadeiramente, o nosso mais lúcido meio-campista, o injustiçado Márcio Araújo.

5) A falta de categoria de Luan, um jogador de muito fôlego, que cumpre bem a sua função tática, mas que deixa a desejar quando o jogo exige capacidade de criação e improviso.                                     

Definitivamente, continuamos precisando de um camisa dez para o jogo ofensivo principalmente pelo lado esquerdo.                                          

Da mesma forma que precisamos de um atacante de grande estatura, que tenha bom arremate, bom cabeceio e boa presença de área.

6) A atuação espetacular de Júlio César, o goleiro gambático, que pegou só tudo,  em um daqueles dias em que a sorte, decididamente, esteve de um lado só.

AGORA O DETALHE QUE DECIDIU O CLÁSSICO:
Quando Jucilei lançou o garoto William, pela direita, ninguém se preocupou com Alessandro que partia livre de marcação deslocando-se, livre,  para um setor despovoado do campo da ala direita para a meia direita.

Marcado, inexplicavelmente, por três palmeirenses, sem que ninguém se antecipasse ou, ao menos, chegasse junto, Willian fez o previsível, habilitando Alessandro que se infiltrava com campo livre para progredir, justamente onde Marcos Assunção deveria estar ocupando a posição..

O que fez Alessandro? Simplesmente o previsível, tocou para Morais para fazer o um-dois, isto é, tabelar em progressão.               

O que fez Morais? Também o previsível, devolveu em tabela progressiva para a penetração de Alessando, cada vez mais livre.                              

O que fez Alessandro? Novamente o previsível, tirou a bola completamente do alcance do desesperado Marcos, já rendido pela falta de atenção e pela ingenuidade da defesa palmeirense.

A ineficiência de Rivaldo como lateral ou ala, foi, novamente, fatal.           

Só Felipão teima em não ver, mas com Rivaldo de lateral, o Palmeiras se fragiliza e não vai a lugar algum.

Reconheço suas virtudes de obediência tática, posto que ele corre muito e ajuda na marcação.

Mas isso é insuficiente para quem atua em um clube do peso, da estatura e da reponsabilidade da SE Palmeiras.

A lentidão de Thiago Heleno e a sua saída inútil da área para cobrir a ala esquerda, local onde já havia dois companheiros, custou-nos a vitória.

Faltaram-lhe previsão da jogada posterior e visão antecipativa do lance do gol

A jogada já se desenhava com a penetração do lateral adversário pedindo a bola no buraco aberto no miolo de nossa defesa justamente na posição de Thiago Heleno.                     

A pergunta óbvia é esta: “Se Danilo era titular e só ficou fora por um jogo, por que não começou como titular?” Thiago Heleno ainda não provou que é melhor do que Danilo!

Em resumo, voces sabem qual o detalhe que, efetivamente, nos derrotou?

A falta de atenção!

O retrospecto ensina que, em clássico, toda a atenção é pouca!
Não se pode nem piscar!

APESAR DE TODOS OS PROBLEMAS, MANTENHO O OTIMISMO. EM MEU PONTO DE VISTA O NOSSO TIME É BOM E AINDA VAI MELHORAR.

TEMOS TUDO PARA REALIZAR ÓTIMAS CAMPANHAS EM TODOS OS CAMPEONATOS DOS QUAIS VAMOS PARTICIPAR EM 2011.

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