Observatório Alviverde

23/11/2016

POUCAS VEZES O PALMEIRAS ESTEVE NUMERICAMENTE TÃO PRÓXIMO DE UM TÍTULO!


O site Infobola, especialista no assunto, publica que são da ordem de 98% as chances de o Palmeiras ganhar o título do Brasileiro. 

Na catastrófica hipótese de uma derrota para a Chape (verdadeira hecatombe) e na pouco provável mas real perspectiva de as sereias derrotarem o Fla no Rio e reduzirem a diferença para alcançáveis três pontos, ainda assim o percentual do Palmeiras de ganhar o Brasileiro continuaria elevado, porquanto o Verdão dependeria apenas de si e de um mísero empate contra o Vitória em Salvador.

Num momento em que Juca, Trajano, Prado e a própria tchurma Global que gravita em torno de Galvão, a contragosto, jogam a toalha e, por obrigação, por obrigação, única e exclusivamente por obrigação, concedem na TV espaços até então negados ao Palmeiras, enaltecem time, cobrem o clube de elogios e o reconhecem como lídimo  campeão Brasileiro de 2016, por que não haveria eu de acreditar?

Acreditar eu acredito -sempre acreditarei-, ainda que ciente e consciente de que ter fé, exclusivamente, não basta e não passa de ilusão de torcedor. 

Fique claro que sei, perfeitamente, que, além da imponderabilidade que o caracteriza, a história do futebol é didática. Ela ensina que há  que de considerar -sempre- a perspectiva de um acidente, ainda que longínqua e improvável, porém sempre possível.

Na realidade nós, sobretudo os palestrinos da velha guarda, somos portadores de cicatrizes espirituais indeléveis e indestrutíveis decorrentes de tantas batalhas perdidas, e, como se dizia antigamente, gato escaldado, tem medo de água fria.  

Desta vez, porém, temos de acreditar porque o nosso time, reconhecidamente, é muito melhor que a Chapecoense e tem N chances de antecipar em uma rodada a conquista do Campeonato.

Perguntei aos meus neurônios se alguma vez, dos anos 50s a esta data o Palmeiras dispôs de semelhante vantagem ou esteve tão perto do título e imaginei que só o Palmeiras de Luxa do ataque dos mais de 100 gols foi capaz disso.

Indo porém aos arquivos, verifiquei que o Palmeiras de l973 de Picasso, Djalma Santos, Djalma Dias, Carabina e Vicente Arenari. Zequinha e Ademir da Guia. Julinho, Vavá, Servílio e Gildo (publico o time para matar minha saudade), ganhou o Paulistão com 50 pontos contra 44 dos Bambis e 36 do Santos de Pelé. 

Em 1994, coincidentemente, o Paulistão daquele ano terminou numa situação igualzinha a este Brasileiro. Senão, vejam: 

Na penúltima rodada o Palmeiras precisava de apenas um ponto para o título e sagrou-se bi-campeão Paulista ao vencer o Sto André por 1 a 0 atingindo 47 pontos contra 41 dos Bambis e do Curica,(morreram abraçados) em autêntico show de bola, com direito a espetáculo, profusão de gols e tudo mais que quisessem .  

Em 1996 (vejam como são injustas as disputas por chaves, sem os pontos corridos) o Palmeiras foi campeão com 83 pontos. Os bambis foram vices com 55 vindo a seguir o Curica 53, Portuguesa 52 e Santos, 51, mas, ainda assim o Palmeiras esteve ameaçado.

Vejam o fecho do campeonato conforme relata a Wikipédia:  

"O Palmeiras já havia conquistado o primeiro turno e estava garantido na final do Paulistão porém fazia a melhor campanha do segundo turno e, coincidentemente, enfrentaria o Santos, que havia feito péssima campanha no primeiro turno mas fazia grande campanha no returno, sendo o único clube que poderia tirar o returno do Palmeiras e forçar uma final. Entretanto , no Clássico da Saudade,  realizado no Estádi Palestra Itália, Luizão marcou 1 a 0 para o Palmeiras no começo da partida (o centésimo gol do Verdão no campeonato) e praticamente decidiu o clássico e o título. O Palmeiras dominou toda a partida e, no final do segundo tempo, definiu o 2 a 0 que lhe valeu o título antecipado do Paulistão de 1996. Depois desse título, o Verdão só voltaria a ser campeão paulista em 2008". 

Vejam e constatem as latifundiárias chances de o Palmeiras ser campeão e notem que pouquíssimos integrantes da mídia discorrem em seus comentários sobre as perspectivas (nas mesmas condições) de o Santos perder ou empatar com o Flamengo. 


O título fica com o Palmeiras nas seguintes hipóteses:
1) Mediante simples empate.
2) Através de simples vitória.
3) Se o Santos perder para o Flamengo.
4) Se o Santos empatar com o Flamengo.

Caso sobrevenha a tempestade que a mídia tanto almeja que desabe, isto é, se o Palmeiras perder e o Santos vencer, a diferença entre ambos reduz-se para alcançáveis três pontos

Ainda que, por desventura, aconteça, mesmo assim, os números estarão com o Palmeiras e o favorecem antes de entrar em  campo.

Nessa inimaginável hipótese o campeonato seria decidido na rodada final e, -reconheça-se- o jogo do Verdão contra o Vitória em Salvador é muito mais difícil que o do Santos, na Vila, contra o fraquíssimo América Mineiro.

Nessa ilógica e improvável hipótese, o Palmeiras -isto é muito  importante- dependerá exclusivamente de si e de ninguém mais para chegar ao título mediante um empate nem que seja um modorrento 0x0.

Apesar de minha inquebrantável fé na superlativa superioridade (com perdão pelo pleonasmo) palmeirense, a única certeza que tenho e que daqui até domingo decorrerá uma eternidade!

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