Observatório Alviverde

23/08/2017

CUCA GARANTE QUE SÓ SAI SE O MANDAREM EMBORA!


Apesar das declarações de Cuca na coletiva de hoje garantindo sua permanência no Palmeiras até o fim do ano (desde que a diretoria não o dispense) o técnico palmeirense sabe que poderá viver daqui até o final do amo, dias turbulentos, tempestuosos e de muita instabilidade.  

Em seu pronunciamento, além de garantir que vai cumprir seu contrato até o final e que pode, até, renová-lo, Cuca garante que não existe desmotivação no grupo.

Afirma que todos os jogadores estão empenhados em vencer, e que ninguém está fazendo corpo mole.

Ilustra a situação ao dizer que Dudu foi às lágrimas ao saber que sua contusão não permite que ele enfrente os bambis no próximo domingo. 

Detalhe: Dudu quer jogar o clássico de qualquer maneira contrariando as recomendações dos médicos. 

Em suma, o discurso de Cuca foi moderado e apaziguador às vésperas do "choque-rei".

Ele quer o time tranquilo e sereno em busca da vitória, único resultado capaz de levar tranquilidade a um elenco tumultuado e em má condição psicológica.

Da mesma forma ele tem consciência plena da importância do jogo pois sabe que em caso de vitória, a torcida certamente esquecerá de todos os problemas e traumas deste ano, proporcionando-lhe a tranquilidade suficiente para que ele possa continuar até o final do ano e, em melhor hipótese, renovar visando a 2018.

Depois de tudo o que disse Cuca você acredita que o ambiente no Palmeiras esteja mais ameno e melhorado, suficientemente capaz de motivar o time para uma grande vitória sobre os bambis?

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PS-

Embora aqui em Pederneiras, registro, consternadamente, o falecimento em Belo Horizonte de um cronista esportivo de dimensão nacional e grande amigo, o locutor esportivo Willy Gonser.

Embora um narrador "top" não vou enaltecer-lhe o trabalho por isto, mas por outro aspecto que, ao menos para mim, é de suma importância para qualquer jornalista, justamente aquele de ser e estar sempre bem informado.

Informado, atualizado, personalidade marcante, português escorreito, excelente voz, magnífica dicção e conceitos inteligentes em relação ao futebol, matéria que dominava como poucos, Willy, mesmo atuando na Rádio Itatiaia, emissora belo-horizontina marcantemente parcial no futebol, conseguia manter-se impressionantemente imparcial.

Era sempre escalado para transmitir exclusivamente os jogos do Atlético MG (ele me disse várias vezes que detestava) mas nem por isto era execrado ou mal querido pela torcida do rival, o Cruzeiro.

Willy, que iniciou sua vida profissional em Curitiba, na Rádio Marumbi, trabalhou em várias praças importantes do país entre as quais consigo me lembrar das de Londrina, Joinville, Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro até chegar em Belo Horizonte onde fixou-se por quase trinta anos.

Trabalhamos juntos na Rádio Continental do Rio de Janeiro e, à época, dividimos o apartamento de moradia provisória no Park Hotel, enquanto ele esperava pela chegada da família, ainda em São Paulo.

Da mesma forma, muitas vezes dividimos apartamentos em viagens quando estávamos em emissoras diferentes embora transmitindo os mesmos jogos. Assim, mantivemos uma relação de consideração, amizade e apreço por muitos e muitos anos.

Sem Willy Fritz Gonser, a crônica esportiva brasileira inteligente, séria, criativa, imparcial e incorruptível do Brasil, que nestes tempos globais luta para sobreviver, fica ainda mais indigente e pobre do que já estava há muito tempo!

O Rádio perde um narrador de ponta e de extrema qualidade, a classe perde um formador de opiniões do mais alto estofo e eu -lamentavelmente- perco um grande e especial amigo! (AD)