A propósito das circunstâncias da vitória do Palmeiras sobre o SPFC, já dizia o narrador Osvaldo Maciel (Por onde ele anda?), "de virada, é mais gostoso".
Eu acrescento:
"... e para o adversário, muito mais doído.
" Tá doendo demaaais" disse-me um amigo tricolor, inconformado com o que viu e revoltado como tudo aconteceu!
Por tudo isso quero advertir os palmeirenses que o time não encontrará facilidades para derrotar a bambizada amanhã, no Morumbi.
Pelo semblante carregado que Rogério Ceni mostra na TV, dá pra perceber quanto ele está revoltado e o tamanho do despeito e do ódio que ostenta e não consegue disfarçar.
Saibam, todos, que esse despeito e esse ódio, somados aos ressentimentos da torcida e à frustração dos dirigentes, será tudo potencializado pelos mais de onze que vão para o jogo.
Usando um lugar comum (cabe, perfeitamente!) eu quero dizer que eles tentarão, no gramado do Morumbi, realizar o chamado "jogo da vida"!
Ainda mais que a disputa de amanhã tem caráter diferente pois se trata de um torneio mata/mata, justamente a importante Copa do Brasil.
O Palmeiras que se cuide, que se acautele, que se precate...
Desde a longínqua década de 50, quando era, ainda, um projeto de homem, que ouvia falar, via palmeirenses mais antigos, que o Corinthians era adversário e o São Paulo, inimigo.
Não acreditava, até porque, naquela época, era bem raro se encontrar um torcedor tricolor, embora já se dissesse que "sãopaulino era todo o indivíduo que não tinha raça, origem e nem classe para ser palmeirense e tinha vergonha de ser corintiano".
Minha compreensão infantil era mínima e eu não entendia porque os torcedores da velha guarda diziam aquilo, até que fiquei sabendo que essa gente da elite (?) havia aproveitado a 2ª guerra para nos fazer mudar de nome (chamávamos Palestra Itália) e tentar tomar-nos o estádio.
Do rosário de maldades perpetrados por esse clube na época itinerante e sem casa fixa conseguiram obrigar o clube verde a mudar de nome e o Palestra virou Palmeiras.
Quis, porém, o destino, que na primeira vez que o Palestra entrou em campo com o nome alterado para Palmeiras o Verdão os derrotasse por 3 x 1 com o direito de assistir a uma vergonhosa fuga de campo antes do término do jogo por parte de um adversário raivoso, inconformado com o resultado em campo e com o baile que havia tomado.
O episódio tem nome e é chamado de "Arrancada Heróica", perpetuado nas fotos de tantos jornais, principalmente de "A Gazeta Esportiva".
Será que a exemplo do Mundial de Clubes/51 promovido, patrocinado e reconhecido pela FIFA eles também vão dizer que a "Arrancada Heróica" não existiu?
O Palmeiras tem de tomar seus cuidados, amanhã, em relação à arbitragem. Uma simples manifestação de preocupação por parte da diretoria creio que seja suficiente para mostrar à FPF, à CBF e a quem for preciso mostrar, que o Palmeiras está atento a tudo o que pode ocorrer durante o jogo.
Sei, perfeitamente, que o ambiente não está nada propício aos erros e o novo diretor de árbitros da CBF o paulista Wilson Seneme, também sabe.
Tanto é verdade que ele escala o que tem melhor em seu quadro de árbitros e entrega o clássico para ser apitado pelo árbitro FIFA Raphael Clauss.
Mas quero prevenir que o ambiente era o mesmo quando do jogo de segunda-feira pelo Brasileirão e, ainda assim, o gaúcho Daronco e os incompetentes do VAR validaram um escandaloso gol de mão contra o Palmeiras e deixaram de marcar um pênalti a favor do Verdão.
Uma indecência que pode se repetir amanhã no Morumbi se a diretoria palmeirense continuar quieta e não lutar pelos seus direitos!
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