Observatório Alviverde

25/08/2011

PALMEIRAS 3 X 1 VASCO DA GAMA. VITORIA ESTÉRIL, MAS COM SABOR DE REABILITAÇÃO!

 

Estou escrevendo no intervalo do jogo.

Algumas palavras que definiram o nosso primeiro tempo:

Esforço, luta, empenho e responsabilidade..

O Palmeiras teve tudo isso, mas faltou o espírito de superação.

Espero que isso ocorra no final do jogo, se necessário, porque, até agora, conseguimos cumprir, talvez, 50% de nossa tarefa.

UM NOVO TIME.

Tudo o de melhor que fizemos neste primeiro tempo tem uma raiz: a presença de um bom número de canhotos.

Pena que os nossos canhotos sejam comuns e não os craques de primeira linha que costumam desequilibrar.

Nosso gol de abertura foi fruto do arremate de um destro, mas terminou com a conclusão de um canhoto.

Valdívia bateu rasteiro e forte, como detestam os goleiros, Fernando Prass espalmou a bola úmida nos pés de Luan que concluiu com sucesso.

Aquele era um lance típico para canhotos. Um destro dificilmente teria o mesmo sucesso de Luan.

O DOMÍNIO PALMEIRENSE

O Palmeiras dominou, completamente, o jogo até por volta dos 25 minutos deste primeiro tempo.

A partir daí, Felipão mandou Murtosa recuar o time pois a vantagem no marcador repunha o time do jeito que Felipão mais gosta, isto é, atuando na defesa à espreita de um contra-ataque decisivo e definidor.

Isso permitiu que o time vascaíno reequilibrasse o jogo e revertesse a vantagem tática palmeirense.

A partir daí o Vasco foi perigoso e, conquanto tenha chegado muito pouco, criou duas situações efetivas de gol.

Uma delas numa cobrança rápida de falta por Diego Souza tentando pegar Marcos adiantado, mas o santo teve tempo para dar dois passos em recuo e defender.

O outro foi um chute em curva de Leandro (como joga como se empenha e. como se doa esse jogador quando enfrenta o Palmeiras) proporcionando a Marcos a defesa mais difícil entre todas as que eu vi neste ano, ao menos até agora. Foi uma defesa sensacionaaaaalll.

Houve reclamação da torcida quanto a um possível pênalti de Leandro em Gabriel Silva ao final deste primeiro tempo, que eu, sinceramente, não vi.

Resta agora o segundo tempo para que o Palmeiras se classifique. Está difícil mas não é impossível.

Como eu disse no começo deste comentário, ainda temos, além de  esforço, luta, empenho e responsabilidade, uma outra virtude para colocar em campo, a superação.

Com o auxílio da Leal torcida, temos tudo para vencer, posto que temos um time bem melhor o que esse misto do Vasco.

Enquanto isso, Milton Leite, Noriega e Cereto, fazem a melhor transmissão do Sportv para jogos do Palmeiras nos últimos tempos. Que continuem assim.

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O SEGUNDO TEMPO

MILTON LEITE E NORIEGA DESANDARAM

Terminado o jogo, Milton e equipe do Sportv, não conseguiram levar a nota dez deste OAV.

A partir do gol do Vasco, baixou o velho espírito da matraca em Milton que voltou, novamente, mais comentar do que narrar.

Era notório, pelo seu tom de voz, e por sua indisfarçável alegria, que a maior parte das frases que proferia, tinham , muito mais, o propósito de gozar alguém, possivelmente o Noriega, do que de comentar o jogo.

Explico: a simpatia clubística de Noriega é diferente da de seu companheiro de jornada.

Foi irritante vê-lo, novamente, abdicar de nos proporcionar o excelente áudio de sua narração, a fim de dar vazão a sua satisfação pessoal disfarçada sob a forma de comentários.

Isso, em última análise, tem nome: p-r-o-v-i-n-c-i-a-n-i-s-m-o!

Ele deve imaginar que ninguém percebe o seu risinho contido, carregado de sarcasmo e de deboche, dirigido, deduz-se  e imagina-se, ao colega, de forma bem perceptível a cada frase aparentemente, pretensamente séria que profere.

Sei que tudo é brincadeira entre amigos, mas soa como um visível caso de buylling televisivo (também aos palmeirenses que assistem ao jogo) que se torna ainda mais claro e mais explícito quando Leite se comunica com o corintianíssimo repórter Cereto.  Como diz um velho ditado do tempo dos agás, um gambá cheira o outro e só assim se satisfaz!

Noriega, por sua vez, cometeu o erro de analisar o jogo quase que exclusivamente pelo viés do Vasco. Tudo era Vasco. Parecia que só havia um time jogando no Pacaembu. E, no entanto, era o Palmeiras que vencia e prevalecia dentro de campo.

Os comentaristas têm de cuidar para que as análises dos jogos não tomem essa conotação unilateral e facciosa, que, às vezes, nem eles próprios percebem.

Devem considerar que falam não para uma, mas para duas torcidas, em especial e as opiniões têm de ser bilaterais.

Eu não tenho dúvida da idoneidade e da imparcialidade profissional de Noriega, mas, ontem, ele perdeu-se  sob esse aspecto e falou muito pouco a respeito do Verdão..

SOBRE O JOGO

Os méritos do Palmeiras eu já os ressaltei ao analisar o primeiro tempo do jogo de ontem:  esforço, luta, empenho e responsabilidade, aspectos aos quais eu acrescentaria mais dois, solidariedade e espírito de equipe.

A minha esperança de um resultado satisfatório residia no fato de que o time poderia acrescentar a tudo isso a superação.

Mas o Palmeiras destes tempos não tem mais o DNA da superação e da briga constante pelo resultado, até o fim do jogo.

Por isso, apesar do esforço e da vitória, ficamos no meio do caminho que leva à Libertadores.

UM RECUO MORTAL

O maldito recuo observado após o primeiro gol, foi, ao meu sentir, mais uma vez, o fator que nos levou à debacle. De seta, passamos a alvo, isto é, deixamos de agredir e passamos a ser agredidos.

No primeiro tempo, no momento em que começou a exercer o domínio do jogo, em razão do inexplicável recuo palmeirense, o ataque vascaíno, para a nossa sorte,  não conseguiu se articular e só criou as duas chances de gol já mencionadas com Diego Souza e Leandro

A situação persistiu no segundo tempo. Felipão recuou novamente o time para tentar explorar aquilo que não pode fazer e que não sabe fazer: o contra-ataque.

Como contra-atacar sem o velocista Maicon Leite, substituido pelo “café com leite” Vinicius que quanto mais joga mais mostra que não está preparado?

Como contra-atacar, Valdívia marcando, com Luan, recuado e com Kléber, o delegado? Delegado por que?  Ora, porque prende a bola.

ASSUNÇÃO

Ao fator defensivismo, razão maior de nosso padecimento e de nossas agrúrias, acrescento a falta de mobilidade de Assunção, sem capacidade física suficiente para acompanhar as deslocações constantes dos garotos vascaínos durante os 90 minutos.

No lance do gol que demoliu os nossos sonhos de classificação, Jumar pegou a bola absolutamente livre, no miolo de nossa intermediária e chutou à vontade, sem ser molestado por ninguém.

Não, não foi um lance casual ou isolado o que culminou com a marcação do gol através de Jumar. Foi um lance que se repetiu dezenas de vezes que todo mundo viu, exceto Murtosa e Felipão.

Quando o Vasco adiantou a marcação e exerceu pressão ofensiva, a nossa defesa rebatia, aliviava e contornava, de uma forma ou outra, as jogadas de área em razão das excelentes atuações de Tiago Heleno e, principalmente, de Henrique;

O problema é que quando os nossos beques limpavam a área, nunca havia ninguém posicionado para a saída de bola ou para tocar a bola a fim de aliviar a blitz adversária.

Tiago cortava, Henrique rebatia, mas a bola, invariavelmente, voltava para a posse do time carioca. Notava-se, claramente, um vácuo a partir da meia lua de nossa grande-área.

Quem deveria cumprir a função de cobrir esse setor? Quem deveria estar posicionado para receber a chamada segunda bola, também conhecida como rebote defensivo?

É óbvio que seria o senhor Marcos Assunção, mas ele já houvera morrido para o jogo no final do primeiro tempo. Só Felipão e Murtosa, mais uma vez, não viram e não perceberam

O GOL DE JUMAR

Dizem, no Rio, que há coisas que só acontecem com o Botafogo. Em Minas, dizem o mesmo a respeito do América.

Em São Paulo, é fato consumado que essas coisas só ocorrem com o Palmeiras que parece, ultimamente,  marcado pelo estigma da derrota.

Jumar, o esforçado, vai chutar pelo resto de sua carreira nas mesmas circunstâncias em que chutou contra o gol de Marcos e não vai mais fazer nenhum gol como o que fez contra o Palmeiras.

Não venham me dizer que Marcos não tinha condições de saltar em direção aquela bola, pois tinha, sim. Se ia ou não defender é outro papo.

Um goleiro da categoria e da experiência de Marcos, não pode permanecer estático, imóvel, fazendo golpe de vista em uma bola chutada de tamanha distância. Ele tinha visão ampla e antecipada do lance, mas não teve o reflexo suficiente.

Outra coisa. É muito peso aquela bola de Valdívia aos 42 minutos bater na trave e tres ou quatro minutos após o Palmeiras fazer o terceiro gol.

Eu sempre disse, mas ninguém nunca me levou a sério. O fator espiritual é importante e tem conspirado contra nós. Acredite, quem quiser!

Eu acredito!

INDIVIDUALMENTE

A falha de Marcos não foi sofrer o gol, mas de não ir ao menos para a bola e tentar a defesa. Apesar disso, não advogo a saída de Marcos de nosso gol.

Cicinho teve altos e baixos mas vem sendo sub-utilizado por Felipão ao cumprir mais a função de lateral do que a de ala. Atuação de regular para boa.

Henrique e Thiago Heleno formaram novamente uma ótima parelha de zagueiros, conseguindo neutralizar quase todas as jogadas de ataque do adversário. O gol sofrido tem de ser debitado à falta de marcação dos volantes, mas, jamais aos dois eficientes zagueiros palmeirenses.

Gabriel Silva, em meu entendimento, não seria a melhor opção para a nossa lateral esquerda, pois havia chegado de viagem levemente contundido e estava fora de ritmo de jogo. Depois do bolão que jogou contra o Bahia, Rivaldo, em meu entendimento, é quem deveria ter jogado.

Chico foi muito bem como volante e ninguém lembrou de Márcio Araújo. Como é canhoto, ajudou a diversificar a forma de jogar do Palmeiras.

O segundo gol do Palmeiras tem de ter, também, a assinatura de Chico, que roubou a bola, e estendeu um ótimo passe a Luan que cruzou para Kléber fulminar o gol vascaíno.

Marcos Assunção foi bem no primeiro tempo e limitou-se a bater todas as faltas e escanteios no segundo. Felipão precisa ter um pouco mais de sensibilidade para perceber quando acaba o gás de Assunção a fim de substituí-lo.

Valdívia foi o jogador mais lúcido do Palmeiras do meio de campo para a frente, mesmo sem reeditar as suas melhores atuações. Quase tudo o que fizemos de melhor em nosso ataque passou pelo crivo do chileno que ainda está longe do jogador diferenciado que conhecemos.

Considero um desperdício Valdívia jogar tão longe da área adversária muito mais preocupado em fazer aquilo que não sabe, marcar, do que aquilo que mais sabe, lançar, driblar, penetrar e arrematar.

Luan deveria ser o lateral esquerdo do Palmeiras, como sempre sugeriu o nosso “Mestre dos Magos”, com justa e perfeita razão.

Ele não tem categoria para ser um meia atacante diferenciado, mas tem bola, disposição e vocação para vir de trás, e apoiar o ataque de forma eficiente na condição de ala.

Luan foi decisivo no jogo pois, além do belo gol que marcou, foi o assistente que ajudou tirar Kléber de um jejum de gols próximo dos quarenta dias.

Digam todos o que disserem, pensem o que pensarem, mas, em um jogo no qual apenas Henrique, Tiago jogaram muito e Valdívia teve algum brilhareco, Luan entre os demais, foi o jogador que menos mal atuou,ontem,contra o Vasco.

Maicon Leite anda jogando sem confiança porque vem recebendo muitas broncas dos companheiros, principalmente de Kléber e de Valdívia.

Ele me parece desanimado e cabisbaixo, sem a alegria e a eficiência da época em que começou a atuar no time principal.

Seu rendimento está longe dos primeiros jogos que realizou com a nossa camisa. 

Em  meu modo de entender, o esquema de Scolari não casa com as características desse jogador contratado junto ao Santos.

Kléber, o delegado, prendeu a bola em demasia e não deu o seguimento rápido que exigiam os lances de ataque.

Apesar do belíssimo gol, Kléber continua amarrando o ataque do Palmeiras, que não tem força para contra-atacar e, assim, dificilmente, consegue explorar o fator surpresa.

Vinicius, deve ter algum padrinho forte no Palmeiras. Cada vez que entra na equipe, causa-nos uma decepção.

Vinícius no time significa, sempre, trocar seis por meia dúzia mas Felipão é teimoso e insiste com essa estúpida alteração em quase todos os jogos, sem qualquer proveito prático

Não sei porque tamanha insistência com um jogador que, pelo pouco que mostrou até agora, só é comparável a Miguel Bianconi, já fora do time principal por falta de condição técnica e muito inferior a Gilcinho e outros que não são aproveitados de nossa base.

Patrik entrou muito tarde e a sua atuação não pode ser analisada.

 FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 3 X 1 VASCO
Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 25/8/2011  Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Carlos Berkenbrock (Fifa-SC)
público: 9.493 pagantes
Renda: R$ 291.048,00                                                                   GOLS: Luan, 12'/1ºT (1-0); Kleber, 8'/2ºT (2-0); Jumar, 12'/2ºT (2-1); Marcos Assunção, 47'/2ºT (3-1)
PALMEIRAS: Marcos; Cicinho, Henrique, Thiago Heleno e Gabriel Silva (Patrik); Márcio Araújo, Marcos Assunção e Valdivia; Luan, Kleber e Maicon Leite (Vinícius, 25'/2ºT). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
VASCO: Fernando Prass, Allan, Dedé, Renato Silva e Márcio Careca; Rômulo, Jumar, Bernardo e Diego Souza; Leandro (Fagner, 15'/2ºT) e Elton. Técnico: Ricardo Gomes.]                                                   Cartões amarelos: Gabriel Silva, Maicon Leite (PAL); Allan, Renato Silva (VAS)

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PARA COMENTAR

Felipão fora do banco fez falta?

A nova formação do time, com Chico no meio campo, lhe agradou?

Márcio Araújo fez falta ao time?

A volta imediata de Gabriel Silva foi precipitada?

Tirante a desclassificação o time lhe agradou?

Temos chances de vencer os gambás domingo em Prudente?

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FELIPÃO ESTÁ MUITO MAIS PARA YUSTRICH DO QUE PARA OSVALDO BRANDÃO. PALMEIRAS X VASCO PELA SUL-AMERICANA, O JOGO É HOJE!

 

Se o Palmeiras vencer o Vasco e classificar-se para a seqüencia da Copa Sul-Americana, muitos, da torcida e da mídia dirão que Felipão é um gênio.

Muito longe disso, Felipão jamais passou de um grande motivador de grupos, de um paizão, do que, propriamente, de um gênio da tática e da estratégia.

Ele me faz lembrar o grande Osvaldo Brandão, mas está, muito mais, para Dorival Knipel, o inesquecível Yustrich.

Brandão era conhecido pelo paternalismo com que tratava os atletas, sempre com rigor respeitoso, como o de pai para filho, calcado na moral, na honestidade e na sinceridade de relacionamento.

Pode-se dizer que a simples presença de Caçamba era um fator positivo para qualquer time que ele dirigia, pelo respeito que a boleirada devotava a sua figura de homem probo, sério, trabalhador e sempre amigo dos jogadores.

Mais do que, a exemplo Brandão, ser gaúcho, ou, também, como Brandão, de haver sido um inexpressivo zagueiro, Felipão encarna muitas virtudes do grande mestre, embora a sua forma de carisma seja diferente.

A psicologia descreve as diferenças entre um chefe e um líder. Felipão tem liderança, sim, mas está mais para chefe do que para líder. Além de ter de fazer força para liderar, são constantes os seus atritos com os jogadores.

Comparado a Brandão, não passa de um chefe bem-sucedido. Brandão foi um líder bem-sucedido e nunca teve de fazer força ou de brigar com ninguém para impor os seus carisma e liderança.

Eu diria, sem medo de errar, que Felipão está muito mais para Yustrich, o maior chefe entre os treinadores do futebol brasileiro em todos os tempos, mais, até, do que Flávio Costa ou qualquer outro.

Yustrich, um gigante físico para os padrões de sua época, era um técnico que se impunha não apenas por esse aspecto, mas, principalmente, por sua personalidade forte, pesada, policialesca, muitas vezes atrabiliária e, pior do que isso, violenta.

Implicava com tudo, no que dizia respeito aos jogadores. Cabelos compridos, moda que se iniciava naquela época, nem pensar!  Barba por fazer, também não!

Definitivamente, Yustrich não permitia extravagâncias de moda ou de comportamento. Jogador para trabalhar com Yustrich tinha de submeter-se a um enquadramento disciplinar rígido, quase militar.

Yustrich, maldosamente alcunhado pelos desafetos de Zé Mingau, chegou a agredir Mosquito, atacante de qualidade do América Mineiro na década de 60, hoje cirurgião-dentista renomado em Belo Horizonte, que agradece ao ex-chefe pelos socos recebidos que o levaram a mudar de profissão.

Embora sem chegar a esse extremo, Yustrich foi o responsável direto pela saída de Nelinho do Cruzeiro para o maior rival, o Atlético, sob a alegação de influência negativa e maus exemplos .

Agrediu, depois, o goleiro Luiz Antônio, também do Cruzeiro, no intervalo de um jogo. A essa altura, já velho e sem o viço dos velhos tempos, não contava com a reação do subordinado e acabou também, levando uns cateripapos.

Sob a ótica da função de treinador, Yustrich jogava de um jeito só, sem preocupar-se de que forma viria o adversário. Defendia forte, tocava de primeira quando de posse da bola, abria os pontas e cruzava para a área em direção a um centro-avante referência, via de regra alto e exímio cabeceador.

Seus times corriam muito, tendo em vista o excelente preparo físico que ministrava e a tática da cavadinha, termo inventado pelo próprio treinador, foi copiada de um time inglês que goleou o Porto de Portugal por 4 x 2, na década de 60, quando Yustrich dirigia o time tripeiro. 

Implicava com os repórteres e, constantemente, os ameaçava. Chegou, até, a agredir alguns, num tempo em que a maior parte dos conflitos era resolvida pelos próprios protagonistas que dificilmente recorriam à esfera judicial.

Vejam se Scolari não é o Yustrich de hoje. Há muito mais do que simples semelhanças, muitas coincidências na forma de trabalhar de cada um.

São formadores de grupos fortes, aguerridos, de muita pegada e determinação, sem, entretanto, exibir um futebol de alta expressão técnica. Ambos são adeptos e promotores do chamado futebol de resultados.

Há muita similaridade no comportamento de Yustrich e Scolari, a partir da forma como tentam se impor sobre o comando dos clubes, passando pela maneira como vêm e reagem ao trabalho da mídia, chegando aos métodos usados para formarem os times e aglutinarem os grupos e às intermináveis brigas e questiúnculas extra campo.

Projetando esse imenso comentário ao jogo de hoje, eu quero dizer que Scolari erra clamorosamente ao fugir do campo de batalha. Ele prefere ser Montgomery a Patton, o general americano que não ficava abrigado no QG nos momentos cruciais das encarniçadas batalhas contra os alemães.

Felipão está se omitindo, fugindo de uma batalha em que tería de enfrentar um único alemão, Roberto Braatz. Talvez aí esteja a grande diferença entre Scolari e Yustrich.

ASPECTOS DO PALMEIRAS X VASCO DESTA NOITE:

O Palmeiras luta pela sobrevivência na Sul-Americana, a abreviação do caminho para a Libertadores de 2012. A eliminação significaria uma pressão violenta sobre o elenco para o clássico contra os gambás, na luta por uma posição no G-4 do Brasileirão. 

Como venceu o primeiro jogo por 2 a 0, em São Januário, o Vasco pode perder por um gol de diferença que se classifica mesmo assim.

O Palmeiras terá de vencer, no mínimo por diferença de dois gols a fim de levar a decisão para os pênaltis. Se o Vasco fizer um gol,  o Verdão terá de vencer por diferença de três para não ser eliminado pelo primeiro critério de desempate, o gol fora de casa.

O Palmeiras terá como reforço a volta de Valdivia para tentar melhorar a criação no meio-campo.

Anuncia-se, também, uma improvável escalação de Chico no lugar de Márcio Araújo, sendo certa a escalação de Cicinho na lateral direita. Cicinho está suspenso pela automática, apenas do clássico de domingo pelo Brasileirão contra os gambás.

Na coletiva de ontem Felipão disse que pediu um gol assim que comece o jogo, para que a torcida se entusiasme e passe a jogar com o time.

No Vasco, Ricardo Gomes está poupando três titulares: Juninho, Anderson Martins e Julinho, que nem viajaram.

Os três vão se preparar para o clássico contra o Flamengo, domingo, que vem em jogo que vale briga pelas primeiras posições no Brasileirão.

O Palmeiras, também no domingo, vai encararar o seu maior rival, o Corinthians, mas Felipão e o grupo de jogadores não quer pensar nisso, pois está determinado a seguir na sul-americana e concentra todos os seus esforços nessa perspectiva.

O árbitro de Palmeiras x Vasco será Heber Roberto Lopes (Fifa-PR), auxiliado por Roberto Braatz (Fifa-PR e o jogo será no Pacaembu, com início previsto para as 20,15 H.

Você poderá assistir ao jogo apenas pelo Sportv, em transmissão exclusiva para todo o Brasil. O que se pede aos narradores é para que nos poupem dos assuntos aleatórios, narrem o jogo e deixem os comentários para os comentaristas.

Relação dos concentrados:

Goleiros: Marcos e Deola
Laterais: Cicinho, Paulo Henrique, Gerley, Rivaldo e Gabriel Silva
Zagueiros: Thiago Heleno, Henrique e Leandro Amaro
Volantes: Márcio Araújo, Chico, Marcos Assunção e João Vitor
Meias: Valdivia e Patrik
Atacantes: Kleber, Luan, Maicon Leite e Vinícius

ESCALAÇÃO

O mais provável time do Palmeiras (sem Felipão no banco) será este:

Marcos, Cicinho, Thiago Heleno, Henrique e Rivaldo (Gérley) (Gabriel Silva) Márcio Araújo (Chico) Marcos Assunção. Valdívia e Luan. Maicon Leite e Kléber.

No banco, Deola, Paulo Henrique, Leandro Amaro, João Vitor, Patrik, Vinicius e um dos alas esquerdos, Rivaldo, Gabriel Silva ou Gérley.

QUE TIME VOCÊ ESCALARIA PARA O JOGO DE HOJE?

TEMOS DE JOGAR NA FRENTE SEMPRE AGREDINDO OU O MEIO TERMO SERIA MAIS ACONSELHÁVEL PARA QUE FICÁSSEMOS COM A VAGA.

FELIPÃO VAI FAZER FALTA?

COM VALDÍVIA O RESULTADO SE TORNA MENOS DIFÍCIL?

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