PALMEIRAS 3 X 1 VASCO DA GAMA. VITORIA ESTÉRIL, MAS COM SABOR DE REABILITAÇÃO!
Estou escrevendo no intervalo do jogo.
Algumas palavras que definiram o nosso primeiro tempo:
Esforço, luta, empenho e responsabilidade..
O Palmeiras teve tudo isso, mas faltou o espírito de superação.
Espero que isso ocorra no final do jogo, se necessário, porque, até agora, conseguimos cumprir, talvez, 50% de nossa tarefa.
UM NOVO TIME.
Tudo o de melhor que fizemos neste primeiro tempo tem uma raiz: a presença de um bom número de canhotos.
Pena que os nossos canhotos sejam comuns e não os craques de primeira linha que costumam desequilibrar.
Nosso gol de abertura foi fruto do arremate de um destro, mas terminou com a conclusão de um canhoto.
Valdívia bateu rasteiro e forte, como detestam os goleiros, Fernando Prass espalmou a bola úmida nos pés de Luan que concluiu com sucesso.
Aquele era um lance típico para canhotos. Um destro dificilmente teria o mesmo sucesso de Luan.
O DOMÍNIO PALMEIRENSE
O Palmeiras dominou, completamente, o jogo até por volta dos 25 minutos deste primeiro tempo.
A partir daí, Felipão mandou Murtosa recuar o time pois a vantagem no marcador repunha o time do jeito que Felipão mais gosta, isto é, atuando na defesa à espreita de um contra-ataque decisivo e definidor.
Isso permitiu que o time vascaíno reequilibrasse o jogo e revertesse a vantagem tática palmeirense.
A partir daí o Vasco foi perigoso e, conquanto tenha chegado muito pouco, criou duas situações efetivas de gol.
Uma delas numa cobrança rápida de falta por Diego Souza tentando pegar Marcos adiantado, mas o santo teve tempo para dar dois passos em recuo e defender.
O outro foi um chute em curva de Leandro (como joga como se empenha e. como se doa esse jogador quando enfrenta o Palmeiras) proporcionando a Marcos a defesa mais difícil entre todas as que eu vi neste ano, ao menos até agora. Foi uma defesa sensacionaaaaalll.
Houve reclamação da torcida quanto a um possível pênalti de Leandro em Gabriel Silva ao final deste primeiro tempo, que eu, sinceramente, não vi.
Resta agora o segundo tempo para que o Palmeiras se classifique. Está difícil mas não é impossível.
Como eu disse no começo deste comentário, ainda temos, além de esforço, luta, empenho e responsabilidade, uma outra virtude para colocar em campo, a superação.
Com o auxílio da Leal torcida, temos tudo para vencer, posto que temos um time bem melhor o que esse misto do Vasco.
Enquanto isso, Milton Leite, Noriega e Cereto, fazem a melhor transmissão do Sportv para jogos do Palmeiras nos últimos tempos. Que continuem assim.
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O SEGUNDO TEMPO
MILTON LEITE E NORIEGA DESANDARAM
Terminado o jogo, Milton e equipe do Sportv, não conseguiram levar a nota dez deste OAV.
A partir do gol do Vasco, baixou o velho espírito da matraca em Milton que voltou, novamente, mais comentar do que narrar.
Era notório, pelo seu tom de voz, e por sua indisfarçável alegria, que a maior parte das frases que proferia, tinham , muito mais, o propósito de gozar alguém, possivelmente o Noriega, do que de comentar o jogo.
Explico: a simpatia clubística de Noriega é diferente da de seu companheiro de jornada.
Foi irritante vê-lo, novamente, abdicar de nos proporcionar o excelente áudio de sua narração, a fim de dar vazão a sua satisfação pessoal disfarçada sob a forma de comentários.
Isso, em última análise, tem nome: p-r-o-v-i-n-c-i-a-n-i-s-m-o!
Ele deve imaginar que ninguém percebe o seu risinho contido, carregado de sarcasmo e de deboche, dirigido, deduz-se e imagina-se, ao colega, de forma bem perceptível a cada frase aparentemente, pretensamente séria que profere.
Sei que tudo é brincadeira entre amigos, mas soa como um visível caso de buylling televisivo (também aos palmeirenses que assistem ao jogo) que se torna ainda mais claro e mais explícito quando Leite se comunica com o corintianíssimo repórter Cereto. Como diz um velho ditado do tempo dos agás, um gambá cheira o outro e só assim se satisfaz!
Noriega, por sua vez, cometeu o erro de analisar o jogo quase que exclusivamente pelo viés do Vasco. Tudo era Vasco. Parecia que só havia um time jogando no Pacaembu. E, no entanto, era o Palmeiras que vencia e prevalecia dentro de campo.
Os comentaristas têm de cuidar para que as análises dos jogos não tomem essa conotação unilateral e facciosa, que, às vezes, nem eles próprios percebem.
Devem considerar que falam não para uma, mas para duas torcidas, em especial e as opiniões têm de ser bilaterais.
Eu não tenho dúvida da idoneidade e da imparcialidade profissional de Noriega, mas, ontem, ele perdeu-se sob esse aspecto e falou muito pouco a respeito do Verdão..
SOBRE O JOGO
Os méritos do Palmeiras eu já os ressaltei ao analisar o primeiro tempo do jogo de ontem: esforço, luta, empenho e responsabilidade, aspectos aos quais eu acrescentaria mais dois, solidariedade e espírito de equipe.
A minha esperança de um resultado satisfatório residia no fato de que o time poderia acrescentar a tudo isso a superação.
Mas o Palmeiras destes tempos não tem mais o DNA da superação e da briga constante pelo resultado, até o fim do jogo.
Por isso, apesar do esforço e da vitória, ficamos no meio do caminho que leva à Libertadores.
UM RECUO MORTAL
O maldito recuo observado após o primeiro gol, foi, ao meu sentir, mais uma vez, o fator que nos levou à debacle. De seta, passamos a alvo, isto é, deixamos de agredir e passamos a ser agredidos.
No primeiro tempo, no momento em que começou a exercer o domínio do jogo, em razão do inexplicável recuo palmeirense, o ataque vascaíno, para a nossa sorte, não conseguiu se articular e só criou as duas chances de gol já mencionadas com Diego Souza e Leandro
A situação persistiu no segundo tempo. Felipão recuou novamente o time para tentar explorar aquilo que não pode fazer e que não sabe fazer: o contra-ataque.
Como contra-atacar sem o velocista Maicon Leite, substituido pelo “café com leite” Vinicius que quanto mais joga mais mostra que não está preparado?
Como contra-atacar, Valdívia marcando, com Luan, recuado e com Kléber, o delegado? Delegado por que? Ora, porque prende a bola.
ASSUNÇÃO
Ao fator defensivismo, razão maior de nosso padecimento e de nossas agrúrias, acrescento a falta de mobilidade de Assunção, sem capacidade física suficiente para acompanhar as deslocações constantes dos garotos vascaínos durante os 90 minutos.
No lance do gol que demoliu os nossos sonhos de classificação, Jumar pegou a bola absolutamente livre, no miolo de nossa intermediária e chutou à vontade, sem ser molestado por ninguém.
Não, não foi um lance casual ou isolado o que culminou com a marcação do gol através de Jumar. Foi um lance que se repetiu dezenas de vezes que todo mundo viu, exceto Murtosa e Felipão.
Quando o Vasco adiantou a marcação e exerceu pressão ofensiva, a nossa defesa rebatia, aliviava e contornava, de uma forma ou outra, as jogadas de área em razão das excelentes atuações de Tiago Heleno e, principalmente, de Henrique;
O problema é que quando os nossos beques limpavam a área, nunca havia ninguém posicionado para a saída de bola ou para tocar a bola a fim de aliviar a blitz adversária.
Tiago cortava, Henrique rebatia, mas a bola, invariavelmente, voltava para a posse do time carioca. Notava-se, claramente, um vácuo a partir da meia lua de nossa grande-área.
Quem deveria cumprir a função de cobrir esse setor? Quem deveria estar posicionado para receber a chamada segunda bola, também conhecida como rebote defensivo?
É óbvio que seria o senhor Marcos Assunção, mas ele já houvera morrido para o jogo no final do primeiro tempo. Só Felipão e Murtosa, mais uma vez, não viram e não perceberam
O GOL DE JUMAR
Dizem, no Rio, que há coisas que só acontecem com o Botafogo. Em Minas, dizem o mesmo a respeito do América.
Em São Paulo, é fato consumado que essas coisas só ocorrem com o Palmeiras que parece, ultimamente, marcado pelo estigma da derrota.
Jumar, o esforçado, vai chutar pelo resto de sua carreira nas mesmas circunstâncias em que chutou contra o gol de Marcos e não vai mais fazer nenhum gol como o que fez contra o Palmeiras.
Não venham me dizer que Marcos não tinha condições de saltar em direção aquela bola, pois tinha, sim. Se ia ou não defender é outro papo.
Um goleiro da categoria e da experiência de Marcos, não pode permanecer estático, imóvel, fazendo golpe de vista em uma bola chutada de tamanha distância. Ele tinha visão ampla e antecipada do lance, mas não teve o reflexo suficiente.
Outra coisa. É muito peso aquela bola de Valdívia aos 42 minutos bater na trave e tres ou quatro minutos após o Palmeiras fazer o terceiro gol.
Eu sempre disse, mas ninguém nunca me levou a sério. O fator espiritual é importante e tem conspirado contra nós. Acredite, quem quiser!
Eu acredito!
INDIVIDUALMENTE
A falha de Marcos não foi sofrer o gol, mas de não ir ao menos para a bola e tentar a defesa. Apesar disso, não advogo a saída de Marcos de nosso gol.
Cicinho teve altos e baixos mas vem sendo sub-utilizado por Felipão ao cumprir mais a função de lateral do que a de ala. Atuação de regular para boa.
Henrique e Thiago Heleno formaram novamente uma ótima parelha de zagueiros, conseguindo neutralizar quase todas as jogadas de ataque do adversário. O gol sofrido tem de ser debitado à falta de marcação dos volantes, mas, jamais aos dois eficientes zagueiros palmeirenses.
Gabriel Silva, em meu entendimento, não seria a melhor opção para a nossa lateral esquerda, pois havia chegado de viagem levemente contundido e estava fora de ritmo de jogo. Depois do bolão que jogou contra o Bahia, Rivaldo, em meu entendimento, é quem deveria ter jogado.
Chico foi muito bem como volante e ninguém lembrou de Márcio Araújo. Como é canhoto, ajudou a diversificar a forma de jogar do Palmeiras.
O segundo gol do Palmeiras tem de ter, também, a assinatura de Chico, que roubou a bola, e estendeu um ótimo passe a Luan que cruzou para Kléber fulminar o gol vascaíno.
Marcos Assunção foi bem no primeiro tempo e limitou-se a bater todas as faltas e escanteios no segundo. Felipão precisa ter um pouco mais de sensibilidade para perceber quando acaba o gás de Assunção a fim de substituí-lo.
Valdívia foi o jogador mais lúcido do Palmeiras do meio de campo para a frente, mesmo sem reeditar as suas melhores atuações. Quase tudo o que fizemos de melhor em nosso ataque passou pelo crivo do chileno que ainda está longe do jogador diferenciado que conhecemos.
Considero um desperdício Valdívia jogar tão longe da área adversária muito mais preocupado em fazer aquilo que não sabe, marcar, do que aquilo que mais sabe, lançar, driblar, penetrar e arrematar.
Luan deveria ser o lateral esquerdo do Palmeiras, como sempre sugeriu o nosso “Mestre dos Magos”, com justa e perfeita razão.
Ele não tem categoria para ser um meia atacante diferenciado, mas tem bola, disposição e vocação para vir de trás, e apoiar o ataque de forma eficiente na condição de ala.
Luan foi decisivo no jogo pois, além do belo gol que marcou, foi o assistente que ajudou tirar Kléber de um jejum de gols próximo dos quarenta dias.
Digam todos o que disserem, pensem o que pensarem, mas, em um jogo no qual apenas Henrique, Tiago jogaram muito e Valdívia teve algum brilhareco, Luan entre os demais, foi o jogador que menos mal atuou,ontem,contra o Vasco.
Maicon Leite anda jogando sem confiança porque vem recebendo muitas broncas dos companheiros, principalmente de Kléber e de Valdívia.
Ele me parece desanimado e cabisbaixo, sem a alegria e a eficiência da época em que começou a atuar no time principal.
Seu rendimento está longe dos primeiros jogos que realizou com a nossa camisa.
Em meu modo de entender, o esquema de Scolari não casa com as características desse jogador contratado junto ao Santos.
Kléber, o delegado, prendeu a bola em demasia e não deu o seguimento rápido que exigiam os lances de ataque.
Apesar do belíssimo gol, Kléber continua amarrando o ataque do Palmeiras, que não tem força para contra-atacar e, assim, dificilmente, consegue explorar o fator surpresa.
Vinicius, deve ter algum padrinho forte no Palmeiras. Cada vez que entra na equipe, causa-nos uma decepção.
Vinícius no time significa, sempre, trocar seis por meia dúzia mas Felipão é teimoso e insiste com essa estúpida alteração em quase todos os jogos, sem qualquer proveito prático
Não sei porque tamanha insistência com um jogador que, pelo pouco que mostrou até agora, só é comparável a Miguel Bianconi, já fora do time principal por falta de condição técnica e muito inferior a Gilcinho e outros que não são aproveitados de nossa base.
Patrik entrou muito tarde e a sua atuação não pode ser analisada.
FICHA TÉCNICA:
PALMEIRAS 3 X 1 VASCO
Estádio: Pacaembu, São Paulo (SP)
Data: 25/8/2011 Árbitro: Heber Roberto Lopes (Fifa-PR)
Auxiliares: Roberto Braatz (Fifa-PR) e Carlos Berkenbrock (Fifa-SC)
público: 9.493 pagantes
Renda: R$ 291.048,00 GOLS: Luan, 12'/1ºT (1-0); Kleber, 8'/2ºT (2-0); Jumar, 12'/2ºT (2-1); Marcos Assunção, 47'/2ºT (3-1)
PALMEIRAS: Marcos; Cicinho, Henrique, Thiago Heleno e Gabriel Silva (Patrik); Márcio Araújo, Marcos Assunção e Valdivia; Luan, Kleber e Maicon Leite (Vinícius, 25'/2ºT). Técnico: Luiz Felipe Scolari.
VASCO: Fernando Prass, Allan, Dedé, Renato Silva e Márcio Careca; Rômulo, Jumar, Bernardo e Diego Souza; Leandro (Fagner, 15'/2ºT) e Elton. Técnico: Ricardo Gomes.] Cartões amarelos: Gabriel Silva, Maicon Leite (PAL); Allan, Renato Silva (VAS)
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Felipão fora do banco fez falta?
A nova formação do time, com Chico no meio campo, lhe agradou?
Márcio Araújo fez falta ao time?
A volta imediata de Gabriel Silva foi precipitada?
Tirante a desclassificação o time lhe agradou?
Temos chances de vencer os gambás domingo em Prudente?
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