Observatório Alviverde

08/09/2013

O PALMEIRAS VENCE O ATLÉTICO GO E REASSUME A PONTA DA TABELA!


 

Depois de um início fulminante e arrasador, com a marcação de dois gols em 15 minutos, Gilson Kleina recuou o time e o Palmeiras sofreu um sufoco desgastante e desnecessário do Atlético Goianiense, time que jaz na zona de rebaixamento da série B.

Para conseguir se defender, o Palmeiras despendeu muito mais fosfato e energia do que houvera gasto no início da partida quando atuou sempre ofensivamente, partiu pra cima e  acuou o adversário!

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Os peixes, os fumantes e os profissionais de futebol morrem pela boca!

Causou-me espanto e revolta a declaração de Kleina no retorno dos times para o 2º tempo.

Disse o técnico que, com 2 x 0,  a prioridade de seu time era, apenas, a posse de bola.

Concordo que, jogos difíceis existem nos quais qualquer time tem de administrar a vantagem obtida, por menor que seja. Não era o caso de ontem!

Jogar atrás, após estabelecer facilmente 2 x 0 em reduzidos 15 minutos, contra um time que briga para não ser rebaixado, é um contrassenso(nova ortografia) e vai além de minha compreensão! 

Após o "bostejo" de Kleina à televisão eu me perguntei: " Será que ele leu e conhece o regulamento da Série B?"

Teria, Kleina, a consciência de que saldo de gols e o número de gols marcados são critérios  de desempate? 

Que, em caso de empate em pontos e em número de vitórias podem definir até o acesso à elite, quer pelo saldo ou, simplesmente, pela soma dos gols pró?

Infelizmente o Palmeiras continua sendo o único clube brasileiro que economiza na marcação de gols e faz questão de investir em resultados apertados.

Essa cultura de conveniência e covardia tem de acabar!

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Vocês entenderam o procedimento de Kleina?

Eu lhes pergunto, porque dou tratos à bola e não consigo entender!

Como admitir que um time que deteve a posse de bola em 80% dos primeiros 20 minutos, e estabeleceu, com imensa facilidade, um placar semielástico, venha a mudar, radicalmente, a sua forma de jogar? 

Como pode, o Palmeiras, de dominante e dono absoluto das ações, por questões de mudança de postura tática,  passar a ser dominado, ameaçado e acuado por uma equipe brutalmente inferior, gerando preocupações desnecessárias a sua torcida? 

Por que o Palmeiras se acovardou, recuou e chamou contra sí um adversário fraquíssimo, completamente batido, dominado, entregue e que esperava, exclusivamente, o tiro de misericórdia de um terceiro gol que liquidaria a fatura do jogo?

Que me desculpe o Kleina mas esse tipo de coisa, não dá para engolir!

Essa não pode ser, nem de longe, a mentalidade de um técnico do Palmeiras!

O Atlético Goianiense só conseguiu chutar ao gol de Prass pela primeira vez  aos 20 minutos de jogo, completamente sufocado, batido e rendido à formidável blitzkrieg palmeirense.

Quando se esperava que o Palmeiras partisse pra cima, traduzisse em gols a sua ampla superioridade, aumentando a artilharia e os quesitos classificatórios, o jogo mudou de rumo.

Por ordem expressa de Kleina, o time arrefeceu a impetuosidade, arrefeeu o ânimo, recuou todo para a defesa e abdicou de jogar. 

Mais uma vez, a exemplo do que ocorria no tempo de Felipão, o Palmeiras sentou no resultado e, sem necessidade, passou a sofrer o assédio forte de um time fraco! Foi, simplesmente, constrangedor!

Nota zero para Kleina, que, se mostra qualidades no preparo e treinamento do grupo, é outro técnico poltrão, que parece não entender a grandeza da instituição que o emprega, a Sociedade Esportiva Palmeiras.

É preciso acabar com essa cultura vigente no Verdão de ganhar com resultados magros, administrando-os, precocemente. É por isso que o Palmeiras deixou de empolgar e fazer novos prosélitos!

A covardia de Kleina, que alguns traduzirão, impropriamente, como cautela, seriedade, responsabilidade ou coisa assim - respeito, mas não concordo -  no fundo, no fundo, significa, apenas, um mecanismo visando a sua manutenção no emprego.

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Gostei, demais, do retorno de Vilson. Providencialíssimo!

Ele ajustou a cozinha e deu consistência ao setor defensivo.

Como de hábito, foi uma arma poderosa nas chamadas bolas paradas, tanto para defender, quanto para atacar.

Embora o Palmeiras tenha feito a bola rolar e jogado 20 minutos de um futebol muito envolvente, o jogo só foi resolvido através de dois lances originados de bola parada.

O primeiro, em uma cabeçada mortífera de Kardec, depois da cobrança de um córner pela direita através de Wesley. A marcação foi toda para cima de Vilson e Kardec, livre, abriu o placar.

O segundo, em uma cobrança perfeita de pênalti - sofrido por Kardec -, através do próprio Kardec, tocando rasteiro no canto oposto àquele para o qual o goleiro saltou.

O terceiro com Leandro, após um passe de Kardec a Charles que ajeitou para o garoto de Mogi das Cruzes aplicar um chapéu no zagueiro e fulminar, estabelecendo Palmeiras 3 x 0.

Vilson, Kardec, Leandro, Luis Felipe, Wesley, Araújo e Prass foram os melhores do Palmeiras.

Um pouco abaixo estiveram Tiago Alves, Wendel e Vinicius.

Com o jogo em andamento, Léo Gago entrou, aos 35 do segundo tempo, inexplicavelmente, como lateral esquerdo em lugar de Wendel.

Entendo que foi uma alteração que teve em vista acalmar a equipe, melhorar o toque de bola e fazer com que o jogador, que vem de uma cirurgia, pudesse ganhar ritmo de jogo. 

Serginho entrou, tardiamente, aos 36 do segundo tempo no lugar de Vinicius, certamente que com as mesmas atribuições de Léo Gago, e, tanto ele quanto Léo não tiveram tempo para mostrar nada.

O melhor, entre os substitutos, foi Charles, que, tardiamente, substituiu Felipe Menezes, em outra falha indesculpável de Kleina. 

Desde o início do jogo que Menezes vinha rendendo pouco, quase nada, e deveria ter sido substituído muito mais cedo; 

Mas que não se acuse Felipe Menezes, ontem, tecnicamente fraco, de desleixo ou de omissão, porque foi um jogador dedicado ao esquema que correu muito, fez alguns excelentes desarmes e valeu pelo empenho demonstrado, aplicação tática e espírito de luta!

O CRAQUE DO JOGO
 









Alan Kardec, pelos dois gols marcados e pela assistência remota, espetacular, da antepenúltima bola - passe a Charles - no lance que definiu o terceiro gol e decidiu o a vitória palmeirense, foi, com louvor, o craque do jogo! 

Agora, com 8 gols, Kardec é o principal artilheiro palmeirense na série B 2013, seguido de perto por Leandro que tem 6 e por Vinicius, um pouco mais distante, com 4 gols marcados.

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Deixo os parágrafos finais para dedicá-los a Kleina, que tem errado - voltou a errar várias vezes ontem - mas que tem, também, acertado e aprendido muita coisa neste quase um ano de Palmeiras.

Ele aprendeu, por exemplo, que quem dirige um clube do calibre do Palmeiras não pode exagerar no defensivismo.

Aprendeu, também que não pode entupir o time de volantes, porque fica com poucas opções ofensivas e, por consequência, cada vez mais longe do gol.

Esta semana, se tiver humildade, terá aprendido que não se recua drásticamente um time cujo esquema está dando certo e que vence um jogo pelo placar mais perigoso do futebol, em cima do qual, habitualmente, se constroem as maiores viradas, o 2x0.

Repito: mais despendeu energia o Palmeiras para segurar o resultado do que despenderia para fazer o terceiro gol e sepultar o adversário na derrota.










Kleina precisa ser mais profissional e parar de conceder aquelas entrevistinhas inúteis no intervalo do jogo que só servem para desgastá-lo, depreciá-lo e desvalorizá-lo perante os próprios repórteres que vão entrevistá-lo!

Reparem que a maioria dos treinadores fala antes do jogo, mas não concede entrevistas após a bola rolar, até o final do jogo, pois sabe que "o peixe, o fumante e o profissional do futebol" morrem pela boca!

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Que venha agora o Asa, terça-feira, dia 10, às 19,30 no Pacaembu. 

Como dizia o saudoso e folclórico húngaro radicado no Brasil, Janos Tratai, empresário famoso até o início dos anos 90s, de tantas histórias, negócios, negociatas, rolos e causos no futebol, não era o Asa de Arapiraca, mas de Arapica! 

O Palmeiras que se cuide!

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NA TV

Excelente a transmissão da Band no Atlético x Palmeiras com o Nivaldo Prieto.

Transmissão limpa, sem exageros, sem gritaria, sem fazer rádio na TV como 99% dos narradores papa cachês convidados a cada rodada pelo PFC. 

Esse Prieto, de excelente timbre vocal e ótima qualidade de relato, se a Band investir nele, será, sem qualquer dúvida, o sucessor de Luciano do Vale.

De Cilo foi discreto e eficiente nas informações e cumpriu bem o seu papel, o mesmo acontecendo com o garoto de Goiás, cujo nome cometi a falha de não memorizar, que cobriu o Atlético!

Uma pena que a direção da Band não constate que o "bolero" de plantão, Denilson, assim como Neto e Edmundo, esteja muito longe daquilo que se pode considerar um comentarista! 

Aliás, todos esses "boleros" são chatos, repetitivos, e a maioria em vez de comentar, faz ponta de gol.

 Só os diretores apedêutas da Globo e da Band, que os contrataram não sabem disso . Se sabem, fingem não saber!

Enquanto Netos, Ronaldos goleiros, Edmundos e outros - para que se fale, apenas, dos que prestam serviços à Band - estão no ar, usando o prestígio da emissora para conseguir registros espúrios para se legalizar, a direção da Band teve o desplante de demitir verdadeiros jornalistas, como Mauro Betting.

Betting, segundo apurei, chegou a sair, mas acabou readmitido e voltou à casa, em razão do apelo de muitos e do clamor classista, clamor esse que passou longe dos sindicatos ou das associações de classe.

Onde estão os omissos sindicatos dos radialistas, dos jornalistas, a Aceesp, a Abrace e essa vasta relação de ações entre amigos,  entidades e associações que não atendem às demandas da classe, que não servem para nada e nada fazem, nessas horas, em prol dos profissionais? 


E o MTE, onde esteve e onde está? Se Ronaldo goleiro só conseguiu o registro de jornalista na semana passada, porque o MTE não autou a Rede de TV - agora, a Band - que o manteve sob contrato por largo tempo?

Edmundo tem registro de jornalsta? Ao que me consta, não! Porque o MTE não foi, até agora, ao estádio ou à emissora com para checar? 

Isso, porventura, só é feito quando se trata de humildes estações de rádio lutando para sobreviver e trabalhando no vermelho?

A propósito, quem está credenciando os bicões?

A profissão foi invadida, está coalhada de alienígenas despreparados e ilegais, mas essas associações e entidades só querem saber de arrecadar mensalidades e promover festas, omitindo-se, completamente, em relação a assuntos e problemas dessa magnitude! 

Vergonha, vergonha, vergonha, mil vezes vergonha de uma classe submissa, humilhada e egoista, que nada faz por seu corpo coletivo! É cada um por si e fim de papo! Um opróbrio!

Baita sacanagem! 

Por falar em baita, dizem que Neto reconheceu a sacanagem profissional que estava sendo cometida contra Mauro e segundo li na Internet, teria ameaçado demitir-se para que Mauro não fosse demitido.

 Sua benfazeja atitude, às raias da caridade, teria segurado o jornalista em seu posto de trabalho! A que ponto de humilhação chegou a minha classe!

Um pouco, porém, reconheça-se, neste capítulo, e que fique como lição, culpa do Mauro que aderiu de corpo e alma à histriônica escola do anti-jornalismo implantada no rádio e na tv por Milton Neves, desvalorizando-se perante os patrões! (AD)