Observatório Alviverde

18/10/2010

ATÉ QUANDO, FELIPÃO, VAMOS JOGAR COMO TIME PEQUENO. ESSE EMPATE EU COLOCO EM SUA CONTA!

Tentarei ser sucinto, (sei que não vou conseguir) eu que sempre sou tão prolixo quando o assunto é Palmeiras.

Começo dizendo que continuamos queimando no purgatório existencial advindo da incompetência de Cipullo e da inexplicável omissão, cumplicidade e leniência de Belluzzo, cujo maior pecado como administrador foi o de não ter destituído ou demitido esse ineficiente diretor.
Muito longe disso,  por razões que fogem ao senso, à lógica e à razão, Belluzzo sempre  endossou prontamente, cegamente, todas as atitudes de Cippullo, ainda que errôneas, ilógicas, irracionais, mesmo que viessem DE encontro, isto é, contrárias, aos interesses do próprio clube.
Em resumo, jamais tivemos em nossa história diretor de futebol mais perdulário e incompetente do que Cipullo.

Hoje, sofremos as conseqüências de tudo isso, porque:
1º) Temos a saldar mensalmente uma folha de pagamento brutal, seguramente, a maior do país, engrossada substancialmente pelas tantas indenizações pagas, desnecessariamente, a técnicos e profissionais demitidos com ou sem razão. Resultado disso, salários atrasados e completo descontrole administrativo.
2º) Queda acentuada de nosso fluxo de caixa, necessidade de trabalhar no vermelho, contração de empréstimos, antecipação de receitas futuras e o endividamento brutal do clube com o pagamento de juros muito acima das taxas normais de mercado.

Tudo isso seria compreensível e contornável, tivéssemos um elenco forte e jogadores para vender e fazer caixa.
Não temos uma coisa e nem outra.
O que vem acontecendo não é causa, é simples consequência da má gestão em nosso futebol profissional.

Palaia não tem culpa. Pelo contrário. Procedeu com correção demitindo Cipullo e todo o depto de futebol, embora pecando por precipitação, gerando mais um foco de descontentamento dentro de nosso conturbado clube.
De qualquer forma mostrou, ao contrário de Belluzzo, que ele gosta menos de Cipullo e muito mais do Palmeiras. Isso é muito bom, pois o novo presidente mostra, claramente, que não quer ter, do ponto de vista político, o rabo preso com ninguém.

O EMPATE COM O CEARÁ
Reconheço que as contusões e as ausências de muitos jogadores, principalmente de Kléber e Valdívia, colaboraram muito para o desfecho do resultado desfavorável, imprevisível...
Mas, se saímos na frente, se temos jogadores teoricamente melhores, se jogamos em nosso reduto com o apoio de nossa torcida, como é que poderíamos ceder o empate?

O GRANDE CULPADO
Mais, muito mais do que Márcio Araújo que cometeu um penalti desnecessário e infantil, o grande culpado do empate de ontem foi Scolari.
Jogou o jogo inteiro com duas figuras decorativas, Diney e, principalmente, Lincoln, sem coragem suficiente para substituí-las.
Que não alegue pobreza de banco pois qualquer jogador que entrasse faria melhor que os dois.
As atuações desses atletas foram pífias, patéticas, estéreis, irritantes…

JOGO COVARDE
O recuo do time para compor uma covarde e inconcebível retranca contra um time modesto e limitado como o Ceará é imperdoável para um técnico da rodagem e do cartel de Felipão.
Chegar três ou quatro vezes ao gol adversário em 90 minutos e, por cima, ser ameaçado a toda hora é, simplesmente, vergonhoso.

SUICÍDIO TÁTICO
Jogar no contrataque como (?), se  o Palmeiras não tinha e não tem  jogadores de velocidade para essa modalidade de jogo ?
Como acertar o time e sair do sufoco, retirando o único meio campista com capacidade para a boa saída de bola, Marcos Assunção?
Como é que um técnico de nomeada como Scolari permite que sua equipe tome o abafa de um time frágil como o Ceará, e assista a tudo impassivelmente sem tirar os jogadores nulos, despreparados fisicamente, como Lincoln e Diney ou exigir um postura ofensiva da equipe pela própria necessidade da vitória?
A pressão dos minutos finais em busca da vitória, mostraram, claramente, que se o Palmeiras não se acomodasse na defesa, não teria deixado de ganhar os pontos preciosos de que tanto precisava para melhorar o posicionamento da equipe na tábua de classificação.

A NOVA REALIDADE
É certo que se pense no Sucre e na sul-americana, mas se o Palmeiras vencesse o Ceará poderia pensar também na vaga da Libertadores via Brasileirão.
Mas, agora, vários times como Bambis e Grêmio  já saltaram a nossa frente e as nossas chances de classificação via libertadores diminuíram drasticamente.

QUE VENHAM OS GAMBÁS
Sem os alas (Araújo e Gabriel levaram o terceiro amarelo), sem Valdívia e com outras contusões e impedimentos que venham ocorrer no jogo contra o Sucre,  como vamos armar o time para o clássico contra os gambás? 
Improvisando Pierre pela direita para ficarmos sem apoio pelo setor direito?
Ou vamos jogar com três zagueiros, voltando Fabrício para compor a zaga, fazendo a dobra com Rivaldo na ala esquerda?
Lincoln vai jogar a bolinha miúda que jogou hoje contra os cearenses?
Vai demarcar terreno e atuar só em uma estreita fsixa como fez ontem?                                        
Ou Valdívia está guardado no bolso do colete e irá para o jogo?

CONCLUINDO
Enfim, o que será de nosso Verdão nessa fase final de Sul-Americana e Brasileirão com esse elenco fraco e sem alternativas?
Com diz um querido sobrinho meu, palmeirense por DNA, sofrido como todo o jovem que ousa torcer pelo Palmeiras, "quando a gente espera que vai, não vai e quando a gente espera que não vai, vai!"
Se a coisa funciona, realmente, assim, não esperemos mais nada daqui em diante…

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