Observatório Alviverde

09/10/2016

VERDÃO JOGOU PARA O GASTO MAS FEZ A LIÇÃO DE CASA!


Como imaginei, o Palmeiras teve -relativamente- muitas dificuldades para ganhar os três pontos do lanterna do Campeonato.

Após um início irresistível em que quase fez um um gol logo a um minuto após estupenda defesa do goleiro americano, o Verdão estabeleceu o 1 x 0 um minuto após em arremate rasteiro de Tchê Tchê de média distância após forte blitz do ataque esmeraldino. 

Quando se esperava que o time "deslanchasse" em campo e partisse para a goleada, o Palmeiras -há muitos anos é assim- abdicou de atacar e ainda que dominasse inteiramente a partida, optou erroneamente em jogar no erro do adversário.

Sorte, a do Verdão que enfrentou um time sofrível cujas performance no certame e posicionamento na tabela retratam fielmente a sua condição de lanterna e de pior time do campeonato.

Por incrível que pareça o Palmeiras, se não tomou um sufoco completo, sofreu um bocado para vencer o time mineiro, mas o que, efetivamente, importa é que venceu e manteve a ponta e a liderança.

A conclusão a que cheguei, tão logo adveio o gol aliviante de Alecsandro é que o time está cansado, em baixa física e que carece de treinamentos menos exigentes a esta altura do campeonato, a nove rodadas do final.

Lamento que (outra vez) o time tenha, até certo ponto, frustrado a imensa torcida que o reverencia em Londrina e Região e que lotou o estádio sozinha o Estádio do Café. 

Infelizmente ocorre quase sempre assim de a torcida comparecer massivamente, levar seu apoio e incentivo e o time não corresponder. Menos mal que, desta vez, o Palmeiras, ao menos, venceu!

A defesa toda, ontem, esteve bem na marcação, mas o apoio ao ataque, mais pela direita do que pela esquerda, ocorreu em doses mínimas.

O meio de campo palmeirense embora mais categorizado e com melhores jogadores, perdeu incrivelmente o duelo para o fraquíssimo meio de campo americano.

O ataque inexistiu na maior parte do jogo em face da obrigatoriedade de todos de voltar para marcar e ajudar a defesa.  Defensivamente o time cuidou-se sempre e esteve muito bem!

Róger Guedes (com todo o seu talento) foi, muito mais, um lateral do que um ponteiro direito ou atacante na maior parte do jogo e ao final da partida estava completamente exausto. 

Moisés, outra vez, mais uma vez, deixou o jogo -simbolicamente- com a língua de fora. Seus empenho, dedicação e esforço foram exemplares, mas esse jogador tem de ser poupado e preservado a fim de que não fique fora das rodadas e jogos que vão decidir o Brasileiro, pois se trata de um dos jogadores mais importantes do esquema de Cuca. 

Em relação a Cuca ele demorou demais para efetuar as alterações de que a equipe necessitava  e correu riscos desnecessários tanto e quanto elevou o grau de estresse do time em campo e da torcida.

Jailson esteve bem nas poucas vezes em que foi exigido, Jean bem, Dracena e Vitor Hugo muito bem tanto e quanto Egídio que aventurou-se pouco e manteve responsavelmente a posição.

Tchê Tchê fez o gol que abriu o caminho para a vitória mas não repetiu suas performances anteriores, 
Moisés jogou bem enquanto teve preparo físico e Zé Roberto foi o meio-campista que mais se destacou em campo malgrado a veteranice e as dificuldades naturais impostas pela idade.

Róger Guedes enquanto teve fôlego foi o melhor jogador do Palmeiras, mas a duplicidade de funções que lhe impõe Cuca e o sistema, anula, à medida que o tempo passa e ele se cansa, o melhor atacante do Palmeiras depois de Gabriel Jesus.

Dudu teve altos e baixos durante os noventa minutos e esteve bem abaixo de suas reais qualidades pois a obrigatoriedade de voltar para marcar o tempo todo, também o sacrifica. Foi substituído tardiamente por Rafael Marques que correu muito, lutou, se esforçou e contribuiu bastante para motivar os companheiros em campo. 

Eric começou bem, perdeu um gol feito por ter sido fominha (poderia ter habilitado Moisés em condições muito melhores) e depois disso não luziu. Cuca demorou demais para tirá-lo do jogo.
Alecsandro que o substituiu, mostrou falta de ritmo, mas sobraram-lhe empenho, espírito de luta e a busca pelo segundo gol palmeirense que ele acabou conseguindo definindo o jogo e sossegando o coração  da torcida.

Cleyton Xavier entrou passando a impressão de que poderia melhorar o toque e a posse de bola da equipe, mas isso não ocorreu.

Que venha, quinta-feira, o Cruzeiro em Araraquara. 

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Esta semana já estarei novamente em casa e regularizarei novamente as postagens. (AD)