Observatório Alviverde

09/07/2013

MÁRCIO ARAÚJO TEM DE IR EMBORA DO PALMEIRAS!




Dêem o boné a Márcio Araújo!

Essa não é a minha opinião, mas, reconheço, uma grande questão!

Araújo nunca foi, não é ou será, nunca, jamais e em nenhum tempo um craque, muito longe disto.

Por honestidade, não o acusem seus gratuitos detratores de ser ele um um inepto ou um jogador abaixo da linha mediana em que Márcio se coloca no conceito do futebol de hoje.

O ideal mesmo, seria substituir-se os maus dirigentes, os maus cronistas e os maus torcedores, responsáveis diretos pela demonização de Araújo, não ele.

Araújo é um jogador disciplinado, eficiente, correto, trabalhador, responsável. de boa qualidade técnica, que veste com correção e aplicação a gloriosa camisa verde.

Muitas vezes, reconheço, ele falha! Mas quem não falha?

Eu já disse, em outra ocasião, que com o esquema essencialmente defensivista e covarde de Felipão e, depois, com a falta de ofensividade crônica dos times de Kleina, nenhuma defesa palmeirense passaria incólume pelas falhas e pelas críticas.

Tudo em função do excesso de carga a que o setor defensivo era submetido jogo a jogo, conquanto a bola transitava de 60 a 70% do jogo em nosso setor defensivo e até 80% ou mais nos tempos de Felipão.

Que defesa teria capacidade para aguentar semelhante carga, sem folga ou desafogo por tanto tempo?

Mas isso ninguém notou, nota, via ou vê! 

Araújo sempre exerceu uma função vital na defesa do Palmeiras!

Nunca se restringiu, exclusivamente, ao primeiro combate, que sempre foi a sua função primordial, mas cumpriu, também, o importantíssimo trabalho de cobertura pelos miolo ou pelos dois lados da defesa.
 
Que falhou muitas vezes, é verdade e não há como negar! Muito mais, porém, jogou bem do que mal e acertou do que errou.

Quem jogou ou joga futebol, sabe da importância de atletas das características de Araújo, que realiza, como se dizia antigamente, o pesadíssimo trabalho de carregar o piano.

Muito longe de ser solista ou virtuose, o maranhense, conquanto não houvesse atuado em seu time anterior, o Galo Mineiro, como volante de contenção, mas como segundo volante, mostrou versatilidade e atuou em ambas as posições com a camisa do Palmeiras.

Márcio Araújo, o pulmão de aço, de sua contratação a hoje e já se vão quase três anos, corre, com a disposição física de um maratonista, o jogo todo, o tempo todo, sem se omitir nunca, mas isso nunca é notado. Pouca gente vê!

Sua versatilidade e capacidade de doação ao time são notáveis e, em razão disso, mesmo com a torcida o enxotando, entra técnico, sai técnico e ninguém quer saber de tirá-lo do time.

Com saúde de touro premiado, poucas vezes esteve no departamento médico ou ficou fora da equipe, mas isto, também, fazem questão de ignorar os seus algozes.

Sei que Araújo tem algumas deficiências e a maior delas é a de desistir de certas jogadas em que ele sente que foi ultrapassado ou que não pode mais alcançar o atacante. 

Ele tem de aprender a ter persistência, a continuar pressionando e perseguindo o adversário, mesmo em condições adversas, para incomodá-lo psicologicamente,  atrapalhar o desfecho do lance e, em certos casos, até, ajudar a evitar um gol.

Sei, também que Araújo, brevilíneo, ou, no máximo, normolíneo é deficiente no chamado jogo aéreo, mas essa não é a função precípua de um volante e ele não pode ser culpabilizado por isto.

Da mesma forma, admito que, às vezes ele se complica na entrega de bola, embora este não seja um fato usual ou corriqueiro, mas absolutamente acidental.

Todos, porém, hão de convir que Araújo atua, sempre, sob enorme pressão psicológica dentro e fora de campo devido, em primeiro lugar a sua função tática e, depois, à hostilidade da torcida paulistana, sobretudo a "teen" e as organizadas, que não lhe dão trégua ou refresco.

O que se verifica, ao final de cada jogo, é que todas as boas performances de Araújo, que sempre joga menos para si e mais para o time, são desconsideradas, esquecidas e colocadas à margem, como se não houvessem acontecido.

Em contrapartida maximizam e potencializam os seus erros, em críticas reiteradas, da ironia à ofensa profissional ou pessoal, que parecem não ter mais fim .

Outra deficiência de Araújo é a sua eterna estagnação tática, adotando rotineiramente uma postura exageradamente defensiva e de pouca criatividade quando tem a bola no pé.

Nas poucas vezes em que chega ao ataque, - deveria chegar muito mais porque tem capacidade para tal - o faz com timidez.

Como se isso não bastasse, mostra excesso de altruísmo, em relação aos companheiros, procurando, sempre, mais servir do que chutar, mais servir do que arriscar, evitando sempre o arremate, como se tivesse medo de fazer gols.

Essa atitude, corriqueira em suas performances, confirma a sua vocação de atleta que joga, exclusivamente, para o time mas acaba por prejudicá-lo.

Marcio Araújo, bom chutador, deveria ter um pouco mais de ambição e de volúpia pelos gols!

No início deste ano chegou a marcar algumas vezes, a partir de quando a torcida e a crônica esportiva fizeram cessar por algumas rodadas o rosário de críticas desmoralizantes que desfiavam contra o atleta.

Dito tudo isso, eu gostaria de dizer que NÃO, (n, a, o, til) eu não gostaria ou desejaria que Araújo deixasse o Palmeiras, pois sei de sua importância tática na estrutura da equipe.

Da mesma forma, não gostei da saída de Maurício Ramos, um ótimo zagueiro, que passou por processo semelhante de desconstrução e de desmoralização ao que passa Araújo.

Sobretudo no momento em que o Palmeiras apresenta visíveis sinais de melhora e que Valdívia, com a devida vênia de Kleina, "o melhor treinador do Brasil", já faz o time ser, novamente, agressivo, ofensivo, criativo e realizador, tirando, novamente, a enorme sobrecarga que pesava sobre a nossa defesa.

Como disse no início deste "post", o ideal para o Palmeiras, seria substituir os torcedores de pouca visão, os cronistas maldosos, os jornalistas tendenciosos, os manchados implicantes e os dirigentes incompetentes.

Como essas substituições são impossíveis, que Araújo seja dispensado e que possa jogar por outro clube cuja torcida saiba valorizá-lo.

De preferência em uma cidade na qual a crônica esportiva tenha plena consciência de que se Araújo não é nenhum César Sampaio, também não é nenhum Zé Mané como querem pintá-lo em São Paulo.

Aliás, sou convicto e, até, aposto que se o Palmeiras se dispuser a negociá-lo, Araújo, seguramente, vai disputar a série A em um clube de primeira grandeza na qualidade de titular, ainda em 2013.

MÁRCIO ARAÚJO TEM DE IR EMBORA DO PALMEIRAS?

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Pederneiras, 10 de julho de 2013


A REDE GLOBO CONTINUA MASSACRANDO A TORCIDA DO PALMEIRAS!


 

Não assisti ao Oeste x Palmeiras, mas amigos meus aqui de Pederneiras, que assistiram à exibição palmeirense, garantem que o time, além de ter jogado muito bem, sobrou em campo em números e em rendimento.

Confesso-lhes que o único contato que tive com o jogo foi a bordo de um avião da Azul entre Balneário Camboriú e Campinas, quando foi exibido, en passant, o primeiro gol do Palmeiras.

Ao deixar Viracopos em direção à rodoviária campineira, eu sabia que o Palmeiras estava vencendo por 1 x 0, mas a exposição do lance, mais rápida do que um piscar de olhos, não me permitiu tomar conhecimento, sequer, do autor do gol.

De olho no Sportv, famigerado canal global (fazer o que se não existem outras opções) que impunha à torcida paulista um insosso e inexpressivo São Caetano x Avaí, confesso-lhes, incomodei-me e indignei-me demais com o fato.

No taxi, veio-me à cabeça a memorável campanha de 2002, quando o Palmeiras empreendeu o seu retorno à série A, após o primeiro rebaixamento.

A TV Record, com Luciano do Valle,  acompanhou quase todos os jogos do Palmeiras ao vivo e valorizou a epopéia palmeirense.

Foram transmissões memoráveis que levaram a emissora a altíssimos picos de audiência, mesmo com a aferição minimizada dos resultados processada pelo instituto brasileiro de opinião cúmplice da emissora do plimplim.

Sim, meus amigos, aquele instituto que tem a coragem de garantir que a Olimpíada ou qualquer competição esportiva, mesmo sendo coberta com exclusividade pela Record ou por qualquer outro canal, não consegue nunca bater a Globo.

Nas raras vezes em que concede a  um Canal essa proeza, a glória é efêmera e não dura mais do que algumas horas, pois, já no dia seguinte a Globo volta a "liderar" com folga. 

Seria cômico se essa embromação, uma perfeita patifaria imposta ao meio publicitário e ao povo brasileiro pelo truste da informação que sustenta o truste da comunicação, não fosse tão trágica.

Que "cazzo" de maior audiência é essa que não permite ao canal companheiro, a Band, transmitir o jogo do Palmeiras para não tirar a "imbatível" audiência do Hulk?

Se a Globo vem alegando e propagando, sistematicamente, que não transmite os jogos do Palmeiras em rede aberta porque dão pouca audiência, porque, então, não libera a Band para transmitir os jogos do Palmeiras ao vivo?

A princípio imaginei que a ganância pelo dinheiro dos palmeirenses, que têm um enorme poder aquisitivo, no pay-per-view extra da Série B fosse o fator determinante de tamanho desrespeito e consideração ao clube e à torcida.

De fato, esse é, inquestionavelmente, um dos fatores importantes, mas penso que o aspecto primacial da questão envolve os valores pagos ao Palmeiras, que a Globo deseja, a todo o custo, baixar de forma significativa.

Após a criminosa implosão do clube dos 13 estumada pela Globo e das negociações diferenciadas com Flamengo e Cu-rintia, o futebol brasileiro tem mudado bastante.

A rede televisiva detentora dos direitos de transmissão aumentou absurdamente as quotas desses dois clubes em relação aos demais, provocando uma enorme diferença de investimento, ocasionando um  desnivel no poder de compra e no investimento de todos os clubes, outrora muito próximos.

Assim, o futebol brasileiro segue, como previu com sapiência e visão aquilina muito além do alcance o jornalista Odir Cunha, celeremente, para um  processo dicotômico de espanholização, que eu prefiro nominar por um gentílico mais "cult" e apropriado, iberização.

A exemplo do que ocorre na Espanha onde só duas equipes, Real e Barça, comandam o cartel futebolístico e dividem os títulos, a Globo imagina poder fazer o mesmo com os dois clubes de massa do futebol brasileiro.

Daí o interesse em achincalhar, diminuir, espezinhar, atormentar e desmoralizar o Palmeiras, da mesma forma como será feito, sou convicto disto, com outras grandes equipes do futebol brasileiro, pois para aumentar as quotas dos dois apadrinhados alguns clubes terão as suas diminuidas. 

O Vasco, já começa a viver o mesmo processo que viveu o Palmeiras em 2012 e, em meu entendimento, noves fora a crise financeira, é o maior candidato ao descenso entre os clubes de primeira grandeza que disputam a série A.


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