Observatório Alviverde

08/10/2019

A NECESSIDADE DA DEFINIÇÃO DE UM TIME TITULAR E A ESTUPIDEZ DE POUPAR JOGADORES, ARREBENTARAM O PALMEIRAS!!!


Meus amigos

Tentarei ser conciso na postagem de hoje, até porque não sei, se por raiva ou por desgosto de tudo o que vi no jogo contra o Galo, acabei sendo por demais prolixo na última postagem. 

E quando um jornalista é prolixo, a maior parte de suas ideias acaba indo *com trocadilho*, pro lixo. 

Deve ter ocorrido com a minha pauta de domingo para 2ª-feira. Tentarei ser mais breve!

Quero, nesta postagem de 3ª feira, abordar um tema muito discutível, aquele da necessidade premente da fixação de um time base no Palmeiras em que o treinador, quanto menos mexer, melhor.

Antes de discorrer sobre o tema quero dizer que fui colega e companheiro de João Saldanha que, na longínqua década de 60, foi o técnico da melhor Seleção já montada no Brasil, a caminho da Copa do México. Ele abordou o tema que proponho com sapiência...

Naquela época Saldanha já dizia: Estou convocando a minha seleção, vou d-e-f-i-n-i-r  as minhas onze feras e os seus onze reservas.

E eu, menino ainda, incipiente repórter, perguntei-lhe, então,  a razão pela qual definia os times titular e reserva na hora da convocação ao que ele me respondeu:  
"em um grupo de futebol cada jogador tem de saber o que representa naquele grupo e o espaço que ocupa".

Disse mais que:
 "a definição evitaria as inevitáveis brigas de ego, rivalidades por ocupação de vagas e espaços e promoveria a paz no elenco".

En Passant, cobrei dele em uma entrevista exclusiva na Rádio Sociedade da Bahia, por que razão não convocara Ademir da Guia?

Ele me respondeu que o considerava um atleta ao nível de Gerson e Rivelino mas que optara pelo jogo mais agressivo e pela capacidade de chute e de lançamentos à média e longa distância dos dois escolhidos.

Nunca fui favorável a Saldanha como treinador da Seleção, sobretudo por sua permissividade no trato com os jogadores. Até bebida alcoólica embora de maneira camuflada era livre, tanto e quanto as visitas íntimas de moçoilas assanhadas ao grupo de jogadores à véspera dos jogos, que faziam das concentrações verdadeiros prostíbulos. Fui, diversas vezes, testemunha dessas excentricidades ou, se quiserem, irregularidades.

Mas se algumas coisas positivas Saldanha nos deixou como legado em sua condição de técnico da Seleção, além da conquista invicta e aproveitamento total da fase classificatória ao Mundial,  a maior delas foi a DEFINIÇÃO do time principal e do banco de reservas, mas os técnicos de hoje não sabem ou não acreditam na lição.

Os jogadores que foram para o México já sabiam, por antecipação quem jogaria e quem apenas entraria nas emergências, o que facilitou a vida do técnico que sucedeu Saldanha, Mario Lobo Zagalo que, mediante poucas alterações, ficou com os louros e as loas, ganhando o Mundial.

Aplicando esse ensinamento ao Palmeiras, Mano, em minha forma de analisar, teria de escolher os atletas que mais se adaptam aos seus planos de jogo, definir os onze titulares e colocá-los pra jogar muitas vezes e de forma sucessiva para que adquiram conjunto.

As mudanças só deveriam ocorrer durante os jogos para a substituição das peças que não rendessem, dos jogadores cansados, de esquemas de jogo que não dessem certo e, em casos de absoluta necessidade, como suspensões, contusões ou indisciplina.

Já chega de alterações empíricas como a de domingo em que Borja foi escalado, (sabe-se a mando de quem) creio eu, apenas e tão somente para que Mano pudesse observá-lo em campo durante um jogo oficial e, na sequência, viesse a aproveitá-lo.

Se, de fato, foi isso o que ocorreu, (Deyverson seria uma opção menos prejudicial) por que realizar experiências em um jogo tão importante quanto o de ontem?

Borja, que cumpriu sua obrigação e jogou com espírito de luta, responsabilidade, seriedade e força de vontade, não rendeu, como de costume, absolutamente nada e foi peça decorativa contra o Galo Mineiro.

Não critico Mano Menezes pela outra alternativa tentada, escalando Lucas Lima que, por duas ou três atuações anteriores, saindo do banco, fazia por merecer uma chance no time principal.

Entretanto LL não conseguiu se desfazer de sua condição de jogador instável, tipo desenho de eletrocardiograma, que quando a gente pensa que vai subir, cai e quando pensamos que caiu, recebe uma chance e se reabilita para, em seguida, voltar a cair novamente. 

Ele até teria chance de ser titular mas a instabilidade de produção o afunda cada vez que imaginamos que se reabilitou e que vai voltar a render. 

Não rendeu nada e foi o pior em campo no jogo contra o Galo e, ainda assim, jogou o primeiro tempo todo e só foi substituído aos 15 minutos do 2º tempo atrasando e limitando o tempo de reação do Palmeiras.

Na atual conjuntura eu definiria assim um time titular do Palmeiras:

Weverton (Prass ou Jailson) Qualquer dos três é bom, mas eu optaria por Prass pelo comando e orientação que impõe sobre a defesa,

Na lateral direita Marcos Rocha tem de continuar o por causa da contusão de Mayke, este sim, o titular assim que se reabilitar. 

A melhor dupla de zaga possível é a que vem jogando, com Gustavo Gómes e Vitor Hugo.

Na lateral esquerda por falta de uma melhor alternativa continuaria com o mediano Diogo Barbosa, ao menos até agora, muito superior a Vitor Luís.

O melhor meio de campo possível, para mim, seria este: Melo, Bruno Henrique e Scarpa.

Os três melhores atacantes, em meu ponto de vista, seriam Dudu, Luis Adriano e William Bigode.

Eis, então o meu time:
 1 - Prass, ou 42 - Jailson ou 21 - Weverton.

12 - Mayke quando voltar ou 2 - Marcos Rocha) 

15 - Gustavo Gómes
  4 - Vitor Hugo
e
6 - Diogo Barbosa.

30 - Felipe Melo
19 - Bruno Henrique
  7 - Dudu
14 - Scarpa 

29 - William

10 - Luis Adriano 


Esse time deveria jogar tantos jogos quantos fossem possíveis, sem a tal "poupança" visando a um entrosamento que os times que "poupam" jogadores ou mexem muito na escalação a cada jogo, não conseguem alcançar.

Não seria esse, o fator entrosamento, que tem feito o Flamengo do português que não poupa jogadores jogar mais e melhor do que todos os concorrentes, neste Brasileirão? 

Melhor até do que o ababelado, desorganizado e constante e irresponsavelmente modificado Palmeiras, quase sempre escalado ao sabor das falsas manifestações e "conselhos" da mídia inimiga e das incoerentes e interesseiras torcidas uniformizadas.

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Última informação: 
Palmeiras estaria interessado em Roni do Atlético Pr para 2020. 
É uma boa?

Em minha opinião, seria uma contratação bem-vinda, mas como o Atlético PR vai disputar a Libertadores no ano que vem, acho pouco provável que o Furacão o libere! (AD)