Observatório Alviverde

20/02/2019

QUAL O TIME BASE QUE, VOCÊ ACHA, FELIPÃO TEM DE ESCALAR?



O Palmeiras de Felipão, pelo que mostrou até agora neste 2019, está longe de ser o time de nossos sonhos, mas, na mesma linha de raciocínio, está longe de ser, também, o time de nossos pesadelos. Trata-se de um time em fase de ajustes acabamento, entrosamento e ponto final!

Eu, particularmente, penso que o grande trauma deste início de ano decorreu da inesperada derrota em plena Allianz Arena para o retrancado Curica.

Essa derrota mexeu com os brios de alguns jogadores e com o ânimo de outros, roubando-lhes a chamada motivação para a  sequência de trabalho. Nem Felipão esperava essa derrota! 

Quanto ao jogo de domingo passado contra a Ferroviária em Araraquara foi, ao menos em meu critério de análise, um jogo atípico, num momento em que cada atleta procura definir um lugar ao sol no contexto da equipe.

Da maneira como Felipão conduziu o grupo no ano passado e -imaginava-se- fosse igualmente, conduzir, este ano, escalando em rodízio os times A e B a cada rodada (critério errado, não fico em meias palavras) esse, em meu entendimento, foi o principal fator do irrelevante e invisível progresso do time em 2019, ao menos até agora neste início de temporada.

Explico:

Quando se trata da preparação de dois times, os jogadores não partem logo, direto, decisivos e conclusivos para as definições dos lugares porque sabem que, teoricamente, de uma forma ou de outra, estão garantidos, seja no time A ou no time B que Felipão sempre cultivou afirmar e deixar bem claro que nenhum de ambos era titular ou era reserva.  

Em razão disto há como que uma acomodação tácita da rapaziada e os jogadores, certamente temerosos por uma contusão, não se arriscam tanto quanto poderiam e deveriam fazê-lo nos treinamentos.

Afinal de contas já sabem que, de uma forma ou de outra, suas vagas estarão garantidas em qualquer dos dois excelentes times que a força da tradição e o investimento financeiro do Palmeiras garantem a formação.

Esta semana, porém, fiquei satisfeitíssimo ao ouvir da própria boca de Felipão que, este ano, ele pretende proceder de uma forma diferente em relação ao ano passado, anunciando que elegerá um time titular, o colocará em campo e trabalhará apenas esse time, mas com as alterações que se fizerem necessárias no contexto dos eleitos.

Se os atletas, principalmente aqueles mais acomodados prestaram a devida atenção ao depoimento do "chefe", já devem estar sabendo que a moleza da temporada passada parece ter chegado ao fim.

A partir de agora, quem alcançou ou vier a alcançar a titularidade será preservado e só sairá do time por contusão, por desgaste físico ou emocional ou por outros critérios de ordem médica.

Como sói sempre acontecer nos times de maior expressão do planeta bola, o Palmeiras deste ano, terá, também, a sua estrutura, a sua base e um time para (noves-fora as contusões, as suspensões e outros impedimentos) entrosar e fazer dele, se possível, o melhor -coletivamente-do Brasil, se possível, da América e quiçá, do mundo.

Sou radicalmente contra os comentários que tenho ouvido desde domingo da maior parte da mídia que procura apenas criticar pelo mero prazer de criticar, tanto e quanto deslustrar e desvalorizar o trabalho do Palmeiras, pelo simples fato de que o time tem demorado um pouco mais para se entrosar neste início de temporada. 

Ontem na Fox, ao criticar a demora palmeirense em se ajustar para este ano, o tal Sormani (como de hábito vaidoso, arrogante, pouco razoável e parcialíssimo) ficava o tempo todo cobrando,  injusta e imotivadamente o Palmeiras, deslustrando-lhe o título brasileiro do ano passado, se esquecendo em seu delírio que o Palmeiras foi o terceiro melhor time da América.

Ele e o tal Flavinho (um dos cronistas mais fracos entre os milhares que já conheci nesta vida) criticavam, pelo ar, seguidamente, o título (pasmem) que o Palmeiras conquistou limpamente no ano passado e com ampla vantagem sobre a unanimidade dos contendores. 

Sormani e Flavinho, manjadíssimos anti-palmeirenses, sem terem nada de prático para criticar optaram por uma estúpida tese segundo a qual o time palmeirense "Campeão Brasileiro de 2018" não ficará lembrado por nada (??? hahahahahahaha para eles, por exemplo, já está eternizado) como se não bastasse a distância que impôs ao Fla, ao Inter, aos Bambis e a todos os times mais bem classificados do ano passado, o que, "per si", realça, ressalta e sublinha o feito e a conquista do Verdão!

Quem não sabe que essa questão de entrosamento em futebol, na maioria absoluta das vezes, é imponderável, sem que exista uma fórmula mágica ou um estalar de dedos que possam transmitir esse ajuste tático e restabelecer a confiança de um grupo uma hora para outra? 

Às vezes ocorre sem prévio aviso e o ajuste de um time chega, inopinadamente, de uma hora para outra. Ocorreu com o Inter no ano passado, de volta da 2ª-divisão que  com pequeninos ajustes já entrou, de cara, na luta pelo título.

Em minha avaliação à distância, creio que a alegação de Felipão, segundo a qual ele (pelo que deduzi) irá trabalhar de onze a quinze lugares (no máximo uns dezoito) vai tirar muitos atletas da acomodação atual e motivá-los a lutar -a partir de agora- diretamente por uma vaga no time titular.

Em decorrência da importante colocação verbal de Felipão antecipando sua filosofia, ouso afirmar que, no máximo, ao final da semana que corre, o Palmeiras terá tudo definido em relação ao time que será prestigiado pelo comando técnico palmeirense.

Time, cada qual tem o seu e eu ouso escalar o meu, justamente aquele que acredito ser o melhor, conforme publiquei, também, na postagem de ontem e republico hoje com pequeninas variações:

Prass
Marcos Rocha (Maike), Dracena, Gomez e Diogo Barbosa (se a prioridade for defender) ou Vitor Luís, se a prioridade for atacar.

Felipe Melo, Bruno Henrique, Moisés e Ricardo Goulart (Zé Rafael).

Dudu e Ricardo Goulart (Borja).  

QUAL O TIME BASE QUE, VOCÊ ACHA, FELIPÃO TEM DE ESCALAR?

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