Observatório Alviverde

24/03/2014

NA MEDIDA DAS NECESSIDADES, PALMEIRAS PERDEU QUANDO PODIA PERDER! TRANSMISSÃO DA BAND FOI UM CIRCO!


 

Nas circunstâncias em que ocorreu, a derrota para o Santos foi deglutível, palatável. O que nunca é  deglutível ou palatável é aceitar Luis Flávio Oliveira continuar apitando os jogos do Palmeiras.

Tanto e quanto seu irmão, Paulo César, Luís Flávio é um apitador que não dá liga, não consegue atuar bem quando apita os jogos do Verdão, mormente os clássicos. Hoje, aconteceu de novo!

Ao deixar de marcar um pênalti escandaloso em Bruno César, empurrado por trás na hora da finalização, sua senhoria consagrou a interferência da arbitragem no resultado do jogo. 

Bruno chegou a ficar desacordado em função da forma estranha como caiu, sem que isso sensibilizasse ou motivasse os árbitros (o central e o de fundo) ou o próprio bandeirinha para a marcação do que prevê a lei: pênalti contra o Santos! 

Um gol, àquela altura, considerando-se o que rendia em campo o time do Palmeiras, teria condições de mudar, completamente,  o panorama do jogo e o próprio placar! 

Não quero exagerar ou extremar afirmando que o árbitro tenha sido, de um ponto de vista exclusivo, a razão determinante da derrota, ocorrida, principalmente, pelo péssimo primeiro tempo do Verdão, mas, em termos percentuais, eu estimo a participação dele em 50%, em função da forma caseira -era esperado- como atuou.

O lado positivo -se é que se pode dizer assim- da escalação, ontem, de Luís Flávio de Oliveira é que ele vai estar fora dos jogos finais do Palmeiras neste Paulistão, se quem dirige o departamento de árbitros da FPF tiver critério, caráter e isenção. No espírito do ano da copa eu penso em inglês, I hope so! (Espero que sim)

Para isso, é necessário primeiro, que Paulo Nobre trate de acionar todos os mecanismos e dispositivos possíveis junto à FPF, porém sem estardalhaços -preferentemente na surdina- a fim de afastar árbitros como Luís Flávio que não conseguem apitar bem os jogos do clube.

Por que na surdina?

Fique claro, não em razão de qualquer objetivo escuso, espúrio ou condenável,  mas, simplesmente, para evitar que as especulações críticas da mídia possam ser usadas contra o clube, justamente quando o elenco mais necessita de paz e de tranquilidade...

Principalmente aquelas especulações que possam fazer recrudescer a conhecida e recalcitrante má vontade arbitral contra o Verdão, fruto do espírito corporativo de uma classe - a dos árbitros- que, estumada por parte considerável da mídia, sabidamente, não tem a menor simpatia pelo Verdão!

Quem desconhece que as leis do jogo são aplicadas de formas flagrantemente diferenciadas nos jogos do Palmeiras em relação aos co-irmãos!

Hoje, novamente, ocorreu isso! Como dizia um dos melhores repórteres de rádio do século passado, o palmeirense Roberto Silva, o olho vivo da Band, o Santos, desde os primeiros minutos de jogo, "abriu a caixa de ferramentas" e bateu à vontade -com martelo, marreta e tudo-, de forma absurda, nos jogadores palmeirenses, sob os olhares complacentes e cúmplices de um árbitro que parecia se deliciar em ver os jogadores palmeirenses apanhar, mormente Valdívia.

Tudo valia contra o chileno: pontapé, rabo de arraia, rasteira, pescoção, cachação, empurrão, sem que nada fosse marcado...


Tudo era tratado, simplesmente, como choques casuais sem a necessária aplicação a lei, o que passou a vigorar apenas a partir dos 30 do segundo tempo, quando o chileno conseguiu descolar, no mínimo, três cartões para jogadores santistas, cartões esses que -se houvesse método e critério da parte do fraquíssimo Luís Flávio- deveriam ter sido aplicados logo no início do jogo! Conclusão: o árbitro interferiu diretamente nos destinos do jogo!

Valdívia, outra vez, apanhou mais do que "boi ladrão" e, parece, a campanha de um certo goleiro de hóquei no sentido de quebrarem Valdívia continua em pleno vigor.  Como no "velho oeste americano" Valdívia está com a cabeça a prêmio.

Até agora o prêmio para quem bate em Valdívia, tem sido a impunidade, mas, do jeito como os adversários "chegam junto" e com o ódio e a virulência que demonstram os que batem nele, além da forma como o perseguem implacavelmente nos jogos, deve existir -assim presumo- um prêmio para quem o quebrar! 

Este dia parece estar cada vez mais próximo em razão da omissão dos árbitros e do descaramento unânime da mídia, ao menos considerando-se aqueles cronistas aos quais eu posso acompanhar! É de lascar!

Até quando vai vigorar essa desonra, essa ignomínia? Até quando vão continuar batendo impunemente no chileno sem que as providências cabíveis de contenção da violência, previstas pelas leis do jogo sejam tomadas? 

Por que Kleina não faz, como fazia Telê, reunindo um "petit-comité" de jornalistas e repórteres que cobrem o jogo, no intervalo dos jogos e denuncia -escandalosamente, com indignação- o que vem ocorrendo? Este é o primeiro caminho! Mas teria nosso conveniente treinador coragem para tal?

Ou Kleina, ingenuamente, espera que Arnaldo Rato, Gato, Macaco, digo, sei lá o que, Coelho, que surrupiou do Palmeiras, à mão grande, o Brasileiro de 78 ou qualquer artista global possa fazê-lo? 

Arnaldo, pelo contrário e pelo que transmite em suas palavras, admite, de forma subliminar, o jogo violento contra o chileno. Da mesma forma, incentiva! Eu nunca pensei que esse indivíduo pudesse chegar a tal grau de facciosismo sectário (vale o pleonasmo, não é uma hipérbole, mas ainda é pouco)!

Esperar o que do vetusto narrador da Band,  Del Vale que -com trocadilho- está virando suco de narrador (de abacaxi ou de limão, as opiniões estão divididas). Vá trocar nome de jogador assim lá na TV  do inferno! Será que ele, mais do que os óculos que insiste em não usar, está precisando de binóculos?

Um cara que tem a desfaçatez, a "cara de pau" de insinuar em cadeia nacional, de forma irritantemente provocativa,amadorística, clubística, nojenta  e parcial, que Valdívia é prestidigitador, simulador e que se atira toda a vez em que entra em um lance de bola dividida, está v-i-s-i -v-e-l-m-e-n-t-e criando um factóide...

O azedo Del Valle (na falta de outro melhor sempre lhe dei preferência nas narrações) não se dignou, ainda, desde que Valdívia veste a camisa do Palmeiras a admitir no ar que -em nenhum único ou solitário lance- que houve ou maldade de quem tenha atingido Valdívia. Fazendo justiça, só Milton Leite ousou, no último jogo, fazer isso!

Em contrapartida não foi uma, duas, ou três vezes, mas -sem exagero- várias centenas de vezes que Mr. Suco esculhambou Valdívia sem motivo, e, em incontáveis situações, tachou o chileno de violento, de  reclamar sem razão!

O que Luciano j-a-m-a-i-s realçou o ressaltou é a violência de que o Mago é vítima jogo a jogo, lance a lance e, menos ainda, a completa e criminosa omissão dos árbitros!

Não foram poucas as vezes, também, em que dirigiu-lhe outras pérolas verbais que ele, Luciano, jamais ousaria lançar como pecha a fim de rotular ou estigmatizar qualquer atleta dos outros grandes! 

Falta -ninguém é perfeito- isenção ao velho Pelé da narração, que, nessas horas se apequena perdendo, completamente, as noções de ética e de profissionalismo, transformando-se, de Pelé em um Zé qualqué(r). 

Irrita-me, muito, também, que o narrador Luciano, não se limita mais a narrar, o que melhor sabe fazer, mas tem ânsia por opinar e o faz seguidamente talvez para ter de narrar o mínimo possível.

Nessas horas não consegue dissimular o sentimento anti-palmeirense, desnudando-se profissionalmente e revelando-se àqueles que estão do outro lado da telinha que possuem um pouco mais de vivência, argúcia e conhecimento dos meandros da profissão! O peixe morre pela boca!

O pior -como ocorreu ontem com Luciano ao criticar Valdívia sem motivação plausível- é que os caras brigam com as imagens tentando desviar o foco e falsear a realidade dos fatos! 

Esse sempre foi o grande defeito -ninguém é perfeito- daquele que, entre todos os narradores da geração ora se aposentando ou em vias de se aposentar, isto é, a minha geração, foi o Pelé! Tomara que ele não tenha a infeliz idéia de virar comentarista, ou seja reinventado como tal!

Diz um adágio muito mais antigo do que o Sr. Valle que "o lobo velho perde o pelo, perde os dentes mas não perde o vício". 

Assim é Luciano, notório "curintianopontepretano", que leva para a narração todo o clubismo desmesurado que ele, por mais que tente, não consegue dissimular ou disfarçar!

Será que ele sobreviverá à esta Copa? Se sobreviver será, e-x-c-l-u-s-i-v-a-m-e-n-t-e, por teimosia, por necessidade, falta de coragem ou humildade para requerer a aposentadoria. 

Pelo que se denota, em cada narração, sua decadência é muito visível e cada vez mais notória. Espero que Nivaldo Prieto, seu sucessor natural, -o terceiro será o primeiro, jamais o segundo (Hélio Ribeiro)- possa seguir Luciano em termos de qualidade de narração, porém que não o tome, nunca, como paradigma profissional na hora em que for necessária uma opinião!

E o tal Neto, hein? O que é aquilo? Ele é surreal! Como é que a TV Bandeirantes pode manter sob contrato um indivíduo de tão parcos conhecimentos gerais, baixa escolaridade, pouco conhecimento tático, primário, de linguajar tosco, ideias confusas, incoerente, incongruente,  inconsequente e tudo mais que queiram...

Com a devida vênia de todos vocês, e fazendo um adendo necessário, deixem-me responder a ele que quando ler este espaço -ele vai negar que lê-, vai me xingar disto, daquilo ou me mandar a determinados lugares. Respondo-lhe, simplesmente "É você! Vai você!" .  

Todo mundo pensa que ele é curintiano -principalmente a torcida gambática-, mas um conterrâneo dele informou-me que ele sempre foi um "bambi" fanático, daqueles de carteirinha e que o pai dele também era sãopaulino. Até aí, nada contra! Todo mundo tem direito de ter um time!

Seu "tricolismo" aflorou na transmissão de ontem, quando ele só faltou admitir que irá torcer pelo SP, tendo afirmado várias vezes que, na opinião dele, os bambis seriam os campeões!

Ontem revelou um oportunismo desmesurado ao tentar impor a Valdívia toda a sua frustração pelo fato de Valdívia jogar no Palmeiras!

Do nada, sem qualquer motivação que suscitasse um comentário (melhor dizer um bostejo) nesse sentido, ele disse que "muitos chamam Valdívia de craque, mas que craque decide os jogos e Valdívia nunca decidiu nada e, portanto, não é craque". 

Mas o cara, um celerado, conveniente e, desconfio, portador de carteirinha de doido, aproveitou-se do resultado positivo, oportunisticamente para assacar contra o chileno, seu desafeto, imaginando que do outro lado da tela só existam estúpidos, imbecis ou gente que reza por sua cartilha. Cartilha, mesmo!

Sem querer perder mais tempo com esse indivíduo -qualquer comentarista que conheço é melhor do que esse reles argumentador- vejam o que ocorreu no segundo tempo do clássico, quando o Palmeiras abafava o Santos que se retrancava visando a tentar manter o resultado.

Aranha era um dos melhores em campo mas Neto, sem qualquer pundonor, proclamava, no ar, que o "Santos dava um chocolate no Palmeiras"! Dizer mais o que a esse, muito mais do que simples desrespeito, um  acinte a minha inteligência eu que não passo de um mediano? 

Será que não existe ninguém na Band em seu corpo diretivo, no departamento artístico ou na alta direção que enxergue o quanto a rede está sendo enxovalhada e perdendo, completamente, o prestígio diante de tanta inabilidade e inépcia na conduta de seus profissionais. 

SOBRE O JOGO

O Santos abafou e asfixiou o Palmeiras no primeiro tempo expondo as deficiências táticas e -sobretudo- as individuais apresentadas pelo time.

Sem Prass e com Bruno -já se esperava- tudo seria mais difícil. Foi!

Seria  -por exemplo- pouco provável que o Palmeiras levasse os dois gols, considerando-se a melhor colocação, velocidade, elasticidade e agilidade de Prass em relação ao limitado Bruno.

No lance do primeiro gol Prass, provavelmente, arriscaria uma saída do gol ou, embaixo dos páus ao menos esboçaria a defesa.

No segundo gol, provavelmente teria saído do gol em direção ao Thiago Ribeiro, abafando-o ou diminuindo-lhe o ângulo. É obvio que raciocino sob hipóteses porém calcado na realidade das atuações de Prass, hoje, um dos melhores, senão o melhor goleiro do Brasil!

Bruno, adaptado à lateral direita, não cumpriu boa atuação e o Palmeiras, visivelmente, ressentiu-se da ausência de Wendell. Nem Eguren e nem Lúcio conseguiram cobri-lo com eficiência e por aí, com Rildo aberto e jogando em alta rotação, o Santos criou as suas melhores jogadas.

Lúcio, como previ antes que fosse contratado, só teria lugar fazendo a sobra e toda a vez que enfrentar jogadores de velocidade como os jogadores do Santos terá grandes dificuldades, Tiago Alves não foi bem nem na zaga nem quando ocupou a lateral.

Eguren é o castigo para aqueles que enxergam pouco de futebol e tudo fizeram até conseguir que o Palmeiras mandasse embora o regularíssimo e aplicado Márcio Araújo, titularíssimo também no Flamengo. Para jogar MAL, Eguren precisa melhorar muito, quanto mais para jogar BEM! A entrada de Felipe Menezes melhorou o setor. Kleina precisa repensar se Eguren pode continuar titular. Pelo que mostrou até agora, ene, a, ó, til, exclamação.NÃO!

Marcelo Oliveira parece músico que perdeu a embocadura. Sabe jogar, mas não conseguiu readaptar-se ao meio de campo. Ademais, o jogo em velocidade do ataque do Santos não é conveniente para Marcelo, jogador mais de força e um pouco mais lento!

Juninho, para armar e atacar, bem, mas para marcar, apesar da boa recuperação, não! De um modo geral esteve bem!

Não sei porque Bruno César insiste tanto em jogar se ele continua sem condições físicas para render o que sabe e pode. Seria em razão do contrato de produtividade? 

Apesar do esforço, do ponto de vista prático, rendeu muito pouco e Patrick Vieira, que entrou aos 24 do segundo tempo, pouco ou nada realizou, em termos práticos tendo perdido um gol feito que poderia ter levado o jogo ao empate, por falta de experiência!

Alan Kardec criou os dois melhores lances do Palmeiras, um deles defendido espetacularmente por Aranha batendo a bola na trave e o outro em fez o gol. Foi o melhor e o mais lúcido entre os atacantes.

 Leandro esteve dispersivo e abusou de perder a bola por excesso de individualismo. Só foi substituído por um inútil Vinicius -jogando pela meia esquerda sendo que ele só rende alguma coisa aberto pelo flanco esquerdo- aos 34 do segundo tempo.

Valdivia, outra vez, como de hábito, caçado em campo, procurou tocar sempre rápido e evitar a retenção da bola porque toda a vez que o fazia recebia pancada. Como jogar dessa forma, mais deitado do que em pé, em razão de ser ele um jogador franzino? 

O que Valdívia pode fazer e como é que vai jogar se não consegue parar em pé? Ainda assim, de seus pés e raciocínio surgiram as melhores jogadas do ataque palmeirense, inclusive o nascedouro do lance que redundou no gol do Verdão. 

Kleina tem de ser reconhecido pelo fato de ter colocado em campo o time principal. Viram como ainda estamos sem conjunto e carentes de mais entrosamento? Como adquirir isso? Só treinando, não dá. O time titular tem de entrar em campo toda a vez que possível, até contra o Vilhena! Querem apostar que o time do Santos não será o mesmo na próxima partida, com tantos poupados ontem?

Não vou crucificar Kleina se o resultado não veio, em um jogo no qual o time não esteve bem, no primeiro tempo, no primeiro tempo, no primeiro tempo... No segundo tempo, apesar dos Egurens, dos Tiagos Alves, dos Vinicius e de outros grossos, o time subiu muito de produção e realizou uma partida razoável!

Apesar dos pesares a derrota foi boa (menos mal) para o Palmeiras que evita um encontro prematuro com o fatídico time dos bambis, que nunca vem com onze para as decisões, mas, sempre, com o acréscimo dos árbitros e de boa parte da mídia. Enfim, vamos nos livrar de um adversário incômodo e difícil.

Isto, porém, se o Palmeiras conseguir derrotar o Braga que, entre os pequenos, é outro adversário que costuma engrossar o caldo e enfrentar o Palmeiras de igual para igual. Menos mal que o jogo será em Sampa, mas todo o cuidado será pouco!

De um ponto de vista prático a vitória santista terá pouca importância no que tange às vantagens da melhor campanha em relação ao Palmeiras. 

Como no jogo decisivo o mando é da FPF, ninguém garante que Del Nero indicará a Vila Belmiro como o palco do jogo final caso o Santos -como tudo indica- chegar lá e vier a decidir com o Palmeiras, única hipótese de os times se reencontrarem neste Paulistão. 

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