Observatório Alviverde

23/05/2018

SE NÃO FOSSE SOFRIDO, NÃO SERIA PALMEIRAS! EMPATE COM O VERDINHO, CLASSIFICA O VERDÃO!


Foi um jogo em que a mediocridade prevaleceu e tomou conta de tudo e de todos, dos bancos ao campo, do campo aos bancos, do começo ao fim e em ambos os tempos, mormente no primeiro.

Róger Machado, apesar da classificação, passou recibo em sua condição de paneleiro, isto é, de um treinador que escala certas "personagens" imerecidamente como se quisesse "comprar" um bom ambiente para o elenco, esquecendo-se que bom ambiente não se compra, se conquista.

A escalação de Deyverson, forçada e desnecessária, foi extravagantemente peripatética, tendo-se em vista que esse jogador, desde que chegou até hoje, em todas as vezes que entrou no time, parecia um engenheiro trabalhando como médico ou um médico dando uma de engenheiro.

Na verdade, pelo nada que mostrou até esta data, ele, efetivamente, parece haver errado na profissão escolhida e se imagina um jogador de futebol. Nessa contratação, Cuca fez caca e não se pode culpar Mattos.

Se ao escalar Deyverson, Róger considerava a perspectiva de contar com um homem de área alto e forte para "brigar" com a defesa americana, também alta e forte, por que, então, não rompeu com o seu dogmatismo, com sua ortodoxia (eufemismos de teimoso, turrão e cabeçudo ) e entrou com Fernando ou com Papagaio, jovens, de ótima estatura e comprovadamente melhores?

Seria de muito menor risco entrar com qualquer dos jovens, ou como o povo fala impropriamente seria muito menos "arriscado".

Além disso, de repente, não mais do que de repente, vai que apareça um goleador egresso da base. É assim que funciona nos times que valorizam as categoria de menor idade. Nessas eventualidades revelam-se os craques, desde que se tenha coragem para lançá-los em jogos decisivos sem receios ou medos.

Em resumo, a entrada direta de Deyverson que ao menos até ontem mostrou que não é do ramo, foi um erro crasso imperdoável que poderia ter sido determinante numa eventual perda de classificação! Por pouco não foi!

Com Deyverson , o Palmeiras, habitualmente dono de uma linha ofensiva rápida e demolidora, conseguiu chutar apenas duas vezes contra o gol do Ameriquinha. Um poste na área mineira teria cumprido melhor desempenho)

No intervalo do jogo deixe uma mensagem acerca da necessidade de Róger tirar Deyverson afirmando que se ele continuasse no jogo, Róger estaria passando publicamente um atestado de incompetência.

Róger viu e tomou as necessárias medidas retirando Deyverson do time, mas cometeu outro erro em dar mais dez ou quinze minutos de oportunidade a outra figura decorativa do jogo, Lucas Lima, que só não conseguiu ser pior do que o companheiro substituído.

Embora tardiamente, Róger redimiu-se, em parte, do equívoco de escalação, mas apenas  no intervalo do jogo, quando -ufa-, tirou de campo quem nunca deveria ter sido escalado. O time jogava com dez!

Mas tudo aquilo que eu tenho dito há tempos e digo hoje em relação a Róger parece configurar-se plenamente à medida em que os jogos vão acontecendo e as emergências se sucedem.

Quem não percebe que o gaúcho é um técnico essencialmente conservador, medroso e que não ousa.

A teimosa insistência com um jogador fraco e inconsistente como Deyverson, visando a manutenção de um esquema tático que sequer está implementado e, menos ainda, consolidado, coloca às claras a falta de competência de Róger para a direção técnica de um clube de ponta do futebol mundial, o Palmeiras.

No impedimento de Dudu (que falta fez Dudu no jogo de ontem!) era elementar (qualquer Zé Mané da torcida sabia, menos Róger) que um time de velocidade, de jogadores de baixa estatura e que não tem bons cruzadores, no impedimento de Borja (sem um substituto à altura), se quisesse manter um bom padrão de jogo teria de utilizar os jogadores mais técnicos. Em razão disso, Guerra é quem deveria ter começado jogando.

A escalação de Deyverson ou de algum jogador de maior estatura, só se justificaria diante da necessidade do jogo aéreo do abafa e em última instância, (no desespero mesmo) o que, diga-se de passagem, não é a especialidade do time palmeirense.

Ontem, definitivamente, ficou exposto, explícito, óbvio e de uma clareza meridiana que Róger não é (jamais será) um estrategista ou um técnico ousado.

Sorte a dele (que até hoje não conseguiu estabilizar o time e nem proporcionar-lhe uma tática, um jeito de jogar), que a Copa da Rússia está chegando e lhe proporcionará alívio da enorme pressão que vem sofrendo dando-lhe um tempo para respirar.

Ele terá todo o tempo necessário para, em um mês, tentar dar ao Palmeiras o que não conseguiu em quase um semestre: equilíbrio, estabilidade (tática, técnica e emocional), auto-confiança, a doação de cada atleta em campo e a superação do grupo pelos objetivos visados, tanto e quanto um esquema tático eficiente e, em resumo, mais do que tudo isso, um bom futebol.

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FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 1 (Classificado)
AMÉRICA-MG 1 (Desclassificado) 
Local: Allianz Parque, São Paulo (SP)
Árbitro: 
Jean Pierre Gonçalves Lima (RS) Péssimo. Não assinalou um pênalti sobre Lucas Lima no início do jogo, inverteu muitas faltas, permitiu reclamações e suas atitudes em campo mostraram que ele (se pudesse) teria tirado a classificação do Palmeiras. NOTA 2.
Bandeirinhas: Leirson Peng Martins (RS) e Lucio Beiersdorf Flor (RS) Bons: NOTA 7

Cartões amarelos:  
Lucas Lima e Felipe Melo (PALMEIRAS). Felipe Melo não mereceu o cartão.
Leandro Donizete e Aderlan (AMÉRICA-MG)

Público: 22.821 torcedores (Razoável)  
Renda: 1.241.521,90 Sr. Gagliotte e os ingressos populares? O Palmeiras também é povão!

GOLS
DO AMÉRICA-MG: Serginho, aos 37' do primeiro tempo
DO PALMEIRAS: Willian, aos 18" da etapa final


ESCALAÇÕES:
AMÉRICA-MG: João Ricardo; Norberto (Marquinhos), Matheus Ferraz, Messias e Carlinhos; Leandro Donizete e Juninho; Aderlan, Serginho (Ruy) e Luan; Rafael Moura (Aylon)  Técnico: Enderson Moreira
PALMEIRAS: 
Jailson - Não comprometeu e esteve bem e não falhou no gol. NOTA 7,5.
Marcos Rocha - Bom na defesa, cumpriu ordens de atacar menos, mas atacou. De um lançamento dele, com a cabeça, surgiu o gol de William, também de cabeça, que garantiu a classificação. NOTA 7 
Edu Dracena - Calmo, tranquilo e categorizado. NOTA 7
Antônio Carlos - Sério, antecipativo, imbatível no jogo aéreo. NOTA 7,5.
Felipe Melo - Enquanto teve fôlego, um dos melhores do time. Depois caiu. NOTA 7,5.
Bruno Henrique - Técnicamente abaixo do que rende, valeu pelo esforço em campo. NOTA 7.
Lucas Lima - Só vi Lucas Lima até 2 minutos quando sofreu o pênalti não marcado. NOTA 4.
(Hyoran) - Na base tem gente melhor. Valeu pelo esforço. NOTA 5
Keno - Esteve longe do atacante que é. ajudou a marcar e foi melhor como defensor. NOTA 6.
(Papagaio) - Lutou. Se entrasse de cara na certa teria feito melhor que Deyverson. NOTA 5.
Deyverson - Será que tem bola pra jogar no Verdão? Um poste teria tido mais utilidade. NOTA 3.
(Guerra) - Correu muito mas nem teve com quem jogar, O esquema tático atrapalhou. NOTA 5. 
A PERSONAGEM DO JOGO: Willian  
Mais marcador do que atacante doou-se completamente ao time. Correu muito o tempo todo, procurou a superação e nessa base ele marcou o gol milagroso da classificação NOTA 7,5.
O CRAQUE DO JOGO: Diogo Barbosa 
Exigido tempo todo, (O América forçou mais pelo seu setor) Diogo foi o melhor da defesa e um dos poucos que buscou a superação, atacando e defendendo com eficiência e sem nunca perder o ritmo, do início ao fim, errando poucos passos e descolando, até, alguns cruzamentos . NOTA 8,5..
Técnico: Roger Machado
Apesar do apoio que concedo a Róger (continuarei apoiando enquanto for possível) sou convicto de que eu tinha razão quando afirmava que ele não seria o profissional mais indicado para dirigir o elenco milionário do Verdão, com tantas cobras criadíssimas. 
A escalação de Deyverson para não alterar o esquema manjadíssimo que o Palmeiras vem utilizando, comprova o que dissemos tantas vezes de sua comprovada falta de criatividade e excesso de conservadorismo.
Apesar de ter reconhecido o erro e efetuado a mudança no intervalo do jogo (não é um procedimento usual da parte dele) Róger foi o principal responsável pelo sofrimento e pela agonia da torcida palmeirense na decisão de ontem. 
Em BH, estabelecida a vantagem de 2 x 0 (poderia ter sido maior não fosse ele ter recuado o time) esperava-se um Palmeiras motivado e  pilhado pelo seu treinador que entrasse em campo de maneira impositiva e arrasadora...
O que se viu foi um time burocrático e incapaz de derrotar um adversário que certamente tem seus méritos mas que, individualmente, dista léguas de distância do Verdão sob qualquer aspecto que se queira analisar. (AD)  
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UM AMIGO DO BLOG PEDIU-ME PARA FALAR ACERCA DAS TRANSMISSÕES DE TV.
Assisti ao jogo pelo Sportv com Milton Leite e Noriega, um mal menor!

Como ouvir o insosso Cléber Machado na Globo tanto e quanto Gacibas, PCOs, Arnaldos, Casagrande(s) e outras tranqueiras invasoras da profissão de jornalista?
Em relação a Leite e Noriega, nem precisaria ser realizada qualquer análise acerca desses dois profissionais que, do ponto de vista formal são excepcionais (para os padrões de hoje, para os padrões de hoje...) mas que se perdem completamente quando trabalham nos jogos do Palmeiras.
Leite (esta é a minha sensação) não gosta de transmitir os jogos do Verdão. Por isto narra com "voz engolida" os lances de meio de campo e só aumenta o tom de voz nos lances de área. 
Não deixa de ser um estilo que eu aprecie, melhor e mais emocionante do que as narrações dos demais.
Seria ótimo, porém, não fosse o fato de Milton tornar-se inaudível e o telespectador precisar aumentar o volume da TV para entendê-lo. 
Ele pensa ou supõe que está todo mundo ouvindo quando ele usa murmura seu "mezza-voice"  macarrônico nas jogadas menos agudas. Então você aumenta o volume do televisor e ele grita estridentemente porque chegou a jogada de área de uma forma intempestiva.
Quando narra os jogos do Curica, entusiasmado, ele não deixa a voz ir tanto para a garganta nos lances menos perigosos e narra mais para fora tornando-se, sim, a partir daí, um dos melhores do país.
Quanto ao Noriega (minha maior decepção entre os cronistas na geração que sucede à minha) coloco-o, do ponto de vista técnico acima da média geral, mas ele perde-se completamente quando analisa as arbitragens dos jogos do Palmeiras que, dizem, ser seu time de coração. Imagino se não fosse!
Sua conduta quando do pênalti contra o Curica em que ele, convenientemente, voltou atrás foi, simplesmente, patética.
 A diferença entre ele e o árbitro que operou o Verdão é que Marcelo Aparecido voltou atrás após seis minutos e Noriega depois de uma hora. Fim de picada!
Quando Nori trabalha com Milton Leite apenas  r-A-tifica , isto é, confirma tudo o que Leite antecipa e não apenas no terreno das arbitragens.
Noriega age como se consultasse um oráculo, noves fora o fato de não ser incisivo e objetivo em suas avaliações de arbitragem, cultivando aquilo a que chamam de ponderação, mas que eu prefiro colocar como falta de coragem daqueles que não dizem que dois mais dois são quatro para não magoar o um ou o três (AD)
PS:
Devido ao adiantado da hora, não farei "copy-desk". Se lembrar e puder o farei logo mais. Já são 3 e meia da manhã desta quinta-feira 24 de maio, e a temperatura está beirando uns 7 gráus. Bom dia a todos!

PALMEIRAS X AMÉRICA. SERÁ UM JOGO TRANQUILO, OU COMO DE HÁBITO, UM JOGO SOFRIDO?


Não me perguntem o que acho da saída de Carille do Curica, um evento que não tem nenhuma influência direta ou indireta na vida do Palmeiras.

De minha parte desejo que ele (correto profissional) saia-se bem no mundo árabe e que o Curica, aqui no Brasil, se lasque e se dane do primeiro ao quinto, como ainda se diz no jogo do bicho! 

Acerca do Tchê-Tchê, trata-se de um excelente jogador, mas  sua venda não causará nenhum impacto negativo ou dano técnico ao Palmeiras até porque é uma peça de fácil reposição e que só bem recentemente voltou à condição de titular. 

O importante é que o dinheiro farto que o Palmeiras vai arrecadar seja gasto com inteligência no próprio futebol profissional do Verdão.

No entanto, antes de sair auscultando o mercado e cogitando de novas contratações, que Mattos verifique e constate se existem peças de reposição à altura nas categorias de base alviverdes.

Em relação ao jogo de hoje pela Copa do Brasil contra o América mineiro, não sei se Róger vai para o jogo com o time principal, com o time base levemente ou fartamente retocado ou se vai se atrever a entrar em campo com os reservas.

O meu receio é que como o Palmeiras joga, simplesmente, por um empate, essa circunstância possa motivar o técnico palmeirense a entrar com um time diferente o que, na verdade, muito me incomoda e, porque não dizer, assusta.

Se com a mesma vantagem e a melhor escalação possível, o Verdão perdeu o campeonato para o Curica, por que não pode ocorrer novamente hoje à noite contra o Mequinha, embora se saiba que o time mineiro joga sempre com onze jogadores? Todo cuidado é pouco e o seguro morreu em idade provecta.

Essa conversa de que o time reserva é de dimensão e poderio que se pode comparar ao time principal é conversa pra boi dormir.

O Palmeiras tem de entrar em campo ligado e se cuidar diante desse jovem time do América mineiro que vem cumprindo uma excelente performance no Brasileiro, sendo considerado, até aqui, a grande zebra do "certame", como se dizia em meu tempo.

De onde não se espera é que surgem as maiores surpresas. Róger Machado não pode querer dar uma de poderoso porque ele ainda não está imune a uma recaída das uniformizadas e de alguns conselheiros mais drásticos que ainda querem sua cabeça.

Em razão disto, todo o cuidado será pouco, não obstante todos aqueles fatos que apontamos tantas vezes, da necessidade premente e insubstituível de definições  em um time de futebol. 

Num elenco tão cheio de estrelas proporcionar espaços e esperanças à reservas gera um ambiente contaminado por rivalidades, contendas e disputas entre os jogadores. Isto pode ser fatal!

João Saldanha já dizia isto no final da década de 60 ministrando ao futebol brasileiro uma lição que os técnicos de hoje, por pura necessidade de fazer média com seus grupos de jogadores, evitam adotar e se recusam a seguir. 

Na coletiva em que anunciava os 22 jogadores da Seleção Brasileira, Saldanha definiu e já escalou os onze titulares.

É preciso acabar com essa onda de mistério que envolve o futebol. 

Quando Brandão comandou a segunda academia, aquela de Leão, de César, de Luiz Pereira, de Edu, de Leivinha, de Alfredo Mostarda, mas, principalmente de Dudu e Ademir da Guia, escalava sempre essa base fosse disputar o jogo que fosse.

Os demais titulares como Eurico Zéca, Nei, Pio e outros que compunham o time eram sempre preservados e se sabia de cor a escalação palmeirense.

Da mesma forma se sabia, também, que o maior reserva da história do futebol brasileiro em todos os tempos, Fedato, entraria sempre entrava no intervalo do jogo para resolver, se fosse preciso, as situações táticas mais difíceis e promover as necessárias viradas de placar. Via de regra, resolvia. 

Não venham com essa conversa de que naquela época se jogava menos, pois o calendário era tão apertado quanto o de hoje e, às vezes, até mais.

Além disso, o time tem de adquirir aquilo que se chama "força de conjunto" sem o que de nada irão valer as nossas individualidades, reconhecidamente, acima da média. 

O time anunciado para hoje é o titular, mas a minha dúvida persiste em razão de, no jogo contra o Atlético Pr, Róger ter dado a entender que entraria com o time principal, mas, na Hora H, foi para campo com os reservas.

Se tudo correr dentro de um lógica, Dudu (titularíssimo por méritos apesar das cornetagens) volta ao time e William, simplesmente, substitui o artilheiro Borja, já a serviço da Seleção Colombiana.

FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X AMÉRICA-MG
Data: 23/05/18, hoje, 4ª-feira
Local: Allianz Parque
Horário: 21h45 (Com Tvs Aberta e Fechada)
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima (RS)
Assistentes: Leirson Peng Martins (RS) e Lucio Beiersdorf Flor (RS)

TIMES:  
PALMEIRAS: 
Jailson; Marcos Rocha, Edu Dracena, Antônio Carlos e Diogo Barbosa; 
Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; 
Keno, Willian e Dudu
Técnico: Roger Machado

AMÉRICA-MG: 
João Ricardo; Norberto, Matheus Ferraz, Messis e Giovanni; Leandro Donizete, Juninho e Serginho;
Luan, Aderlan e Rafael Moura
Técnico: Enderson Moreira
 
Em sua opinião será um jogo tranquilo?
Ou, como de hábito, outro jogo sofrido?

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