Observatório Alviverde

12/04/2017

PALMEIRAS X PEÑAROL


Deixe um comentário durante o jogo e após o jogo, até que fique pronta a postagem final.

PRIMEIRO TEMPO

Querem apostar que há muitos palmeirenses satisfeitos com o 0 x 1?

Finalmente encontraram munição para desancar Eduardo Batista!

Se o time perder, então, vão acabar com o técnico que, em meu entendimento, HOJE não soube escalar o time.

Tudo bem que Fabiano só joga por causa da contusão de Jean, mas Zé Roberto, desculpem-me, não tem mais condições de jogar em nível competitivo uma competição do tamanho da Libertadores.

Da mesma forma, Guerra jogando? Willian jogando? Até quando?

E o Palmeiras sem Róger Guedes ou Keno, seus atacantes mais velozes?

E a profundidade de jogo e a necessidade de fazer gols como é que ficam?

O time joga em casa e o Palmeiras toma cuidados defensivos onde não precisa, isto é, na meia cancha ao mesmo tempo em que escala o veteraníssimo ZR (disparadamente o pior em campo) contra um time que joga em contra-ataques?

Critique-se EB, sim, mas com a consistência dos argumentos, não por caprichos pessoais ou por achismos, isto é, acho isto, acho aquilo, acho tudo...

O Peñarol quer o jogo bruto e o Palmeiras aceita passivamente? Não dá para entender!

Muita coisa, hoje, tem de ser colocada na conta de Eduardo Batista da mesma forma que será testada a sua capacidade de mudar o andamento de um jogo.

Se ele tirar ZR de cara, de cara eu começo a acreditar e passo a avaliar que ele irá bem!

Se mantiver o veterano, adeus viola! A não ser que ZR melhores o rendimento!

Mantê-lo, em meu entendimento, é uma temeridade.

O mapa da mina está do lado dele, o esquerdo, e só não existirá se o Peñarol abdicar de atacar pelo setor.

Tá um buraco tremendo no lado esquerdo da defesa do Palmeiras!

COMENTÁRIO FINAL:

O Palmeiras melhorou de rendimento na etapa complementar.

Como negar a influência de Eduardo Batista (que foi tão mal no primeiro tempo)  na volta do time para o segundo tempo? Fique claro, não estou julgando resultado, mas, rendimento!

Seu erro palmar foi manter ZR, d-i-s-p-a-r-a-d-a-m-e-n-t-e o pior em campo! 

Como negar que um time que chutou duas bolas na trave (uma delas até entrou), perdeu um pênalti que deveria ser batido por William ou por alguém mais calmo e adaptado do que Borja, tanto e quanto foi prejudicado por um árbitro tecnicamente fraquíssimo e pusilânime mereceu a vitória quer queiram ou não os derrotistas ou os desafetos de Eduardo Batista.

As críticas do blog a EB reparem, são pontuais, e toda a vez em que ele escalar mal ou o time não conseguir jogar bem iremos criticá-lo.

Da mesma forma, se ele reparar o erro (hoje reparou e só pode ser censurado em face de não ter enxergado a péssima performance de Zé Roberto), vamos elogiá-lo.

Então, na mesma proporção em que o criticamos no primeiro tempo, o elogiamos pelo que o time realizou na etapa complementar.

Se o Palmeiras não ganhou com sobejo mas na bacia das almas, o fato é que ganhou e que ninguém diga que foi contra o que muitos e a mídia chamam de "um timeco qualquer", mas do todo poderoso Peñarol.

Prass não precisa provar mais que é um dos melhores goleiros do planeta, tanto e quanto a zaga palmeirense que melhor se ajusta tem sido (parece que é mesmo) Mina e Dracena.

Nas duas laterais, sobretudo pelo lado esquerdo (faz tempo e a diretoria não toma nenhuma providência de contratação) estão os pontos nevrálgicos do time, sobretudo pelo lado esquerdo por tudo aquilo que se tem visto a propósito do time do Palmeiras. 

Pelo lado direito o problema não é tão grave porque tanto Fabiano quanto Jean, se não são expoentes na posição, são muito bons jogadores.

Quem discute que Felipe Melo (experiente e consciente) é, hoje, o grande líder desse time do Palmeiras, sobretudo porque conteve seus ímpetos de atuar com força excessiva!

Tchê, pela soma dos dois tempos (foi um dos poucos que jogou bem na etapa inicial) pode ser realçado, ao lado de Prass e Felipe Melo como um dos melhores em campo, num jogo em que Mina, Guerra e William, entre os que começaram o jogo, foram os destaques mas, sublinhe-se, apenas pelo que renderam e fizeram na etapa complementar. 

Dudu, no entanto, foi, entre todos, o melhor! Como ele gosta de jogo difícil e problemático! O jogo de hoje este ao seu feitito

Decepcionou-me, vou ser repetitivo porque é importante, a péssima performance de Zé Roberto também no segundo tempo. Sorte, a do Palmeiras, que o Peñarol deixou de atacar pelo lado esquerdo da defesa palmeirense. Outro que decepcionou foi Borja, com a agravante de ter perdido um pênalti que poderia ter decidido o jogo com muita antecipação.

Entre os que foram usados apenas no transcorrer do jogo, Michel Bastos esteve muito melhor do que Thiago Santos, este, apenas, um guerreiro e Keno que não teve tempo para aparecer.

Apitou (apitou mesmo?) o Palmeiras x Peñarol o equatoriano Roddy Zambrano Olmedo, um  incapacitado total para a função. Alexandre Mattos reclamou na TV mas tem de reclamar, mesmo, na Confederação Sul-Americana!

A atuação de Zambrano foi altamente danosa ao time do Palmeiras, pois além de deixar de marcar um pênalti em Dudu no primeiro tempo, foi conivente e tolerante com o jogo violento dos uruguaios tanto e quanto com a cera.

A expulsão de Dudu ao final do jogo, por reclamar contra a falta de pulso do árbitro em punir um jogador uruguaio que provocava cera e o impedia de bater uma falta perigosa



FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 2 PEÑAROL-URU
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo-SP   
Árbitro: Roddy Zambrano Olmedo (EQU)
Assistentes: Luis Vera e Juan Macías (EQU)
Público: 38.483 torcedores
Renda: R$ 2.582.842,67
Cartões amarelos: Yerry Mina e Felipe Melo (PALMEIRAS); Guzmán Pereira, Ramon Arias, Gastón Rodriguez, Cristian Rodríguez, Petrik e Affonso (PEÑAROL)
Cartão vermelho: Dudu (dois amarelos)
GOLS:
PALMEIRAS: Willian a 1 minuto do 2º tempo, Dudu, aos cinco, e Fabiano, aos 54
PEÑAROL: 
Ramón Arias, aos 31 do 1º tempo, e Gastón Rodriguez, aos 30 minutos do 2º tempo.

OS TIMES: 
PALMEIRAS: Fernando Prass; Fabiano, Yerry Mina, Edu Dracena e Zé Roberto; Felipe Melo; Willian, Tchê Tchê, Guerra e Dudu; Borja. Técnico: Eduardo Baptista

PEÑAROL: Guruceaga; Petrik, Quintana, Ramón Arias e Lucas Hernández; Nández, Novick (Gastón Rodríguez), Guzmán Pereira e Cristian Rodríguez; Affonso (Perg) e Junior Arias (Ángel Rodríguez) Técnico: Leonardo Ramos.



MORAL DA HISTÓRIA:

Eduardo Batista mostrou que pode, perfeitamente, continuar!


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DEIXEMOS PARA AVALIAR EDUARDO BATISTA AO FINAL DO PAULISTÃO E DESTA FASE DA LIBERTADORES



O assunto, hoje, é Libertadores e o Palmeiras recepciona o tradicionalíssimo Peñarol do Uruguai, no Pacaembu com a Globo, Sport e tudo a que tem direito.

Por mais que o Palmeiras seja ou esteja melhor do que o time de pior campanha em seu grupo, aprendi no decorrer dos anos que não se deve menosprezar nenhum adversário (por mais modesto que seja), principalmente se esse adversário for argentino (porteño ou não) ou oriental.

Lembro-me, na longínqua década de 50 (quando os jornalistas sem diploma eram -sem exagero- um milhão de vezes ou mais, muito melhores do que os diplomados de hoje em um jogo Santos e Peñarol, em que o Santos virava o primeiro tempo ganhando de  4 x 0 e Mário Moraes, o mestre dos mestres em comentários esportivo em Rádio e TV e o maior e melhor de todos em todos tempos, disse exatamente isso no intervalo do jogo ao microfone da Rádio Bandeirantes.

"Amigos ouvintes do Brasil, não fosse o adversário santista um time argentino ou uruguaio e eu lhes diria: partida definida. Como se trata de um time uruguaio o Santos terá um enorme trabalho para sustentar a larga contagem aberta neste primeiro tempo e corre, por incrível que pareça, grandes riscos de sofrer para manter o resultado"

O jogo, não tenho certeza e nem tempo para recorrer aos arquivos internéticos terminou com a vitória santista parece-me que por 5 x 4 após o time uruguaio ter ido buscar o empate.

O exemplo serve para mostrar a mediocridade da maior parte dos comentaristas de hoje, via de regra recrutados entre boleiros semianalfabetos, e a força do futebol uruguaio que o Palmeiras vai encarar esta noite pela Libertadores. Que todo o cuidado será pouco, disso eu não tenho a menor dúvida!

Aliás, por falar em Mário Moraes, como ninguém é perfeito (a perfeição não é deste mundo), ninguém sabe porquê, ele cismou em afirmar e reiterar através de sua palavra, tida como jurisprudencial na imprensa esportiva de sua época, que Djalma Santos, o maior lateral direito do futebol brasileiro em todos os tempos longe de ser craque, não passava de um jogador comum.

Foi teimoso e insistiu e persistiu por muitos anos em sua opinião até que se sentiu sozinho contra o mundo e, pressionado pela realidade dos fatos redigiu um comentário em que disse que Djalma Santos não era um craque mas que havia sido um grande jogador. (Está na Internet)

Faltou a Mário (a quem conheci pessoalmente) humildade para reconhecer o talento de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro, titular absoluto da Seleção Brasileira em três copas do mundo e bi-campeão mundial de futebol, um dos precursores e fundadores da academia palmeirense.

O exemplo de Mário Moraes eu aplico a muitos palmeirenses que, num primeiro momento, não aceitaram a contratação de Eduardo Batista. Fui um deles, talvez o primeiro. O Marco, que à época me telefonou contrariado e com uma série de aspectos desabonadores referentes ao novo treinador, também foi contra...

Eu e ele, então, optamos por esperar e torcer para que EB desmentisse as nossas impressões iniciais.

Dizer que o trabalho de EB é extraordinário (quem não sabe que ele tem um baita elenco à mão?) é um exagero tão grande quanto afirmar que ele é incompetente e não sabe absolutamente nada em matéria de futebol.

Mas, ao menos até o momento (sejamos, todos, sinceros) ele não está nos decepcionando pois mantém o Palmeiras líder, sempre na ponta das tabelas com grandes performances de resultados que superam (em muito) o início de Cuca no Palmeiras.

Ficar esperando (muitas vezes torcendo) por uma derrota do Palmeiras para  ter material para crucificar o treinador e colocá-lo abaixo dos cachorros por mero orgulho pessoal, em meu entendimento, é covardia.

Sugiro a todos esperar pelo desfecho do Paulistão e desta fase da Libertadores para uma análise mais consciente e mais apurada do rendimento e das potencialidades de um treinador que é jovem, estudioso, técnico diplomado (ele não está no ramo apenas por ser filho de Nelsinho), sensato e com potencial para progredir.

Se o Palmeiras (muitos alegam isto) nas mãos de alguém mais qualificado renderia muito mais, é uma situação discutível na qual uns vão dizer que sim, outros vão dizer que não!

Eu, que não apenas respeito, mas defendo o trabalho de Eduardo no Palmeiras, creio que sim, que nas mãos de um treinador mais vivido renderia mais devido a excepcional potencialidade do elenco. Tanto é verdade que critiquei duramente Mattos e a diretoria quando contratou EB.

Como um homem inteligente e coerente  que sou, não quero ficar remando contra a corrente (muitos estão suicidamente agindo assim) mirando-me no exemplo de Mário Moraes, há tantos anos!

Deixemos para avaliar EB não ao final de cada jogo, mas tão logo termine o Paulistão e a atual fase da Libertadores, a fim de que não tenhamos de admitir e responder eufemicamente quando perguntados que "se trata de um bom técnico"!

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